Ciências Humanas, Letras e Artes

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    Biblioteca, leitores e cultura: a prática social da leitura
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-06-05) Silva, Roginei Paiva da; Lopes, Elisa Cristina; http://lattes.cnpq.br/6591215608395864; http://lattes.cnpq.br/5771496402419988; Roani, Gerson Luiz; http://lattes.cnpq.br/4615421443869964; Mendonça, Simone Cristina; http://lattes.cnpq.br/9233950092812632
    Esta pesquisa tem como objetivo mapear o perfil do leitor atual refletindo sobre a prática social da leitura e a função das Bibliotecas Públicas como espaços sociais onde circulam os livros. Além disso, busca-se compreender o lugar da leitura como prática cultural. Norteou a questão o fato de que a literatura é um direito do cidadão e um bem a ser compartilhado, portanto a sociedade deveria se preocupar com a formação de leitores. A abordagem se guiou pela Sociologia e História da Leitura e pela verificação de teorias ligadas à cultura na contemporaneidade. A fim de elucidar o proposto, utilizou-se a Biblioteca Municipal Baptista Caetano d‟Almeida, em São João del- Rei/MG, como local de observação e coleta de dados para responder às indagações suscitadas. No desenvolvimento das perspectivas propostas, foram coletados dados através do sistema eletrônico de empréstimos da Biblioteca Municipal; de entrevistas com coordenador, bibliotecária e auxiliares de biblioteca; de questionário respondido pelos usuários da Baptista Caetano. Os resultados obtidos mostraram que ainda não é possível definir com precisão o perfil do leitor atual, mas este tem contornos, provavelmente, diferentes daqueles já conhecidos ou cristalizados no passado. O que se pode afirmar é que a leitura enquanto prática social e cultural recebe influências de uma sociedade globalizada, mercadológica e midiatizada. Portanto, a democratização da leitura enquanto bem cultural torna-se importante para a inclusão e ascensão social das pessoas.
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    Legislação ambiental e reprodução socioeconômica de pequenos produtores rurais da microbacia hidrográfica do Córrego do Grama, Coimbra/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-30) Sant'anna, Maria Aparecida de Castro Monteiro; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Ludwig, Márcia Pinheiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790500T3; http://lattes.cnpq.br/8199354590856929; Oliveira, Robson José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760239P6
    Este estudo contempla os resultados da pesquisa realizada com unidades familiares da Microbacia Hidrográfica do Córrego do Grama, município de Coimbra-MG. O objetivo do estudo foi investigar e analisar a relação entre a legislação ambiental vigente, no que se refere às Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal, e a reprodução socioeconômica de pequenos proprietários. Especificamente, buscamos refletir e analisar sobre a dinâmica da reprodução socioeconômica dos pequenos proprietários rurais, frente às recentes transformações ocorridas, tanto em nível da economia global, quanto das relações entre o campo e a cidade; investigar e analisar a percepção de pequenos proprietários rurais em relação à legislação ambiental vigente no contexto da realidade socioeconômica por eles vivenciada; relacionar as situações de uso e ocupação das APP s e RL das pequenas propriedades rurais com o Estatuto Legal vigente (Código Florestal Brasileiro de 1965). A pesquisa, de natureza qualitativa, especificamente um estudo de caso, teve como técnicas de coleta de dados: questionários, entrevistas semi-estruturadas, observação direta e informações em caderno de campo. O estudo se apoiou em referências teóricas que discutem o rural brasileiro e reprodução de pequenos proprietários rurais, além da análise da história e desdobramentos da Legislação Ambiental no Brasil e dos entraves e submissões (política, econômica, cultural) que o pequeno produtor rural vem sofrendo ao longo da história brasileira. Os resultados evidenciam uma população rural em processo de envelhecimento, acompanhado pela migração dos filhos em busca de melhores condições de vida. De modo geral, a reprodução socioeconômica se apoia na produção agropecuária para a subsistência, sendo a aposentadoria e os programas de transferência de renda do governo fatores decisivos nesse processo. No tocante à legislação ambiental vigente, os pequenos proprietários rurais investigados não a cumprem, muito embora percebam sua importância frente à proteção e recuperação do patrimônio ambiental. Concluímos que a legislação ambiental vigente aparece como mais um entrave à reprodução socioeconômica e à permanência de pequenos produtores rurais no campo, dada às características físicas da região na qual se insere a área de estudo, como relevo acidentado e abundância de corpos hídricos.
