Ciências Humanas, Letras e Artes

URI permanente desta comunidadehttps://locus.ufv.br/handle/123456789/5

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 18
  • Imagem de Miniatura
    Item
    A educação infantil como um direito da criança e da família: um estudo sobre o atendimento a crianças na faixa etária de 0 a 3 anos em creches públicas no município de Aracaju-SE
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-10-17) Costa, Rosilene Silva Santos da; Silva, Neuza Maria da; http://lattes.cnpq.br/3386596534328164
    Os principais objetivos deste estudo foram conhecer e analisar as motivações e as expectativas das famílias de crianças usuárias de creches públicas da cidade de Aracaju, assim como as metas institucionais e as práticas educativas desenvolvidas nestas instituições, procurando identificar em que medida os objetivos e o funcionamento das instituições correspondem a uma visão da creche como espaço de políticas assistencialistas ou de políticas educacionais mais amplas. Dentro desta perspectiva, foram analisadas questões norteadoras como: o atendimento nas creches vem assumindo um caráter educativo ou ainda está predominantemente marcado pelo assistencialismo? Qual é a proposta pedagógica deste trabalho? Quais os objetivos dos programas? De que forma as políticas adotadas nas creches podem superar o caráter assistencialista, passando a ser entendida como um direito da criança e da família? Como se dá a participação das famílias no programa? As famílias procuram na creche a guarda das crianças e os cuidados quanto à higiene e alimentação, ou visam o desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social de suas crianças? Os procedimentos metodológicos utilizados para a investigação foram análises documentais, observação não-participativa nas creches e realização de entrevistas semi-estruturadas com pessoas que estão envolvidas com o programa de creches municipais em Aracaju-SE (coordenadora, diretores, chefe de divisão, pedagogas, assistente social, recreadora e crecheiras) e com as mães das crianças ali matriculadas. Neste contexto, os dados foram submetidos a análises tabulares. Os resultados mostraram que o atendimento nas creches em estudo possui característica eminentemente assistencialista e que as atividades de cunho socioeducativo são praticamente inexistentes. O cotidiano das creches evidencia não somente uma atitude de alheamento em relação à função educativa que hoje a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) exige destas instituições, como também a incapacidade de cumprir de maneira adequada até mesmo as funções tradicionais de guarda e cuidados básicos com as crianças. Por outro lado, nas creches estudadas foram encontrados problemas decorrentes de baixos salários, deficiência de pessoal qualificado e falta de infra-estrutura, o que dificulta o cumprimento das funções que essas instituições se destinam. As conclusões do estudo confirmam que, no Brasil, apesar dos avanços verificados nos estudos relativos ao processo de desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos e da legislação educacional em vigor, ainda predomina, tanto nas famílias usuárias, quanto no ambiente dos técnicos e especialistas atuantes nas creches, como também em nível dos setores da administração pública por elas responsáveis, a percepção destas como espaço assistencial, cuja responsabilidade maior é a guarda das crianças e, complementarmente, a compensação de algumas carências, principalmente nutricionais, impostas pela situação socioeconômica de suas famílias.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Instituição de educação infantil e família: limites e possibilidades de um projeto participativo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-05-31) Neves, Naise Valeria Guimarães; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://lattes.cnpq.br/7002222306662004
    O tema tratado nesta dissertação é recorrente no cenário mais amplo da sociedade e está relacionado à forma como se constrói a relação da escola com a família. Historicamente, ambas se apresentam como instituições. À primeira vista, essas duas instituições - família e escola - poderiam se articular no sentido de somar esforços e interesses para garantir a continuidade da formação proposta aos indivíduos de determinada cultura. Entretanto, essa realidade se mostra com muitas facetas e, algumas vezes, ambígua e conflituosa. Buscou- se, nesta pesquisa, apreender como se configuram as relações entre a família e os profissionais do Laboratório de Desenvolvimento Infantil (LDI), a partir das representações sociais que ambas têm de si e do outro sobre participação e atribuição de papéis. Especificamente, os objetivos foram: apresentar um breve relato sobre a trajetória histórica da Creche UFV e do LDI no período