Ciências Agrárias
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Item Agressividade de isolados de Ceratocystis fimbriata em clones de Eucalyptus spp(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-22) Oliveira, Leonardo Sarno Soares; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785633J8; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/6531579299084086; Mafia, Reginaldo Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766736T5; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1Espécies do complexo Ceratocystis fimbriata sensu lato (s.l.) são importantes patógenos de um grande número de plantas arbóreas e herbáceas, com destaque para a cultura do eucalipto. A doença causada por C. fimbriata, denominada murcha-de-ceratocystis, é considerada emergente e de difícil controle por se tratar de um patógeno vascular e com ampla gama de hospedeiros. A principal forma de controle da doença é feita pelo plantio de material resistente, mas a possível variabilidade na população do patógeno pode comprometer a seleção de genótipos resistentes. Neste trabalho, avaliou-se a variabilidade patogênica de isolados de C. fimbriata obtidos de plantas de Eucalyptus spp. no Brasil. Foram inoculados dez isolados do fungo em dez clones comercias de Eucalyptus spp. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial composto de dois fatores (clone X isolado), com quatro repetições. Aos 60 dias após a inoculação, avaliou-se o comprimento de lesão no lenho em relação a altura da planta (% de tecido doente). Os isolados apresentaram variabilidade patogênica, diferenciando em vários níveis de agressividade. Os isolados ANG1 e PT15 foram os menos agressivos, causando infecções em apenas um clone. Os isolados RM35 e PT12 foram os mais agressivos, sendo que o primeiro foi capaz de infectar oito dos dez clones inoculados. Os demais isolados tiveram valores intermediários e variaram a agressividade de acordo com o clone avaliado. Os clones 386 e A06 foram os mais resistentes, enquanto 1172 e 1288 os mais suscetíveis. Esses clones altamente resistentes e altamente suscetíveis podem ser utilizados como comparadores nos experimentos de inoculação controlada e no campo. O resultado do presente trabalho permite concluir que existe variabilidade patogênica na população de C. fimbriata de Eucalyptus spp. e que os isolados mais agressivos são recomendados para as inoculações artificiais visando a seleção de genótipos resistentes à doença.Item Caracterização de rizobactérias e eficiência do Rizolyptus® no enraizamento e crescimento de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-21) Zarpelon, Talyta Galafassi; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/8632328159533071; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/0409610467381542; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Lau, Douglas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763972U6A partir de uma série de experimentos iniciados no final da década de 90, comprovaram-se os efeitos benéficos de isolados de rizobactérias, obtidos da rizosfera de mudas de diferentes clones de Eucalyptus grandis, Eucalyptus urophylla e seus híbridos, quando inoculados na forma de suspensão salina ao substrato. Para que sua utilização se tornasse operacionalmente viável, formularam-se os isolados mais promissores em turfa canadense e em solução estabilizante, e realizou-se sua caracterização morfológica, molecular e a sensibilidade a antibióticos. Após 24 horas de incubação, as características de elevação e coloração das colônias permitiram a diferenciação dos isolados de todas as espécies estudadas. Ademais os isolados S1, S2 e 3918 de Bacillus subtilis, MF2 e MF4 de Pseudomonas sp. e Ca de Pseudomonas fulva foram diferenciados por suas características morfológicas e pela sensibilidade a antibióticos. A análise de PCR-RFLP permitiu a diferenciação entre os isolados CIIb de Stenotrophomonas maltophilia, R1 de Frateuria aurantia e FL2 de Pseudomonas aeruginosa e entre os grupos dos isolados S1, S2 e 3918 de Bacillus e MF2, MF4 e Ca de Pseudomonas. A eficiência dos inoculantes na produção de mudas de eucalipto variou de acordo com o clone, tipo de formulação e isolado testado. Em geral, o clone de E. grandis (11) respondeu melhor à rizobacterização (Alfenas et al., 2004) que o de E. grandis x E. urophylla (409). A formulação turfosa propiciou maiores incrementos para as variáveis velocidade de enraizamento, biomassa da parte aérea e do sistema radicular. Os isolados R1, FL2, S1 e S2 destacaram-se por apresentarem maior incremento de enraizamento e o isolado S2 para o incremento da biomassa da parte aérea e do sistema radicular. Tanto a formulação turfosa quanto a líquida mostraram-se eficientes na indução de enraizamento de miniestacas e no crescimento de mudas, sendo seu uso uma alternativa prática e viável a ser adotada na produção de mudas de eucalipto.Item Caracterização molecular e inoculação de Ralstonia solanacearum em Eucalyptus spp(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-18) Fonseca, Natália Risso; Lopes, Carlos Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783372D6; Cunha, Luis Claudio Vieira da; http://lattes.cnpq.br/9367947173322278; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/2709153501578306; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1A murcha-de-Ralstonia do eucalipto, causada por Ralstonia solanacearum, constitui potencialmente, uma das principais doenças da cultura. Devido à sua ampla variabilidade, atualmente R. solanacearum é considerada um complexo de espécies , subdividida em quatro níveis taxonômicos: espécie, filotipo, sequevar e clone. Com o intuito de entender a variabilidade entre isolados de R. solanacearum provenientes de eucalipto e desenvolver um protocolo de inoculação e avaliação da resistência de clones de eucalipto à murcha-de-Ralstonia realizou-se este trabalho. Ele foi dividido em dois artigos: (i) Caracterização molecular de isolados de Ralstonia solanacearum de Eucalyptus spp. e (ii) Método de inoculação e avaliação de resistência de clones de Eucalyptus spp. à murcha-de-Ralstonia causada por Ralstonia solanacearum. No artigo 1, foram analisados 19 isolados de R. solanacearum obtidos de eucalipto de diferentes regiões do Brasil quanto à nova classificação (filotipo e sequevar) e quanto à variabilidade genética. Um produto de 372 pb gerado pela amplificação por PCR-multiplex, utilizando primers Nmult, permitiu identificar todos os isolados analisados no filotipo II. Dezoito isolados foram agrupados no subclado IIA e apenas um no IIB. A árvore filogenética gerada a partir das sequências do gene da endoglucanase (egl) confirmou a classificação dos isolados no filotipo II e os separou em sequevares. Os isolados AMC22, IBSBF2568 e IBSBF2576 agruparam-se em um único clado, assim como os isolados UFV18 e UFV20, com 89% e 78% de probabilidade posteriori, respectivamente, compondo dois novos possíveis sequevares, ainda não definidos. Foram identificados também isolados pertencentes ao sequevar 41 (100% de probabilidade) e 37 (88% de probabilidade). Entretanto, a maioria dos isolados não se enquadrou em nenhum sequevar descrito, nem formaram clados definidos. O resultado da análise de fragmentos amplificados pela técnica de ERIC-PCR indicou grande diversidade genética entre os isolados avaliados neste trabalho, havendo, em geral, uma alta correlação entre a origem geográfica dos isolados e a similaridade entre eles. No artigo 2, avaliaram-se três métodos de inoculação e a resistência de clones de Eucalyptus spp. à murcha-de-Ralstonia: (i) infestação do solo com R. solanacearum; (ii) imersão de raízes seccionadas em suspensão bacteriana; e (iii) injeção de suspensão bacteriana na base do caule. O método de inoculação de injeção de