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    A espera por cirurgia no SUS: análise da percepção de usuários e gestores; redes sociais e processo decisório familiar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-29) Costa, Sérgio da; Siqueira-batista, Rodrigo; http://lattes.cnpq.br/7992589011048146; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://lattes.cnpq.br/6593477217838776; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2
    As conhecidas dificuldades que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem para prestar assistência integral a todos os seus potenciais usuários provocam transtornos no cotidiano das famílias que dele necessitam. Diante disso, este trabalho objetivou analisar o processo decisório das famílias que tinham algum de seus membros em situação de espera por uma cirurgia pelo SUS, considerando a possibilidade de se buscar alternativas fora do sistema público de saúde. Especificamente, pretendeu-se examinar as percepções de usuários e gestores do SUS sobre o funcionamento do sistema, analisar as redes sociais ativadas pelos pacientes em espera pela cirurgia e identificar as etapas e os papéis exercidos ao longo do processo decisório familiar. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, em que foram entrevistados 45 pacientes que se encontravam na fila de espera, assim como seis lideranças institucionais ligadas à área de saúde do município de Viçosa, MG. Pacientes e lideranças demonstraram insatisfação em relação ao funcionamento do SUS, na medida em que este não conseguiu cumprir seus princípios fundamentais da integralidade e da universalidade, além do acesso não igualitário, principalmente em função da insuficiência de recursos aplicados em saúde pelos governos federal e estadual. O perfil dos usuários em fila de espera mostrou que, em sua maioria, era composto por mulheres, de baixo grau de escolaridade e de renda limitada, indicando estado de pobreza. As redes sociais ativadas por estes pacientes eram centradas nos familiares mais próximos, de onde vieram as principais ajudas, que eram de conteúdos expressivos, regidos por normas baseadas nas obrigações de ordem familiar. O processo decisório familiar foi mais influenciado pelos parentes, que exerceram a maioria dos papéis, predominando, entretanto, as opiniões e as decisões dos próprios pacientes. Concluiu-se que o SUS, quando não consegue prestar o atendimento esperado pelos usuários, causa alterações nos cotidianos pessoais e familiares, criando um sentimento de impotência naqueles que dependem do sistema público de saúde.
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    Artesanato têxtil em Venda Nova do Imigrante: práticas, significados e memórias
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-08-27) Bossatto, Leilane Rigoni; Reis, Lílian Perdigão Caixêta; http://lattes.cnpq.br/2710436780723053; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/0683184684556712; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/2022876282345858; Oliveira, Maria das Dores Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4263912H1
    Entre as formas de perpetuar as tradições de um povo tem-se a produção do artesanato característico das comunidades. Este se apropria de elementos que constituem a cultura material e imaterial se valendo de cores e formas das paisagens locais, do patrimônio histórico, da arquitetura típica, das lendas e festas populares. Geralmente, tem como características a beleza, a utilidade e a arte. Além de ser uma atividade produtiva, é também um meio de expressão cultural do homem. A relevância deste estudo pautou-se na inserção feminina neste contexto, em que a literatura apresenta e debate a expressiva participação das mulheres, as quais são proporcionadas significativas mudanças no âmbito econômico familiar, revelando como novas opções de geração de emprego e renda para o meio rural. No entanto, deixam-se algumas lacunas referentes à entrada feminina nas atividades artesanais, deste modo, atentou-se no que tange às motivações e percepções das artesãs para seu envolvimento no processo laboral. O trabalho busca analisar os sentidos e os significados conferidos ao artesanato na vida das mulheres, de contexto rural, e compreender as motivações para a realização dos mesmos. Objetivou- se examinar a percepção das artesãs quanto ao que a produção artesanal tem propiciado em suas relações, no âmbito social e cultural, no município de Venda Nova do Imigrante-ES. Esta pesquisa tem caráter qualitativo numa abordagem descritiva e exploratória, uma vez que, procurou caracterizar e compreender o sujeito deste estudo as mulheres artesãs. O percurso metodológico consistiu em entrevistas narrativas, aplicadas às artesãs do município, com o suporte de outros recursos utilizados na construção dos dados, tais como: diário de campo, gravação e fotografia. Os dados obtidos foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo. Constatou-se que, Venda Nova do Imigrante-ES ainda preserva muitos elementos característicos da cultura no tempo da colonização. Os dados evidenciaram que o artesanato não é executado com função de geração de renda, mas como realização pessoal do grupo pesquisado. O envolvimento no processo laboral abarca outras motivações como: forma de manutenção das tradições, lazer, relacionamento interpessoal, terapia, diversão dentre outras razões. Portanto, o artesanato foi identificado como uma herança cultural, como atividade que traz consigo sentidos muito subjetivos, com influencia direta na melhoria da qualidade de vida.
