Composição química e energética e aminoácidos digestíveis de alguns alimentos para codornas japonesas

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Data

2008-12-18

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Universidade Federal de Viçosa

Resumo

Foram realizados três experimentos no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa. Objetivou-se, no primeiro, avaliar a composição química, os valores de energia metabolizável e os coeficientes de metabolizabilidade da energia bruta de onze alimentos determinados com codornas japonesas; no segundo, determinar os coeficientes de digestibilidade ileal aparente e os valores de aminoácidos digestíveis de sete alimentos para codornas japonesas e, no terceiro, validar os valores de energia metabolizável do milho, do sorgo, do farelo de soja e das farinhas de vísceras de aves, de carne e ossos e de peixe determinados com frangos de corte e com codornas japonesas utilizando-os na dieta de codornas na fase de postura. Para determinar os valores de energia metabolizável aparente (EMA), de energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMAn), de coeficiente de metabolizabilidade da energia bruta (CMEB) e de coeficiente de metabolizabilidade corrigido da energia bruta (CMEBn) foi utilizado o método tradicional de coleta total de excretas, com codornas machos, com 32 dias de idade, num delineamento experimental inteiramente ao caso, com onze tratamentos, oito repetições e oito aves por unidade experimental. Os alimentos estudados foram: milho, sorgo, farelo de soja, soja integral extrusada, soja integral micronizada, farelo de canola, farelo de glúten de milho, farinha de carne e ossos, farinha de penas, farinha de peixe e farinha de vísceras de aves. Os valores de EMA e EMAn (Kcal/Kg), na matéria natural, foram para o milho de 3.261 e 3.252, para o sorgo de 3.219 e 3.211, para o farelo de soja de 2.287 e 2.276, para a soja integral extrusada de 3.481 e 3.479, para a soja integral micronizada de 4.029 e 4.018, para o farelo de canola de 1.894 e 1.888, para o farelo de glúten de 3.731 e 3.712, para a farinha de carne e ossos de 2.152 e 2.142, para a farinha de penas de 3.139 e 3.137, para a farinha de peixe de 2.658 e 2.651 e para a farinha de vísceras de aves de 3.565 e 3.545, respectivamente e os CMEB e CMEBn dos alimentos estudados, expressos em porcentagem, foram para o milho de 84,51 e 84,30, para o sorgo de 80,85 e 80,66, para o farelo de soja de 55,01 e 54,74, para a soja integral extrusada de 67,45 e 67,42, para a soja integral micronizada de 73,29 e 73,09, para o farelo de canola de 45,29 e 45,12, para o farelo de glúten de 69,96 e 69,61, para a farinha de carne e ossos de 60,82 e 60,51, para a farinha de penas de 59,29 e 59,25, para a farinha de peixe de 64,26 e 64,09 e para a farinha de vísceras de aves de 79,08 e 78,64, respectivamente. No segundo experimento, foi utilizado o método de coleta de digesta ileal com codornas, em delineamento experimental inteiramente ao acaso, com sete tratamentos, quatorze repetições e treze codornas por unidade experimental. Os alimentos estudados foram: farinha de carne e ossos, farinha de peixe, soja integral extrusada, soja integral micronizada, farelo de soja, farelo de canola e farelo de glúten de milho. As médias dos coeficientes ileais aparentes de aminoácidos essenciais e não essenciais foram para a farinha de carne e ossos, 68,0 e 62,68%; para a farinha de peixe, 79,81 e 76,12%; para a soja integral extrusada, 81,89 e 81,27%; para a soja integral micronizada, 86,36 e 85,72%; para o farelo de soja, 87,19 e 86,58%; para o farelo de canola 74,79 e 74,56% e para o farelo de glúten de milho, 80,44 e 83,65%, respectivamente. No terceiro experimento, 720 codornas japonesas com produção de ovos de 91,1% e 19 semanas de idade foram distribuídas em delineamento inteiramente ao acaso com nove repetições e oito aves por unidade experimental, sendo os tratamentos constituídos em esquema dMAe arranjo fatorial 3x3 (formulação x alimento). Observou-se interação significativa somente para consumo de ração (P<0,01). Quanto às diferentes formulações, o peso