suspensão bacteriana na base do caule destacou-se como o mais eficiente para inoculações de R. solanacearum em eucalipto. De 21 clones avaliados quanto à resistência à murcha-de-Ralstonia por esse método, apenas quatro foram classificados como resistentes por não apresentarem sintomas de murcha e exsudação bacteriana até 30 dias após a inoculação.Item Condições favoráveis à mancha foliar causada por Xanthomonas axonopodis em eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-20) Neves, Daniela Andrade; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; Lau, Douglas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763972U6; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777864H6; Oliveira, José Rogério de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785966E6; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4Xanthomonas axonopodis é atualmente um dos principais patógenos foliares da eucaliptocultura no Brasil. Induz manchas foliares e desfolha em mudas no viveiro e plantas jovens no campo. No entanto, pouco se conhece sobre as condições que favorecem a infecção. Assim, neste trabalho estudaram-se o estabelecimento e o desenvolvimento da mancha foliar bacteriana causada por X. axonopodis em eucalipto em diferentes idades da folha, sob diferentes períodos de molhamento foliar e temperatura. A severidade da doença aumentou com a idade da folha, sendo maior no terceiro par de folhas completamente expandido, a contar do ápice para a base. Constatou-se também no terceiro par de folhas maior nível de colonização bacteriana expressa em unidades formadoras de colônia (ufc)/cm2 de área foliar. A ocorrência de água livre por 12 h na superfície da folha pré-inoculação foi essencial para o aumento da severidade da doença. Contudo, com o aumento da duração do período de molhamento foliar, ocorreu decréscimo na severidade da doença. A faixa de temperatura ótima para o desenvolvimento da doença foi entre 26 e 30ºC. Os resultados obtidos permitiram determinar as condições ótimas para o estabelecimento da doença. Plantas a serem inoculadas devem ser mantidas em câmara de nevoeiro por 12 h pré-inoculação e, a seguir, transferidas diretamente para câmara de crescimento a 26 30ºC. As avaliações de severidade devem ser realizadas aos 20 dias após inoculação no quarto par de folhas, no sentido ápice-base do ramo, e a desfolha, avaliada 30 dias após a inoculação. Essas condições devem ser empregadas em estudos da resistência - como seleção de genótipos resistentes - e consideradas na definição de estratégias de controle, com base no manejo das condições de cultivo.Item Detecção de Ralstonia solanacearum em plantas infectadas de eucalipto via PCR em tempo real(Universidade Federal de Viçosa, 2011-10-31) Pereira, Camila Santana; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/8632328159533071; Lopes, Carlos Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783372D6; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/7732230531687406; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1A murcha bacteriana causada por Ralstonia solanacearum é, atualmente uma das mais importantes doenças bacterianas na eucaliptocultura. O uso de mudas clonais sadias é ométodo mais efetivo para evitar a introdução e disseminação do patógeno em áreas livres da doença. Plantas infectadas podem ser identificadas visualmente ou pela exsudação de pus, porém, em minicepas assintomáticas, mas com infecções latentes, nas quais o xilema apresenta baixas concentrações de células bacterianas, não é possível a visualização de sintomas de murcha ou sinais da doença como a exsudação bacteriana. Assim, para certificação de que as mudas para o plantio estão livres do patógeno, é necessário empregar um método capaz de detectar a bactéria, mesmo quando presente em baixas concentrações.Assim, o presente trabalho objetivou avaliar a PCR em tempo real para detecção da bactéria no período latente de infecção. Primeiramente, dentre seis oligonucleotídeos testados, o oligo 224R/224F, que amplifica a região do gene ribossomal 16S, foi o único específico para R. solanacearum. Subsequentemente desenvolveu-se um protocolo de extração de DNA bacteriano a partir do tecido vegetal infectado que consiste da maceração com nitrogênio líquido, adição de solução salina, centrifugação, descarte do sobrenadante e extração com o kit (Promega) de extração. Para avaliar o método da PCR em tempo real, mudas de eucalipto de quatro clones foram inoculadas com o isolado UFV32 de R. solanacearume o DNA do patógeno foi quantificado aos 20 dias da inoculação. Aproximadamente 105 a 106 unidades formadoras de colônia (ufc)/g de R. solanacearum foram detectadas.. O limite de detecção da PCR em tempo real foi de 103ufc/g contra 107ufc/mL da PCR convencional, ou seja 10.000 vezes maior.. O método mostrou-se eficiente na detecção e quantificação de R. solanacearum diretamente do tecido vegetal de eucalipto.Item Detection and mapping of single feature polymorphisms (SFP) on a high-density short oligonucleotide array for Eucalyptus sp.(Universidade Federal de Viçosa, 2009-08-05) Neves, Leandro Gomide; Grattapaglia, Dário; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781402Y1; Resende, Marcos Deon Vilela de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709374E4; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/0999982680723088; Kirst, Matias; http://lattes.cnpq.br/4629129505794706; Paiva, Danielle Assis de Faria; http://lattes.cnpq.br/6452489003346840O gênero Eucalyptus apresenta ampla variabilidade genética, relacionada a características economicamente importantes, passível de ser explorada pela integração de métodos clássicos de melhoramento genético e genômica. Apesar dos avanços obtidos pelo melhoramento genético, espécies de Eucalyptus ainda estão nos estágios iniciais de domesticação apresentando, portanto, ampla oportunidade de ganhos pela seleção direcional. O desenvolvimento de mapas genéticos de alta resolução, enriquecidos com informação de genes, é uma estratégia com possibilidades de impactar futuras aplicações de melhoramento molecular. No entanto, com exceção de organismos para os quais o genoma encontra-se sequenciado, as técnicas atuais para se localizar genes em um mapa-referência têm mostrado eficiência limitada. Recentemente foi demonstrado em organismos modelo que microarranjos de oligonucleotídeos desenvolvidos para estudos de expressão podem ser utilizados para a detecção de polimorfismos de sequência, gerando marcadores denominados polimorfismos de elementos individuais (SFP, do inglês Single Feature Polymorphisms). As sondas no microarranjo detectam sítios polimórficos de SNPs ou -indels- nas regiões expressas fornecendo marcadores específicos de genes que, ao demonstrarem comportamento mendeliano, podem ser mapeados. O objetivo deste trabalho foi aplicar o princípio de descoberta, genotipagem e mapeamento de SFPs em uma população segregante F1 de E. urophylla x E. grandis. SFPs foram detectados com sucesso utilizando microarranjos de oligonucleotídeos contendo sequências derivadas de genes únicos gerados a partir de sequênciasconsenso de ESTs de diferentes espécies de Eucalyptus. Visto que essa classe de marcadores representa regiões gênicas, mapeamento de SPFs se torna uma abordagem eficiente para mapeamento em larga escala de genes em organismos com genoma não sequenciado. O uso da estratégia de pseudo cruzamento teste permitiu a detecção de marcadores dominantes segregando 1:1 e 3:1 em uma amostra da população de mapeamento. Um mapa genético saturado foi gerado com 884 SFPs sobre um mapa de referência pré-existente de 180 microssatélites, atingindo uma densidade média de um marcador a cada 1,2 cM em 11 grupos de ligação. O uso de um delineamento experimental que permite a detecção