Ciências Humanas, Letras e Artes

URI permanente desta comunidadehttps://locus.ufv.br/handle/123456789/5

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 64
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análise do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior do Brasil (SINAES) e de sua possível aplicação em Angola - Africa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-22) Costa, Kapeth Gaspar dos Santos da; Oliveira, Adriel Rodrigues de
    A Universidade é a instituição responsável pela democratização e produção do conhecimento, na prestação de serviços de alto nível à sociedade. A sua avaliação pode ser considerada um processo importante e oportuno, que corresponde a todo um esforço empregado pela mesma para conhecer-se e alicerçar base sólida de modo a decidir e subsidiar sobre a sua gestão, seu futuro, seu crescimento, visando a tornar-se reconhecido pelos diversos setores institucionais e pela sociedade. Considerando a relevância do tema no âmbito das instituições de ensino superior Angolanas e a escassez de estudos científicos nesta área do saber, a presente dissertação tem por objetivo entender o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior Brasileira (SINAES) por meio de revisão bibliográfica e condução de entrevistas semiestruturadas junto aos avaliadores institucionais do SINAES. As entrevistas foram analisadas por meio da técnica Análise de Conteúdo e, para atender aos objetivos propostos, procedeu-se a uma comparação entre as legislações de instituições de ensino superior brasileiras e instituições de ensino superior angolanas, no sentido de proporcionar uma discussão na perspectiva da possibilidade de identificar convergências e divergências num domínio peculiar das duas legislações pondo a finalidade científica a procura das causas de modo a saber se é possível tirar proveito no Sistema Nacional de Avaliação de Educação Superior Brasileiro. Entretanto, foi possível identificar que a concepção do SINAES pode subsidiar a criação de uma proposta de um sistema de avaliação para o contexto Angolano.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    A Palavra iluminada: A arca da aliança - paródia na poesia religiosa de Carlos Nejar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-11) Machado, Cínthia Marítz dos Santos Ferraz; Nascimento, Lyslei de Souza; http://lattes.cnpq.br/2618593450338207; Assis, ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/4758858392951831; Gonçalves, Gracia Regina; http://lattes.cnpq.br/5227210194234819
    Esta dissertação pretende um estudo acerca do conjunto de poemas A Arca da Aliança , parte integrante da obra Os Viventes, de Carlos Nejar (2011), poeta e crítico literário brasileiro contemporâneo, pelo viés dos estudos sobre intertextualidade pós-moderna. A Arca da Aliança é uma obra representativa do panorama brasileiro da poesia atual e se faz profícuo texto para a investigação das intersecções discursivas entre o literário e o bíblico, por possuir correspondências muito claras entre os dois textos, o que nos leva ao estudo sobre produtividade poética e paródia pós-moderna. Além disso, se configura como ímpar na produção literária do momento por ter sido confeccionada e incorporada ao livro no decorrer de um período de aproximadamente 20 anos de crescimento e amadurecimento poético. A primeira edição da obra foi em 1979, sendo que a edição de 1995 consta de acréscimos de cerca de 300 novos poemas, dentre eles, o conjunto a que nos propomos estudar. Com base em um suporte teórico que nos oferece possibilidades investigativas e contemplativas sobre o tema, almejamos perscrutar como o poeta reelabora o discurso religioso transpondo-o para o literário na contemporaneidade, ainda que o estudo de poesia contemporânea se limite a uma falta de distanciamento crítico. Deste modo, este tema nos interessa a partir do momento em que possibilita uma pesquisa sobre como o mundo recriado pela iniciativa salvífica de Deus, outrora numa certa linguagem da fé, pode exprimir-se, por sua vez, na linguagem de iniciativa poética?, ou como por meio da iniciativa poética, o artista da palavra recria e reconfigura uma nova ordem do mundo mítico da sagrada escritura. Assim, sondar este tema se faz, para nós, um instigante e pertinente trabalho na área dos Estudos Literários, que busca contribuir para o alargamento dos horizontes da pesquisa literária científica.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Aldravismo Movimento Mineiro do Século XXI
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-27) Leal, Andreia Aparecida Silva Donadon; Souza Júnior, José Luiz Foureaux de; http://lattes.cnpq.br/9716378308199779; Silva, Nilson Adauto Guimarães da; http://lattes.cnpq.br/1429164357915092; http://lattes.cnpq.br/7776842669034133; Pereira, Cláudia Gomes Dias Costa; http://lattes.cnpq.br/4016884675554957; Silva, Francis Paulina Lopes da; http://lattes.cnpq.br/7690315002084931
