Ciências Humanas, Letras e Artes

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    Atividade lúdica e a criança hospitalizada: um estudo na pediatria do Hospital São Sebastião, em Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-05-16) Cardoso, Luciana Machado Fiel; Marques, Marques
    Baseado nos estudos de Wong e em um referencial sociointeracionista-construtivista, oriundos das idéias de Wallon, Winnicott, Vygostki e Piaget, desenvolveu-se uma metodologia de estudo para investigar a relação da criança com as atividades lúdicas desenvolvidas em ambiente hospitalar. A permanência da criança em um ambiente desconhecido, a doença física e a dor fazem parte da rotina da criança hospitalizada, gerando uma situação estressante. As crianças durante os primeiros anos de vida possuem um número limitado de mecanismos de comportamento para resolver os eventos que lhes causam estresse. Em certos casos, há, inclusive, o risco de ocorrer sério comprometimento do seu desenvolvimento integral, com o desencadeamento de problemas emocionais, que se manifestam por meio de comportamentos como: rejeição aos remédios e ao tratamento, regressão emocional, problemas alimentares, distúrbios de sono, regressão esfincteriana, estados depressivos ou até mesmo distúrbios de conduta, que podem perdurar por muitos anos. Atualmente, uma das formas mais valorizadas para amenizar esses problemas é a realização de programas de familiarização de hospitais, por meio de atividades lúdicas, que partem do reconhecimento da criança hospitalizada como uma pessoa integral, inserida num contexto familiar, social e cultural e que, por isso, deve ser atendida também do ponto de vista afetivo/emocional, o que estimulará a continuidade de seu desenvolvimento. Através de brincadeiras, brinquedos e jogos, as potencialidades e a afetividade das crianças se harmonizam. A amostra desta pesquisa foi constituída de 20 crianças hospitalizadas, na faixa etária de 2 anos e 6 meses a 6 anos, cujas causas da internação lhes permitiram participar do programa de atividades lúdicas do hospital. Foram elaborados questionários, roteiros de entrevistas e fichas de observações para cada objetivo específico. O comportamento da criança na rotina hospitalar, bem como durante as atividades lúdicas, foi registrado minuciosamente por pesquisadores treinados. Para isso, foram analisados os prontuários médicos, juntamente com as fichas de identificação das crianças; observados os comportamentos das crianças na rotina diária; registradas as atividades na área de brinquedo dramático e a aplicação de uma atividade sobre a autopercepção das crianças antes e depois das atividades lúdicas; além de visitas domiciliares após a hospitalização. Os resultados indicam que a metodologia de coleta de dados escolhida para analisar o comportamento das crianças hospitalizadas foi adequada, uma vez que os dados obtidos por meio das planilhas referentes ao comportamento delas nos eventos foram consistentes, ou seja: evidenciaram que as atividades lúdicas no hospital auxiliam na recuperação da criança doente, permitindo a interiorização e a expressão da vivência dessa criança por meio do jogo, o que lhe dá condições para elaborar a sua vivência e enfrentar, sem estresse e traumas, a realidade da hospitalização; reduziram o tempo de internação hospitalar; e aumentaram, conseqüentemente, a rotatividade dos leitos.