de SFPs segregando 3:1, além de aumentar a densidade do mapa e o número de genes mapeados, possibilitou o aumento da qualidade do mapa final. Os resultados também demonstraram que aumentando-se o número de sondas testadas por gene aumenta-se a probabilidade de detectar SFPs no gene alvo e consequentemente de mapeálo. Este é o primeiro trabalho de desenvolvimento e mapeamento de SFPs em Eucalyptus. A possibilidade de mapear genes em larga escala de forma rápida e acessível permite a condução de análises de co-localização destes genes com QTLs, abrindo espaço para a descoberta de potenciais genes candidatos que controlam esses QTLs para futuramente serem testados em experimentos de genética de associação.Item Epidemiologia da ferrugem do eucalipto e resistência genética(Universidade Federal de Viçosa, 2007-04-26) Zauza, Edival ângelo Valverde; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; Lau, Douglas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763972U6; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792139A4; Silveira, Silvaldo Felipe da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723100T3; Brommonschenkel, Sérgio Hermínio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780948Y4; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1A ferrugem (Puccinia psidii) é uma das mais importantes doenças na cultura do eucalipto no Brasil, Paraguai, Uruguai e na Argentina. Constitui uma séria ameaça se introduzida em outros países, como a Austrália, em cuja flora predominam espécies da família Myrtaceae; e África do Sul, por suas plantações industriais de eucalipto. O conhecimento das condições de ambientes favoráveis à infecção, da herança e dos mecanismos de resistência e das fontes de resistência genética é fundamental para o controle efetivo da doença. Este trabalho teve como objetivos: a) determinar por que plantas de eucalipto com altura acima de 3 m, no estádio fenológico C, tornam-se escapes à ferrugem; b) determinar a relação entre os fatores micrometeorológicos e a incidência da doença; c) estudar a dispersão anemófila de urediniósporos de P. psidii; d) avaliar o progresso da doença; e) avaliar a resistência em diferentes materiais genéticos oriundos da Austrália e ilhas vizinhas, e; f) determinar o efeito do background genético em progênies derivada do parental feminino, homozigoto para resistência. Ao avaliar o efeito do gradiente de altura sobre a incidência da ferrugem do eucalipto, em relação à duração de molhamento foliar e ao número de urediniósporos em suspensão no ar, verificou-se que a incidência da ferrugem diminuiu com o aumento da altura. Constatou-se correlação positiva (P<0,05) da área abaixo da curva de progresso da doença e porcentagem de folhas com ferrugem com o período de molhamento foliar e o número médio de urediniósporos, bem como a correlação negativa da doença com a altura. Por meio de armadilha Burkard®, quantificou-se o número de urediniósporos de P. psidii (ESP, no período de julho 2004 a junho 2005. Esporos foram capturados em 77% dos dias amostrados. Maior ESP médio (3,21 esporo/m3 de ar/2 h) foi observado entre julho e novembro. Nesse período, 58% dos ESP foram capturados no período noturno, e ESP foi negativamente relacionado com as temperaturas mínima, média (TM) e máxima e com a velocidade do vento (VV). Houve correlação positiva entre EPS, duração do molhamento foliar (MF) e umidade relativa (UR). Maior número de urediniósporos foi registrado com a combinação de baixa temperatura média, intensidade luminosa, velocidade do vento e alta umidade relativa e período de molhamento foliar, condições mais freqüentes durante o período noturno. A resistência à ferrugem de diferentes espécies de mirtáceas oriundas da Austrália se mostrou independente da procedência. As espécies mais resistentes foram: Corymbia. calophylla 'rosea , Corymbia tesselaris, Melaleuca ericifolia, Eucalyptus tereticornis, E. resinifera, E. scias spp. scias, E. paniculata, E. pellita e C. intermediata; e as mais suscetíveis foram: M. nesophila, M. alternifolia, M. cajuputi spp. cajuputi, M. leucadendra, M. quinquenervia, E.cloeziana, E. diversicolor, E. regnans, e E. grandis. Verificou-se que a existência de indivíduos suscetíveis, presumivelmente oriundos da matriz G26 de E. grandis, homozigota dominante para resistência, não foi referente ao efeito do background genético, mas de falhas operacionais, provavelmente durante o beneficiamento das sementes e, ou, de produção das mudas.Item Erradicação de inóculo de fitopatógenos na água de irrigação para viveiros florestais(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-18) Machado, Patrícia da Silva; Silva, Cláudio Mudado; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727931T6; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/3208323957499569; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5; Furtado, Gleiber Quintão; http://lattes.cnpq.br/1676492508949464No passado, não havia conscientização em minimizar o consumo de água em virtude de sua abundância e facilidade de obtenção. Entretanto, atualmente tem aumentado o interesse pelo uso racional da água e sua reutilização, especialmente em viveiros florestais. Porém, antes de sua reutilização, a água tem que ser devidamente tratada visando à erradicação de inóculo fitopatogênico a fim de minimizar os riscos de dispersão de patógenos e mitigar as perdas causadas por doenças. No presente trabalho, avaliou-se a eficiência do tratamento da água por ultrafiltração e pelo método físicoquímico convencional visando à erradicação de inóculo de Ralstonia solanacearum, Xanthomonas axonopodis, Botrytis cinerea e Cylindrocladium candelabrum, principais patógenos, comumente encontrados em viveiros florestais. A ultrafiltração permitiu erradicar acima de 99% de inóculo de R. solanacearum, X. axonopodis e B. cinerea e 100% de C. candelabrum. A baixa quantidade de inóculo remanescente dos três primeiros patógenos não induziu doenças nas mudas inoculadas. A floculação e filtração rápida em filtro de areia empregadas no método físíco-químico permitiram erradicação completa de inóculo de C. candelabrum, mas para os demais patógenos obteve-se a erradicação total somente após cloração da água filtrada com cloro residual a partir de 1,74 mg/L. Mudas de três clones de eucalipto irrigadas por 45 dias com água contendo cloro residual a 1,74 mg/L não apresentaram sintomas de fitotoxicidade. Ambos os métodos testados são práticos, viáveis e principalmente seguros visando à eliminação de inóculo de fitopatógenos da água de irrigação.Item Espécies de Mycosphaerella e Teratosphaeria associadas à mancha foliar e desfolha de Eucalyptus globulus no Sul do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2010-08-30) Teodoro, Marcela Galo; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785633J8; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/4851353804219906; Ferreira, Maria Alves; http://lattes.cnpq.br/5181939734384805; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1A mancha foliar e desfolha de teratosphaeria é uma das doenças foliares mais severas de Eucalyptus globulus. Tendo em vista a importância dessa espécie para a produção de celulose e papel e a recente constatação da doença no Brasil, procurou-se no presente estudo identificar as espécies do patógeno associadas à doença em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e avaliar a influência de meios de cultura sobre o crescimento micelial e a esporulação das espécies identificadas. As seguintes espécies foram identificadas: Mycosphaerella scytalidii, M. lateralis, Teratosphaeria ohnowa, T. perpendicularis, T. pseudafricana, T. flexuosa e T. nubilosa. Baseado no padrão de germinação dos ascósporos encontraram-se mais de uma espécie do fungo em uma mesma lesão