    Esta Dissertação propõe traçar quadro histórico, estético e literário do Aldravismo; movimento literário e artístico que se desenvolveu na Região dos Inconfidentes, no século XXI, na cidade de Mariana, Minas Gerais. Surgido no ano de 2000, o Aldravismo explicita a proposta de poetas que se reuniram para experimentar uma forma de provocar significação sem impor a vontade do autor, nem desconsiderar a vontade do leitor, abrindo uma possibilidade de produção de algo que pudesse ser complementado pelo leitor, no processo de significação. Nascia a proposta de Literatura Metonímica, em que o produtor apresenta um indício, uma parcela da coisa representada e o leitor/espectador é livre para compor seu complemento de significação. A primeira parte desta pesquisa desenvolve reflexão sobre o contexto histórico do movimento aldravista,nos panfletos e jornais; do período pré-aldravista até a consolidação do movimento (1995-2000). A segunda traça o conceito de interdiscursividade dos manifestos publicados nas edições impressas do Jornal Aldrava Cultural (período: 2000 a 2003) e no livro de base Aldravismo A literatura do sujeito (2002). A terceira analisa a produção literária nos jornais publicados no período de 2000 a 2012, para explicitar a efetividade do conceito semiológico de metonímia, ou seja, o modo de sua realização textual, em que uma parcela de algo assume significação de uma totalidade, uma insinuação que se faz discurso e uma forma que se faz resultado. O ciclo analítico do Aldravismo se fecha com a apresentação da nova forma de poesia a aldravia, criada em 2010 pelos poetas de Mariana, consolidando, assim, o Aldravismo como o movimento literário do século XXI.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Entre o mato virgem e a selva de pedra análise dos espaços em Macunaíma (1928), de Mário de Andrade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-17) Lopes, João José; Siqueira, Joelma Santana; http://lattes.cnpq.br/7544225793792187; http://lattes.cnpq.br/7692458543246913; Cintra, Elaine Cristina; http://lattes.cnpq.br/7390714460611186; Leitão, Cláudio Correia; http://lattes.cnpq.br/8607546197246720
    Diante das mudanças que ocorreram no Brasil nos primeiros anos do século XX, quando novas correntes artísticas começaram a circular pela Europa, a maior parte do mundo ocidental encontrava-se em meio a transformações sociais, políticas, econômicas, tecnológicas e culturais que alteraram radicalmente a forma de viver e de sentir o mundo do homem moderno. Invenções revolucionárias como o automóvel, o telefone, o cinema e o rádio, passaram a fazer parte do cotidiano das grandes cidades, cada vez mais urbanizadas. É o momento em que no Brasil a percepção de identidade como uma construção tornou-se pauta de discussão, cujo interesse extraordinário pela cultura popular levou um pequeno grupo de intelectuais a buscar influências em prol da liberdade, renovando, assim a nossa literatura. Desta forma, este trabalho analisa a obra Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, publicada em 1928 pelo escritor Mário de Andrade (1893-1945), no que diz respeito à representação do espaço na narrativa, para a qual o autor usou a expressão "embrulhada geográfica proposital" a fim de referir-se à justaposição de espaços geográficos percorridos por Macunaíma, constituindo-se em uma viagem fantástica. A ausência de um itinerário realista percorrido pelo herói, no entanto, não impede que possamos identificar na obra questões importantes sobre o espaço rural e o espaço urbano do Brasil moderno, haja vista, por exemplo, o impacto de Macunaíma ao chegar à cidade de São Paulo. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo propor uma análise dos espaços percorridos pelo herói, com seus elementos constitutivos, visando identificar e discutir relações entre a narrativa e aspectos da modernização brasileira.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Prática social da escrita: um estudo envolvendo a educação de adultos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-23) Oliveira, Leilane Morais; Paes, Cristiane Cataldi dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4228566A7; http://lattes.cnpq.br/5352556560815097; Barcelos, Ana Maria Ferreira; http://lattes.cnpq.br/3845753380051358; Silva, Jane Quintiliano Guimarães; http://lattes.cnpq.br/4548190891694709