de 1988 a 2003; descrever o programa de envolvimento da família proposto pelo LDI; identificar como ocorre a participação das famílias nesse laboratório e analisar aspectos dessa participação na perspectiva das famílias usuárias e da instituição de educação infantil; descrever as ações relativas ao envolvimento das famílias desenvolvidas pela instituição de educação infantil, analisando como essas ações são percebidas pelas famílias e pelo LDI; e confrontar as representações sociais das famílias e dos profissionais do LDI, levantando as convergências e divergências sobre a participação e atribuições de papéis, em relação a si mesmo e ao outro. Os fundamentos teóricos utilizados foram construídos diante da possibilidade de apreender como se dá a construção das relações de interação entre a instituição de educação infantil e a família. Utilizou-se como instrumento metodológico a entrevista semi-estruturada, realizada em dois blocos, durante a fase sistemática desta investigação. Inicialmente, a entrevista foi conduzida com a coordenadora, juntamente com a supervisora pedagógica do LDI. Posteriormente, foram feitas entrevistas individuais com as famílias e os profissionais do LDI selecionados. Para análise das informações obtidas, utilizou-se o método de análise de conteúdo proposto por Bardin. A descrição e a análise das representações sociais das profissionais do LDI e das famílias sobre a interação família/instituição possibilitaram a construção das seguintes categorias analíticas: atribuição de papéis e concepção de participação. No percurso desta pesquisa, teve-se a possibilidade de compreender os conceitos e explicações construídos pelos entrevistados, a partir de suas experiências cotidianas, revelando as representações sociais enquanto constituidoras de saberes que expressam determinada realidade social, com base nas estruturas cognitivas, afetivas e sociais desses indivíduos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análise de situações de estresse e de adaptação no trabalho infantil em Governador Valadares-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-11-20) Rocha, Luciana Margarete Mendes; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://lattes.cnpq.br/3997118638327234
    O trabalho infantil vem sendo uma preocupação constante na maioria dos países, em virtude da relevância da infância e adolescência como fases de formação e desenvolvimento de adultos mais capazes. Muitos são os estudos que abordam o tema do trabalho infantil, no entanto são escassos aqueles que tratam dos prejuízos por ele causados, principalmente em crianças/ adolescentes trabalhadoras das áreas urbanas dos municípios brasileiros. Percebendo o trabalho infantil como resultante, entre outros fatores, de uma decisão familiar, a presente pesquisa utilizou um modelo de administração de recursos familiares em situações de crise/estresse, pressupondo-se que a tomada de decisão acerca do trabalho infantil tenha sido estimulada pela existência de eventos estressores na vida familiar. Objetivou-se a análise das causas e das implicações do trabalho precoce, em função das características pessoais e familiares da criança/adolescente trabalhadora, das influências de eventos estressores, da percepção, das decisões sobre o curso de ação e da adaptação no processo de administração de recursos em situações de crise/estresse. O estudo foi realizado no município de Governador Valadares- MG, com crianças/adolescentes de 10 a 15 anos incompletos, moradoras da área urbana do município, que exerciam atividades tanto no mercado laboral quanto em nível doméstico, com ou sem remuneração. Os dados, analisados por meio da estatística descritiva e da correlação de Spearman, mostraram que a família com tendência à nuclearização, numa tentativa de melhorar de vida, por causa do estado de pobreza em que se encontra e da influência de alguns outros eventos estressantes, tende a envolver seu filho menor de idade em atividades laborais, o que diminui seu tempo disponível para o lazer e o estudo, gerando insatisfações que nem sempre eram associadas ao trabalho infantil, pelo próprio valor moral/socializador que se atribuía à atividade laboral. As situações de adversidade e estresse familiar estiveram positivamente afetadas pelo nível de coesão e flexibilidade familiar, o que mostra que a família, como locus de construção de identidades e como espaço privilegiado para o desenvolvimento e bem-estar das crianças/adolescentes, desempenhou um papel decisivo na minimização dos níveis de estresse e no próprio processo de adaptação infantil e familiar. Entretanto, uma visão mais técnica não pode deixar de elucidar os casos de alto estresse e estresse em nível intermediário que estavam associados ao tipo de tarefa realizada, mostrando que o trabalho mais árduo e expositor da criança/adolescente a riscos não pôde ter seus prejuízos minimizados pelos valores e pelas formas de enfrentamento individuais/familiares, devido às fontes externas de estresse que se associavam à própria atividade laboral. Desta forma, para que o trabalho realizado por adolescentes não se transforme numa forma de exploração e nem interrompa precocemente a infância, tirando das crianças/adolescentes seus direitos e sua plena cidadania, que é o modo como elas constroem a si e ao mundo, é necessário conscientização das famílias e da sociedade, vontade política, competência técnica e conduta interinstitucional das ações que tenham como foco de atenção o trinômio criança família sociedade.