ou em uma mesma folha. Na segunda fase do estudo, avaliaram-se o crescimento micelial e a esporulação das culturas identificadas. Mycosphaerella scytalidii, T. ohnowa e T. flexuosa apresentaram maior área abaixo da curva de crescimento micelial nos meios água de cocoágar (ACA), extrato de malte-ágar (MEA), batata-dextrose-ágar (BDA), micophil-ágar (MIC) e aveia-sacarose-ágar (AVSA). Teratosphaeria nubilosa apresentou maior área abaixo da curva de crescimento micelial nos meios BDA, AVSA e MEA. Nenhum dos meios testados propiciou a esporulação das espécies testadas.Item Expressão gênica da resposta de defesa de plantas de Eucalyptus grandis à infecção por Puccinia psidii(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-12) Rosado, Carla Cristina Gonçalves; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1; Kirst, Matias; http://lattes.cnpq.br/4629129505794706; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/3862197321344265; Cruz, Cosme Damião; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788274A6; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/8632328159533071; Alves, Alexandre Alonso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778972H7Nos últimos anos, tem havido grande expansão das plantações de eucalipto para suprir a crescente demanda mundial de matéria-prima para as indústrias de base florestal. Paralelamente à expansão das áreas plantadas, tem aumentado concomitantemente a incidência e severidade de doenças na cultura. Dentre essas a ferrugem, causada por Puccinia psidii, destaca-se como uma das mais frequentes e com maior potencial de perdas. A melhor alternativa de controle da doença é o plantio de genótipos resistentes, mas pouco se sabe sobre a base genética da resistência. Este trabalho objetivou obter informações a cerca da arquitetura genética da resposta de defesa de plantas de eucalipto à ferrugem a fim de embasar a obtenção de genótipos resistentes e minimizar riscos de perdas pela doença. Foram utilizadas mudas de dois clones, G21 e G33, resistente e suscetível à ferrugem, respectivamente. A identidade das mudas de cada clone foi confirmada por meio de marcadores microssatélites. O experimento foi em delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) no esquema de Parcelas Sub-divididas, contendo os clones R e S inoculados e não inoculados. Utilizou-se o isolado monopustular UFV-2 de P. psidii, pertencente à raça 1. Foram coletados três ramos apicais (~6 folhas) nos tempos 0 h, 6 h, 12 h, 18 h, 24 h e 48 h após inoculação. Para cada um dos seis tempos foram inoculadas oito plantas de cada genótipo. Seis lâminas de microarranjo foram produzidas somando um total de 48 câmaras. Em cada câmara foram representados 46.274 genes. Os cRNA foram marcados com os fluorócromos Cy3 e Cy5. O RNA extraído e a incorporação dos fluorócromos apresentaram-se de boa qualidade. Foram encontrados 43 genes diferencialmente expressos com razão G21/G33 de foldchange maiores que 1,5 e probabilidade corrigida maior que 0,01. Dentre esses, 22 foram induzidos e 21 foram reprimidos. Ambos os clones possuem genes relacionados diretamente com resposta a estresses bióticos e abióticos, sendo que o clone G21 possui genes com domínio LRR, proteína MLO, sulfotransferase 2A, U3 ubiquitina capazes de intermediar o reconhecimento da infecção de P. psidii e ativar eficientemente os mecanismos que restringem a colonização do patógeno nos tecidos da planta. Os resultados obtidos servem para direcionar futuras investigações sobre o patossistema Eucalyptus-Puccinia e auxiliar na identificação de alvos para o controle da doença em nível de campo.Item Genetic diversity of Puccinia psidii populations(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-22) Graça, Rodrigo Neves; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785633J8; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/0460028804581813; Peever, Tobin Lindsay; Klopfenstein, Ned Brian; Lourenço Junior, Valdir; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762040E1Relatou-se pela primeira vez a suplantação da resistência a ferrugem conferida pelo gene Ppr-1 em Eucalyptus grandis, causada por uma nova raça de Puccinia psidii (raça 4), capaz de infectar uma ampla gama de clones resistentes à raça 1 predominate. Esta nova raça, e outras ainda não identificadas, devem ser consideradas na seleção de materiais resistentes à ferrugem. Até o presente, não havia estudos visando determinar a estrutura genética de populações de P. psidii. Assim, na segunda parte deste trabalho, baseado na análise de locos microsatélites constatou-se um indicativo de possível seleção de genótipos do patógeno em função da espécie hospedeira, além de evidências de reprodução asexuada em populações de P. psidii do Brasil. Estudos filogenéticas estão sendo conduzidos a fim de verificar a presença de espécies crípiticas associadas a espécies hospedeiras específicas. Na terceira parte deste trabalho, isolados coletados em diferentes regiões do Brasil, tiveram o perfil oito locos microsatelites comparados com isolados do Paraguai, Uruguai e EUA (Califórnia e Havaí). Genótipos multilocus (GM) de P. psidii coletados em diferentes espécies hospedeiras na América do Sul indicaram que a espécie hospedeira afeta significativamente a estrutura genética de P. psidii, como relatado no artigo dois. Ao contrário dos isolados da América do Sul, todos os 50 isolados coletados em nove hospedeiros em quatro ilhas do Havaí, compartilharam um único GM, indicando a recente introdução de um único genótipo do fungo em quatro ilhas do Havaí, como previamente hipotetizado. A presença de um único GM em diferentes espécies hospedeiras indica ausência de seleção por hospedeiro na população de ferrugem do Havaí. O mesmo GM detectado em todos os isolados do Havaí foi detectado também em duas espécies hospedeiras na Califórnia, indicando uma origem comun do inóculo de P. psidii. Entretanto, a origem do GM invasor ainda não foi determinada.Item Genetic structure of Ceratocystis fimbriata populations and spatialtemporal patterns of Ceratocystis wilt(Universidade Federal de Viçosa, 2009-08-07) Ferreira, Maria Alves; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; Jesus Júnior, Waldir Cintra de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737931T8; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/5181939734384805; Harrington, Thomas Charles; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1; Zauza, Edival ângelo Valverde; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792139A4Ceratocystis fimbriata é um patógeno que causa murcha vascular e tem ocasionado perdas em muitas culturas importantes no Brasil, incluindo Eucalyptus spp., Mangifera indica, Ficus carica, Colocasia esculenta e Gmelina arborea. Suspeita-se que algumas populações de C. fimbriata no Brasil sejam espécies crípticas, hospedeiro-especializadas. Foram usados 15 marcadores polimórficos para comparar a diversidade genética entre 13 populações de C. fimbriata coletadas em diferentes espécies hospedeiras, em seis Estados brasileiros. Adicionalmente, foram examinadas 20 populações de C. fimbriata coletadas nos plantios clonais de eucalipto nos Estados de São Paulo (SP), Bahia (BA) e Minas Gerais (MG), usando seis marcadores polimórficos. Também foi avaliado o padrão espacial da doença em 35 parcelas em diferentes plantios clonais de eucalipto, entre estas, quatro áreas de coleta de brotações para enraizamento. Os valores de diversidade gênica da maioria das populações em eucalipo e mangueira dos Estados de MG, BA, Rio de Janeiro (RJ) e SP foram similares aos de populações possivelmente naturais de C. platani e C. cacaofunesta, espécies pertencentes ao complexo C. fimbriata. Valores de índice de associação evidenciaram desequilíbrio de ligações entre