    O Brasil vivencia, na contemporaneidade, um momento em que as oportunidades de acesso à educação passam por amplas modificações: observa-se uma expansão relativa às tentativas governamentais de garantir, em Lei, os direitos de acesso à educação e uma elevação dos índices de alfabetização, os quais demonstram haver uma democratização do ensino. Porém, outros dados de pesquisas demonstram que um número alarmante de pessoas permanecem analfabetas e que os índices de analfabetismo funcional ampliaram, isto é, subiu o número de pessoas que, apesar de reconhecerem o sistema linguístico (por meio da alfabetização), não são capazes de praticar a leitura e a escrita com eficiência. Sendo assim, esse estudo filiase às bases teóricas dos Novos Estudos de Letramento (COOK-GUMPERZ, 2002; KLEIMAN, 1995, 2007, 2008; ROJO, 2008; SIGNORINI 2007; SOARES, 2004), que visam compreender e promover meios para que práticas e eventos de letramento sejam capazes de tornar os sujeitos usuários compententes dos recursos de leitura e de escrita em determinada língua e, além disso, utiliza a metodologia das Sequências Didáticas, proposta por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2007), como meio para, em uma sala de língua portuguesa referente ao segundo ciclo da educação básica de um núcleo voltado para a educação de jovens e adultos promover eventos e práticas de letramento em língua materna padrão. Isso ocorreu por meio do estudo do gênero e atividades de escrita que se relacionavam à transformação de um texto proveniente do discurso didático, que versava sobre as doenças sexualmente transmissíveis, em um texto de discurso divulgativo (o qual deveria direcionar-se aos leitores de um jornal popular da cidade em que o núcleo está localizado). Sobre o estabelecimento dessa Sequência Didática, tem-se que ele ocorreu por meio de dados coletados através de uma pesquisa de base etnográfica e participante, realizada entre os meses de março e junho de 2012, e também por meio da prática de escrita que os próprios alunos apresentaram em sala de aula. O estudo se relaciona à escrita de cinco sujeitos (dois homens e três mulheres) e os resultados mostram que a Sequência Didática foi eficaz para auxiliar os alunos em questões relacionadas, principalmente, à textualidade, à adequação de sua escrita ao gênero discursivo estudado e à utilização de procedimentos discursivos relacionados à recontextualização do discurso didático em discurso de divulgação científica; o que foi analisado através das bases teóricas da Análise do Discurso relacionada à Divulgação Científica (CIAPUSCIO, 1997; CASSANY, LÓPEZ, MARTÍ, 2000; CALSAMIGLIA et al., 2001 e CATALDI, 2003, 2007ª, 2007b, 2008). Em contrapartida, constatou-se que alguns movimentos linguísticos que demonstravam inadequações relativas à língua materna tida como padrão, em termos morfossintáticos e fonológicos, permaneceram na prática de escrita dos alunos, mesmo após a realização da Sequência Didática.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    O Teatro do Oprimido e a resistência de Caliban: A Tempestade, de Shakespeare, e a de Augusto Boal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-12) Gomes, Mariana de Lazzari; Dudalski, Sirlei Santos; http://lattes.cnpq.br/5589206381205301; http://lattes.cnpq.br/2004268122464722; Rocha, Luiz Carlos Moreira da; http://lattes.cnpq.br/0910269940970936; Milton, John; http://lattes.cnpq.br/5756833764522214
    O século XX marca uma época em que escritores pós-coloniais despertam interesse por A Tempestade (1610), de Shakespeare, como capital cultural para destacar as desigualdades do encontro colonial e enfrentar os seus efeitos contemporâneos. Ao se apropriarem dessa peça, tais escritores se ocupam de uma prática politizada e atenta a questões relativas ao exercício do poder. Especialmente a personagem Caliban tem sido adotada como um ícone cultural, sendo considerada um emblema das populações nativas colonizadas. Um destes escritores é Augusto Boal, célebre dramaturgo brasileiro e criador do método do Teatro do Oprimido, que propõe uma nova maneira de fazer teatro, segundo a qual o espectador se transforma em sujeito da ação dramática ( spect-ator ). Em vista disso, uma peça de teatro, então, deve despertar o indivíduo para discutir temas relacionados a todo tipo de opressão e ensaiar ações que possam, efetivamente, modificar a vida em sociedade. Aos moldes da Estética do Oprimido, Boal se apropria d A Tempestade, de Shakespeare, e a reescreve, no exílio, em 1979, época de ditadura militar brasileira e momento bastante fecundo para retomar Caliban enquanto representante das opressões advindas deste encontro colonial. Em virtude disso, a presente dissertação se propôs a fazer um estudo comparativo, à luz da teoria pós-colonial, da figura do oprimido em A Tempestade, de Shakespeare, e na apropriação de mesmo título, realizada por Boal. Reconhecendo que a apropriação denota uma relação intertextual mais questionadora, em virtude da prática crítica que visa adotar, tomamos o texto de Boal como uma resistência às leituras convencionais do texto de Shakespeare, além de retomar um espaço textual privilegiado para abordar o problema da opressão.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Sorrir ou chorar? A patemização na telenovela brasileira, um estudo de O Astro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-05-27) Rosado, Leonardo Coelho Corrêa; Melo, Mônica Santos de Souza; http://lattes.cnpq.br/5603442663409183; http://lattes.cnpq.br/3226088534749579; Paes, Cristiane Cataldi dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4228566A7; Machado, Ida Lúcia; http://lattes.cnpq.br/2114135234349130
