Ciências Agrárias
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Item Alterações nutricionais, fisiológicas e moleculares em clones de eucalipto submetidos à omissão e ao ressuprimento de N ou P(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-31) Fernandes, Loane Vaz; Ribeiro, Cleberson; http://lattes.cnpq.br/5023387764069051; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/6191785915680594; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343E0; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6A maior EN é atribuída à maior aquisição (EA) e/ou maior utilização (EU) dos nutrientes, processos intermediados por proteínas transportadoras, que respondem de forma diferencial ao suprimento de nutrientes. Além das proteínas, diversas rotas são alteradas em função do suprimento nutricional e em diferentes velocidades. Assim, alterações na coloração, teor nutricional e crescimento são mais lentas do que alterações fisiológicas, que, por sua vez, são mais lentas que as moleculares. Essas diferentes velocidades de alteração, aliadas ao controle genético dessas rotas, unem a nutrição de plantas ao melhoramento genético e podem subsidiar a escolha de materiais genéticos mais eficientes nutricionalmente, bem como indicar biomarcadores nutricionais. Este trabalho visou avaliar as alterações de crescimento, teores nutricionais, variáveis fisiológicas (trocas gasosas, fluorescência da clorofila a e teores de pigmentos), atividade de enzimas chave e expressão de genes candidatos relacionados à maior eficiência de utilização de N ou de P por eucalipto. Mudas de quatro clones (386, I-144, I-042 e VM 01) de eucalipto cresceram em solução nutritiva por 60 dias, quando foram aplicados os tratamentos, constituídos pela omissão de N ou P, por 21 dias, seguido pelo ressuprimento dos mesmos por 14 d e tratamento controle (solução nutritiva sempre completa). Semanalmente foram feitas avaliações de crescimento, fisiológicas e nas semanas 1, 3, 4 e 5 foram coletadas amostras de folhas diagnóstico (folhas jovens totalmente expandidas) para análise do teor total de N e P, atividade das enzimas nitrato redutase (NR EC 1.0.0.1) e glutamina sintetase (GS EC 6.3.1.2), para os tratamentos de N, e fosfatase ácida (APase EC 3.1.3.2) e ribonuclease (RNase EC 3.1.4.22), para os tratamentos referentes a P. Nas semanas 1, 3, 4 e 5 também foram retiradas amostras para determinação do teor dos pigmentos fotossintéticos e realizada leitura de clorofila por clorofilômetro. Na semana 3, período de maior omissão de N ou P, foram coletadas amostras para determinação da expressão dos genes, por PCR- RT (reação de transcriptase reversa em cadeia de polimerase em tempo real) GS2;1, Gln1;3, NR1 e TIP2;1 para N e RNS1 e PHO1;H1 para P. Ao final do ressuprimento foi calculada a massa da matéria seca das plantas, o conteúdo dos nutrientes e as eficiências nutricionais. A omissão/ressuprimento de N causou a menor produção de matéria seca, aumento da EU e queda da EA. Para P houve aumento da EU e queda da EA, embora apenas o clone 386 tenha apresentado menor crescimento, indicando maior adaptação das plantas à falta de P. A omissão levou à queda nos teores de N e aumento na atividade de todas as enzimas e expressão de todos os genes, especialmente o GS2;1 e GLn1;3. A queda na taxa de fotossíntese líquida (A), na omissão de N, pode ser explicada por menores teores de pigmentos e danos na etapa fotoquímica da fotossíntese, pela oxidação do fotossistema II (FS II), além da possível queda no teor da rubisco. Houve queda no teor de P na primeira semana de omissão, e na semana 3, ainda sob a omissão, o teor se igualou ao do tratamento controle, em virtude da alta ciclagem interna, comprovada pelo aumento da atividade das fosfohidrolases e expressão dos genes (PHO1;H1 e RNS1). A queda em A pode ser explicada por danos ao FSII em virtude de menor teor de P inorgânico para a formação de ATP e NADPH, diminuindo a taxa de transporte de elétrons (ETR) e, com isso, a A. A enzima com maior atividade relativa para N foi a GS no clone I-144 (73,6 vezes), reflexo do aumento da expressão do GS2;1. Para P, o maior aumento (16,2 vezes) foi observado para enzima RNase, também para o clone I-144 e comprovado pelo aumento da expressão do RNS1, mostrando controle transcricional deste gene. O ressuprimento tendeu a reestabelecer o status nutricional, variáveis do aparato fotossintético e enzimas relacionadas a N (NR e GS) das plantas, evidenciando grande resiliência do eucalipto. Este padrão se repetiu para P, com exceção das enzimas APase e RNase, cujas atividades ainda eram relativamente altas na semana 5. A resistência/resiliência de clones de eucalipto em resposta à omissão/ressuprimento de N ou P envolve alterações em diversas variáveis, e as que apresentam maior potencial como biomarcadores em eucalipto são: o coeficiente de dissipação fotoquímica (ŶII), taxa de transporte de elétrons, a atividade da enzima GS e expressão dos genes GS2;1 e Gln1;3 quanto ao status de N; taxa fotossintética, enzima RNase e o gene RNS1 quanto ao status de P.Item Características morfofisiológicas associadas á restrição hídrica em clones de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Gomes, Lilianna Mendes Latini; Picoli, Edgard Augusto de Toledo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768537Z5; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/2431572138279967O cultivo do eucalipto no Brasil tem ocorrido em diferentes condições edafoclimáticas. Quanto ao clima, os plantios têm sido feitos desde regiões onde não ocorrem déficits até regiões com fortes restrições hídricas. De modo semelhante, há plantios em solos com restrições variáveis quanto à fertilidade e, ou, características físicas. A combinação de tais restrições requer a seleção de material genético que possa suplantá-las. Enquanto a baixa fertilidade do solo pode ser contornada pela técnica de fertilização, a restrição física e climática é de mais difícil solução. A escolha de genótipos tolerantes ao déficit hídrico tem sido a principal opção para plantio em tais condições. Por isso, a definição de biomarcadores dessa tolerância, como alterações morfológicas, anatômicas e fisiológicas, é de alto interesse prático. O objetivo deste estudo foi avaliar características e adaptações morfoanatômicas em clones de eucalipto com tolerância diferencial ao déficit hídrico e sua relação com a discriminação isotópica do 13CO2 (). O estudo foi conduzido em plantios comerciais de eucaliptos situados em duas condições edafoclimáticas no norte do estado da Bahia. As árvores tinham, aproximadamente, cinco anos de idade, no espaçamento inicial de 9 m2 por planta, e os plantios se situam em áreas com precipitação média anual de 900 mm e 1500 mm. Em cada área, os clones 1277 (híbrido de E. urophylla x E. camaldulensis), 1404 (E. urophylla) e 1407 (híbrido de E. urophylla x E. grandis), considerados com alta, média e baixa tolerância à seca, respectivamente, foram selecionados em talhões situados em Argissolos Amarelo para avaliações biométricas e fisiológicas. Foram selecionadas e abatidas quatro árvores médias por clone e área e, na base de cada uma, foi retirado um disco do tronco com, aproximadamente, 5 cm de espessura, do qual foram obtidas amostras das seções radiais do lenho para determinação dos isótopos do C. De cada árvore foram, ainda, selecionadas folhas completamente expandidas do terceiro ou quarto nó do ápice para a base do ramo, em três posições distintas da copa: basal, mediana e apical. Foram coletadas dez folhas para cada uma dessas posições as quais foram utilizadas nas análises