Ciências Agrárias
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Item Assistência Técnica e Extensão Rural para quê? O caso da Cooperativa Agropecuária de Patrocínio(Universidade Federal de Viçosa, 2013-05-28) Petarly, Renata Rauta; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://lattes.cnpq.br/3902290233345225; Costa, Bianca Aparecida Lima; http://lattes.cnpq.br/4841295906930590; Oliveira, Marcelo Leles Romarco de; http://lattes.cnpq.br/9640368530350343Em constante processo de mudança, o conceito de assistência técnica e extensão rural (ATER) passa por várias transformações ao longo do tempo. Questiona-se se também se deveria configurar-se de maneiras diferentes a partir de cada organização que a executa. Deveria ser diferente a ATER realizada pelas cooperativas agropecuárias? Essa questão orientou o trabalho que buscou descrever a ATER executada por uma cooperativa agropecuária questionando-se como ela contribui com a complexidade que significa responder às exigências dos aspectos associativos e empresariais na gestão cooperativa. Por serem organizações que precisam se adequar às exigências do mercado da mesma forma em que valorizam e promovem a participação e o desenvolvimento de seus cooperados, as cooperativas agropecuárias necessitariam de um corpo técnico que articulasse o duplo foco de sua gestão e se encarregasse de executar ações de promoção socioeconômica. A pesquisa foi um estudo de caso, de características exploratório-descritivas, realizada na Cooperativa Agropecuária de Patrocínio, na região do Alto Paranaíba de Minas Gerais. Realizaram-se entrevistas com diretores, agentes de ATER, cooperados e representantes dos cooperados no Comitê Educativo e no Conselho de Administração. Evidenciou-se que os agentes de ATER se inserem no contexto de melhorias técnicas e produtivas, ao mesmo tempo em que contribuem com o processo comunicacional e representativo estabelecido entre organização cooperativa e produtores rurais cooperados. Também eles participam da execução de ações de educação cooperativista buscando a fidelização dos cooperados, promovendo seu desenvolvimento econômico e qualidade de vida. Conclui-se que se pode definir uma ATER Cooperativa que integra atividades voltadas para oferecer orientações aos cooperados no que diz respeito à melhoria no resultado de seu trabalho e condições de vida no meio rural, complementando-se também com ações de educação cooperativista que promovam a participação social e econômica dos cooperados de maneira consciente e ativa, contribuindo para uma mais eficiente articulação econômica e social entre cooperados e sua cooperativa.Item A construção social da agroecologia no Assentamento Tapera, em Riacho dos Machados, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2008-05-30) Lteif, Ana Paula Alves Silva Abou; Ferreira Neto, José Ambrosio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723804D6; Dias, Marcelo Miná; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723733T2; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4277592D5; Botelho, Maria Izabel Vieira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707948D8; Albuquerque, Míriam Abreu; http://lattes.cnpq.br/7854974657645438O presente trabalho analisa a construção social de alternativas de desenvolvimento, expressa por meio da proposta da agroecologia, trazendo como referência empírica para análise a experiência em agroecologia de um assentamento rural. Esse Assentamento denominado Tapera está localizado no município de Riacho dos Machados, região Norte do estado de Minas Gerais, e é assessorado técnica e politicamente por uma organização da sociedade civil, mais precisamente por uma ONG dedicada ao desenvolvimento rural, que tem como proposta promover o desenvolvimento rural sustentável fundamentado nos princípios da Agroecologia. Entretanto, anterior ao estudo do caso em questão, buscou-se compreender a emergência de concepções e propostas alternativas de desenvolvimento e a mobilização da sociedade civil organizada a partir de problemas sócio-ambientais, sobretudo àqueles relacionados à agricultura. Para tanto, deu-se ênfase aos conceitos e representações criadas em torno da agroecologia e o potencial de sua proposta para o desenvolvimento rural. Deste modo, esta pesquisa coloca em interação temas como desenvolvimento, agroecologia, mediadores sociais, ONGs de desenvolvimento e assentamentos rurais, de modo que permita uma compreensão mais abrangente da complexidade e do significado da experiência que se propôs analisar.Item A construção social do cooperativismo de crédito rural solidário na Zona da Mata Mineira(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-11) Freitas, Alair Ferreira de; Alcântara, Fernanda Henrique Cupertino; http://lattes.cnpq.br/2408544503673511; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://lattes.cnpq.br/6833944545421796; Ferreira Neto, José Ambrosio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723804D6; Silva, Edson Arlindo; http://lattes.cnpq.br/2119731279726612Esta pesquisa teve