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    Um pai cuida de dez filhos, mas dez filhos não cuidam de um pai: transferências financeiras entre gerações
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-18) Oliveira, Márcia Botelho de; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; http://lattes.cnpq.br/1026615082657292; Motta, Alda Britto da; http://lattes.cnpq.br/0837207761621512; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9
    O envelhecimento da população apresenta desafios à sociedade, pois influencia o consumo, a transferência de bens, o mercado de trabalho e acima de tudo a organização familiar. Diversos estudos sobre envelhecimento tratam de idosos que se tornaram dependentes, como se estes representassem um fardo para as famílias. Porém, observa-se que uma parcela significativa de idosos consegue manter não só o próprio sustento, como também amparar sua família, por meio de solidariedades funcional- afetivas e material-financeiras. A maior parte das pesquisas sobre transferências financeiras entre gerações considera apenas a percepção dos idosos, havendo uma ausência de estudos que contemplem os familiares ajudados por eles. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar comparativamente a percepção dos aposentados e de seus filhos adultos quanto ao papel do idoso na economia familiar, no âmbito das transferências financeiras, bem como investigar se existe diferença de comportamento dos filhos em relação à ajuda, considerando o gênero do idoso que oferece o auxílio. A pesquisa, ancorada na abordagem quantitativa-qualitativa de natureza exploratória- descritiva, foi realizada no município de Viçosa-MG. Considerando os objetivos propostos foi selecionada uma amostra intencional de 97 aposentados, com idade igual ou superior a 60 anos, que se aposentaram nos últimos 5 anos (de janeiro de 2007 a março de 2012), que tinham ajudado financeiramente pelo menos um filho adulto e que residiam na zona urbana de Viçosa-MG. Esta amostra foi obtida dos dados cadastrais da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Universidade Federal de Viçosa. A amostra referente aos filhos ajudados financeiramente foi obtida por meio das informações prestadas pelos aposentados, sendo selecionados 141 indivíduos maiores de 18 anos e residentes em diversos municípios brasileiros. Foram realizados dois tipos de entrevistas semiestruturadas, sendo uma direcionada ao idoso aposentado e outra ao filho que foi ajudado financeiramente. Para os dados quantitativos foi feita uma análise estatística descritiva utilizando-se o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) Versão para Windows 17.0. Já os dados qualitativos foram tratados por meio da análise das falas com base na teoria do interacionismo simbólico e na teoria das trocas sociais. Os resultados mostraram que para os idosos e seus filhos as solidariedades eram classificadas dependendo das características de cada uma. O sustento por meio da coabitação e os gastos com educação foram definidos como obrigações dos pais, não sendo consideradas como ajudas. Já quando se tratava do reembolso, as solidariedades classificadas como ajudas eram as que ocorriam sem expectativa de retorno ou cobrança. Quando a solidariedade envolvia algum tipo de expectativa, cobrança ou necessidade de reembolso, os aposentados classificavam estas solidariedades como empréstimos. Concluiu-se, assim, que ajudas são o oposto de empréstimos, e obrigações são as ajudas que os pais não podem ou não deveriam deixar de fornecer aos filhos, pois fazem parte do papel de pais e mães. Os auxílios prestados pelos aposentados aos filhos foram bastante diversificados quanto às formas, frequências e valores, sendo que estas definições eram estabelecidas de acordo com as necessidades dos filhos e as condições financeiras dos aposentados não eram levadas em consideração, visto que nos casos em que os rendimentos provenientes da aposentadoria não eram suficientes para prestar a ajuda, os aposentados recorriam a diversas fontes como empréstimo bancários, venda de imóvel e até retorno ao mercado de trabalho para complementação da renda. A questão do gênero dos aposentados se compatibilizou com os papéis tradicionalmente desempenhados por homens e mulheres. Sendo assim as solidariedades funcional- afetivas, em sua maioria, foram oferecidas pelas mães. As mães também ofereceram mais ajudas em dinheiro do que os pais, e devido aos baixos rendimentos e a pequena inserção no mercado de trabalho após a aposentadoria, estas idosas usaram empréstimos bancários para ajudar os filhos. O reembolso também foi influenciado pelo gênero do idoso, sendo que os pais receberam mais reembolsos que as mães. Além disso, quase metade dos filhos que receberam ajuda das respectivas mães e não as reembolsaram, afirmaram que se a ajuda tivesse sido prestada pelo pai, teriam a iniciativa de ressarci- lo. Os aposentados ajudavam os filhos sem cobrar reembolso pautando-se no fator seguro-velhice, acreditando que o retorno das ajudas seria oferecido futuramente quando eles precisassem. Mas ao consultar os filhos sobre a intenção de ajudar os pais no futuro ficou claro que estes não estão tão dispostos assim como os aposentados imaginavam.