    O presente trabalho objetiva descrever e analisar as estratégias de patemização em um plot, isto é, em uma trajetória de ação narrativa, na telenovela O Astro, a partir de 10 sequências audiovisuais que representem este plot. A novela foi exibida pela Rede Globo em duas épocas distintas, sendo a primeira entre 6 de dezembro de 1977 a 8 de julho de 1978, e a segunda entre 12 de julho a 28 de outubro de 2011 no horário das 23 horas, constituindo esta última versão um remake da primeira. Para essa pesquisa, selecionamos a segunda versão, uma vez que a coleta de dados foi realizada diretamente da televisão por meio de um hardware e software adequados para gravações desse tipo. No âmbito desse trabalho, a patemização é compreendida, de forma geral, como uma categoria discursiva de estudo das emoções, isto é, a patemização constitui, para nós, um efeito discursivo, uma vez que a Análise do Discurso tem por objeto a linguagem enquanto produtora de efeitos de sentido em uma relação de troca. A pesquisa foi realizada a partir do arcabouço teórico-metodológico da Teoria Semiolinguística do Discurso de Patrick Charaudeau, conjugada ao conceito de pathos, advindo da Retórica. Para a análise da patemização, procuramos decompor o nosso corpus nos modos de organização do discurso enunciativo e descritivo, bem como estratificamos as substâncias linguageiras no estrato verbal e visual-fílmico, seguindo a proposta de Melo (2003) e de Charaudeau (1995). Os nossos resultados evidenciaram que, do ponto de vista do estrato verbal, a patemização se dá a partir de duas estratégias recorrentes: a descrição dos estados emocionais experimentados pelas personagens e a qualificação atribuída a certas personagens. Já do ponto de vista do estrato visual-fílmico, os signos visuais auxiliam a engendrar efeitos patêmicos no discurso. O que observamos é que não existe uma categoria visual-fílmica mais patêmica do que outra, mas sim que há categorias potencialmente patêmicas na medida em que elas possibilitam um maior acesso aos estados emocionais vivenciados pelas personagens. Além do mais, observamos que a patemização, em nosso corpus, ocorre em função daquilo que é encenado no âmbito da história, ou seja, dos processos narrativos que configuram a história, já que tais processos estão atrelados a imaginários sociodiscursivos patêmicos. Como estratégia discursiva, a patemização toca o plano da captação: a instância midiática deseja emocionar o telespectador com o intuito de mantê-lo cativo durante a exibição da telenovela. Em outras palavras, a instância midiática deseja suscitar emoções no destinatário de forma a se criar uma espécie de vinculo com a telenovela e, com isso, garantir a audiência. Portanto, captar, por meio da emoção, também está ligado à lógica econômica em que a telenovela está vinculada.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    À outra margem do eu: linguagem, subjetividade e gênero em Estranhos estrangeiros (1996), de Caio Fernando Abreu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-12) Silva, Rodrigo Frausino da; Gonçalves, Gracia Regina; http://lattes.cnpq.br/5227210194234819; http://lattes.cnpq.br/6493483050391744; Siqueira, Joelma Santana; http://lattes.cnpq.br/7544225793792187; Mendes, Fernando Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4413202502750997
    O presente trabalho visa perseguir a trajetória do sujeito na coletânea de Caio Fernando Abreu intitulada Estranhos estrangeiros (1996). Nesta, a qual focaliza seres errantes em um contexto de desterritorialização, a transitoriedade passa a ser a tônica, na oposição no que antes se pautava em fixidez para os mesmos, isto é, o referencial espacial, o código tanto de comportamento quanto o da linguagem. Desta feita, acreditamos que o texto desenhe um movimento de involução e evolução ao longo da caracterização das personagens que ao se auto-reconhecerem como tais, veem se instaurar um processo de adiamento incessante da sua subjetividade. O autor antecipa questões como o avassalamento dos bens de consumo na mídia e a imputação de valores vis-à-vis a destituição da autonomia do indivíduo. Estudos relacionados à sexualidade, como os de Michel Foucault, e do descentramento da subjetividade como os de Chris Weedom e Judith Butler, e da estética queer como Eve Kosofsky Sedgwick, Nick Sullivan e Guacira Lopes Louro, além de outras que repensam a pós-modernidade como Guy Debord constituem o arcabouço teórico desta pesquisa e a relação dos dêiticos de Émile Benveniste.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    O bestiário como representação da memória em Peregrinação de Barnabé das Índias de Mário Cláudio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-10) Alves, Daniel Vecchio; Roani, Gerson Luiz; http://lattes.cnpq.br/4615421443869964; http://lattes.cnpq.br/5061962049515579; Barroca, Iara Christina Silva; http://lattes.cnpq.br/2591825654015191; Bustamante, Cristina da Rosa de; http://lattes.cnpq.br/3900752476153132; Silva, Francis Paulina Lopes da; http://lattes.cnpq.br/7690315002084931