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    A separação judicial litigiosa como drama social: narrativas, versões e motivos à crise conjugal, em Montes Claros MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-24) Coutinho, Elizandra Klem; Mendes, Fábio Faria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782408Z4; Silva, Patrícia Fernanda Gouveia da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4734005Z5; Lopes, Maria de Fátima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793922P1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4755299P3; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Barletto, Marisa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763744U6
    Na virada do século XIX para o XX, a proclamação da República trouxe para o país a oportunidade de colocar em prática os ideais burgueses de modernização , de igualdade e liberdade , que há algum tempo era discutido pela elite local. Adequar o país aos propósitos do novo regime era, portanto, o ideal e o objetivo dos republicanos. Para tanto, foram criados aparatos legais que legalizassem estes projetos e desse a República à base jurídica para sua governabilidade. É neste contexto que o primeiro Código Civil foi criado, apresentando a sociedade, um conjunto de direitos e deveres que passaram a reger juridicamente a vida civil dos brasileiros. No que tange a família, foi legitimado um único modelo de organização familiar, através do casamento civil. Instituição que teve seus pressupostos, direitos e deveres claramente definidos. O modelo de família republicano, apresentado pelo Código Civil, foi caracterizado pela hierarquização entre homens e mulheres. Aos homens, foi destinado a chefia do lar, sendo responsabilizados pela manutenção financeira e pela proteção moral da família. As mulheres foram consideradas civilmente incapazes, sendo subjugadas a representação masculina e ao exercício da maternidade e organização dos serviços domésticos. Outra característica do modelo legítimo de família, apresentado pelo Código Civil, foi a indissolubilidade do vínculo conjugal. O casamento civil, assim como o casamento sacramento, legislado no Brasil, desde os primórdios da colonização, pelas leis canônicas, permaneceu como um laço indissolúvel, que apenas poderia ser rompido pela morte de um dos Cônjuges. Entretanto, as leis cíveis apresentaram às famílias, o desquite, que permitia aos cônjuges por fim a sociedade conjugal, determinando a separação de corpus, a guarda dos filhos e o fim do regime patrimonial através da separação dos bens. Estabelecia-se uma nova condição civil: a de desquitados. No entanto, o desquite não deixava livres os cônjuges para a realização de novas núpcias. Frente a esta estrutura legal, criada pelo novo regime , para organizar as famílias dentro dos moldes republicanos, voltou-se nesta pesquisa, os olhares para famílias que se desviaram desses ideais e que revelaram a justiça, seus conflitos conjugais e comportamentos desviantes , durante a separação judicial litigiosa. Dessa forma, com o objetivo de entender como as famílias interpretaram e se apropriaram, ou não, desses propósitos de organização familiar, propostos pelas leis cíveis, analisou-se processos de desquite litigiosos, ocorridos na Cidade de Montes Claros MG. Foram analisados 26 processos, datados entre os anos de 1917 a 1977, período em que as leis referentes ao desquite permaneceram em vigência, sem nenhuma alteração. A separação foi aqui entendida, como um momento de drama social , onde os cônjuges em busca de redefinirem sua condição civil e de determinarem o culpado e o inocente pela crise conjugal, atuaram como atores da sua própria história, recontando-a em diferentes versões e narrativas. O estudo destas narrativas, em especial, as dos cônjuges e dos seus advogados, revelaram, portanto, como estes atores sociais interpretaram as leis cíveis, referentes ao casamento e ao desquite, intitulando-se como esposo ou esposa ideal, conforme o cumprimento ou quebra dos deveres conjugais. Neste contexto, ao se intitularem cumpridores dos deveres conjugais, reafirmaram