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    Análise do processo decisório familiar concernente à saúde bucal: fatores determinantes e implicações do tratamento ortodôntico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-30) Ramos, Thais Cristina Vasconcelos; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Vargas, Andréa Maria Duarte; http://lattes.cnpq.br/1949307178423219; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://lattes.cnpq.br/5885021055694721; Ferreira, Efigênia Ferreira e; http://lattes.cnpq.br/0633684421168567; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9
    As oclusopatias possuem alta prevalência em adolescentes brasileiros. Porém, mesmo com a Política Nacional de Saúde Bucal, que oferece à população uma rede de tratamentos odontológicos especializados, o serviço de ortodontia na saúde pública ainda é muito incipiente. Neste sentido, pressupõe- se que, a partir das diversas demandas e necessidades da família, esta deverá buscar alocação e manejo eficiente de seus recursos. Sendo assim, esta pesquisa objetivou analisar como a família percebe, estrutura e se organiza, em termos do processo de tomada de decisão relativo à saúde bucal, examinando seus fatores determinantes e implicações sobre os subsistemas pessoal e administrativo da unidade familiar. Mais especificamente, buscou-se caracterizar a saúde bucal no cenário brasileiro e mineiro, caracterizando o desenvolvimento das políticas de prevenção, promoção, recuperação e manutenção da saúde bucal, e o exercício da prática ortodôntica, em função das percepções dos ortodontistas do município de Bambuí/MG sobre o contexto de saúde bucal, bem como sobre o tratamento e o processo decisório familiar. Além disso, foram analisadas as representações sociais das mães acerca da saúde bucal e do tratamento ortodôntico, a fim de se entender qual o sentido e o significado atribuídos pelo segmento materno a estes serviços. Posteriormente, foram identificados os papéis, as etapas e os fatores intervenientes no processo decisório referente ao uso do aparelho ortodôntico pelo adolescente, bem como suas implicações sobre os subsistemas pessoal e administrativo da família. Como procedimento metodológico, foi feito uso da pesquisa documental sobre dados da Odontologia no Brasil e em Minas Gerais, como também de entrevistas semiestruturadas com ortodontistas e com mães ou responsáveis por adolescentes que são submetidos a tratamento ortodôntico, no município de Bambuí/MG. Os profissionais foram entrevistados em sua totalidade, enquanto que a amostra das mães foi definida por critério de quotas, relacionado ao número de famílias repassadas à pesquisadora por cada dentista. Os resultados mostraram uma diversificação do mercado de trabalho odontológico, porém, com o exercício predominantemente privado e com a prática clínica ainda centrada no modelo curativista e normativo. A ortodontia é a especialidade que mais desperta interesse em dentistas, sendo a região Sudeste do Brasil a que mais concentra ortodontistas. Em nível local, os odontólogos ressaltaram os avanços na Odontologia local, com maior conhecimento da população por serviços de saúde bucal. Além disso, destacaram os baixos valores cobrados pelos procedimentos clínicos, muitas vezes, fruto da baixa renda da população de Bambuí/MG e do aumento do número de profissionais. Com relação ao processo decisório, os ortodontistas identificam as mães como tomadoras de decisão quanto ao tratamento, sendo a estética ou a insatisfação com a aparência dento facial o principal motivo pela procura do serviço ortodôntico. As mães associam a saúde bucal à ausência de doença. Seu significado é traduzido em termos de cuidado, simbolizado por idas ao dentista, higiene e tratamento curativo. A aparência e a estética são consideradas essenciais para uma boa saúde bucal, sendo o tratamento ortodôntico o símbolo da conquista de dentes perfeitos . Assim, as mães revelaram-se como componente essencial para o desenvolvimento das etapas do processo decisório, sendo seus comportamentos cognitivo e afetivo determinantes das estratégias de promoção da saúde bucal. A mudança no uso dos recursos familiares, em termos de realocação e manejo, envolveu decisões por prioridades, fundamentadas na lógica da produção simbólica, com reflexos sobre o subsistema administrativo familiar, cujo orçamento sofreu reajustes e controle de gastos, com a finalidade de manter o tratamento ortodôntico dos filhos e buscar a adaptabilidade do sistema familiar.