o objetivo de analisar o desenvolvimento do sistema Ecosol de cooperativas de crédito rural solidárias em Minas Gerais, buscando compreender a lógica de operacionalização dos serviços financeiros e os fundamentos das mudanças organizacionais que acompanham o crescimento dessas cooperativas. As cooperativas analisadas são edificadas sobre as lutas políticas da agricultura familiar e possuem forte influência ideológica de setores da Igreja Católica. A proximidade entre a estrutura operacional da organização e os espaços de interação do público-alvo permite às cooperativas se apropriarem de mecanismos sociais no monitoramento e controle do crédito, como a reputação e a confiança. Isso dinamiza as avaliações de risco, que não se centram apenas em técnicas instrumentais. Entretanto, as cooperativas passam por um processo singular de crescimento e mudança, induzido pelo ambiente institucional. A ampliação do quadro social e a expansão das operações foram acompanhadas do aumento dos riscos, principalmente da inadimplência. Esse contexto demanda a formalização de estruturas funcionais, notadamente para aumentar o controle. Trata-se de um processo de isomorfismo coercitivo que conduz as organizações à padronização de certas práticas, diante de pressões das entidades de regulação. A incerteza vivida pelas cooperativas induziu também ao isomorfismo mimético, onde as cooperativas do sistema Ecosol buscaram se assemelhar ao sistema Cresol, considerado o mais legítimo do campo organizacional, adotando práticas similares. O mimetismo foi reforçado através de um convênio de cooperação técnica entre esses dois sistemas cooperativos e a futura integração das cooperativas Ecosol/MG ao sistema Cresol. Pode-se concluir que o isomorfismo mimético no sistema Ecosol configura um processo estratégico de reestruturação organizacional, para relativizar os impactos do isomorfismo coercitivo. Nesse sentido, a integração das cooperativas do sistema Ecosol/MG ao sistema Cresol não pode ser considerada apenas a consequência de um fracasso organizacional.Item Cooperativismo e atividade garimpeira: o caso da cooperativa garimpeira do Vale do Rio da Bagagem Ltda(Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-08) Bitencourt, Marcelige Aparecida; Muniz, José Norberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783559D8; Valadares, Jose Horta; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794526Z5; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://lattes.cnpq.br/0310158107317676; Magalhães, Marcos Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770499E6; Alcântara, Fernanda Henrique Cupertino; http://lattes.cnpq.br/2408544503673511Este trabalho analisou como os garimpeiros do município de Estrela do Sul/MG se apropriaram da forma organizacional cooperativa. Nesse município, a atividade garimpeira tem sido tradicionalmente uma das principais atividades econômicas, sendo responsável por grande absorção de mão-de-obra. A própria origem da cidade tem relação direta com o garimpo. Mudanças no marco legal promoveram a criação da Cooperativa Garimpeira do Vale do Rio da Bagagem Ltda (Coogavarb) a qual foi objeto de estudo desta dissertação. A Constituição Federal do Brasil promulgada em 1988 e as transformações no marco legal e na valorização social e econômica do meio ambiente, fruto da intensa discussão que ocorreu a partir da década de 80, passam a interferir diretamente na forma como os garimpeiros deveriam se organizar. Com essas mudanças percebe-se que o Estado busca a transformação da atividade garimpeira promovendo para isso a forma cooperativa. Neste sentido, o trabalho está direcionado a compreender o universo da cooperativa estudada, tendo como pressuposto que há um conflito inerente entre a forma de organização da cooperativa e a organização dos garimpos e sua forma de apropriação dos recursos naturais. Percebe-se que os legisladores desconsideraram eventuais incompatibilidades ou, até, as próprias características da organização cooperativa, induzindo uma forma organizacional específica como solução dos problemas que os garimpos vivenciam ou ocasionam. Desta forma buscou-se entender como se dá a apropriação da forma cooperativa no caso da Coogavarb e sua atuação na gestão ambiental. Nesse marco as teorias da Contingência e da Nova Economia Institucional são utilizadas para explicar a gênese da Coogavarb. Conclui-se pela não aplicabilidade da forma cooperativa em todo tipo de atividade, como no respectivo caso em atividade de garimpo como comumente visualizado pelo Estado, pois poderia acarretar numa apropriação inadequada embora involuntária, dessa forma organizacional.Item Dinâmicas econômicas e seus impactos na reprodução social das famílias rurais: Um estudo comparativo entre os municípios de Araponga e Muriaé - MG(Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-03) Costa, Ana Flávia da; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4195627E9; Dias, Marcelo Miná; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723733T2; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Valadares, Jose