as populações do fungo originárias de eucalipto e mangueira. As populações e os genótipos do fungo isolados de eucalipto e mangueira aparentemente estão ligados entre si de acordo com as análises de UPGMA. Em contraste, a população de G. arborea do Pará e F. carica de SP tiveram baixos níveis de diversidade e foram diferentes entre si, e de todas as populações estudadas, sugerindo que elas têm origens diferentes. Algumas populações apresentaram um único genótipo e podem ter sido introduzidas na região por mudas infectadas. Constatou-se, com base nas análises genéticas e de fertilidade, que as populações brasileiras de C. fimbriata pertencem a uma única espécie biológica. Dos 177 isolados analisados em 20 populações do fungo isoladas de plantios clonais de eucalipto em SP, BA e MG, foram identificados 79 genótipos. As diversidades genéticas nas populações de MG e em lgumas da BA foram similares ao esperado para populações nativas do patógeno. Entretanto, algumas das populações apresentaram baixa ou ausência de diversidade genética. Alta diversidade genética foi encontrada nas áreas em que havia pequena propriedade ou floresta do tipo Cerrado antes da cultura do eucalipto, sugerindo que C. fimbriata estava estabelecido no solo antes do plantio dessa cultura. Assim, strains de C. fimbriata isolados de eucalipto parecem ser nativos de algumas áreas de MG e BA. Em contraste, um ou somente poucos genótipos foram encontrados em áreas em que havia pastagens anteriormente ao eucalipto. Adicionalmente, esses genótipos foram encontrados em viveiros ou áreas de coleta de brotações. As populações de C. fimbriata de SP foram relacionadas a algumas das populações da BA, e muitos genótipos encontrados em SP também foram observados na BA. Desse modo, o patógeno pode ter sido introduzido em novas áreas por meio de mudas contaminadas. O padrão espaçotemporal da murcha-de-ceratocysits foi avaliado em 35 parcelas em plantios de eucalipto. A maioria dos plantios estudados apresentou padrão agregado da doença. Assim, pode-se inferir que os plantios podem ter sido infectados via inóculo do solo. Entretanto, em alguns casos, a distribuição de mudas contaminadas pode ter influenciado o padrão espacial da doença no campo.Item Genética da resistência à murcha-de-ceratocystis (Ceratocystis fimbriata) em Eucalyptus spp(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-17) Rosado, Carla Cristina Gonçalves; Cruz, Cosme Damião; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788274A6; Lau, Douglas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763972U6; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/3862197321344265; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1; Lopes, Everaldo Antonio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762607A4A murcha-de-ceratocystis (Ceratocystis fimbriata) é atualmente uma das principais enfermidades em plantios comerciais de eucalipto no Brasil. Os principais sintomas causados pela doença são murcha, cancro, escurecimento radial do lenho e morte da planta. O uso de genótipos de eucalipto resistentes é a melhor alternativa de controle. Embora existam genótipos resistentes, a base genética da resistência não é conhecida. Sendo assim, no presente trabalho objetivou-se: 1) determinar o nível de resistência de genótipos de Eucalyptus grandis e E. urophylla e estimar a possibilidade de transferência da resistência por meio de cruzamentos interespecíficos controlados entre essas duas espécies; 2) construir um mapa genético, detectar e quantificar os efeitos de QTLs para resistência à murcha-de-ceratocystis utilizando marcadores microssatélites em uma família de irmãos completos proveniente de um cruzamento interespecífico. Na primeira parte do trabalho, avaliaram-se cinco genitores de E. grandis e 16 de E. urophylla, além de 30 progênies E. grandis x E. urophylla (18 a 25 plantas por progênie). Para a avaliação da resistência foram inoculadas, em condições controladas, cinco réplicas de cada genitor e de cada um dos indivíduos da progênie, com o isolodado SBS-1 de C. fimbriata. Dos 21 genitores avaliados, 12 foram resistentes e nove suscetíveis, independentemente da espécie. As estimativas das herdabilidades individuais no sentido amplo e restrito equivaleram a 59% e 50%, respectivamente, sugerindo que a resistência genética à murcha-deceratocystis apresenta alto grau de controle genético e baixa dominância alélica. Com a seleção dos 50 clones mais resistentes nas famílias avaliadas pode-se obter redução de 74,4% na média da extensão de lesões em relação à população das progênies. Na segunda parte do trabalho, cinco réplicas de 127 indivíduos da progênie DGxUGL [(E. dunnii x E. grandis) x (E. urophylla x E. globulus)] foram avaliadas quanto à resistência à murcha-de-ceratocystis. As inoculações foram realizadas em condições controladas utilizando o isolado SBS-1 de C. fimbriata. A resposta da resistência nos indivíduos da progênie seguiu uma variação contínua possibilitando analisar a característica de forma quantitativa. A progênie foi genotipada com 114 marcadores microssatélites, deste total, 110 foram mapeados em 15 grupos de ligação (GL), cujos comprimentos variaram de 12,3 a 191,5 cM. O mapa genético apresentou saturação satisfatória, com comprimento total de 1352,01 cM e intervalo médio de 12,29 cM. Pela análise de marca simples verificou-se que quatro marcadores, localizados nos GL 3, 5, 8 e 10, apresentavam efeito significativo quanto à ligação a QTL de resistência (Teste F; P≤0,05). O método de Fulker & Cardon confirmou os quatro QTLs encontrados, além de identificar mais um no GL 1, cujas herdabilidades variaram de 9,6 a 34,2.Item Herança e mapeamento genético da resistência à ferrugem (Puccinia psidii) em cruzamentos interespecíficos de Eucalyptus(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-21) Alves, Alexandre Alonso; Brommonschenkel, Sérgio Hermínio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780948Y4; Grattapaglia, Dário; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781402Y1; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778972H7; Resende, Marcos Deon Vilela de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709374E4; Cruz, Cosme Damião; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788274A6Visando estender os atuais estudos de herança, avaliou-se por meio de inoculações artificiais, a resistência de 10 progênies interespecíficas de Eucalyptus spp. desenvolvidas no Projeto Genolyptus. Os padrões de segregação obtidos para as dez progênies sugerem a ocorrência de epistasia recessiva dupla. Desse modo, a resistência à ferrugem deve depender de dois genes principais, um que codifica para uma proteína R, que reconhece proteínas Avr de Puccinia psidii de modo direto e o outro que codifique para um membro importante da cadeia de transdução de sinais como, por exemplo, uma proteína quinase que atua downstream do reconhecimento R-Avr. A falta da molécula sinalizadora bloquearia a ativação dos mecanismos de resistência do mesmo modo que a falta da proteína R resultaria em suscetibilidade. Alternativamente a resistência à ferrugem pode seguir o modelo guarda, onde uma proteína R, codificada por um dos genes, monitora uma proteína da planta tida como alvo de virulência pelo patógeno, codificada pelo segundo gene. A fim de se mapear o gene/QTL para resistência à ferrugem em um cruzamento interespecífico, 188 plantas obtidas do cruzamento [(E. dunnii x E. grandis 2) x (E. urophylla x E. globulus)] foram avaliadas quanto à resistência à ferrugem e genotipadas com um grupo de microssatélites que cobre todo o grupo de ligação 3. Apesar do padrão de segregação da resistência à ferrugem no cruzamento em questão corresponder àquele esperado para um caráter monogênico dominante, a resistência