morfométricas para obtenção da área, largura, comprimento e perímetro. Adicionalmente, uma folha sadia e completamente expandida foi também coletada de cada árvore para as seguintes análises micromorfométricas, em secção transversal: (espessura total, da cutícula, da epiderme e do mesofilo, bem como porcentagem de espaços intercelulares). As características avaliadas foram comparadas pelo teste t a 5% de probabilidade. O clone 1277, mais tolerante à seca, na área com precipitação média anual de 900 mm, mostrou maior Δ13C em comparação com os demais clones, possivelmente, devido à manutenção da condutância estomática. O clone tolerante (1277), na área com precipitação média anual de 900 mm, apresentou menor área foliar nas folhas do ápice da copa, menor tempo de difusão do vapor de água nas posições basal e mediana, e menores porcentagens de espaço intercelular no mesofilo em todas as posições da copa, características indicadoras de xeromorfismo. Portanto, foram verificadas características qualitativas e quantitativas associadas à tolerância dos clones ao déficit hídrico. As características xeromórficas mais evidentes do clone 1277 lhe conferem maior tolerância e condições de se adaptar e desenvolver sob restrição hídrica.Item Características químicas e frações da matéria orgânica do solo em diferentes distâncias do tronco e de raízes de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-01) Faria, Geraldo Erli de; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776947T3; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4O conhecimento das variações espaciais verificadas sob plantações de eucalipto permite melhor compreensão do estado nutricional do eucalipto e das mudanças que podem ocorrer nas características químicas e nos teores de carbono orgânico do solo ao longo do cultivo. Neste contexto, o presente trabalho, conduzido, na região litorânea do Espírito Santo, teve por objetivos: 1) determinar a variação de características químicas do solo a diferentes distâncias do tronco de eucalipto de diferentes idades, em direção da linha de plantio e da entrelinha; 2) determinar a variação de características químicas do solo influenciada pelo diâmetro de raízes de eucalipto em diversas idades; e 3) determinar a variação de teores de carbono orgânico do solo a diferentes distâncias horizontais em direção da linha de plantio e da entrelinha do eucalipto e da cepa remanescente da colheita anterior. Para tanto, amostras de solo foram coletadas ao redor da árvore de DAP médio e da cepa, em cada parcela, e ainda, nas distâncias de 30, 60, 90, 120 e 150 cm, na direção da linha e da entrelinha de plantio, nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-40 cm de profundidade, em povoamentos com 31, 54 e 84 meses de idade. Realizou-se, ainda, próximo à árvore de DAP médio, a abertura de trincheiras com profundidade de 40 cm para exposição de segmento de raiz emitido pela árvore e que compreendia os seguintes diâmetros: < 2,0 mm (raízes finas), 2 a 5 mm (raízes médias) e 5 a 10 mm (raízes grossas). Amostras de solo foram coletadas à distância de 1,0 cm da superfície de contato entre raiz-solo e, em seguida, em camadas sucessivas (espessura de 1,0 cm), verticalmente, até a distância de 5 cm das raízes pertencentes a cada classe de diâmetro. As amostras de solo foram analisadas para: pH, P e K disponíveis (Mehlich 1), Al, Ca e Mg trocáveis (KCl 1 mol/L) e carbono orgânico total e frações da matéria orgânica. Os resultados obtidos indicaram que: 1 - A variação nas características químicas do solo sob plantações de eucalipto foram decorrentes das adubações e correção realizadas, demonstrando a necessidade de se conhecerem as práticas de manejo aplicadas ao povoamento antes de iniciar um programa de amostragem do solo. 2 O aumento do teor de carbono orgânico total ocorreu com o aumento da idade do povoamento e redução das interferências antrópicas. 3 A não incorporação dos resíduos florestais contribuiu para o aumento dos teores da fração leve livre (FLL), das substâncias húmicas (SH) e de carbono orgânico total da camada superficial do solo.Item Crescimento e expressão gênica em clones de eucalipto influenciados pelo boro e déficit hídrico(Universidade Federal de Viçosa, 2010-01-28) Nunes, Flancer Novais; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/3861861231163964; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Diola, Valdir; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4133062U6; Passos, Juliana de Lanna; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778932Z1A implantação de eucaliptais em regiões de cerrados tem levando a necessidade da seleção de clones de eucalipto tolerantes ao déficit hídrico, principal limitante à produtividade das plantas nessas áreas. Entre as desordens nutricionais relacionadas com micronutrientes, as que envolvem o B são as mais comuns, acarretando adubações frequentes com esse micronutriente. Na época seca do ano, sintomas de deficiência de B são mais comuns, pois, com a diminuição do conteúdo de água do solo, há diminuição de seu transporte à superfície das raízes, acarretando menor absorção. Adicionalmente o B parece estar relacionado a mecanismos fisiológicos que propiciam tolerância ao déficit hídrico, como por exemplo: aumento da relação raiz:parte aérea; assim o B ou água apresentam sinergismo entre si. Os objetivos desse trabalho foram: avaliar a relação da δ13C entre clones de eucalipto sensíveis e tolerantes ao déficit hídrico; verificar a influência da fertilização com B em clones de eucalipto, cultivados sem ou com restrição hídrica, na tolerância ao déficit hídrico e no padrão de transcrição de gênica. Para atender ao primeiro objetivo, talhões com quatro anos de idade, com clones de Eucalyptus urophylla sensível (3334) ou tolerante (3335) ao déficit hídrico foram selecionados, ao fim da estação seca, nos municípios de Brasília de Minas e Bocaiúva. Foi determinado em cada talhão o potencial hídrico foliar, δ13C, índice de sobrevivência e produtividade. Para atender ao segundo objetivo, mudas dos clones 3334 e 3335 foram submetidas aos seguintes tratamentos: sem ou com 15 μmol L-1 de B e sob potencial hídricos de -0,05 ou -1,5 MPa. Após período de 10 dias amostras de folhas e raízes, contendo aproximadamente 1 g, foram coletadas para extração de RNA e, depois, as plantas foram divididas em folha, caule e raiz para determinação da produção de matéria seca e do teor de B. Por ocasião da coleta também foi determinado o potencial hídrico foliar (Ψwl), fotossíntese, condutância estomática e transpiração. Foram selecionados quatro genes relacionados ao transporte de B e polióis, e outros quatro relacionados à síntese de parede celular, sendo estes detectados por meio RT-PCR. O clone tolerante ao déficit hídrico apresentou menor δ13C, menor Ψwl e maior índice de sobrevivência. Adicionalmente, não houve diferenças nos valores de δ13C entre árvores cultivadas nos dois municípios. Estes resultados sugerem que a δ13C poderia ser utilizada como indicador de genótipos tolerantes à seca em árvores cultivadas sob restrições hídricas. A disponibilidade de água foi o fator que mais influenciou a produção de matéria seca nos dois clones. A adição de B à solução nutritiva propiciou maior produção de matéria seca pela parte aérea, fotossíntese, condutância estomática e transpiração. Houve aumento mais expressivo na produção de matéria seca pelo clone tolerante, em razão da adição de B, sugerindo que a adição deste nutriente poderia contribuir para maior tolerância à seca. Tanto os genes relacionados ao transporte de B e polióis quanto os relacionados