Horta; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794526Z5A produção familiar contemporânea apresenta uma complexidade e diversidade cuja percepção é fundamental para se compreender a multiplicidade e a natureza de seus interesses e necessidades. Neste cenário, o presente estudo busca compreender as configurações socioprodutivas presentes em unidades agrícolas situadas nos município de Araponga e Muriaé, ambos localizados no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB), na Zona da Mata Mineira. A importância do nosso estudo reside justamente em descrever e comparar duas realidades econômicas, mais precisamente em uma região que abriga um Parque de conservação ambiental, o qual em virtude de sua extensão, abarca municípios com uma base econômica rural, como é o caso de Araponga, e municípios com uma base econômica mais calcada na prestação de serviços e também em atividades industriais, como é o caso de Muriaé. Com base em informações e dados resultantes através de questionários junto às famílias rurais e informantes chave, foi possível compreender as peculiaridades das atividades pluriativas na Zona da Mata Mineira. Em termos gerais, o que difere principalmente na combinação de atividades rurais entre os municípios de Araponga e Muriaé, e explica os resultados encontrados, é a dinâmica econômica e social dos municípios estudados. Logo, a pluriatividade em Araponga é inexistente ou muito incipiente, a troca de trabalho entre as famílias é tradicional, o que acaba minimizando o mercado de empregos rural. Isso, somado à escassa dinâmica econômica rural do município de Araponga, acaba limitando a difusão de atividades pluriativas como opções de renda para as famílias rurais. Por outro lado, o panorama geral do município de Muriaé difere do encontrado no município de Araponga. A dinâmica econômica do município abrange setores de serviços, comerciais e principalmente na área industrial têxtil. O município é considerado um pólo de modas, o que acarreta oportunidades de empregos também para as famílias rurais, principalmente para as mulheres. Mas, não só oferece oportunidades de empregos não-agrícolas, as atividades agrícolas também apontam com destaque, mostrando que a dinâmica econômica do município impacta e transforma as possibilidades de reprodução das famílias rurais.Item A educação cooperativista em Minas Gerais: mapeando as organizações(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-02) Ferreira, Palloma Rosa; Dias, Marcelo Miná; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723733T2; Lacerda, Wânia Maria Guimarães; http://lattes.cnpq.br/2080955778879818; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://lattes.cnpq.br/6389076463807810; Coelho, France Maria Gontijo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784228E8; Barbosa, Willer Araujo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784248J4A educação cooperativista nasce junto à própria ideia de cooperativa. Conscientes das características peculiares destas formas organizacionais, nas quais a cooperação se propõe como alternativa à competição e ao individualismo, os próprios pioneiros estabeleceram que ela será um dos princípios que sustentam e definem as próprias cooperativas. Como um dos pilares de sustentação do desenvolvimento cooperativo, é uma necessidade explícita destas organizações. O objetivo desta pesquisa é trazer para a luz do debate, aspectos relativos à história, definições e funcionamento da educação cooperativista nas cooperativas agrárias no Estado de Minas Gerais e analisar as organizações que atuam oferecendo educação cooperativista. Como trabalho metodológico para essa análise, realizou-se primeiro uma pesquisa exploratória, devido à escassa bibliografia disponível sobre a situação a ser observada e no intuito de alcançar maiores informações sobre o problema em questão. Para isso, foram encaminhados questionários, contendo questões fechadas e abertas, para todas as cooperativas agropecuárias às quais se teve acesso no Estado. Num segundo momento, foi realizada uma pesquisa descritiva das organizações que realizam educação cooperativista no Estado de Minas Gerais; para tanto foram realizadas entrevistas semiestruturadas, assim como pesquisa documental. Conclui-se que a educação cooperativista é escassamente desenvolvida nas cooperativas agrárias mineiras, embora não existindo uma única definição do que seja ou das temáticas que ela deva englobar. Assim, a heterogeneidade das organizações estudadas permite perceber a polissemia do conceito de educação cooperativista e observar também a variedade de atividades e públicos para os quais são organizadas essas atividades. Verifica-se a presença de três áreas privilegiadas nos conteúdos que as cooperativas agrárias identificam como fazendo parte da educação cooperativista: gestão empresarial, gestão social e assistência técnica aos cooperados. Dentre as organizações, existem aquelas que oferecem simultaneamente vários dos conteúdos mencionados, porém com