o modelo de família, de esposo e esposa apresentados pelo Estado. Mas à medida que acusaram seus parceiros de terem praticado o adultério, a injúria grave, o abando de lar , desconstruíram este modelo de organização familiar e apontaram comportamentos diferenciados de homens e mulheres, dentro e fora da família. Esta dissertação traz, assim, uma discussão reflexiva sobre o modelo de família, de esposo e esposa legitimados pelo Estado republicano, através do Código Civil de 1916, e de como as famílias interpretaram esses modelos, durante a separação judicial. Análise que aponta a família e as relações de gênero fora da concepção de naturalidade, apresentadas pelo Estado e pela Igreja, permitindo problematizar os discursos jurídicos e religiosos como instrumentos de poder que estabeleceram modelos hegemônicos e próprios de família, de esposo e esposa e que contribuíram para a construção das hierarquias de gênero e para a discriminação de outras formas de organização familiar.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Ação social empresarial: o Programa Tim ArtEducAção na perspectiva de participantes da oficina dança de rua e seus familiares Viçosa/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-05-10) Lelis, Michelle Gomes; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Silva, Lourdes Helena da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228U7; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4753643Z8; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0
    Este trabalho teve como objetivo analisar as ações do Projeto Oficina de Dança de Rua, do Programa Tim ArtEducAção (PTAEA), no município de Viçosa (MG), na perspectiva dos adolescentes atendidos e suas famílias. Deteve-se especificamente, ao Projeto Oficina de Dança de Rua, por ser o de maior procura pelos adolescentes envolvidos. Para realização desta pesquisa, adotou-se a metodologia qualitativa dividida. A coleta de dados foi realizada em duas etapas: a primeira, de caráter exploratório, visou caracterizar a trajetória do PTAEA em Viçosa, por meio da análise documental; e, na segunda, realizaram-se entrevistas com o auxílio de roteiro semi-estruturado com os adolescentes residentes das áreas urbana e rural e seus responsáveis, abordando questões relacionadas ao PTAEA e à Oficina de Dança de Rua. Analisados os dados, os resultados mostraram que o Programa Tim ArtEducAção ainda é desconhecido pela maior parte dos adolescentes e seus familiares, tanto da zona urbana quanto da zona rural. Boa parte dos familiares dos adolescentes que participaram do Projeto Oficina Dança de Rua não tem conhecimento do que é essa atividade, para quê serve, ou quais benefícios pode trazer para aqueles que a praticam. Em contrapartida, os adolescentes e familiares que conheciam o Programa Tim demonstraram estar satisfeitos com os resultados vivenciados após a entrada na Oficina Dança de Rua. Em termos do comportamento e da disciplina em casa e na escola, o rendimento escolar e das relações familiares do adolescente, pôde-se concluir que o Programa Tim, por meio do referido Projeto, contribuiu para a inclusão social dos adolescentes. No que se refere à proposta de diminuir a evasão escolar, os depoimentos e avaliações dos responsáveis mostraram que os adolescentes não gostavam de faltar às aulas, tinham prazer de ir à escola e de estudar; tiravam notas boas e demonstraram melhorias na disciplina e respeito nas aulas e para com os colegas. Apesar de serem duas realidades sociais diferentes, os adolescentes da zona urbana e da zona rural mostraram a importância da arte por meio da dança, para seu rendimento escolar e comportamento; em geral, para suas vidas e de suas famílias. Vale ressaltar a importância da aliança intersetorial criada entre a empresa Tim Maxitel (setor privado), o Estado e municípios (setor público), e ONG HumanizArte (setor social), em benefício dessas crianças e adolescentes atendidos pelo Programa Tim ArtEducAção. Assim, com base na discussão dos dados, verificou-se que o Programa Tim desenvolve o papel estabelecido em suas propostas, no que se refere ao envolvimento artístico, cultural e social dos adolescentes em atividades que promovem a inclusão social e semeiam em suas vidas maiores e melhores expectativas em relação ao futuro.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    A emigração sob o olhar de quem fica: uma análise das experiências de famílias do município de Ipaba-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-05-30) Coelho, Luciane Germano Simões; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4756355Z8; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Soares, Jeferson Boechat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760231A4