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    O fenômeno do alcoolismo: projetos de vida e redes de apoio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-12-17) Vilela, Janaína Soares; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://lattes.cnpq.br/2315870725905163; Silva, Douglas Mansur da; http://lattes.cnpq.br/1812859470131233; Reis, Lílian Perdigão Caixêta; http://lattes.cnpq.br/2710436780723053
    O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e incentivado pela sociedade. Estima-se que cerca de 90% da população consome álcool. De cada dez consumidores, um tem problema de alcoolismo, com repercussões tanto no âmbito da saúde pública, quanto na vida pessoal, familiar e social do dependente. Tal situação leva a que famílias a recorram à ajuda externa, no sentido de apoiá-las no processo de recuperação e tratamento de seus membros dependentes. Nesse sentido, as principais questões que esta pesquisa pretendeu responder foram: Quais são as implicações do alcoolismo nos projetos de vida dos dependentes? Como as redes de apoio formal (as comunidades terapêuticas) e informal (família, amigos, vizinhos, etc.) interferem no processo de tratamento do doente? Diante desta realidade, o objetivo geral deste trabalho concentrou-se em analisar a realidade do alcoólatra e de sua família, examinando as repercussões do alcoolismo sobre projetos de vida e redes de apoio, assim como avaliar a efetividade do programa de uma comunidade terapêutica de Minas Gerais, como rede formal concreta de apoio ao alcoólatra, considerando o estágio de dependência. Tratou-se de uma pesquisa de natureza quantitativa e qualitativa, uma vez que ambas as abordagens se complementam, de caráter exploratório- descritivo, do tipo estudo de caso. Para satisfazer os objetivos propostos, a população envolvida compreendeu as Comunidades Terapêuticas de Minas Gerais. Para o estudo in loco, foi selecionado os residentes e egressos da Casa de Acolhimento São Francisco de Assis, em Ouro Preto/MG e suas respectivas famílias, além dos responsáveis pelo funcionamento da referida comunidade. A escolha da comunidade, seus dependentes e familiares dependeu da concordância com a aceitação da pesquisa. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário enviado por e-mail para os coordenadores das comunidades do estado e uma entrevista semi-estruturada, que foi aplicada junto aos dependentes, familiares e responsáveis técnicos. Os dados foram analisados, por meio da análise estatística e análise de conteúdo, discutidos a partir de literatura pertinente. Resultados mostraram que, em relação às metodologias utilizadas pelas comunidades terapêuticas de Minas Gerais, 60% trabalham com a metodologia dos 12 passos para o Cristão, que consiste em princípios ligados à religiosidade. As demais Comunidades Terapêuticas que não utilizam a referida metodologia consideram a espiritualidade como fundamental no tratamento da síndrome da dependência alcoólica; além da abordagem interdisciplinar, que enfatize a autoestima do dependente e o desejo de se recuperar. Com relação às redes de apoio acionadas para o tratamento do alcoolismo, as redes de íntimos, representada principalmente pelas famílias, foram as redes mais acionadas; seguidas pelas redes formais representadas pelas comunidades terapêuticas. Já, em relação à interferência do alcoolismo nos projetos de vida, ficou evidenciado que este interfere em todos os domínios da vida dos indivíduos, sejam familiares, comunitários, profissionais, financeiros, espirituais, médicos e psicológicos, mas a interferência se dá em especial no domínio familiar, levando muitas vezes à separação conjugal e degradação das relações familiares. No que se refere à efetividade do tratamento do alcoolismo, pode-se perceber que esta ocorre de forma parcial, devido à taxa de recuperação ser de apenas 30%, apesar de estar de acordo com a média nacional. Além disso, ficou claro que o bom resultado não depende somente das metodologias adotadas no tratamento, mas também da aceitação e a colaboração do indivíduo em se tratar. Neste sentido, pode-se concluir que, na avaliação das metodologias utilizadas nas Comunidades Terapêuticas de Minas Gerais, a recuperação do dependente depende da força de vontade do indivíduo em se tratar, bem como da utilização de técnicas, fundamentadas na espiritualidade, vistas como essenciais para a conquista de bons resultados. O alcoolismo pode ser considerado como uma doença social, pois atinge não apenas o indivíduo, mas todo o seu meio, interferindo de forma incisiva nos projetos de vida tanto dos dependentes quanto de suas famílias, que constituem a rede social mais acionada no tratamento e recuperação do dependente, seguida das comunidades terapêuticas (redes formais). A efetividade das metodologias adotadas pela Casa em questão possui um alcance parcial dos seus objetivos, em função da taxa de recuperação e limitações de recursos humanos especializados e de infra-estruturas adequadas. Entretanto, a influência da metodologia nas mudanças das condições de vida dos dependentes e familiares compensa o desvio entre o esperado e o realizado, em termos de recuperação e reinserção social. Sugere-se que mais trabalhos sejam desenvolvidos, especialmente tratando o alcoolismo como um problema social, e não apenas como uma doença.