discrepâncias, ou seja, às vezes com ênfase num destes conteúdos e pouca atenção dispensada aos demais. Ainda é possível visualizar coincidências nas atividades de educação cooperativista que são realizadas por essas organizações, ocasionando consequentemente sombreamento das ações desenvolvidas, embora não necessariamente com enfoque similar. Observamse indícios da existência de um campo no sentido de Bourdieu, múltiplo, diversificado e em crescimento, em que diversas organizações de distinto perfil e finalidade atuam.Item Gestão cooperativa e desenvolvimento local: um estudo de caso na Cooperativa de Crédito de São Roque de Minas/ Sicoob-Saromcredi(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-10) Souza, Márcia Maria Celestino de; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Valadares, Jose Horta; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794526Z5; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4258242J0; Ferreira Neto, José Ambrosio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723804D6; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0O trabalho visa analisar as possibilidades do desenvolvimento local a partir de uma eficiente Gestão Cooperativa, desenvolvida através do estabelecimento de estratégias orientadas tanto para Gestão econômica quanto para a Gestão social nas cooperativas. Para tanto se procurou correlacionar desenvolvimento e cooperativismo a partir de autores que enfatizam o fato do desenvolvimento envolver outros fatores tão importantes quanto o crescimento econômico e a distribuição de renda, fundamentado em teorias que o considerem como processo. O estudo foi realizado na Cooperativa de Crédito de São Roque de Minas/ SICOOB-SAROMCREDI. Neste estudo percebeu-se que desenvolvimento local em São Roque de Minas fundamentou- se na interação e no aprofundamento de determinadas dinâmicas presentes na trajetória do município, propiciadas a partir de uma iniciativa endógena de solução coletiva para o acesso a serviços financeiros. Neste sentido se destaca a atuação da cooperativa de crédito como articuladora e potencializadora do desenvolvimento local. Desta forma foram identificadas três dinâmicas significativas no estudo de caso: Estabelecimento de relações horizontais entre a organização e os cooperados; Priorização do estímulo ao protagonismo dos atores locais para a articulação das transformações de modo participativo e cooperativo, possibilitadas pelas estratégias democráticas por ela empreendidas e a Busca pela autonomia do município, através do estabelecimento da poupança interna. O desenvolvimento pôde ser, assim, viabilizado graças ao produto das relações que os indivíduos estabeleceram no interior da organização, possibilitado pela gestão cooperativa. Nesta perspectiva as cooperativas, além de ser uma organização que trabalha em defesa de seus próprios interesses, podem constituir-se num ator social coletivo para a promoção do desenvolvimento local.Item O Jeca tatu não é mais jeca: representações sobre o rural nos anúncios veiculados na revista Globo Rural, entre 1980 e 2000(Universidade Federal de Viçosa, 2010-06-28) Daniel, Laene Mucci; Gomes, Maria Carmen Aires; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791838E8; Pinho, José Benedito; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790649D3; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://lattes.cnpq.br/4441237063780483; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Braga, Geraldo Magela; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788021D4Esta dissertação visa analisar como a publicidade produzida em meios de comunicação impressos, representa o rural, observando sua transformação nas décadas de 1980, 1990 e 2000, utilizando-se para isso os anúncios da revista Globo Rural. Através da análise da publicidade, análises de discurso e semiótica, pretendeu-se compreender como foram modificando as representações acerca do rural. Para isso foram analisados os 384 anúncios correspondentes às edições dos meses de março, junho, setembro e dezembro, dos anos 1988, 1998 e 2008. Ao longo da análise e comparação dos anúncios, a heterogeneidade das representações sobre o rural ficou evidente pela marca da temporalidade. Ou seja, à medida que o contexto se modificou, as representações sobre o rural acompanharam e manifestaram suas modificações. Essa evidência veio confirmar a hipótese dessa pesquisa de que a publicidade, ao longo do tempo, representa a multiplicidade de identidades da nova ruralidade e as mudanças sociais incorporadas pelo mundo rural. Parte-se de um rural como espaço de trabalho, esforçado, mas que podia ser gerador de fartura e conquistas, através de modelos tecnológicos, em prol da produção e produtividade, nos anos 80, evoluindo para a representação de uma nova ruralidade heterogênea, pluriativa e de múltiplos significados na década de 2000, em consonância com as discussões acadêmicas sobre o rural. Conclui-se que a publicidade, em vez de ser agente de mudança como propõem alguns autores, apresenta-se neste