à síntese de parede celular apresentaram maior expressão relativa nos tecidos radiculares do clone tolerante - cultivado sob déficit hídrico, na presença de B. Sugere-se que os genes das duas classes estão envolvidos na síntese de parede celular nas plantas: primeiro, a maior expressão de transportadores de polióis contribui com o suprimento de carbono; segundo, os transportadores de B vão propiciar adequado suprimento desse nutriente, responsável pela dimerização dos compostos pécticos da parede celular; e terceiro, efeito direto da maior expressão dos genes relacionados à síntese de parede celular. Salienta-se que os genes apresentaram maior expressão relativa na raiz, sinalizando maior crescimento do sistema radicular; estratégia para maior aquisição de nutrientes e água, contornando problemas causados por longos períodos de estiagem.Item Decomposição de resíduos da colheita e transferência de carbono para o solo em plantações de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-15) Souza, Ivan Francisco de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/7816282944245576; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Soares, Emanuelle Mercês Barros; http://lattes.cnpq.br/2680869902625278No Brasil as plantações de eucalipto são estabelecidas em regiões com diferentes condições edafoclimáticas que afetam a decomposição de resíduos da colheita e a transferência de C (Cres) deste material para a matéria orgânica do solo (MOS), que é considerada um dos principais indicadores da qualidade do solo e sustentabilidade da produção. Nestas plantações, o descascamento das árvores no campo proporciona maior aporte de compostos recalcitrantes e maior relação C:N dos resíduos, embora pouco se sabe sobre a influência da presença da casca na decomposição deste material e formação da MOS. Além disso, as baixas doses de N aplicadas nestas plantações e a manutenção dos resíduos na superfície do solo podem limitar a sua decomposição e Cres estabilizado na MOS e, por isso, a aplicação de N e incorporação deste material ao solo poderiam acelerar sua taxa de decomposição e favorecer a transferência de C para o solo. Os principais objetivos do presente estudo foram determinar a influência da manutenção da casca, da aplicação de N e da incorporação dos resíduos para a decomposição e transferência de C para a MOS. Além disso, objetivou-se determinar os principais fatores edafoclimáticos que controlam estes processos em condições de campo. Os experimentos foram instalados em áreas de Mata Atlântica, nos municípios de Eunápolis (BA), Aracruz (ES), Virginópolis (MG), Belo Oriente (MG) e áreas de Cerrado, nos municípios de João Pinheiro (MG), Três Marias (MG), Curvelo (MG), Itamarandiba (MG), Vazante (MG) e em Luiz Antônio (SP). Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados com quatro repetições. Em cada local o experimento consistiu de 12 tratamentos em esquema fatorial completo 3 X 2 X 2, incluindo os fatores resíduos da colheita de eucalipto (remoção e manutenção de resíduos sem e com casca), manejo dos resíduos (superficial e incorporados) e aplicação de N (0 e 200 kg ha-1). Para o referido estudo foi avaliada a massa de matéria seca remanescente após 0, 3, 6, 12 e 36 meses, estimados a taxa de decomposição (k) e os valores de tempo de meia-vida (t0,5) dos resíduos de eucalipto. A transferência de C deste material para a MOS foi avaliada após 12 meses, por meio do fracionamento físico do solo para a separação da matéria orgânica particulada (MOP) e associada aos minerais (MAM). A influência das variáveis climáticas e propriedades do solo sobre o t0,5 e Cres para o solo foi determinada por regressão linear múltipla. A incorporação dos resíduos favorece tanto a decomposição quanto a transferência de C dos resíduos para o solo. A partir da manutenção da casca a decomposição dos resíduos é acelerada e relativamente ocorre menor recuperação de C no solo. Tanto a decomposição quanto a estabilização da MOS são pouco influenciadas pela aplicação de N. O t0,5 dos resíduos de eucalipto é reduzido quando ocorrem maiores volumes de precipitação, temperaturas mais elevadas e incorporação dos resíduos, principalmente em solos arenosos. Em média, o t0,5 dos resíduos de eucalipto foi de 1,28 anos. A Cres para o solo é reduzida pelo aumento da temperatura e redução da acidez do solo e favorecida por maiores teores de argila e déficit de saturação de C. Em média, a taxa de recuperação de C dos resíduos no solo em 12 doze meses foi de 15 % do total decomposto.Item Diagnose nutricional de plantios jovens de eucalipto na região litorânea do Espírito Santo e sul da Bahia(Universidade Federal de Viçosa, 2008-05-30) Rocha, Julenice Bonifácio de Oliveira; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343E0; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0A sobrevivência e o sucesso de plantios de eucalipto dependem do uso adequado das técnicas de preparo do solo, do controle de plantas infestantes, da seleção de materiais genéticos e da adubação. Dentre os fatores responsáveis pelo crescimento de plantios de eucalipto está a nutrição mineral. A nutrição inadequada terá como conseqüência o menor crescimento das árvores já nos estádios iniciais, até a idade de corte, com perdas na produtividade final. Os resultados de análises químicas foliares de plantios jovens devidamente interpretados possibilitam o diagnóstico nutricional para possíveis correções na adubação, contribuindo para o melhor crescimento das plantas. Neste intuito, este estudo teve como principais objetivos: estabelecer normas para uso em métodos que avaliam o balanço (Kenworthy) e o equilíbrio nutricional (DRIS) de povoamentos jovens de eucalipto, na região litorânea do Espírito Santo e sul da Bahia, verificando a influência da região de cultivo, da época de plantio e do material genético nos valores dessas normas; comparar o resultado dos diagnósticos entre os métodos Kenworthy (KW) e DRIS e entre normas específicas e gerais, para verificar a sua universalidade; e identificar e hierarquizar limitações nutricionais nesses povoamentos. Os dados utilizados foram provenientes de análise foliar de povoamentos de eucalipto da Arcel S.A., amostrados aos seis meses. A população de referência foi composta por talhões com plantas cuja altura era maior que a média + 0,4 desvio-padrão, aos seis meses de idade, e que tivessem alta produtividade aos três anos. Conclui-se que a região de cultivo, a época de plantio e o material genético influenciam os valores das normas e o diagnóstico do estado nutricional de plantios jovens; que o método KW foi pouco sensível em avaliar o estado nutricional para nutrientes com elevadas variabilidades das normas; e que os nutrientes mais limitantes nos plantios estudados foram Ca, Cu e Mn para a localidade de Aracruz, Cu, Mn e Ca para São Mateus e B, Mg e Mn para o sul da Bahia.Item Disponibilidade de cobre e zinco para mudas de eucalipto em solos de Cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-18) Rodrigues, Fernando Antonio Vieira; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4297407Y0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6O Brasil é um dos maiores produtores de celulose, papel e carvão vegetal do mundo, e as atividades relacionadas às florestas plantadas contribuem com 3,5 % do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O eucalipto é a essência florestal que se destaca, com uma área plantada de 3,75 milhões de hectares e o Estado de Minas Gerais possui em torno de 28 % dessa área plantada. No Brasil, com a intensificação da silvicultura clonal e o plantio de materiais genéticos mais produtivos e exigentes nutricionalmente têm aumentado o aparecimento de sintomas de deficiência de micronutrientes, principalmente de B, e, mais recentemente, de Cu e Zn, especialmente em áreas de Cerrado. Este trabalho teve por objetivo avaliar três métodos de determinação da disponibilidade de Cu e de Zn (Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA pH 7,3) para mudas de eucalipto cultivadas em casa de vegetação, em amostras de seis solos do Estado de Minas Gerais (um de João Pinheiro, dois de Vazante, um de Três Marias e dois de Curvelo) e a influência de propriedades do solo na eficiência desses extratores. Foram realizados dois experimentos, um para cada micronutriente. