Ciências Humanas, Letras e Artes

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    Percepções de adolescentes sobre a violência doméstica e familiar contra as mulheres, Ervália/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-21) Singulano, Yara Lopes; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://lattes.cnpq.br/0985453021608601
    A violência doméstica e familiar contra as mulheres é a manifestação mais comum da violência de gênero, e um dos tipos de violência mais frequentes na América Latina e Caribe; no Brasil, desde a década de 1980 os índices de feminicídio vem aumentando. Diante desse quadro, mostra-se necessário pensar novas estratégias de enfrentamento ao problema, visto que as ações até então implementadas, pautadas principalmente no Direito Penal, restaram insuficientes ou ineficientes. Nesse sentido, a perspectiva de prevenção da violência, notadamente através de ações educativas que promovam o acesso à informação para as faixas etárias mais jovens, parece ser promissora. Partindo de tal premissa, o presente trabalho teve como objetivo geral do trabalho analisar em que medida o acesso à informação influencia a percepção de adolescentes sobre a violência doméstica e familiar contra as mulheres, entendida enquanto violência de gênero. Para tanto, como objetivos específicos buscou-se identificar, a priori, o nível de conhecimento objetivo dos adolescentes a respeito do tema, e, especialmente, quanto à aplicação da Lei Maria da Penha, bem como as suas compreensões sobre papeis de gênero, organização familiar, relacionamentos afetivos e conflito familiar; e analisar, comparativamente, as respostas dos adolescentes, antes e depois da realização de uma oficina pedagógica, para identificar se, e como, o acesso à informação impactou suas percepções sobre o fenômeno da violência doméstica e familiar. Quanto às percepções a priori dos participantes, notou- se grande influência do discurso midiático e de suas vivências pessoais no seu discurso, diante da ausência de discussões a respeito do tema no espaço escolar, o que justificaria o baixo nível de informação constatado entre os participantes. Também ficou evidenciado que, embora afirmem repudiar a violência física, muitos adolescentes corroboram com as crenças sexistas e patriarcais que fomentam a violência de gênero, sem se dar conta dessa incoerência. Quanto à análise comparativa das repostas, concluiu-se que, embora o acesso à informação seja de fundamental importância para promover a prevenção da violência doméstica e familiar contra as mulheres, ações pontuais e esparsas, como oficinas e palestras, podem ter seu potencial educativo limitado, especialmente no tocante às crenças pessoais dos adolescentes; ou seja, mostraram-se insuficientes para fomentar uma análise crítica acerca dos modelos sociais hegemônicos, como a organização patriarcal da família e a divisão sexual de tarefas, e, consequentemente, a prevenção da violência. Assim, para promover, de fato, a mudança cultural necessária para erradicar a desigualdade de gênero e a violência contra as mulheres, é preciso incluir as discussões sobre questões de gênero no cotidiano escolar, através de políticas educacionais perenes, que contemplem toda a trajetória escolar dos indivíduos. Além disso, ficou evidenciado que o discurso midiático exerce uma influência significativa sobre a percepção dos adolescentes, de modo que se mostra indispensável também sensibilizar a mídia, enquanto importante formadora de opinião e disseminadora de informações, sobre o problema da violência de gênero, para que adote uma abordagem não-sexista e não-violenta.