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    Dupla jornada da mulher e qualidade de vida: a influência do nível socioeconômico nas estratégias de conciliação entre o tempo laboral e o tempo familiar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-09-20) Ladeira, Kátia de Freitas; Loreto, Maria das Dores Saraiva de
    A intensa participação da mulher no espaço público, com possibilidades incontestáveis de inserção no mercado de trabalho, tem provocado um custo no desenvolvimento de sua vida cotidiana, em virtude dos conflitos que surgem na conciliação do tempo laboral e familiar. Ou seja, à medida que a mulher assume responsabilidades extra-familiares, intensifica-se a ocorrência do fenômeno da dupla jornada de trabalho, diante da existência dos papéis e das prescrições sociais sexistas. A partir daí, tornam-se importantes os estudos que visem analisar esse vínculo trabalho/família, avaliando suas inter-relações e identificando suas contradições, a fim de gerar conhecimentos aplicáveis à melhoria do ambiente laboral e familiar da mulher trabalhadora. Nessa perspectiva, esta pesquisa examinou o padrão e a contribuição do trabalho feminino em três aspectos dimensionais: trabalho, trabalhador e ambiente de trabalho, como também suas estratégias de conciliação do uso do tempo e seus possíveis efeitos sobre a qualidade de vida. Fizeram parte do universo da pesquisa mulheres contratadas pela Universidade Federal de Viçosa - UFV, de diferentes níveis sociais, das quais 103 participaram da amostra, tendo sido submetidas a entrevistas por meio de questionários. Os resultados mostraram que todas as mulheres assumiam uma dupla jornada de trabalho, variando apenas sua intensidade. No caso das mulheres do nível de apoio e parte do intermediário, as responsabilidades na execução do trabalho doméstico eram quase que totais, enquanto as entrevistadas que tinham o nível superior transferiam para a empregada doméstica esse trabalho, o que contribui para reforçar o preconceito de que trabalho doméstico é “coisa” de mulher. Outro aspecto identificado foi que as mulheres que tinham o nível superior estendiam o trabalho profissional para o âmbito doméstico, tendo sido questionado se esse tempo estaria ou não implicando uma tripla jornada de trabalho. Do ponto de vista estatístico, as variáveis que tiveram maior associação com a dupla jornada estavam relacionadas com o perfil pessoal e familiar, o ambiente de trabalho e a qualidade de vida das mulheres entrevistadas. Para reduzir a ação dos fatores negativamente associados com a dupla jornada de trabalho, torna-se necessária a adoção de mecanismos interdisciplinares, de acordo com as características e relações do grupo familiar, para um equilíbrio mais eqüitativo de gênero na reprodução social. Tudo isto conjugado com jornadas de trabalho mais flexíveis, salários dignos, eficiente rede de serviços de apoio à unidade familiar, oportunidades de lazer cultural e comunitário, visando o fortalecimento dos vínculos e da comunicação intra e extra familiar, bem como a redução dos fatores de tensão, conflitos/estresse, de forma a promover o capital social, para que a emancipação da mulher não seja contrária à melhoria da qualidade de vida da família.
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    A educação infantil como um direito da criança e da família: um estudo sobre o atendimento a crianças na faixa etária de 0 a 3 anos em creches públicas no município de Aracaju-SE
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-10-17) Costa, Rosilene Silva Santos da; Silva, Neuza Maria da; http://lattes.cnpq.br/3386596534328164
    Os principais objetivos deste estudo foram conhecer e analisar as motivações e as expectativas das famílias de crianças usuárias de creches públicas da cidade de Aracaju, assim como as metas institucionais e as práticas educativas desenvolvidas nestas instituições, procurando identificar em que medida os objetivos e o funcionamento das instituições correspondem a uma visão da creche como espaço de políticas assistencialistas ou de políticas educacionais mais amplas. Dentro desta perspectiva, foram analisadas questões norteadoras como: o atendimento nas creches vem assumindo um caráter educativo ou ainda está predominantemente marcado pelo assistencialismo? Qual é a proposta pedagógica deste trabalho? Quais os objetivos dos programas? De que forma as políticas adotadas nas creches podem superar o caráter assistencialista, passando a ser entendida como um direito da criança e da família? Como se dá a participação das famílias no programa? As famílias procuram na creche a guarda das crianças e os cuidados quanto à higiene e alimentação, ou visam o desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social de suas crianças? Os procedimentos metodológicos utilizados para a investigação foram análises documentais, observação não-participativa nas creches e realização de entrevistas semi-estruturadas com pessoas que estão envolvidas com o programa de creches municipais em Aracaju-SE (coordenadora, diretores, chefe de divisão, pedagogas, assistente social, recreadora e crecheiras) e com as mães das crianças ali matriculadas. Neste contexto, os dados foram submetidos a análises tabulares. Os resultados mostraram que o atendimento nas creches em estudo possui característica eminentemente assistencialista e que as atividades de cunho socioeducativo são praticamente inexistentes. O cotidiano das creches evidencia não somente uma atitude de alheamento em relação à função educativa que hoje a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) exige destas instituições, como também a incapacidade de cumprir de maneira adequada até mesmo as funções tradicionais de guarda e cuidados básicos com as crianças. Por outro lado, nas creches estudadas foram encontrados problemas decorrentes de baixos salários, deficiência de pessoal qualificado e falta de infra-estrutura, o que dificulta o cumprimento das funções que essas instituições se destinam. As conclusões do estudo confirmam que, no Brasil, apesar dos avanços verificados nos estudos relativos ao processo de desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos e da legislação educacional em vigor, ainda predomina, tanto nas famílias usuárias, quanto no ambiente dos técnicos e especialistas atuantes nas creches, como também em nível dos setores da administração pública por elas responsáveis, a percepção destas como espaço assistencial, cuja responsabilidade maior é a guarda das crianças e, complementarmente, a compensação de algumas carências, principalmente nutricionais, impostas pela situação socioeconômica de suas famílias.