caso como reforçadora de uma cultura dominante.Item Os papéis das organizações associativas e as políticas públicas para o meio rural: uma história que se repete(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-24) Toledo, Carla; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://lattes.cnpq.br/4994351895468863; Ferreira Neto, José Ambrosio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723804D6; Costa, Bianca Aparecida Lima; http://lattes.cnpq.br/4841295906930590Esta pesquisa teve como objetivo identificar os papéis das organizações associativas que nucleiam produtores e/ou trabalhadores rurais, principalmente a partir da redemocratização do Estado brasileiro nos anos 80 e das políticas públicas orientadas ao meio rural, das quais emergem as organizações entendidas como espaços de interação social, para participarem de estratégias e planos para o desenvolvimento rural local. Trata-se de um estudo de caso no município de Luz, Minas Gerais. Inicialmente realizou-se uma revisão bibliográfica e documental sobre os distintos tipos de organizações e sobre a evolução da história das políticas públicas e da teoria do desenvolvimento rural. No delineamento da pesquisa foram realizadas entrevistas com representantes das organizações identificadas no município (um sindicato de produtores rurais, um sindicato de trabalhadores rurais, duas cooperativas agropecuárias, uma cooperativa de crédito, dois núcleos de desenvolvimento cooperativista e oito associações). Foram entrevistados, também, os representantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural e do Instituto Mineiro Agropecuário. Algumas das organizações estudadas constituíram-se em contextos institucionais diferentes, isto é, foram anteriores à redemocratização, evidenciandose uma diferenciação segundo as épocas. No discurso, seus papéis estão mais ou menos claros e definidos, no entanto, na realidade local estas organizações possuem história, cultura e características que foram moldadas durante os anos, nos quais também lhes era solicitado exercer funções diferentes. O novo processo de elaboração das políticas públicas pressupõe a participação das organizações, mas não necessariamente reconhece as especificidades nem a autogestão das estruturas organizacionais. Assim, apresenta-se o resultado dessa trajetória de intervenções de política pública na vida associativa local, mostrando as disfunções resultantes e as tensões para com a história, características e trajetórias das organizações.Item Qual é o caminho? Uma análise das estratégias de acesso a mercados da Cooperativa Grande Sertão(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-28) Silva, Telma Coelho da; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://lattes.cnpq.br/7489117604828342; Silva, Edson Arlindo; http://lattes.cnpq.br/2119731279726612; Mafra, Rennan Lanna Martins; http://lattes.cnpq.br/7855740978392721A agricultura familiar, ao longo dos anos, teve dificuldades para inserir os seus produtos nos mercados. Atualmente esse setor tem se fortalecido, principalmente, por incentivos de políticas públicas governamentais, que visam melhorar as condições sociais e econômicas da agricultura familiar, por meio do incentivo ao escoamento da produção. Nesse marco, o objetivo desta dissertação foi analisar as estratégias utilizadas pela Cooperativa de Agricultores Familiares e Agroextrativista Grande Sertão (Grande Sertão - CGS) para a inserção da produção dos seus cooperados nos mercados. Trata-se de uma organização de agricultores familiares do norte do Estado de Minas Gerais, que comercializa produtos e alimentos, como polpas de frutas típicas do cerrado e da caatinga, mel, rapadura, hortaliças, entre outros. Esta organização, ao longo dos anos, conquistou distintos mercados e se destaca por organizar os agricultores da região, por meio da valorização da cultura, dos produtos locais e do incentivo às práticas agroecológicas. Dessa forma, procura-se compreender qual foi sua trajetória, identificar as estratégias e as ferramentas utilizadas para o acesso aos mercados dos produtos da agricultura familiar. Esta proposta caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, sendo realizado, primeiramente, um levantamento bibliográfico, construindo um referencial teórico baseado na Nova Sociologia Econômica e na Perspectiva Orientada aos Atores, a fim de embasar as análises deste estudo de caso. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com questões abertas e fechadas junto aos membros da diretoria, representantes de organizações parceiras e aos associados. Conclui-se que a Cooperativa Grande Sertão conseguiu articular os esforços de seus associados e as parcerias com diversas organizações que deram um importante impulso para o seu desenvolvimento. A organização também soube aproveitar as políticas públicas promovidas pelo governo. Dessa forma, foram identificadas as principais estratégias utilizadas para o acesso aos mercados e também se evidenciam algumas fragilidades que podem comprometer seu desenvolvimento futuro.