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    Representações sobre a política de institucionalização de crianças e adolescentes na perspectiva de funcionários e moradores do entorno das casas de acolhimento, Viçosa-MG: uma discussão sobre a convivência familiar e comunitária
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-09) Lopes, Jaqueline de Freitas; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://lattes.cnpq.br/0552451692374456
    O ponto central em que se assenta essa pesquisa é a institucionalização de crianças e adolescentes, uma das questões polêmicas dos estudos relacionados à família, uma vez que a existência de crianças e adolescentes em um contexto de abandono, miséria e violência extrema reflete uma das faces do processo de exclusão social vivenciado pela população brasileira. Diante desse abandono familiar e social, foram criadas, como medida de proteção, as casas de acolhimento institucional, nas quais são acolhidas crianças e adolescentes que passaram ou estão passando por alguma(s) da(s) seguinte (s) situação (ões): separação (provisória ou definitiva), abandono, violência, transtornos mentais, pais usuários de drogas, prostituição, morte e outras perdas. O presente trabalho vem reafirmar a importância de realizar pesquisas sobre crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, além de pesquisa com crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional. Assim, a problemática apresentada foi: Quais representações a população local do entorno das Casas de Acolhimento e sua equipe técnica têm sobre a institucionalização de crianças e adolescentes? Como ocorre o convívio dessa população com as crianças e adolescentes abrigados? Por que não perguntar: Em que modelos atuais das Casas de Acolhimento se diferenciam das políticas públicas anteriores de atendimento às crianças/adolescentes? As Casas de Acolhimento às crianças e aos adolescentes superam os “estigmas” sociais das estratégias de institucionalização anteriores? A hipótese que norteou esse trabalho foi: o modelo de institucionalização através da Casa de Acolhimento não gera estigmatização social às crianças/adolescentes e à própria Casa de Acolhimento. O objetivo geral foi analisar a política de institucionalização das “Casas de Acolhimento” e suas possibilidades de superação das formas de institucionalização anterior. Para a elaboração das entrevistas foi utilizado a organização dos setes itens propostos por Delval (2002). A amostra foi constituída de 15 funcionários das Casas de Acolhimento e 31 moradores do entorno dessas Casas de Acolhimento. A análise qualitativa dos dados mostra as representações dos funcionários e moradores sobre a realidade social, especificamente, do abrigo. Constata-se que a cultura da institucionalização ainda é priorizada em detrimento de políticas de reconstrução e fortalecimento dos vínculos familiares. Embora o direito fundamental à convivência familiar e comunitária esteja garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na prática, este não tem se efetivado, sobretudo no que se refere ao apoio à família para superação das dificuldades que levaram crianças e adolescentes à situação de vulnerabilidade, os quais continuam à mercê de políticas públicas pontuais e seletivas que não garantem os seus direitos de maneira universal.
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    Signs of Change in Adolescents Beliefs about learning English in Public School: a Sociocultural Perspective
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-16) Lima, Fernando Silvério de; Barcelos, Ana Maria Ferreira; http://lattes.cnpq.br/3845753380051358; http://lattes.cnpq.br/5547417672168272; Coelho, Hilda Simone Henriques; http://lattes.cnpq.br/5771180375483519; Abrahão, Maria Helena Vieira; http://lattes.cnpq.br/8417792775638251
    Esta pesquisa teve por objetivo a investigação das crenças de alunos adolescentes de uma escola pública sobre a impossibilidade de aprendizagem da língua inglesa nesse contexto. O estudo de natureza interventiva foi realizado em uma turma de 32 alunos adolescentes com idade entre 13 e 15 anos em uma escola pública do estado de Minas Gerais (Brasil). O referencial teórico foi baseado em estudos da teoria sociocultural (Gallimore & Tharp, 1996; Johnson, 2006; John-Steiner & Mahn, 1996; Kinginger, 2002; Kozulin, 2003, 2004; Kozulin et al, 2003; Lantolf, 1994, 2007; Lantolf & Appel, 1994; Lantolf & Thorne, 2006; Moll, 1996; van der Veer & Valsiner, 1993, 1994, Vygotsky, 1978, 1986), crenças e mudança de crenças (Alanen, 2003; Barcelos, 2000, 2001, 2003, 2006; Barcelos & Kalaja, 2011; Basso, 2006; Conley et al, 2004; Johnson, 1999; Negueruela-Azarola, 2011; Pajares, 1992; Pintrich, Marx & Boyle, 1993; Richards & Lockhart, 1996; Richards, 1998; Tanaka & Ellis, 2003; Taylor, 2009; Tobin et al, 1994; Vieira-Abrahão, 2006; Wilkins & Ma, 2003; Yang & Kim, 2011), assim como características da adolescência (Arnett, 1999, 2006; Bandura, 2006; Basso, 2008; Buchanan, 1990, 1992; Macowski, 1993; Schunk & Meece, 2006; Pajares, 2006; Tiba, 1985; Vygotsky, 1994a, 1994b, 1998a, 1998b, 1998c). Para a metodologia, foram utilizados dois questionários semi-estruturados, uma narrativa da professora, feedback cards dos alunos, gravações de aulas em áudio, notas de campo e um grupo focal. Os resultados apontaram uma descrença dos alunos por cinco razões: indisciplina dos colegas, poucas aulas, material insuficiente, excesso de alunos por turma e a falta de um conhecimento básico na língua inglesa. Após a intervenção com o grupo, com a implementação de diferentes atividades para envolver os alunos na aprendizagem em sala de aula, suas crenças foram comparadas em termos de mudança. Os sinais de mudança nas crenças dos alunos sobre aprender inglês na escola pública foram observados como resultado de experiências positivas de aprendizagem na intervenção. Embora alguns fatores contextuais ainda influenciaram o grupo, o estudo mostrou que a mudança de crenças, apesar de difícil, é um processo que envolve prontidão, tempo e novas experiências de aprendizagem, que neste caso, foram oferecidas nas novas atividades propostas e as contínuas interpretações positivas dos alunos sobre elas.