foi tratada como um caráter quantitativo e análises de QTL foram realizadas para estimar a posição e o efeito do loco envolvido na expressão da resistência. Para o mapeamento de QTLs em mapa integrado foi utilizada a estratégia de mapeamento por intervalo desenvolvida por Fulker & Cardon e para o mapeamento de QTLs nos mapas pseudo-testcross previamente construídos foi utilizada a estratégia de mapeamento por intervalo desenvolvida por Lander & Botstein. Como essas análises detectou-se um QTL para resistência à ferrugem no grupo de ligação 3. Esse QTL foi detectado com grande significância estatística pela metodologia de Fulker & Cardon entre os marcadores Embra286 e Embra122, e pela estratégia de Lander & Botstein entre os marcadores Embra350 e Embra239. A estimativa é que estes QTLs expliquem 71 e 42% da variação fenotípica, respectivamente, e sendo a herdabilidade da resistência à ferrugem neste cruzamento igual a 84%, esses QTLs devem explicar 84 e 50% da resistência à ferrugem nesse cruzamento, respectivamente. Uma vez que esses QTLs foram identificados na mesma região do grupo de ligação 3, eles devem corresponder a um mesmo loco. Para se obter o exato posicionamento do gene de resistência no mapa integrado previamente construído para a família (DxG2)x(UxGL) os dados de resistência à ferrugem foram analisados com um algoritmo implementado no software GQMOL. Com esta análise foi possível localizar o gene de resistência na região entre os marcadores Embra286 e Embra239 em uma janela genética de 14,6cM, confirmando ainda a hipótese que os dois genitores são heterozigotos para o gene de resistência. Os marcadores que flanqueiam esse gene/QTL podem ser utilizados em experimentos de introgressão com uma eficiência esperada de aproximadamente 99% na seleção de plantas resistentes, assumindo ausência de interferência de recombinação na região genômica alvo.Item Histopatologia e influência de nutrientes na intensidade da bacteriose foliar do eucalipto causada por Xanthomonas axonopodis(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-28) Silva, Aderlan Gomes da; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762336Y0; Vanetti, Claúdia Alencar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787194E4; Mafia, Reginaldo Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766736T5Este trabalho objetivou estudar a pré-penetração e penetração de Xanthomonas axonopodis em folhas de eucalipto, verificar a importância do índice estomático e da idade da folha na suscetibilidade da planta ao patógeno e estudar a influência do status nutricional das plantas na suscetibilidade à doença. Por meio de microscopia eletrônica de varredura, observou-se que o patógeno penetra por estômatos, havendo a formação de microcolônias na câmara sub-estomática e no interior de cavidades secretoras, 6 horas após a inoculação. Aos oito dias após a inoculação, observou-se a ruptura da epiderme e no interior dos tecidos uma grande massa de bactérias e uma substância mucilaginosa próxima às células bacterianas. A quantidade de bactérias aumentou com o período de incubação. A influência de portas-deentrada (estômatos) sobre a suscetibilidade das plantas à bacteriose foi estudada utilizando-se clones com diferentes níveis de resistência. Amostras de folhas de mesma posição no ramo foram coletadas e submetidas ao clareamento com cloral hidratado e à microscopia de luz para avaliar o índice estomático nas plantas de diferentes clones e determinar a existência da relação entre número de estômatos e severidade da doença. A severidade da doença não se relacionou com o índice estomático. Para avaliar a influência da idade das folhas na suscetibilidade à doença, plantas de cinco clones foram inoculadas da primeira à sexta folhas. Folhas mais velhas apresentaram maior percentagem de área foliar lesionada. Para testar a influência de nutrientes na suscetibilidade à doença realizaram-se três ensaios em casa de vegetação e um em viveiro comercial de produção de mudas. Em casa de vegetação foram utilizadas mudas de clones híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis cultivadas com em vasos contendo areia, e irrigadas com diferentes soluções nutritivas, suplementadas com cobre, boro, potássio, cálcio e, ou nitrogênio. A ação de cobre, boro e cálcio foi variável. A influência do manejo de nitrogênio e notadamente do potássio sobre a intensidade da doença foi consistente e apresentou elevado potencial de utilização. Níveis intermediários de nitrogênio na solução nutritiva aumentaram a suscetibilidade das plantas à bacteriose. A intensidade da bacteriose reduziu com o aumento dos níveis de potássio na solução nutritiva. A redução da bacteriose pôde, em parte, ser explicada por uma redução da relação nitrogênio/potássio e por um aumento no teor de açúcares no tecido foliar. Devido ao efeito do potássio em casa de vegetação, testou-se, em viveiro, o efeito da aplicação de KCl em mudas de dois clones de Eucalyptus globulus. A incidência da bacteriose reduziu com o aumento da concentração de KCl aplicada, mas houve aumento na incidência de mofo cinzento nas mudas. O manejo da nutrição mineral, especialmente do potássio, apresenta grande potencial de utilização no manejo da mancha foliar do eucalipto causada por X. axonopodis.Item Linkage analysis and QTL mapping in simulated populations(Universidade Federal de Viçosa, 2010-10-25) Alves, Alexandre Alonso; Cruz, Cosme Damião; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788274A6; Resende, Marcos Deon Vilela de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709374E4; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778972H7; Bhering, Leonardo Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764363E6; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1Como os recentes avanços na tecnologia têm levado ao desenvolvimento de novas tecnologias de genotipagem, no futuro, é mais provável que os mapas de ligação de alta densidade serão construídos a partir de marcadores dominantes e co-dominantes. Recentemente, uma abordagem estritamente genética foi proposta para a estimação da freqüência de recombinação (r) entre marcadores co-dominantes em famílias de irmãos completos. O conjunto completo de estimadores quase foi obtido, mas infelizmente, uma configuração envolvendo a estimativa da distância entre os marcadores dominantes, que segregam na proporção 3:1 e marcadores co-dominantes, não foi levada em consideração. Aqui novos nove estimadores são acrescentados ao conjunto previamente publicado, tornando possível cobrir todas as combinações de marcadores moleculares com dois a quatro alelos (sem epistasia) em uma família de irmãos completos. Isso inclui a segregação em um ou ambos os genitores, dominância e todas as configurações de fases de ligação. Como populações de retrocruzamentos (RC) são frequentemente utilizadas como populações de mapeamento, tanto em espécies autógamas, quanto em espécies alógamas foi conduzido um estudo de simulação para testar as implicações do tamanho da população, herdabilidade da característica, propriedades do QTL (r2, a e posição) e densidade de marcadores no poder de detecção e precisão do mapeamento de QTLs. Para tanto foram simuladas populações com diferentes tamanhos, com diferentes características (h2, número de QTLs e posição) e os dados analisados com dois métodos de mapeamento de QTLs comumente utilizados (mapeamento por intervalo simples (MIS) e mapeamento por intervalo composto (MIC)). Verificou-se que o tamanho da amostra tem uma grande implicação no poder de detecção e como conseqüência na estimação da magnitude da variação explicada pelo QTL e no efeito genético, em função de populações pequenas não permitirem o mapeamento de QTLs de pequeno efeito, principalmente quando esses estão