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    O processo de reinserção social de apenados: uma análise comparativa de trajetórias de vida
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-04) Tomé, Stella Maria Gomes; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; Noronha, José Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/7377162407855190; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://lattes.cnpq.br/2889500317815210; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; Silva, Douglas Mansur da; http://lattes.cnpq.br/1812859470131233
    O problema desta pesquisa esteve pautado tanto na crise do sistema penitenciário brasileiro, caracterizada pelas condições desumanas dos ambientes de reclusão e pela inexistência ou baixa efetividade de programas de reeducação e ressocialização para a reintegração social dos apenados, quanto no processo de estigmatização e discriminação do ex-detento, que dificultam sua inserção na vida profissional e familiar. Na pesquisa, consideraram-se duas formas de correção penal existentes: a reclusão comum e a reclusão com aplicação de programas de ressocialização. O estudo foi realizado na Unidade Prisional Comum, em Piumhi- MG, bem como no sistema da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), localizada na cidade de Viçosa-MG, e teve como principal objetivo analisar o processo de reinserção social de apenados, considerando tanto a capacidade dos programas de ressocialização em propiciar condições para a autonomia e melhoria da qualidade de vida, quanto as estratégias de reinserção social, em face à realidade de suas trajetórias de vida. Este trabalho, de natureza qualitativa, consistiu de uma pesquisa descritiva e comparativa, através de análise documental, entrevistas semiestruturadas e grupo focal. Foram entrevistados 3 agentes penitenciários e 5 egressos da Unidade Prisional de Piumhi, e 4 funcionários, 12 apenados e 6 egressos da APAC de Viçosa. Os resultados mostraram que a utilização de atividades socioeducativas, práticas laborterápicas e de espiritualidade, além de oficinas profissionalizantes, cursos e palestras, proporcionou aos apenados da APAC a possibilidade de uma reinserção mais eficaz, comparativamente aos apenados do Presídio Comum. A trajetória de vida foi pautada por um ambiente de exclusões, ressignificação de crenças e valores, e readaptações do preso à sociedade. Os egressos de ambos os regimes de correção fizeram uso de suas redes sociais e familiares como estratégia para reinserção social, buscando à realização de seus projetos de vida e à superação do preconceito e discriminação social. Para esse público, autonomia e qualidade de vida são sinônimos de liberdade, intimamente ligadas aos componentes família e emprego digno . Assim, na percepção dos apenados, o fator reinserção esteve fortemente associado ao acesso ao mercado de trabalho e ao apoio das redes familiares, vistos como elementos essenciais para a autodeterminação, reabilitação e desinstitucionalização. Nesse sentido, pôde-se concluir que o processo de reconstrução da vida e da reinserção social dos detentos depende tanto da conscientização e apoio do público envolvido com o ambiente carcerário quanto da sociedade em geral, principalmente das redes de íntimos, para que, em face às adversidades socioculturais e econômicas, seja possível a mobilização de recursos e criação de oportunidades de desenvolvimento humano e social. As práticas socioeducativas, centradas na ressocialização e capacitação profissional, contribuem para que a pena seja individualizada e não funcione apenas como veículo de retribuição punitiva, mas como meio de condicionamento e preparo para a libertação e reinserção social. Dessa forma, no processo de planejamento e execução das políticas públicas de nosso país, as medidas legais e administrativas devem considerar que os apenados não são apenas números de uma estatística a ser apresentada à sociedade, mas, sim, sujeitos singulares, com realidades familiares diversas, únicos em seus anseios e projetos de vida específicos, que devem ser apoiados, por meio de relacionamentos pautados no princípio da reciprocidade, para que efetivamente ocorram a reeducação, ressocialização e reinserção social.