    A migração internacional de brasileiros ganha destaque nas últimas décadas. O Brasil, historicamente conhecido como destino de diversas correntes migratórias, especialmente a partir de 1980, presencia um volume expressivo de brasileiros em direção a outros países. Com o processo de globalização contemporânea e as profundas modificações que assolam o mundo do trabalho, esta tem sido a saída encontrada por muitos brasileiros na busca pela melhoria do nível de vida. Com a ausência desse integrante, a família que fica passa a vivenciar novas experiências e transformações. Portanto, este trabalho teve como objetivo analisar as conseqüências da migração internacional nas famílias que tiveram um ou mais de seus membros migrando para o exterior e o significado dessa experiência para o grupo, bem como analisar as transformações que a migração internacional vem provocando na economia e no espaço urbano do município de Ipaba-MG. A pesquisa de abordagem qualitativa contou com entrevista semi-estruturada realizada com 12 famílias de migrantes desse município, além de discussão teórica sobre as temáticas migração internacional, família e rede social. Os resultados demonstraram que em Ipaba os indivíduos migram para os Estados Unidos em busca do sonho de obtenção da casa própria. Para realização desse projeto, contam com a presença dos membros da família, que auxiliam tanto nos recursos da partida, nos interesses deixados pelo migrante no município de origem, como também prestam apoio necessário para a chegada do migrante através da rede social. Com as remessas enviadas pelo migrante às famílias que ficam, a economia do município vem gradativamente se desenvolvendo, especialmente no setor da construção civil, através das casas que são construídas, modificando o espaço urbano da cidade. Ainda assim, a migração provoca transformações na organização familiar, especialmente no que se refere às mudanças de papéis sociais ocorridas nas famílias de pais migrantes. Com a saída do pai, cabe à mãe, sozinha , comandar a casa, os filhos e até as finanças, ampliando o seu papel diante do grupo familiar. No entanto, observou-se também a existência de estratégias que são criadas para a manutenção do poder e da autoridade do pai que migrou e da perda do papel das esposas, que passam a viver com a ausência dos maridos. Para as famílias, a experiência migratória pode significar possibilidades de melhoria das condições de vida, possibilidades de aprendizagem de uma convivência longe de quem migrou e possibilidades de melhorias das relações familiares, promovidas pela distância e pela ausência. Conclui-se que a migração internacional do município de Ipaba é um projeto coletivo, ao refletir os anseios do grupo familiar,que para ser realizado tem a participação efetiva dos membros da família nas esferas financeira, social e emocional, além de ser um projeto com tempo e finalidade determinados, implicando continuamente perdas e ganhos para as famílias e para os migrantes.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Família, redes sociais e empoderamento: uma análise no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - Ubá/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-04-27) Gasparoni, Meirelaine Marques; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735482Y6; Oliveira, Milton Ramón Pires de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727595E0; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1
    O poder público, como maior responsável pela definição de estratégias capazes de produzir eqüidade e usufruto dos direitos sociais, tem conduzido a gestão das políticas públicas sociais, que se configuram na prática por meio de programas e projetos sociais. Entretanto, esses programas, por sua natureza minimalista, imediatista e descontínua, não têm conseguido promover a emancipação e inclusão social, ou seja, nem sempre o discurso efetiva-se na realidade prática. Nesse sentido, a presente pesquisa centrou-se na reflexão dos princípios orientadores do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), à luz dos dados obtidos no seu cotidiano. Especificamente, objetivou-se analisar a dinâmica do funcionamento desse Programa, considerando suas redes locais, destacando se suas ações têm proporcionado um ambiente favorável para o empoderamento parental. Para tanto, foram utilizadas pesquisas documentais e bibliográficas, além de entrevistas semiestruturadas com a liderança socioinstitucional do PETI, as famílias, as crianças e os adolescentes. Fez-se opção pela análise de conteúdo para avaliação dos dados. Constatou-se a inexistência de uma proposta estratégica adequada para promoção da inclusão social das famílias do PETI de Ubá-MG, por meio de atividades socioeducativas e do desenvolvimento de ações geradoras de emprego e renda. Outros problemas foram identificados no decorrer da implementação do Programa, entretanto o principal foi a falta de percepção dos gestores locais da importância e da necessidade do estabelecimento de parcerias e convênios, bem como do fortalecimento dos vínculos já estabelecidos para garantir a efetividade dos três eixos norteadores do PETI. Nesse sentido, pôde-se concluir que o empoderamento ocorreu, porém de forma restrita, uma vez que se mantêm as relações de dependência e subordinação das unidades familiares, pela falta de oportunidades de capacitação e de geração de renda, capazes de torná-las pró-ativas, quanto ao senso de controle sobre suas vidas e ao aumento das liberdades.