envolvidos no controle genético de características de baixa herdabilidade. Também foi verificado que o posicionamento de QTLs baseados em MIC é mais acurado que MIS e que em média os QTLs mapeados estavam próximos as suas posições simuladas. Um resultado interessante é que o MIC tende a subestimar os valores de magnitude (r2) especialmente em populações grandes/ características de baixa herdabilidade e superestimá-la em populações pequenas, o que pode ser um reflexo do pequeno coeficiente de variação do erro utilizado, ou devido ao fato de quando os marcadores não se encontram na exata posição do QTL, esse parâmetro é de fato esperado ser subestimado. Destaca-se também, o fato que quando marcadores estão amplamente distribuídos ao longo do genoma (~10cM), e desse modo cobrindo a região do QTL, se um dos marcadores já estiver próximo ao QTL, um maior número de marcadores (~1cM) não melhora a precisão do mapeamento do QTL em populações suficientemente grandes. Baseado nesses resultados recomenda-se o uso de populações de tamanho adequado, ≥500, se a intenção é mapear QTLs em populações de RC, porque nessa situação, mesmo mapas de média densidade podem ser usados para mapear QTLs de grande ou pequeno efeito com grande confiabilidade. Finalmente, como os procedimentos de mapeamento de ligação e mapeamento de QTLs em famílias de irmãos completos (FIC) de espécies alógamas são bastante diversos, foi conduzido um estudo comparando o método de mapeamento por pseudo-testcross modificado (PST) (usando microsatélites), com o método de mapeamento baseado na FIC; em termos de ordenamento dos marcadores, distância entre os marcadores, comprimento total do mapa, variância das estimativas de distância e estresse. Investigou-se também o poder de detecção e a precisão de métodos de mapeamento de QTLs por intervalos baseados nos mapas PST ou no mapa para a FIC. Verificou-se que em geral as duas estratégias geram mapas altamente correlacionados com comprimentos dos grupos de ligação proporcionais. Verificou-se também que independentemente da abordagem de mapeamento de QTLs utilizadas, o poder de detecção é reduzido em populações pequenas, especialmente em situações onde a herdabilidade da característica ou magnitude do QTL é pequena. Também foi verificado que apesar dos dois métodos serem aparentemente equivalentes em termos de posicionamento do QTL para características de alta herdabilidade/ QTLs de grande efeito, o MIC baseado nos mapas pseudo-testcross prove dados mais acurados para características de baixa herdabilidade/QTLs de pequeno efeito. Como relação à magnitude dos QTLs, notou-se que ambos os métodos parecem ser equivalentes, sendo os valores superestimados para características de alta herdabilidade e subestimados para características de baixa herdabilidade, independentemente do tamanho amostral. Assim para espécies alógamas com médio nível de recursos genômicos, propõem-se que tanto a abordagem de PST quanto a abordagem baseada na FIC, e métodos de mapeamento de QTLs relacionados, possam ser utilizados para gerar mapas genéticos e mapear QTLs com alta confiabilidade. É importante ressaltar, entretanto, que outros estudos, usando diferentes cenários, i.e. diferentes coeficientes de variação do erro, diferentes números de QTLs, diferentes distribuições de marcadores, que coletivamente podem tornar a simulação um pouco mais realística, são necessários para verificar que os resultados deste trabalho se mantêm em todas as situações.Item Mapeamento e caracterização de microssatélites derivados de sequências expressas (EST) e análise de coincidência de QTL em Eucalyptus spp. em ambientes contrastantes(Universidade Federal de Viçosa, 2009-08-06) Sena, Juliana Stival; Grattapaglia, Dário; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781402Y1; Resende, Marcos Deon Vilela de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709374E4; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/1596758501550188; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1; Paiva, Danielle Assis de Faria; http://lattes.cnpq.br/6452489003346840No primeiro capítulo desta tese, foi desenvolvido e geneticamente mapeado um novo conjunto de microssatélites para Eucalyptus spp. derivados de EST (Expressed Sequence Tag). Foi feita uma triagem de 232 microssatélites derivados de EST utilizando-se um painel de 12 indivíduos correspondendo aos parentais das populações segregantes do projeto Genolyptus. Dentre os locos amplificados com sucesso, 78% foram polimórficos e apresentaram um nível elevado de transferibilidade interespecífica. Trinta e seis locos foram selecionados para mapeamento com base no tamanho dos segmentos amplificados (< 400 pb), motivos de repetição e BLAST positivo com genes de interesse em bancos públicos de dados. Com o objetivo de mapeamento, os 36 locos foram avaliados quanto ao polimorfismo e a segregação em uma população de referência envolvendo os parentais E. grandis x E. urophylla, verificando-se que a quantidade de locos totalmente informativos foi cerca de 40% menor quando comparados com microssatélites derivados de bibliotecas genômicas enriquecidas. Apesar da menor hipervariabilidade estes locos são interessantes para mapeamento, pois correspondem a regiões gênicas, possibilitando mapeamento comparativo e potencial colocalização de genes com QTLs. Dos locos em configuração informativa de segregação, 20 foram mapeados com sucesso. Estes locos mapeados foram caracterizados quanto ao seu conteúdo de informação para análise genética. Embora os microssatélites derivados de EST sejam menos polimórficos que os microssatélites derivados de sequências não codificantes, ainda assim eles podem ser utilizados com eficiência na discriminação de indivíduos, estudos de parentesco, avaliação de diversidade genética, mapeamento genético e seleção assistida por marcadores. O segundo capítulo teve como objetivo a verificação da coincidência de detecção de QTLs por meio da comparação da posição genômica e magnitude de efeito de QTLs para características silviculturais de crescimento e de qualidade da madeira em amostras de descendentes de três famílias segregantes de Eucalyptus spp. em dois locais experimentais contrastantes (Guanhães- MG e Guaíba- RS). As famílias estudadas foram: (E. camadulensis) x (E. urophilla x E. globulus), C1 x UGL, (E. dunii x E. grandis) x (E. urophilla x E. globulus), DG x U2, e (E. dunii x E. grandis) x (E. urophilla), DG x UGL. Primeiramente foram selecionados marcadores microssatélites flanqueantes e internos às regiões de QTL mapeados em experimentos anteriores para estas três famílias oriundas do ambiente de Guaíba-RS. Posteriormente mapeou-se estes marcadores utilizando-se diferentes indivíduos destas mesmas três famílias oriundos do ambiente de Guanhães-MG. Foram estudados QTLs para oito características quantitativas relacionadas com desempenho silvicultural e qualidade da madeira. Detectou-se dois QTLs (altura e profundidade de penetração do Pilodyn) em comum para os dois ambientes, no genitor UGL da família C1 x UGL; dois QTLs (teor de lignina e rendimento depurado) nos genitores DG e U2 respectivamente, do cruzamento DG x U2 e quatro QTLs (dois para diâmetro à altura do peito, um para altura e um para volume) no genitor UGL, do cruzamento DG x UGL, sendo que dois destes se colocalizaram com QTLs para características biologicamente correlacionadas (r > 0,8). Ainda, três QTLs (diâmetro à altura do peito, altura e profundidade de penetração do Pilodyn) localizados no grupo de ligação 6 do genitor UGL se mostraram estáveis entre os diferentes backgrounds genéticos e ambientes. Os resultados indicam que QTLs de maior efeito para características de qualidade da madeira são detectados em ambientes contrastantes e/ou entre diferentes backgrounds genéticos, sugerindo