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    Influências da família e da escola no consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio entre crianças de classes sociais diferentes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-06) Vieira, Denise Maria; Oliveira, Maria do Carmo Fontes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788219A6; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/6906545701574001; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760237T8
    Vários estudos apontam o consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio como um dos principais fatores para o aumento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil. Algumas ações vêm sendo desenvolvidas no País para reverter esse quadro, como programas educacionais e de intervenção nutricional. Contudo, cresce a cada dia o consumo de alimentos ultraprocessados com alto teor de açúcar, gordura e sódio e, consequentemente, o número de doenças relacionadas ao seu consumo. De acordo com o Ministério da Saúde, 260 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se a alimentação da população fosse adequada. Assim, tornam- se cada vez mais urgentes ações que promovam práticas alimentares mais saudáveis, as quais devem ser promovidas e incentivadas desde a infância, sendo a família e a escola fundamentais nesse processo. Este estudo teve como objetivo verificar a influência da família e da escola sobre o consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio entre crianças de 7 a 9 anos de idade. A amostra foi composta por 45 crianças, sendo 25 matriculadas em uma escola pública e 20 em uma escola particular da cidade de Viçosa, MG. Uma subamostra foi composta de 28 mães, sendo 13 mães de crianças da escola pública e 15 de crianças da escola particular. Os participantes da escola pública foram denominados grupo A (GA), e os participantes da escola particular, grupo B (GB). Para obtenção dos dados junto às crianças, foi utilizada a técnica de grupo focal e observação direta, com o objetivo de avaliar as preferências, o consumo e a percepção delas quanto aos alimentos que consomem nos intervalos das principais refeições. Quanto às mães, os dados foram obtidos através da aplicação de questionários e de reuniões com elas. Verificou-se que os grupos se diferenciavam quanto a classe econômica, escolaridade das mães, número de filhos, médias de idade das mães e ocupação destas. Por meio das oficinas de grupos focais, verificou-se que, embora as crianças pertencessem a grupos com características diferentes, elas tinham gostos semelhantes, preferindo alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio. Semelhanças quanto à percepção de quais alimentos são bons ou ruins para a saúde também foram encontradas entre os dois grupos. As crianças referiam-se aos alimentos como balas, pirulitos, refrigerantes, biscoitos recheados e salgadinhos tipo chips como alimentos que fazem mal à saúde, e a alimentos como frutas, legumes e verduras, como aqueles bons para a saúde. No entanto, as crianças do GA relataram consumir mais os alimentos de sua preferência, ao passo que as crianças do GB disseram consumir alimentos de sua preferência com menor frequência. Foi feito um levantamento, junto às mães, de 17 variedades de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio, consumidos por seus filhos, nos últimos seis meses. Foi avaliado também o quanto as mães das crianças eram autoeficazes em consumir uma dieta com redução de açúcar, gordura e sódio. Entre as crianças do GA a frequência de consumo desses alimentos foi maior em relação às do GB. Embora as crianças dos dois grupos compartilhassem preferências e percepções semelhantes em relação aos alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio, os comportamentos diante desses alimentos variavam de acordo com a classe econômica, escolaridade materna e autoeficácia das mães em seguir uma dieta com redução de açúcar, gordura e sódio. Os resultados mostraram que as crianças do GA pertenciam às classes econômicas C e D e eram filhas de mães com baixa escolaridade e baixa autoeficácia em reduzir o consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio. Essas crianças tinham grande disponibilidade desses alimentos nos ambientes familiar e escolar e grande autonomia para seu consumo. As crianças do GB pertenciam às classes econômicas A e B e eram filhas de mães com alta escolaridade e maior autoeficácia em reduzir o consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio. As crianças deste grupo tinham menos disponibilidade de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio tanto no ambiente familiar quanto no escolar e menor autonomia para seu consumo. Este estudo confirma a necessidade de intervenções de educação nutricional junto às mães, visando aumentar a autoeficácia destas para a redução do consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio, uma vez que os resultados mostraram relação entre autoeficácia das mães e maior ou menor consumo desses alimentos por parte das crianças. Família e escola devem compartilhar dos mesmos ideais em relação à educação alimentar das crianças, sendo fundamental o desenvolvimento de parceria entre elas.