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    A institucionalização asilar na percepção do idoso e de sua família: o estudo do Lar dos Velhinhos Viçosa/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-05-18) Dias, Ingrid Gomes; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4771256H8; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Tinôco, Adelson Luiz Araújo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787553U8
    A evolução demográfica brasileira tem marcado significativamente sua configuração e, conseqüentemente, as relações intergeracionais. O processo de envelhecimento não se resume apenas aos aspectos demográficos, mas estende-se, também, à criação e ao cumprimento de políticas públicas para um segmento que demanda melhores condições de saúde, habitação, aposentadoria e pensões, assistência social e condições dignas de existência. Este trabalho buscou analisar comparativamente a percepção da família e do idoso quanto aos aspectos associados à institucionalização asilar dos idosos atendidos no asilo Lar dos Velhinhos , na cidade de Viçosa-MG, suas necessidades e expectativas, visando contribuir com o desenvolvimento e a adequação de políticas sociais na busca pela qualidade de vida deste segmento populacional. As questões que nortearam esta pesquisa foram construídas a partir das seguintes indagações: no asilo Lar dos Velhinhos , em Viçosa-MG, quais são os fatores que levaram à institucionalização asilar do idoso, na percepção dos idosos e de suas respectivas famílias? Qual é a expectativa apresentada pelas famílias ao transferirem a responsabilidade do cuidado de seus idosos para instituições asilares? Como ocorre o relacionamento intergeracional a partir da institucionalização asilar do idoso? Quais são as perspectivas e expectativas do idoso institucionalizado? O idoso apresenta sentimento de pertencimento e identificação à instituição e às suas regras? A justificativa da busca deste conhecimento baseia-se no fato da existência de pouco referencial bibliográfico na literatura brasileira sobre a questão proposta. Em termos de metodologia, selecionou-se como local de estudo o asilo Lar dos Velhinhos , localizado na cidade de Viçosa - MG. A amostra deste estudo foi composta por 11 idosos, que atendiam ao requisito básico da pesquisa, ou seja, de possuir família e capacidade mental normal e memória preservada. A metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa, tendo sido a técnica de coleta e construção de dados pautada, em um primeiro momento, na análise dos registros da instituição e, em um segundo momento, em entrevistas com os idosos e suas respectivas famílias. Por meio deste estudo pôde-se observar que os fatores que levaram à institucionalização asilar estavam relacionados a problemas de saúde, a conflitos familiares e à vontade própria. De acordo com a percepção familiar, a institucionalização não é vista como abandono, mas como necessidade e cuidado, motivada pelo desejo das famílias de apoiarem seus idosos por meio de um atendimento profissional, fato que gerou satisfação para o idoso e melhorou a convivência familiar. O idoso institucionalizado, na sua maioria, não possui expectativas em relação à instituição, inexistindo um sentimento de pertencimento e identificação dos internos em relação ao asilo. Com base nestes resultados, pode-se concluir que apesar da existência do Estatuto do Idoso, muitas vezes, suas determinações não são cumpridas, pela inadequação destas à realidade brasileira e pela falta de suporte e incentivo do Estado para com as famílias e as instituições asilares.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    O trabalho como experiência moral: significados e expectativas subjacentes à inserção de crianças, adolescentes e responsáveis no PETI/Ipatinga-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-11-17) Gonçalves, Poliana Ferreira; Silva, Patrícia Fernanda Gouveia da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4734005Z5; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Lopes, Maria de Fátima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793922P1; Chrysostomo, Maria Isabel de Jesus; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797045Y6; Silva, Lourdes Helena da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228U7