que a variabilidade ambiental e de background genético não teve impacto detectável sobre a expressão dos genes presentes nestes QTLs. Estes resultados inéditos para Eucalyptus são relevantes, pois fornecem regiões alvo interessantes para a seleção assistida dentro de famílias via seleção para QTLs ou ainda como ponto de partida para estudos de genética de associação.Item Mapeamento genético da resistência e a influência da nutrição mineral na intensidade da mancha-de-pteridis em eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-24) Zarpelon, Talyta Galafassi; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/8632328159533071; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/0409610467381542; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1; Silveira, Silvaldo Felipe da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723100T3A mancha-de-pteridis, causada por Cylindrocladium pteridis, induz manchas foliares pequenas e intensa desfolha em plantios de eucalipto, em regiões quentes e úmidas. Para compreendermos melhor a influência de aspectos genéticos e nutricionais sobre a doença, objetivou-se: (i) avaliar a resistência em cinco famílias oriundas de cruzamentos controlados interespecíficos de Eucalyptus spp., visando ao mapeamento genético e a detecção dos QTLs (Quantitative Trait Loci) em uma das famílias de irmãos completos; (ii) validar marcadores microssatélites próximos aos QTLs que controlam a resistência à desfolha e (iii) determinar os efeitos das doses de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) na intensidade da mancha-de-pteridis. No primeiro estudo, detectouse cinco QTLs, Rd-1, Rd-2, Rd-3, Rd-4 e Rd-5, na família de Eucalyptus urophylla (EU11) x E. camaldulensis (EC06), que explicaram, respectivamente, 22, 15, 16, 17 e 49 % da resistência à desfolha. Três QTLs no genitor EU11, Rd-1 e Rd-2 localizados no grupo de ligação (LG) 1, e Rd-4 localizado no LG6; e dois QTLs no mapa do genitor EC06, presentes nos LG2 (Rd-3) e LG8 (Rd-5). Marcadores ligados ao QTL Rd-2 foram validados em duas famílias não relacionadas pela análise de regressão linear simples. No segundo estudo, determinou-se, o efeito de doses de N, P e K na área foliar lesionada (AFL) e na desfolha (D). Para a D ajustou-se uma equação linear e para a AFL uma equação quadrática, em relação à adubação testada. O efeito do fósforo (P) na intensidade da doença não foi definido claramente, provavelmente devido à baixa absorção do elemento pela planta. Altas doses de K reduziram significativamente a D e a AFL. Detectou-se sinergismo entre N e K, em que maiores doses de K relacionadas com menores doses de N resultaram em menor D e AFL. O manejo da adubação, principalmente da potássica, de forma adequada e equilibrada em plantios clonais de eucalipto podem minimizar as perdas em volume de madeira devido a desfolhas consecutivas causadas por C. pteridis.Item Morfologia, variabilidade genética e patogenicidade de Ceratocystis fimbriata em Hevea brasiliensis(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-16) Valdetaro, Denise Cristina de Oliveira Franco; Ferreira, Maria Alves; http://lattes.cnpq.br/5181939734384805; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/3842072851787460; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Harrington, Thomas CharlesEspécies do complexo Ceratocystis fimbriata sensu lato (s.l.) são importantes patógenos de um grande número de plantas arbóreas e herbáceas, dentre elas a seringueira (Hevea sp.), nativa da região amazônica e pertencente a família Euphorbiaceae. A seringueira é cultivada visando a produção do látex, a principal matéria prima para obtenção da borracha natural que é utilizada em diversos setores. Ceratocystis fimbriata infecta o painel da seringueira, causando uma doença conhecida como mofo cinzento que afeta negativamente a produção de látex. Ceratocystis fimbriata s.l. considerado, atualmente, como um complexo de espécies contendo várias espécies crípticas, muitas das quais ainda não descritas. Deste modo, objetivou-se com este trabalho, determinar a morfologia, o relacionamento filogenético e especificidade de hospedeiro do fungo causador do mofo cinzento em seringueira, de modo a confirmar se é uma nova espécie do complexo fimbriata. Para isso, foram utilizados 20 isolados de seringueira para análise de variabilidade genética. Dentre estes, quatro isolados foram selecionados para análises morfológicas e filogenéticas e destes, dois foram utilizados para testes de patogenicidade. De acordo com as sequências de ITS r-DNA analisadas, os isolados de C. fimbriata de seringueira pertencem ao clado da América Latina, com dois genótipos de ITS, de acordo com a origem geográfica, sendo eles originados do Estado do Acre e o outro do Estado da Bahia, também confirmados por análises de microssatélites. As inoculações mostraram que não há especialização, quanto ao hospedeiro, uma vez que foram patogênicos a diferentes espécies hospedeiras (manga, crotalária, acácia, eucalipto e kiwi). Portanto, de acordo com os resultados deste trabalho, os isolados de seringueira pertencem ao clado da América Latina e são confirmados como C. fimbriata e não uma espécie distinta.Item Murcha-de-ceratocystis em Mangifera indica, Colocasia esculenta e Tilia americana(Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-16) Oliveira, Leonardo Sarno Soares; Siqueira, Dalmo Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780530J1; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; http://lattes.cnpq.br/6531579299084086; Guimarães, Lúcio Mauro da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766939H1; Ferreira, Maria Alves; http://lattes.cnpq.br/5181939734384805; Brommonschenkel, Sérgio Hermínio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780948Y4Ceratocystis fimbriata sensu lato é considerado atualmente como um complexo de espécies crípticas que afetam principalmente espécies arbóreas no Brasil e no mundo. Nos últimos anos, descrições de algumas espécies desse complexo foram feitas com base apenas na variação de sequencias da região ITS, como por exemplo a descrição de três novas espécies a partir de isolados obtidos de manga. Entretanto, estudos realizados a partir da clonagem de fragmentos da região ITS de isolados monoascospóricos de C. fimbriata mostraram haver sobreposição de sequencias, não sendo possível a leitura correta do fragmento amplificado, fazendo com que a descrição de novas espécies seja duvidosa. Com isso, o presente trabalho objetivou estudar a taxonomia do fungo obtido de manga, inhame e de Tilia americana por meio da utilização de genes diferentes de ITS e ainda estudar as relações das populações obtidas de manga e inhame por meio de marcadores microssatélite. Análises filogenéticas utilizando genes de mating type, TEF-1α e β-tubulina indicaram que isolados de manga e inhame apresentam baixa variabilidade genética e residem em um único grupo juntamente com isolados obtidos de batata-doce, a partir do qual a espécie foi originalmente descrita. Nenhuma variação morfológica significativa foi observada nos isolados de manga e inhame estudados e experimentos de cruzamento mostraram que eles são capazes de cruzar entre si e ainda cruzar com isolados de batata doce, produzindo descendentes férteis, mostrando que todos pertencem a uma única espécie biológica. A partir de valores de diversidade gênica e genotípica, bem como análise de dendrogramas baseados na frequência alélica, foi possível identificar populações naturais e introduzidas do fungo. Os isolados obtidos de Tilia americana foram identificados como uma nova espécie e descrita como Ceratocystis tiliae, baseado em análises filogenéticas, diferenças na taxa de crescimento micelial, pigmentação do micélio e especificidade ao hospedeiro.