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial 6 x 5, correspondendo a seis solos e cinco doses do micronutriente, com quatro repetições, em blocos ao acaso. As doses foram de 0, 2, 4, 8 e 16 mg dm-3 de Cu e de 0, 2,5, 5, 10 e 20 mg dm-3 de Zn, na forma de cloreto de Cu e Zn, respectivamente. Após 70 dias de crescimento, as plantas foram cortadas em duas porções distintas, sendo uma apical (terço apical de todos os ramos da planta) e a outra basal (restante da planta cortada rente ao solo). Os níveis críticos de Cu e de Zn em solos de Cerrado, para o crescimento de mudas de eucalipto, são iguais ou inferiores a 0,12 e 0,23 mg dm-3 pelo Mehlich-1 e iguais ou inferiores a 0,09 e 0,05 mg dm-3 pelo DTPA, respectivamente. Os teores de Cu e de Zn no solo e na planta, bem como os respectivos conteúdos, aumentam com a elevação das doses adicionadas desses nutrientes. Os teores e conteúdos de Cu e de Zn na planta mostram estreita relação com os teores extraídos pelos três extratores. Os teores de Cu e de Zn extraídos pelo Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA são altamente correlacionados entre si. O teor de matéria orgânica e o P-remanescente são características dos solos que mais influenciam negativamente nas taxas de recuperação de Cu e de Zn pelos extratores Mehlich-1 e Mehlich-3, enquanto que para o DTPA, as taxas de recuperação são mais influenciadas pelo pH. O Mehlich-1 é o extrator mais recomendado para avaliar a disponibilidade de Cu e de Zn para mudas de eucalipto, pela facilidade operacional deste método frente aos outros e por este já ser usado na grande maioria dos laboratórios do país.Item Disponibilidade de micronutrientes em solos e sua correlação com teores foliares em povoamentos jovens de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2007-10-19) Sequeira, Cleiton Henrique de; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6O eucalipto é a essência florestal que se destaca no Brasil em área plantada, com 3,4 milhões de hectares. A utilização do solo em sucessivas rotações, a elevada produtividade e a plantação de clones contribuem para o aparecimento de sintomas de deficiência de micronutrientes como Cu, Mn, Fe e Zn. Este trabalho teve por objetivos: 1) avaliar a disponibilidade de Cu, Mn, Fe e Zn para eucalipto em diferentes solos do Estado de Minas Gerais; 2) correlacionar o estado nutricional das plantas com a capacidade de suprimento de nutrientes e características do solo; 3) avaliar o estado nutricional de diferentes clones. Amostras de solo de 0 a 20 cm de profundidade, e de folhas nas posições proximais e distais de ramos na posição mediana do terço basal (B1 e B2, respectivamente), e nas posições proximais e distais de ramos na posição mediana do terço apical da copa de árvores de eucalipto (A1 e A2, respectivamente) foram coletadas em plantios em seis regiões do Estado de Minas Gerais. No solo, foram determinados os teores de carbono orgânico total e de argila, pH e os teores de Cu, Mn, Fe e Zn extraídos por Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA. Nas folhas, foram determinados os teores de Cu, Mn, Fe e Zn. Os maiores teores de Cu, Mn, Fe e Zn do solo foram obtidos com os extratores Mehlich-1 e Mehlich-3 e os menores com DTPA. Os teores de Cu, Fe e Zn pelos extratores Mehlich-1 e Mehlich-3 apresentaram alta correlação entre si, e dependentes da estratificação dos solos em classes texturais. O Mehlich-1 foi o melhor extrator na avaliação da disponibilidade dos micronutrientes, de modo geral. Os teores de Cu, Mn e Zn nas folhas apresentaram correlação significativa e positiva com os teores de Cu, Mn e Zn pelos três extratores, enquanto que os de Fe correlacionaram-se negativamente com os teores disponíveis pelos extratores Mehlich-1 e Mehlich-3, e não mostraram correlação significativa com os do DTPA. A melhor correlação para Cu, Fe e Zn foi obtida com folhas da posição B1, e para Mn com folhas da posição A1. Os teores de carbono orgânico total e argila e o pH do solo, quando considerados juntamente com o teor dos micronutrientes catiônicos no solo, contribuíram para aumentar significativamente o poder dos modelos em estimar o teor foliar desses nutrientes. Nos modelos de regressão múltipla, os teores foliares de Cu e de Fe correlacionaram-se positivamente com os teores de matéria orgânica e argila, o teor foliar de Mn correlacionou-se negativamente com o teor de matéria orgânica e com o pH do solo. No caso do Zn, não houve melhora significativa dos modelos originais com a inclusão dessas propriedades. A inclusão dessas propriedades fez com que os resultados para Mehlich-3 e DTPA se aproximassem daqueles do Mehlich-1 na predição dos teores foliares dos micronutrientes. Os clones de Eucalyptus urophylla, Eucalyptus grandis, Eucalyptus camaldulensis, híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, e híbridos de Eucalyptus camaldulensis x Eucalyptus urophylla não se diferenciaram quanto aos teores foliares de Cu, Mn, Fe e Zn, e um modelo geral para Eucalyptus foi adotado para correlacionar teores foliares com teores no solo. Os resultados deste estudo indicam a necessidade de se considerarem às características de solo na estimativa dos teores foliares de micronutrientes catiônicos para o eucalipto.Item Estoque e qualidade da matéria orgânica do solo de plantações de eucalipto em área de Cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-12) Pulrolnik, Karina; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4771311J9; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Rodrigues, Emanuela Forestieri da Gama; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782339H6; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8Há pouca informação sobre a taxa de acumulação e sobre a dinâmica de C no solo sob cultivo de eucalipto no Brasil. Condições que favorecem o rápido crescimento de eucalipto, provavelmente, também contribuem para a mais rápida decomposição dos resíduos depositados e da matéria orgânica do solo (MOS). Os objetivos deste trabalho foram: determinar estoque e qualidade da MOS sob Cerrado, eucalipto e pastagem; avaliar as mudanças da MOS em solos cultivados com eucalipto com diferentes tempos de cultivo (um ciclo, dois ciclos e três ciclos). O estudo foi desenvolvido utilizando-se amostras de solos provenientes de povoamentos de Eucalyptus urophylla e de áreas adjacentes com vegetação natural de Cerrado e cultivo de pastagem no município de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, MG. No estudo onde se avaliaram os diferentes tipos de coberturas vegetais, as plantações de eucalipto com 20 anos apresentaram teores de carbono orgânico total (COT) similares aos da vegetação de Cerrado e pastagem. Em amostras de solo da camada de 0-10 foi medida a relação 13C/12C por combustão da MOS no espectrômetro de massa. O cultivo do eucalipto não reduziu o estoque de C e N da biomassa microbiana do