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    O planejamento do trabalho do Agente Comunitário de Saúde e sua interface com o acesso dos usuários aos serviços de saúde de Viçosa, Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-13) Braga, Gracilene Maria Almeida Muniz; Silva, Emília Pio da; http://lattes.cnpq.br/1182798859554675; Gomes, Andréia Patrícia; http://lattes.cnpq.br/2722908704781524; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://lattes.cnpq.br/7522844577118647; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0
    A Estratégia Saúde da Família (ESF) tem enfrentado problemas na forma de planejamento do trabalho, decorrente do excesso de demanda e dificuldade na definição das ações prioritárias com as famílias atendidas. Considerando tal constatação, realizou- se nas 14 UBSFs de Viçosa, Minas Gerais, um estudo que objetivou caracterizar o perfil socioeconômico do ACS; o estado de motivação e conhecer o planejamento de suas tarefas e a opinião dos usuários sobre o trabalho do ACS. Utilizou-se abordagem quali- quantitativa na coleta de dados, estatística descritiva e análise de conteúdo e do discurso para análise. A amostragem das famílias foi definida nas 13 UBSFs que participaram do estudo, destas foram selecionados os usuários vulneráveis (48): hipertensos; gestantes; idosos e diabéticos. Os dados foram coletados por questionário e grupo focal aos ACS; entrevista semiestruturada aos indivíduos vulneráveis. O estudo identificou que, a maioria dos ACS do estudo são do sexo feminino, idade entre 26 a 43 anos. A escolaridade predominante foi ensino médio, superando a exigência para o cargo. A maioria são provedores da família. Dos 64 entrevistados 83% não se sentem motivados para planejar suas tarefas, pelo excesso de atividades burocráticas, pela precariedade das condições de trabalho e falta de treinamento. 69% dos ACS alegaram que a falta de privacidade na vida pessoal influencia na falta de motivação para o planejamento das tarefas e atividades. As atividades dos ACS não são planejadas, comprometendo o acesso das famílias aos serviços de saúde. A efetividade do trabalho do ACS é restrita devido às dificuldades encontradas no cotidiano, no entanto 82% os usuários acreditam que o trabalho do ACS favorece o acesso aos serviços das ESF. A relação dos usuários com os ACS foi avaliada por 55% das gestantes como de amizade, seguido de 54% dos hipertensos e idosos. Ao se analisar os níveis de compreensão dos usuários em relação às orientações sobre saúde prestadas pelos ACS, 52% dos hipertensos, idosos e diabéticos consideraram de fácil compreensão, 44,5% das gestantes concordaram com esta afirmativa, e outros 44,5% de gestantes disseram que os ACS não prestam este tipo de orientação. O estudo identificou que 92% hipertensos, 85% dos idosos e diabéticos e 78% das gestantes consideraram que os ACS são capacitados para desempenhar a função e cumprir com suas tarefas diárias. Desta forma podemos concluir que a falta de recursos agrava o desempenho das eSF, refletindo diretamente no trabalho do ACS. Nas ESF faltam dispositivos de gestão em nível local, para negociar com a comunidade a prioridade de ações. As tarefas dos ACS não são planejadas e estes atuam improvisadamente. Sugere-se para maior efetividade das atividades que o ACS tenha lugar de destaque na ESF e possa organizar seu trabalho a partir das prioridades dos usuários, conhecidas a partir dos estudos de caso.