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    O menor infrator na comarca de Viçosa-MG: família, instituições e sociedade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-12) Oliveira, Áurea Alice Campos; Coelho, France Maria Gontijo
    Este estudo objetivou tipificar o perfil socioeconômico, o padrão das relações familiares e a trajetória de vida dos menores infratores de Viçosa, procurando identificar em que medida esses menores se ajustam ao perfil tradicional de “menor infrator”, que associa pobreza à marginalidade e à desestruturação familiar, típico de grandes centros urbanos. Foi feita uma pesquisa documental nos arquivos do Fórum da Comarca de Viçosa, para identificação dos processos com menores infratores e seus endereços, compreendidos entre 1990 e 1999. Foi aplicado um questionário a uma amostra de menores e às suas famílias. As análises foram feitas sobre o perfil do menor infrator, o perfil familiar e sobre as relações familiares e sociais do menor e sua percepção de mundo. Assim, o perfil do menor infrator de Viçosa aproxima-se do menor infrator dos grandes centros quanto à origem social, pois ambos são oriundos de classes sociais pobres, mas não exclusivamente quanto à desestruturação familiar e alguns aspectos. No entanto, distancia-se daquele perfil, na medida em que não são “meninos de rua”, têm a família como referência, têm boas expectativas de futuro e conhecem o significado da idéia de solidariedade. O alarme social da questão da infração do menor é preocupante, bem como a situação da inadequação do quadro institucional da assistência e do apoio, não só em Viçosa, mas em todo o País.
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    O programa de alimentação em uma instituição de educação infantil e sua integração entre o cuidar e o educar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-06-30) Santos, Eni Maria Batista; Barreto, Maria de Lourdes Mattos
    A alimentação influencia decisivamente a saúde do homem, por relacionar-se com nutrição, sobrevivência e conservação da espécie, além de ser apontada como um dos fatores mais importantes para a longevidade e a qualidade de vida. Os hábitos alimentares sofrem alterações periódicas, resultando em mudanças na dieta dos indivíduos, alterações essas relacionadas a modificações econômicas, sociais, demográficas e de saúde. A prática da alimentação saudável inicia-se na infância e contribui para a formação de hábitos alimentares saudáveis na vida adulta. A criança tem, na família, um ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de interações sociais que estabelece com outras instituições sociais e pessoais. Entre as instituições que, juntamente com a família, assumem o papel da educação e cuidado das crianças está a de Educação Infantil. O objetivo desta pesquisa foi analisar o programa de alimentação implementado no Laboratório de Desenvolvimento Infantil (LDI) da Universidade Federal de Viçosa, com relação à sua adequação nutricional, ao desenvolvimento integral da criança, à formação dos hábitos alimentares saudáveis e à integração com as famílias das crianças atendidas. Os dados foram coletados por meio de entrevista, análise de documentos, observação e aplicação de questionário. Com base nos resultados, foi possível perceber a participação das crianças na atividade de alimentação em vários momentos auxiliando o transporte da alimentação da cozinha e, ou, lactário até a sala. Várias crianças já se alimentavam sozinhas, inclusive as da sala 3 já serviam o próprio prato. No que se refere à alimentação servida às crianças no LDI, percebeu-se que ela atendia às necessidades nutricionais das crianças, sendo preciso redistribuir alguns alimentos dentro de seus grupos. Isso porque alimentos do grupo dos cereais e do grupo das hortaliças estavam sendo servidos acima e os do grupo do leite e seus derivados abaixo do recomendado pela “Pirâmide alimentar”. Foi possível perceber também que a forma de aquisição dos alimentos prejudicava o planejamento dos cardápios. Em relação ao consumo alimentar das famílias, não se encontrou grande diferença entre os alimentos consumidos em e os servidos no LDI.