final, o ganho de peso (P<0,05), a taxa de postura, a taxa de postura de ovos comercializáveis, o peso médio de ovo, a massa de ovo/ ave- dia, as conversões alimentares (por massa e por dúzia), o peso e a porcentagem de casca obtiveram resposta significativa (P<0,01); entretanto, as variáveis peso inicial, viabilidade, peso e porcentagem de gema e de albúmen não foram influenciados (P>0,05). A inclusão dos alimentos alternativos não influenciou (P>0,05) nenhuma das variáveis estudadas. Os valores de energia metabolizável aparente corrigida do milho, do sorgo, do farelo de soja e das farinhas de vísceras de aves, de carne e ossos e de peixe determinados com codornas são mais apropriados para a formulação de rações para codornas japonesas em postura do que aqueles determinados com frangos de corte e galinhas poedeiras.
Three experiments were carried on the animal science Department of the Federal University of Viçosa. The first one to determined chemical composition, metabolizable energy values and gross energy metabolizability coefficient of eleven feedstuff for male japanese quails; the second experiment determined ileal digestibility coefficients and digestible amino acids values of seven feedstuff for male Japanese quails; the third experiment compared the performance japanese quail feed diets based on nitrogen corrected metabolizable energy of corn, sorghum, soybean meal, poultry by-product meal, meat an bone meal and fish meal, for broilers and Japanese quails. Total excretion collection method was used to determine values for apparent metabolizable energy (AME), nitrogen corrected apparent metabolizable energy (AMEn), gross energy apparent metabolizability coefficient (EMC) and gross energy nitrogen corrected apparent metabolizability coefficient (EMCn) for 32-d-old male Japanese quails. A completely randomized experimental design with eleven treatments, eight replicates and eight quails per experimental unit was used in the first experimental. The feedstuff studied were: corn, sorghum, soybean meal, extruded whole soybean, micronized whole soybean, canola meal, corn gluten meal, meat and bone meal, feather meal, fish meal and poultry by-product meal. The AME and AMEn (Kcal/Kg) values as fed were: corn 3.261 and 3.252, sorghum 3.219 and 3.211, soybean meal 2.287 and 2.276, extrused whole soybean 3.481 and 3.479, micronized whole soybean 4.029 and 4.018, canola meal 1.894 and 1.888, corn gluten meal 3.731 and 3.712, meat and bone meal 2.152 and 2.142, feather meal 3.139 and 3.137, fish meal 2.658 and 2.651 and poultry by-product meal 3.565 and 3.545, respectivaly and the EMC (%) and EMCn (%) of feedstuffs were: corn 84,51 and 84,30, sorghum 80,85 and 80,66, soybean meal 55,01 and 54,74, extrused whole soybean 67,45 e 67,42, micronized whole soybean 73,29 and 73,09, canola meal 45,29 and 45,12, corn gluten meal 69,96 and 69,61, meat and bone meal 60,82 and 60,51, feather meal 59,29 and 59,25, fish meal 64,26 and 64,09 and poultry by-product meal 79,08 e 78,64, respectively. In the third experiment, a total of 720 quails with 91,1% of egg production and 19week-old were used in a completely randomized experiment design with eight replicates and eight quails per experiment unit. The treatments consisted in a 3x3 factorial arrangement (feed formulation x feedstuff). The variable studied were body weight, viability, egg production, feed conversion, specific weight, and absolute and relative weight of egg components. The results suggest nitrogen corrected apparent metabolizable energy values of corn, sorghum, soybean meal, poultry by-product meal, meat and bone meal and fish meal for broilers are not adequate for japanese quails diet formulation.

Descrição

Palavras-chave

Coturnix, Aminoácidos, Alimentos, Digestibilidade, Valor energético, Coturnix, Amino acids, Feedstuffs, Digestibility, Energy value

Citação

ARAUJO, Marcelle Santana de. Chemical composition, energy values and digestible amino acids values of some feedstuff for Japanese quails. 2008. 76 f. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2008.

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