solo em comparação com o Cerrado e pastagem, e adicionou maiores quantidades de C e N pela matéria orgânica leve (MOL), o que contribui para o aumento da MOS. Assim, a substituição do Cerrado por plantações de eucalipto não resultou na diminuição do estoque de carbono das diferentes frações da MOS. Após 20 anos de cultivo de eucalipto em área anteriormente ocupada por Cerrado houve perda de cerca de 3 de C-C4 por ano. No estudo onde foi avaliada a qualidade da MOS, foram coletadas amostras de solos sob plantio de eucalipto, Cerrado e pastagem na profundidade de 0-10 cm e amostras de serapilheira destas coberturas. As amostras de solo tiveram os ácidos húmicos (AH) e ácidos fúlvicos (AF) isolados de acordo com a técnica de extração, fracionamento e purificação. As amostras de AH e AF dos solos de Cerrado, pastagem e eucalipto e amostras finamente moídas de matéria orgânica leve dos solos de eucalipto e Cerrado, componentes da serapilheira de eucalipto (folhas, galhos, casca, raízes) e componentes da serapilheira de Cerrado (folhas, galhos) foram analisadas em espectrofotômetro de infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR). Calcularam-se ainda, para cada fração nos diferentes tratamentos, índices que possibilitassem a identificação de alterações na MO das distintas frações, decorrentes do processo de humificação e da influência dos diferentes cultivos. A composição elementar (C,H,N) dos AH e AF foi determinada por combustão seca em analisador elementar. A MOS do Cerrado está em estado de humificação mais avançado do que a do eucalipto e pastagem. O AH da pastagem apresenta maior resistência a termogradação do que os das demais coberturas. Já no caso do AF o eucalipto apresentou maior resistência à termodecomposição. O índice de hidrofobicidade (IH) do AH da pastagem foi maior (0,83) em comparação com o AH do Cerrado (0,38) e do eucalipto (0,29), indicando maior recalcitrância do AH do solo sob pastagem, ou seja, maior resistência à degradação. O AF da pastagem também apresentou o maior IH (1,43) seguido do Cerrado (0,92) e do eucalipto (0,50). No estudo onde foram avaliados os diferentes tempos de cultivo do eucalipto observou-se que o estoque de COT foi maior em solos sob eucalipto que sucedeu a pastagem do que naqueles em que sucedeu o Cerrado. O cultivo do eucalipto após o Cerrado tendeu a reduzir o estoque de NT. A quantidade de substâncias húmicas no solo dependeu da quantidade de serapilheira depositada. A maior quantidade de raízes finas do eucalipto levou a maiores quantidades de MOL, MOS e carbono da biomassa microbiana (C-BM). Assim, o aumento do número de cultivos de eucalipto aumentou os estoques de C-MOL e N-MOL do solo em comparação com o Cerrado. O número de ciclos de cultivo de eucalipto não diminuiu os estoques de C, no entanto, o terceiro ciclo apresentou menores estoques de C e N em comparação com os outros povoamentos de eucalipto (ciclos 1 e 2), mas não foi inferior ao Cerrado.Item Expressão de genes relacionados à tolerância do eucalipto à seca influenciada pelo boro(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-18) Reis, Bárbara Elias dos; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/6072302167917337; Diola, Valdir; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4133062U6; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Nunes, Flancer Novais; http://lattes.cnpq.br/3861861231163964Com a valorização das áreas de cultivo de culturas agrícolas e a redução de áreas disponíveis, o eucalipto passou a ocupar as áreas marginais como as regiões com baixa pluviosidade e solos com baixa capacidade de retenção de umidade e baixa fertilidade. No período de seca, as plantas são submetidas ao déficit hídrico e os principais sintomas normalmente observados são a seca dos ponteiros, decorrente da deficiência de boro (B), seguida do lançamento de brotação lateral, e, ou, dessecação de folhas, da base para o ápice das árvores. A intensidade desse sintoma e os distúrbios observados são genótipo-dependentes sendo um indicativo de tolerância diferencial à seca em eucalipto. Além das principais funções do B, tem-se observado que o suprimento adequado de B em períodos de seca mantém a taxa de crescimento além de aumentar a expressão de genes de síntese de parede e transportadores de B, sendo particularmente maior em raízes, de clone de Eucalyptus sp. tolerante à seca. Dessa forma, neste trabalho objetivou-se avaliar a contribuição do B na transcrição diferencial de genes relacionados à síntese e alteração de parede celular (PME3 e GTP8), absorção e transporte do B (BOR cl6871, BOR5 e BOR2) em genótipo de eucalipto submetido ao estresse hídrico. Para isso, quatro mudas de um clone de Eucalyptus urophylla tolerante à seca foram aclimatadas em solução nutritiva de Clark (Clark 1975) com pH 5,5 e disponibilidade de 11B (99 atom %) igual a 5 μmol L-1, em 24 bandejas com 10 L de solução sob constante aeração. Após 30 dias em condições de casa de vegetação, separaram-se as plantas em dois grupos. Em dezesseis bandejas, as plantas foram mantidas em solução de Clark, sem B na solução, e em oito bandejas elas foram crescidas em solução com 15 μmol L-1 de ¹¹B (99 atom %) durante 25 dias. Após este período, doses crescentes de polietilenoglicol (PEG) 6000 (0, 100, 200, 250 e 360 g/L) foram adicionadas a cada cinco dias para reduzir gradativamente o potencial hídrico da solução à 0, -0,15; -0,65; -1,00 e -1,5MPa, respectivamente, nos devidos tratamentos. Após a aplicação da primeira dose de PEG foi retirado o B nos tratamentos onde este ainda se encontrava presente na solução. Assim, os tratamentos se constituíram de: a) plantas sem déficit hídrico e ausência de B em solução, b) plantas sem déficit hídrico e com suprimento adequado de B na solução, c) plantas com déficit hídrico e ausência de B na solução, d) plantas com déficit hídrico e com suprimento adequado de B. Dois tratamentos adicionais foram utilizados: o primeiro com déficit hídrico, ausência de B na solução e aplicação foliar de 10B (99 atom %) em folha madura e o segundo semelhante ao primeiro, mas com a aplicação de 10B (99 atom %) à folha jovem. O estresse hídrico e ausência de B afetaram o potencial hídrico foliar e a taxa de crescimento das mudas de eucalipto reduzindo-as durante o período avaliado. Os genes estudados (BOR5, BORcl6871, PME3 e GTP8) aumentaram a sua expressão em plantas submetidas ao déficit hídrico quando aclimatadas com B ou suplementadas com o nutriente via foliar, exceto o gene BOR2. O GTP8 foi o gene com maior expressão relativa durante o estresse hídrico e quando realizada aplicação de B foliar. A aplicação de B em folhas maduras em plantas sob condições de reduzida disponibilidade de água se mostrou eficaz na mitigação dos efeitos negativos do estresse hídrico, induzindo o crescimento radicular e aumentando a tolerância á seca pelo genótipo de eucalipto.Item Normas e determinação de faixas de suficiência para diagnose foliar com base no crescimento relativo de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-24) Fernandes, Loane Vaz; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/6191785915680594; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0Os plantios com eucalipto no país ocupam 4,3 megahectares, dos quais 22 % encontram-se no estado de São Paulo. Diversos trabalhos concluem que há correlação positiva e estreita entre acúmulo de nutrientes e taxa de crescimento do eucalipto, e que os teores de nutrientes nas folhas refletem os fluxos de água e nutrientes no sistema e se correlacionam com a produtividade. Assim, a diagnose nutricional com base em análise