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    Consumo de telefone celular: significados e influências na vida cotidiana dos adolescentes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-25) Luiz, Gilberto Venâncio; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4253458J7; Lima, Afonso Augusto Teixeira de Freitas de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777096T7; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9
    Neste trabalho, objetivou-se analisar o comportamento de consumo de telefone celular entre os adolescentes estudantes, com idade entre 12 a 17 anos, da cidade de Viçosa, bem como os significados desse produto na vida cotidiana destes e os impactos desse tipo de consumo nas relações familiares, extrafamiliares e no orçamento familiar. O estudo foi realizado em três etapas. A primeira etapa constou de aplicação de questionários a uma amostra de 392 adolescentes, que por meio da técnica de cluster analysis, foram definidos perfis de agrupamentos de adolescente em termos de tempo de posse e uso do telefone celular, renda, gastos e existência de conflitos familiares com relação ao uso do aparelho. A análise de agrupamentos demonstrou a formação de quatro perfis de adolescentes com características diferenciadas. Na segunda etapa foi realizada uma entrevista com 40 adolescentes, que já possuíam telefone celular a mais de um ano e que haviam trocado o celular pelo menos uma vez. Os objetivos dessa entrevista eram analisar os fatores motivadores da aquisição e troca do aparelho, os significados simbólicos do aparelho e as mudanças nas relações familiares e extrafamiliares dos adolescentes. A terceira etapa foi realizada com os responsáveis pelos adolescentes pesquisados na segunda etapa, por meio de entrevista, para verificar o perfil da família e as mudanças ocorridas na família depois que o filho (a) adquiriu o telefone celular e o impacto das despesas deste telefone na renda mensal da família. Os dados obtidos mostraram que, os adolescentes sofrem influências do seu grupo de referência para suas ações de consumo de telefone celular. Este aparelho, por estar sempre presente na vida dos indivíduos que estão mais próximos dos adolescentes, leva-os a desejar e adquiri-lo sem medir esforços, tudo para estar na moda e se manterem como membros do seu grupo de referência. Ou seja, o jovem adolescente, com relação ao consumo de telefone celular, busca uma identidade perante o seu grupo de referência e para melhor compreensão do mundo a sua volta. Assim, o adolescente identifica-se com determinado grupo e, a partir daí, passa a adotar suas regras, como neste estudo, em relação ao uso do telefone celular. A necessidade de estar sempre atualizado com as novas tecnologias é o principal motivador dos adolescentes a trocar seu telefone celular. Esse fato se dá também pela necessidade de estarem na moda com relação aos novos aparelhos que estão no mercado e que os membros do seu grupo de referência utilizam. As mudanças com relação à melhora na comunicação entre eles, a maior liberdade e confiança que os adolescentes conseguem junto aos seus pais e a maior tranqüilidade e segurança que os pais adquirem por poderem manter contato constante com os filhos fazem do telefone celular um aparelho indispensável na vida das famílias. Pode-se verificar também que, mesmo tendo agrupamentos com perfis diferenciados, em termos de tempo de posse e uso, gastos, trocas e conflitos com relação ao consumo de telefone celular, não se evidenciou nenhuma diferença com relação aos motivos de compra e troca do aparelho, significados e transformações no relacionamento familiar e extrafamiliar dos adolescentes, entre esses grupos que se pudesse afirmar que um desses elementos estivesse mais presente nas respostas dos entrevistados de um grupo ou de outro. Quanto à influência dos gastos com telefone celular na renda familiar, este dispositivo tem um impacto maior nas famílias de renda menor, uma vez que à medida que a renda aumenta, o percentual destinado a pagamento das despesas diminui e, à medida que a renda diminui, o percentual destinado a pagamento das despesas aumenta.