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    Análise de situações de estresse e de adaptação no trabalho infantil em Governador Valadares-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-11-20) Rocha, Luciana Margarete Mendes; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://lattes.cnpq.br/3997118638327234
    O trabalho infantil vem sendo uma preocupação constante na maioria dos países, em virtude da relevância da infância e adolescência como fases de formação e desenvolvimento de adultos mais capazes. Muitos são os estudos que abordam o tema do trabalho infantil, no entanto são escassos aqueles que tratam dos prejuízos por ele causados, principalmente em crianças/ adolescentes trabalhadoras das áreas urbanas dos municípios brasileiros. Percebendo o trabalho infantil como resultante, entre outros fatores, de uma decisão familiar, a presente pesquisa utilizou um modelo de administração de recursos familiares em situações de crise/estresse, pressupondo-se que a tomada de decisão acerca do trabalho infantil tenha sido estimulada pela existência de eventos estressores na vida familiar. Objetivou-se a análise das causas e das implicações do trabalho precoce, em função das características pessoais e familiares da criança/adolescente trabalhadora, das influências de eventos estressores, da percepção, das decisões sobre o curso de ação e da adaptação no processo de administração de recursos em situações de crise/estresse. O estudo foi realizado no município de Governador Valadares- MG, com crianças/adolescentes de 10 a 15 anos incompletos, moradoras da área urbana do município, que exerciam atividades tanto no mercado laboral quanto em nível doméstico, com ou sem remuneração. Os dados, analisados por meio da estatística descritiva e da correlação de Spearman, mostraram que a família com tendência à nuclearização, numa tentativa de melhorar de vida, por causa do estado de pobreza em que se encontra e da influência de alguns outros eventos estressantes, tende a envolver seu filho menor de idade em atividades laborais, o que diminui seu tempo disponível para o lazer e o estudo, gerando insatisfações que nem sempre eram associadas ao trabalho infantil, pelo próprio valor moral/socializador que se atribuía à atividade laboral. As situações de adversidade e estresse familiar estiveram positivamente afetadas pelo nível de coesão e flexibilidade familiar, o que mostra que a família, como locus de construção de identidades e como espaço privilegiado para o desenvolvimento e bem-estar das crianças/adolescentes, desempenhou um papel decisivo na minimização dos níveis de estresse e no próprio processo de adaptação infantil e familiar. Entretanto, uma visão mais técnica não pode deixar de elucidar os casos de alto estresse e estresse em nível intermediário que estavam associados ao tipo de tarefa realizada, mostrando que o trabalho mais árduo e expositor da criança/adolescente a riscos não pôde ter seus prejuízos minimizados pelos valores e pelas formas de enfrentamento individuais/familiares, devido às fontes externas de estresse que se associavam à própria atividade laboral. Desta forma, para que o trabalho realizado por adolescentes não se transforme numa forma de exploração e nem interrompa precocemente a infância, tirando das crianças/adolescentes seus direitos e sua plena cidadania, que é o modo como elas constroem a si e ao mundo, é necessário conscientização das famílias e da sociedade, vontade política, competência técnica e conduta interinstitucional das ações que tenham como foco de atenção o trinômio criança família sociedade.