de tecido pode ser utilizada como ferramenta complementar à análise de solo para subsidiar o manejo nutricional das culturas. Dos métodos de diagnose existentes, o proposto por Kenworthy (KW) avalia o balanço, considerando os nutrientes de forma individual além de incorporar a variabilidade do teor na população de referência. Já o Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS), proposto por Beaufils, avalia o equilíbrio nutricional por meio de relações entre os nutrientes. Para ambos há necessidade de se dispor de valores de referência, ou seja, de normas. Os objetivos deste trabalho foram: 1) obter normas para os métodos KW e DRIS, aplicáveis à diagnose do estado nutricional, com base em análise foliar, de plantios jovens de eucalipto no Estado de São Paulo; 2) avaliar o grau de universalidade das normas e dos diagnósticos; 3) avaliar a influência da exclusão de nutrientes cujas normas apresentam altos teores e variabilidade sobre a diagnose, quanto ao equilíbrio, dos demais nutrientes; 4) desenvolver método alternativo, com enfoque mais biológico, para a definição das faixas de suficiência para KW e DRIS; 5) contribuir para a parametrização e aprimoramento do aplicativo computacional NUTREELYPTUS. Foi utilizado banco de dados de análises foliares de 1.150 talhões de plantios jovens de eucalipto, em áreas de duas empresas, contendo informações referentes aos teores de N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Zn, Mn e B e produtividade. Foi realizada a estratificação deste, determinando a população de referência, cuja altura era maior que a altura média. Foram calculados conjuntos de normas específicas (por época e região de plantio, material genético, cultura antecessora e classe textural), e gerais (por Empresa e para o estado de São Paulo). As normas específicas foram comparadas com as normas tidas como gerais para cada situação, mediante o teste t para as médias e o teste F para as variâncias. A seguir, com o auxílio do NUTREELYPTUS, parametrizado com essas normas (específicas e gerais) e faixas de suficiência, foram obtidos os diagnósticos do estado nutricional de plantios de baixa produtividade quanto ao balanço (índices KW) e equilíbrio (índices DRIS e classes de Potencial de Resposta à Adubação - PRA), que foram comparados, em nível de talhão, pela Frequência de Diagnósticos Concordantes (FDC). Foram utilizados os métodos da Região de Fronteira (RF) e da Chance Matemática Relativa (ChMR) para a obtenção de limites das faixas de suficiência com maior significado biológico. Foram obtidos conjuntos de normas específicas e normas gerais úteis à diagnose do estado nutricional de plantios jovens de eucalipto no estado de São Paulo. O grau de universalidade das normas KW e DRIS varia conforme o parâmetro usado (média, variância ou ambas conjuntamente) e independente do parâmetro é menor do que o dos diagnósticos produzidos com o uso destas normas. Numa mesma empresa, os altos valores de FDC permitem que normas gerais sejam utilizadas. A exclusão de Fe e Mn, nutrientes cujas médias em geral apresentaram-se elevadas e com as maiores variabilidades, aumenta a sensibilidade dos diagnósticos quanto ao equilíbrio nutricional, mas não altera de modo relevante o grau de universalidade dos diagnósticos produzidos. Os métodos RF e ChMR podem ser utilizados visando à obtenção dos limites das faixas de suficiência com maior significado biológico, visando à interpretação de índices KW e DRIS. A utilização desses novos limites de faixas de suficiência pouco alterou a FDC obtidos com normas específicas ou gerais. Para a avaliação do estado nutricional de plantios jovens de eucalipto recomenda-se a utilização dos limites das faixas de suficiência KW e DRIS como proposto neste trabalho pelo método ChMR. São necessários estudos adicionais de modo a correlacionar o estado nutricional de plantios jovens de eucalipto com a produtividade na idade de corte.Item Nutrição e produção do eucalipto e frações da matéria orgânica do solo influenciadas por fontes e doses de nitrogênio(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-30) Jesus, Guilherme Luiz de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/6029448906403032; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6As plantações comerciais de eucalipto no Brasil geralmente ocupam solos de baixa fertilidade natural e a fertilização é necessária para que se obtenham elevadas produtividades. Apesar da grande quantidade de nitrogênio (N) acumulado em plantios de alta produtividade dessa essência, o aumento em volume e biomassa em resposta à aplicação de N não tem sido freqüente e nem de elevada magnitude, o que tem sido atribuído à mineralização do N da matéria orgânica do solo. No entanto, observações recentes mostraram respostas contrastantes do eucalipto à aplicação de N. Numa situação, a resposta ao sulfato de amônio poderia ser atribuída ao enxofre, fato suportado pela maior resposta do eucalipto ao superfosfato simples em comparação com o superfosfato triplo. Contudo, no mesmo sítio florestal, a resposta permaneceu quando da aplicação de N na forma amoniacal e na forma nítrica. Poderia ser esta resposta um efeito indireto pela disponibilização de outros nutrientes conseqüente da mineralização da matéria orgânica? Este trabalho consistiu de dois experimentos, em que o objetivo geral foi avaliar o efeito do nitrogênio no crescimento e nutrição do eucalipto. O primeiro experimento, instalado no campo, no município de Itamarandiba-MG, em delineamento experimental em blocos ao acaso com três repetições, consistiu da aplicação de doses e fontes de N em plantio de eucalipto. Para verificar o efeito dos tratamentos sobre o crescimento e acúmulo de N nas plantas fez-se o inventário florestal, quando as plantas tinham 30 meses de idade, abatendo-se árvores com DAP médio e separando-as em lenho, casca, galhos e folhas para determinação da produção de matéria seca, dos teores e conteúdos de nutrientes das plantas. Amostras de solo e de serapilheira foram coletadas aleatoriamente para análises químicas de fertilidade. O teor de carbono (C) e nitrogênio (N) total da matéria orgânica particulada (MOP) e matéria orgânica associada à fração mineral (MOAM) foram determinados por espectrometria de massa de razão isotópica, após separação física. O segundo experimento foi conduzido em casa de vegetação, com os tratamentos em esquema fatorial 2 x 4 x 4, sendo: dois tipos de solo; quatro doses de N e quatro doses de S, em blocos casualizados com três repetições. Para adição de N utilizou-se 15NH4 15NO3 com 60 % em átomos de 15N. O solo de cada tratamento foi acomodado em recipiente de 3,6 L de capacidade, onde foram plantadas duas mudas de clone de eucalipto, com 45 dias de idade. Realizaram-se quatro coletas de folhas por vaso em tempos distintos, submetendo-as à análise de espectrometria de massa de razão isotópica de fluxo contínuo para obtenção da porcentagem de átomos de 15N em excesso. Com isso calculou-se a contribuição do fertilizante aplicado para o N acumulado na planta ao longo do tempo. Ao final do período experimental (80 dias) determinaram-se a altura e diâmetro de coleto das plantas, a matéria seca vegetal e o teor de nutrientes das plantas. As análises estatísticas consistiram de análise de variância e regressão. A aplicação de adubos nitrogenados promoveu aumento no crescimento, no campo e em casa de vegetação, principalmente, nesta condição, no solo com menor teor de matéria orgânica. Não foram detectadas alterações nos teores de C e N da matéria orgânica com a adubação nitrogenada. No entanto, houve aumento da absorção de