    Apesar de o Brasil possuir uma das leis mais avançadas em relação à proteção às crianças e adolescentes, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a realidade nos mostra, segundo as estimativas da Organização Internacional do Trabalho OIT (2000), que mais de 351 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de idade estão economicamente ativas no mundo. No Brasil, isso representa cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes entre que trabalham. Tomando como foco o trabalho infanto-juvenil, busca-se problematizar a realidade e as perspectivas construídas por crianças, adolescentes e responsáveis, em torno do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), na cidade de Ipatinga. Em termos teórico-conceituais, demarcam-se os antecedentes históricos e o contexto de formação do debate sobre o trabalho infanto-juvenil. Algumas categorias centrais à compreensão dos mesmos são: Política social, com foco no PETI; Infância e Adolescência e família. Com base numa metodologia qualitativa (observação direta, questionário, dinâmicas de grupo e análise de conteúdo), refletiu-se sobre as perspectivas nativas acerca do trabalho infanto-juvenil. Os resultados mostraram que o trabalho não é visto como negativo em suas vidas, mesmo que reconheçam que algumas atividades são prejudiciais ao desenvolvimento biopsicossocial da criança e do adolescente. O programa foi visto como positivo no que concerne à erradicação do trabalho infantojuvenil dos participantes. Os entrevistados relataram a importância do PETI na vida das crianças e dos adolescentes, sendo visto como um Programa sócio-educativo que proporciona uma perspectiva de futuro melhor para este público. Dos resultados apresentados, ficou claro que há um valor moral antecessor ao valor pragmático do trabalho, percebido na realização do campo empírico. Para além das dimensões objetivas (materiais, pragmáticas e utilitaristas), enfatizamos aspectos simbólicos que permearam o envolvimento e a participação dos sujeitos pesquisados no PETIIpatinga, tais como a positividade do valor trabalho, cuja dimensão cultural antecede a sua aplicabilidade material. Enfim, mesmo não tendo a pretensão de formular conclusões definitivas, indicamos algumas possíveis pistas para desvendar parte da complexidade do problema que propusemos compreender. Como o caminho apresentado para o enfrentamento da erradicação do trabalho infanto-juvenil, indicase a problematização não só de políticas de enfrentamento à pobreza e educação, mas também de questões de ordem cultural, na implantação de novas políticas culturais que busquem reconhecer o sujeito em seu contexto, numa proposta integrativa de inclusão social.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Implicações de um projeto de responsabilidade social empresarial sobre a qualidade de vida das famílias Cataguases/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-10-03) Silva, Eraldo Teixeira da; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; Andrade, Viviane Delfino Albuquerque; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791117H1; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Andrade, Wendel Sandro de Paula; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4533323H7
    O objetivo desta pesquisa foi analisar a responsabilidade social da Companhia Industrial Cataguases, representada pelas atividades do Instituto Francisca de Souza Peixoto, referente ao projeto de Saúde Passo a Passo, bem como suas implicações sobre a qualidade de vida dos seus beneficiários e de suas respectivas famílias. O projeto Passo a Passo utiliza os recursos da equoterapia na recuperação e no tratamento de diversas doenças neurológicas que atingem crianças portadoras de necessidades especiais. A pesquisa, de natureza exploratória-descritiva, fez o uso de métodos quantitativos e qualitativos, visando refletir sobre a prática de responsabilidade social da Companhia Industrial de Cataguases, especificadamente se as ações do projeto de saúde Passo a Passo tem contribuído para a inclusão social do segmento infantil em seu ambiente de vivência. Resultados mostraram que o projeto Passo a Passo tem induzido a uma melhoria da qualidade de vida do portador de necessidades especiais, com reflexos positivos sobre a realidade cotidiana do sistema familiar. Nesse sentido, pode-se concluir que o investimento da empresa, por meio de projetos e ações específicas, pode melhorar a qualidade de vida dos seus stakeholders primários, desde que conteúdo e o escopo das atividades corporativas priorizem o fortalecimento do ser humano, as expectativas da sociedade e a construção da cidadania, individua l e coletiva.