Efeitos da altitude na diversidade genética e delimitação de espécies das cuícas esbeltas do gênero Marmosops (Didelphidae: Thylamyini) na Floresta Atlântica

Imagem de Miniatura

Data

2022-02-18

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Federal de Viçosa

Resumo

Espécies que ocupam regiões montanhosas têm respondido de forma única às dinâmicas climáticas, especialmente àquelas que surgiram no final do Quaternário. No entanto, não está claro como as condições climáticas do passado influenciaram na divergência genética de táxons montanhosos. A variação genética desses organismos poderia ter sido influenciada também por eventos tectônicos pré- pleistocênicos que formaram cordilheiras. O gene mitocondrial citocromo b foi sequenciado para analisar o papel da altitude na divergência de duas espécies sintópicas de marsupiais do gênero Marmosops, M. incanus e M. paulensis. Ambas apresentam padrões distintos de distribuição em gradientes de altitude da Floresta Atlântica. Grande divergência genética intraespecífica e grupos geograficamente estruturados foram encontrados. A diversificação observada das espécies é consistente com as características topográficas da Floresta Atlântica, e a altitude não parece interferir no bloqueio e limitação do fluxo gênico para M. incanus, embora clados relacionados com a alta altitude tenham sido identificados. Divergência alopátrica entre clados de M. paulensis foi observada para as regiões montanhosas, formações de montanhas durante o Neogeno coincidem com a formação de alguns filogrupos de M. incanus e M. paulensis, e o desempenho de refúgios do Pleistoceno não explica o padrão geral de distribuição da diversidade genética para as duas espécies. Palavras-chave: bPTP. Gene mitocondrial. GMYC. Marmosops incanus. Marmosops paulensis. Variação genética.
Species that occupy mountainous regions have a unique response to climate change, especially those that emerged at the end of the Quaternary. However, it is unclear how past climate conditions influenced the genetic divergence of mountain taxa. The genetic variation of these organisms could also have been influenced by pre- Pleistocene tectonic events that formed mountain ranges. The mitochondrial cytochrome b gene was sequenced to analyze the role of altitude in the genetic divergence of two syntopic marsupial species of the genus Marmosops, M. incanus e M. paulensis. Both offer distinct patterns of distribution in altitude gradients in the Atlantic Forest. Large intraspecific genetic divergence and geographically defined groups were found. The observed diversification of the species is consistent with the topographic characteristics of the Atlantic Forest, and altitude does not seem to interfere with gene flow blocking and limitation for M. incanus, although some high- altitude clades have been formed. Allopatric divergence between clades of M. paulensis was observed for the mountainous regions, mountain formations during the Neogene coincide with the formation of some phylogroups of M. incanus and M. paulensis and the performance of Pleistocene refugia does not explain the general pattern of genetic diversity distribution for two species. Keywords: bPTP. Mitochondrial gene. Genetic variation. GMYC. Marmosops incanus. Marmosops paulensis.

Descrição

Palavras-chave

Marmosops incanus - Genética, Marmosops paulensis - Genética, Citrocromo, Influência de altitude, Biodiversidade - Mata Atlântica

Citação

RIBEIRO, Maria Clara Santos. Efeitos da altitude na diversidade genética e delimitação de espécies das cuícas esbeltas do gênero Marmosops (Didelphidae: Thylamyini) na Floresta Atlântica. 2022. 65 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2022.

Coleções

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por