Ca, Mg e S. A taxa de recuperação aparente de N no campo foi maior na dose de 120 kg ha-1 de N, atingindo 34,4 %. A contribuição do 15N derivado do fertilizante atingiu 30 % três semanas após aplicação, decrescendo ao longo do tempo.Item Produtividade e disponibilidade de nutrientes influenciadas pela calagem, adubação NPK e intervalos de colheita em erva-mate(Universidade Federal de Viçosa, 2013-01-30) Santin, Delmar; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Wendling, Ivar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773913A2; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/0446515724723930; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Motta, Antonio Carlos Vargas; http://lattes.cnpq.br/8680679653637138Cultura típica da América do Sul, a erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.), apesar da histórica importância política, socioeconômica e cultural para a região Sul do Brasil, tecnologicamente tem apresentado pouca evolução. O extrativismo, ainda muito presente no sistema de cultivo, privilegia produção baseada na capacidade natural do solo em nutrir as plantas, modelo que tem contribuído para decréscimos expressivos da produtividade brasileira de erva-mate nas últimas décadas. Neste contexto, o trabalho objetivou avaliar a resposta da erva-mate e a disponibilidade de nutrientes no solo em cultivos manejados com diferentes intervalos de colheita e submetidos à calagem e adubação NPK. Para isto, instalaram-se seis experimentos em plantios em fase de produção, no espaçamento 2 x 2 m. Destes, três com calagem, sendo em São Mateus do Sul (SMS), Prudentópolis (Prud) PR e Anta Gorda (AG) RS, testando-se cinco doses de calcário dolomítico, correspondentes a 0,0,0,3, 0,6, 0,9 e 1,2 vezes da necessidade de calagem para atingir 100 % da saturação por bases. Em razão da aplicação superficial do calcário, utilizou-se 50 % das doses calculadas. Em SMS foram conduzidos outros três experimentos com doses crescentes (0, 20, 40, 80, 160, 320 kg ha-1) de N, P2O5 e K2O, e intervalos de colheitas de 12, 18 e 24 meses. Nos experimentos com calagem, após 18 meses, avaliou-se o pH e o teor de Al, Ca e Mg trocável no solo nas profundidades de 0-5, 5-10 e 10-20 cm. Nos experimentos com N, P e K avaliou-se a fertilidade do solo nas profundidades de 0-10, 10-20 e 20-40 cm. No experimento de N, avaliou-se teor de N e carbono orgânico (CO) nas formas lábil (NL e COL) e total (NT e COT). Nos experimentos de P e K analisou-se o solo para o nutriente em estudo. Em todos os experimentos quantificou-se a produtividade de matéria verde de folha (FO), galho fino (GF) e de erva-mate comercial (COM= FO+GF). Nos experimentos com calagem determinou-se o teor total de Ca, Mg e Al em FO e GF e, nos demais, o nutriente em estudo na FO, GF, galho grosso (GG) e na COM e calculados seus respectivos conteúdos. A calagem proporcionou ganhos de produção entre 21 a 27 %, quando o Ca e Mg estavam disponíveis, respectivamente, entre 5,0-6,0 e 2,5-3,5 cmolc dm-3 na camada superficial do solo. Solos com disponibilidade natural de Ca em nível alto podem fornecer produto mais rico em Ca e mais pobre em Al. A erva-mate respondeu positivamente ao N, P e K, com aumento da produção de todos os componentes avaliados. A resposta à adubação e a exigência nutricional da planta, de cada nutriente testado, aumentam à medida que aumenta o intervalo de colheita, justificando a reposição de nutrientes por meio de adubações. Intervalos de colheita de 12 meses não permitem a plena recuperação da planta, mesmo quando esta está bem nutrida, em razão da remoção da copa. Intervalos entre colheitas de 18 e 24 meses proporcionam ervais mais produtivos e mais eficientes no uso de nutrientes.Item Produtividade, demanda e eficiência nutricional de clones de eucalipto em regime de alto fuste e talhadia(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-12) Silva, Nathália Faria da; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/3378902100351558; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Villani, Ecila Mercês de Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/3982959345685556O manejo de povoamentos de eucalipto no Brasil envolve a implantação de novos plantios ou a reforma de plantios já existentes ou a condução da rebrota de cepas, também conhecida por talhadia . A eucaliptocultura brasileira está baseada principalmente no cultivo de clones, que são selecionados regionalmente em razão de sua adaptação às condições climáticas, embora os nutrientes sejam outro fator fundamental no crescimento de plantas, principalmente na região de cerrado devido à baixa fertilidade dos solos, os aspectos nutricionais têm sido pouco relevados no processo de seleção de materiais genéticos de eucalipto. Poucos clones foram desenvolvidos e selecionados para algumas regiões do cerrado de Minas Gerais, destacando-se, contudo, alguns clones selecionados na região de Três Marias em solos arenosos ou de textura média. Nenhum estudo específico foi ainda conduzido para caracterizar a exigência nutricional desses clones. A adoção de talhadia não é recente no Brasil. A produtividade de plantios conduzidos por talhadia tem sido menor do que a conseguida no regime de alto fuste, com redução que pode atingir 50%. Pesquisadores relatam que se mantida a disponibilidade dos fatores de crescimento do sistema de alto fuste, a queda de produtividade pode ser minimizada ou até mesmo pode nem ocorrer, e que, na maioria das vezes, a queda seria explicada pela redução na disponibilidade de nutrientes para as árvores conduzidas por talhadia. Assim, os objetivos deste estudo são avaliar a produtividade e demanda nutricional de clones de eucalipto híbridos de Eucalyptus urophylla na primeira e um deles na segunda rotação; avaliar o efeito combinado da altura e do número de brotos deixados na ocasião da desbrota, na produção de eucalipto em regime de talhadia e avaliar o efeito da adubação na produção de madeira de eucalipto, distribuição e compartimentação dos nutrientes nos componentes dessa planta, em estudo, na primeira e segunda rotação. Foi utilizado um banco de dados de dois experimentos conduzidos na fazenda Gama, pertencente a empresa Gerdau, S.A, localizada no município de Lassance- MG. Para avaliação dos três clones: GG 050, GG100 e GG157, todos híbridos de Eucalyptus urophylla, ao longo dos 84 meses, foi estabelecido um experimento conduzido em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), com três repetições. Foram mensuradas: iX Circunferência a altura do peito (CAP), altura comercial e total na idade de 9, 12, 18, 24, 36, 48, 60, 72 e 84 meses. Após a última avaliação foram abatidas três árvores médias dentro de cada bloco, obtendo amostras simples dos componentes: folha, galho, casca, lenho e tronco. Em cada componente foi determinada a matéria seca (MS), o teor e conteúdo dos nutrientes: N, P, K, Ca, Mg e S. Para avaliação do sistema de talhadia, foi estabelecido um experimento conduzido sobre as cepas remanescentes do primeiro corte do clone GG 157, para estudo do crescimento da brotação em segunda rotação. Foram mensuradas as mesmas características acima. Foram obtidos a MS, os teores e conteúdos dos nutrientes: N, P, K, Ca e Mg nos componentes: folha, galho, casca, lenho e tronco. Os clones GG 050 e GG 157 apresentam taxa de crescimento volumétrico muito similar, enquanto que o GG 100 teve taxa inferior, aos 84 meses de idade. Entretanto, a taxa se iguala para os clones GG 100 e GG 050, nesta idade. O acúmulo de biomassa da parte aérea e do tronco, ao longo da idade dos três clones, segue comportamento semelhante ao