    Desde Camões, sabemos que não é somente de esplendor e heroísmo que foi construído o perfil de Vasco da Gama e suas viagens. O romance Peregrinação de Barnabé das Índias (1998), de Mário Cláudio, é um exemplo importante de que a viagem do Gama, longe de ser um definido episódio histórico, é uma fonte plural de interpretação. Para mostrarmos que essa obra de Mário Cláudio não é uma mera reprodução da forma através da qual muitos cronistas narraram tal empresa com o protagonismo dos grandes vultos da história oficial, julgamos conveniente situar o autor e sua obra em relação à tradição crítica em que se insere, buscando sintetizar um percurso pontuado pelas manifestações históricas e literárias que também cobrem a representação das viagens gâmicas e com as quais o autor dialoga. Tal exercício investigativo nos remeterá a um balanceamento cultural sobre Vasco da Gama enquanto tema, nos permitindo olhar de forma mais atenta e substanciada os intertextos e os diálogos construídos na obra através dos registros dessa tradição. A necessidade desse alargamento na pesquisa se justifica pelo fato de que o escritor Mário Cláudio apresenta uma faceta de investigador e de bibliófilo que, encontrando na literatura a continuidade da sua atividade profissional, o faz inscrever eruditamente cada um de seus livros respeitando a herança cultural de seu tema ou objeto de representação. Veremos que um dos temas intertextuais mais prestigiados por Mário Cláudio são os portentos e os bestiários da nossa tradição ocidental. Tais elementos vão ter um papel imaginário muito importante no plano representativo em várias de suas obras, especialmente na Peregrinação de Barnabé das Índias. Constataremos que nessa obra é predominante a representação literária de um imaginário opressor que reflete a necessidade humana de experiências novas. Esse é o principal movimento circunscrito no romance, que serve ambiguamente à representação do maravilhoso da tradição épica e como ―contradiscurso‖ ou contramitologia às questões sociológicas implicadas pelo seu contexto cultural. Nessa dupla estratégia de representação, encontraremos a originalidade de sua escrita, garantindo ao leitor um texto literário de densa pesquisa e grande poder criativo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Língua e diversidade: o olhar dos alunos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-25) Silva, Elaine Luzia da; Ladeira, Wânia Terezinha; http://lattes.cnpq.br/9290556901857709; http://lattes.cnpq.br/8257086708211063; Gediel, Ana Luisa Borba; http://lattes.cnpq.br/4847726396513108; Abritta, Carolina Scali; http://lattes.cnpq.br/4875126755990961
    Esta pesquisa, fundamentada nas teorias da Análise da Conversa Etnometodológica, Sociolinguística Interacional, Categorização de Membros e Sociolinguística, investiga a fala em interação durante a ocorrência de grupos focais a fim de desvendar, principalmente através da análise da emergência de categorias (Sacks, 1972), o olhar de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em relação à língua portuguesa. Os dados foram gerados em uma escola pública localizada na Zona da Mata mineira, a partir da realização de três grupos focais, os quais ocorreram na própria escola. As gravações somaram um total de cento e treze minutos e noventa e dois segundos de interação e, após a coleta de dados, as gravações foram transcritas e analisadas a partir da perspectiva da Análise da Conversa Etnometodológica. A análise dos dados foi dividida em cinco partes, de acordo com os principais tópicos discutidos nas interações: i) A língua que eu falo; ii) O falar rural: uma variedade estigmatizada; iii) O papel atribuído ao professor; iv) Adequação da linguagem à situação de fala e v) Insegurança linguística. Os dados demonstraram que os participantes têm uma visão muito reducionista de língua, considerando-a como um conjunto de regras préestabelecidas pela gramática normativa. A diversidade linguística é desconsiderada, pois as mudanças naturais da língua são compreendidas como erros. Assim, como os participantes não têm domínio de todas as normas impostas pela gramática tradicional, eles acreditam que não sabem falar sua língua materna.