que se observa para produção de volume de tronco. O clone GG 050 é o que mais acumula nutrientes na parte aérea e no tronco quando comparado com os clones GG 100 e GG 157, com exceção para P e K, sendo em geral, o GG 050 menos eficiente na utilização dos nutrientes do que estes dois últimos, nesta região. O ganho de produtividade do tronco com a adubação e a combinação da altura que os brotos estavam ao realizar a desbrota e número de brotos permanecidos, variou entre 140,23 % e 128,57 % de acordo com os tratamentos H2NB1 e H1NB1, respectivamente. O não suprimento de nutrientes em sistema de talhadia reflete em menor acúmulo de nutrientes na árvore e queda de produtividade tanto do lenho como tronco. Árvores no sistema de talhadia utilizam mais eficientemente os nutrientes na produção de tronco do que aquelas em regime de alto fuste. A desbrota precoce (brotações com 1m de altura) permite o melhor aproveitamento dos recursos de crescimento resultando em maior produtividade. O maior número de brotos por cepa reduz o crescimento diamétrico individual das hastes. O adequado manejo nutricional de povoamentos conduzidos por talhadia resulta na manutenção ou aumento de produtividade em relação à primeira rotação.Item Resíduos da indústria de celulose como corretivo da acidez do solo e fonte de cálcio para eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-23) Arruda, Jandeilson Alves de; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/2949292441312840A suplementação de Ca em cultivos de eucalipto tem sido necessária em virtude da pobreza desse nutriente na maioria dos solos destinados ao reflorestamento e da elevada demanda de Ca pela cultura. Resíduos da indústria de celulose apresentam potencial para uso como fontes de Ca, porém precisam ter seu comportamento no solo e a resposta das culturas à sua aplicação mais bem estudados. Os objetivos desse trabalho foram avaliar os efeitos da aplicação de uma mistura de resíduos da indústria de celulose (CCM 40:4, composta de cinza de biomassa, dregs, grits e lama de cal) sobre alguns atributos químicos do solo e como fonte de Ca para o eucalipto, e seu efeito no crescimento inicial desta espécie. Um experimento de campo foi instalado, em Eunapólis-BA, em delineamento de blocos casualizados, com nove tratamentos, resultantes da combinação fatorial entre duas fontes de Ca (calcário dolomítico comercial e mistura CCM 40:4) e quatro doses de Ca (0,5; 1; 2 e 3 vezes a necessidade de suplementação de Ca estimada pelo Nutricalc para uma produtividade de 60 m3 ha-1 ano-1), além de um tratamento sem aplicação das fontes de Ca. As fontes foram aplicadas em área total, sem incorporação. Foram coletadas amostras de solo, nas camadas 0-10, 10-20 e 20-40 cm de profundidade para análise química aos 120 dias após aplicação dos tratamentos. Nessa mesma época foram coletadas amostras de folhas para análise de macro e micronutrientes. Um ano após o plantio, foram mensurados o diâmetro à altura do peito e a altura e o volume de tronco com casca estimado. Nas amostras de solos foram determinados o pH em água, Ca2+, Mg2+, Al3+ e Na+, e os teores disponíveis de K, P,Cu, Mn, Fe e Zn, Cr, Cd, Ni e Pb. Foi realizada análise de variância para cada profundidade de coleta, e os efeitos de doses foram avaliados por meio de análise de regressão. O pH e os teores de Al3+, Ca2+ e Mg2+ do solo, nas três camadas analisadas, foram influenciados pela aplicação da mistura CCM 40:4, com redução do Al3+ e aumento dos demais elementos analisados. A aplicação da mistura CCM 40:4 causou aumento da disponibilidade de P na camada superficial e influenciou de forma cúbica a disponibilidade de K nas camadas mais profundas. Não houve influência da aplicação das fontes nos teores de Na+, Mn e Zn em nenhuma das camadasestudadas. Porém, as fontes reduziram os teores de Fe disponível, 120 dias após sua aplicação. Houve resposta quadrática para os teores de Cu em virtude da aplicação das doses de Ca na forma de CCM 40:4. Os teores disponíveis de Cr, Cd, Ni e Pb extraídos pelo DTPA-TAE ficaram abaixo do limite de detecção do aparelho empregado. Não houve influência das doses de ambas as fontes no teor foliar de Ca, Mg, P e Zn aos quatro meses de idade, porém, esses teores encontram-se dentro da faixa de normalidade para a cultura do eucalipto. Para K houve aumento linear quando se utilizou a CCM 40:4, sem que houvesse alteração no teor deste nutriente quando se utilizou calcário. Para Fe houve redução no seu teor em função das doses. Não houve influência das doses de ambas as fontes na altura das plantas e no volume com casca. Conclui-se que a mistura de resíduos da indústria de celulose pode ser usada como corretivo da acidez e como fonte de Ca; a aplicação da mistura de resíduos não elevou os teores disponíveis de metais pesados e incrementou pequena quantidade de Na trocável; e que o Ca natural do solo juntamente com o aplicado via fosfato natural reativo atenderam a demanda inicial por Ca do eucalipto.Item Tolerância da erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.) ao alumínio(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-30) Benedetti, Eliziane Luiza; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/5016035799609031; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Villani, Ecila Mercês de Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/3982959345685556; Pauletti, Volnei; http://lattes.cnpq.br/2692374476950794; Müller, Caroline; http://lattes.cnpq.br/1280369660687848A erva-mate (Ilex paraguariensis) é uma espécie que ocorre naturalmente em solos com altos teores de Al. Esse elemento, normalmente é tóxico para a maioria das espécies, prejudicando seu crescimento. No entanto, há espécies que melhoram seu crescimento na sua presença, indício de tolerância. Os compostos fenólicos, além da ação terapêutica, podem estar relacionados à tolerância da erva-mate ao Al. Papel semelhante tem sido atribuído ao boro. Nesse contexto, objetivou-se avaliar a tolerância de clones de erva-mate ao Al e a participação do boro e dos compostos fenólicos na tolerância. Para isso, instalaram-se dois experimentos em casa de vegetação em sistema hidropônico com mudas clonais de erva mate, em que os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados e repetidos quatro vezes. No primeiro experimento, testaram-se três clones (F02, A35 e A07) e cinco doses de Al (0, 100, 500, 1000 e 2000 µmol/L de Al) durante 50 dias. Determinaram-se características de crescimento de parte aérea e radicular, absorção de nutrientes e trocas gasosas. Houve estímulo ao crescimento da parte aérea e de raízes e das trocas gasosas até certas doses de Al, mesmo com diminuição no teor de P e Ca foliar, porém a magnitude da resposta e a forma de reação diferiram entre clones. A taxa de alongamento das raízes e a matéria seca radicular são bons indicadores da tolerância da erva-mate ao Al. O acúmulo de Al nas raízes mostra-se importante para tolerância da erva-mate a esse elemento. No segundo experimento, as mudas de erva-mate foram mantidas durante 80 dias em solução nutritiva, com os tratamentos: -B-Al (sem aplicação de B e Al); +B-Al (92,6 µmol/L de B e 0 µmol/L de Al); -B+Al (0 µmol/L de B e 1000 µmol/L de Al) e +B+Al (92,6 µmol/L de B e 1000 µmol/L de Al). Determinaram-se características de crescimento, status nutricional e compostos fenólicos. Não houve grandes alterações no status nutricional, e o crescimento foi favorecido pelo efeito sinérgico do B e Al. O aumento de galocatequina, epigalocatequina galato e ácido clorogênico na presença do Al, podem estar relacionados à tolerância da erva-mate ao Al.