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    Consumo dos arranjos domiciliares no Brasil: uma análise comparativa entre o momento econômico de 2003 e 2009
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-10) Melo, Natália Calais Vaz de; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://lattes.cnpq.br/0460306770022333
    As famílias brasileiras têm passado por muitas transformações, acompanhando os acontecimentos históricos, econômicos, sociais e demográficos, ocorridos ao longo do último século. Houve uma redução do tamanho das famílias, mudança na composição domiciliar, além de mudanças em seu padrão de consumo, deixando de ser uma unidade produtora e se constituir em consumidora. Porém, os estudos sociodemográficos e econômicos não abrangem a complexidade do comportamento de consumo dos diversos grupos domiciliares. Assim, a escolha de realizar essa pesquisa que relaciona o consumo aos diversos arranjos domiciliares se faz pela necessidade de compreender melhor as transformações sociais pelas quais a sociedade vem passando. Nesse contexto, a principal questão investigativa que norteou esse estudo foi: Existem diferenças ou semelhanças de consumo entre os arranjos domiciliares no Brasil em determinado período econômico (2003 e 2009)? Diante disso, o objetivo dessa tese consistiu em analisar comparativamente o consumo de diferentes arranjos domiciliares no Brasil, fazendo um paralelo com o momento econômico em que o país estava vivenciando entre 2003 e 2009. Essa pesquisa de caráter quantitativo, descritivo, analítico, utilizou dados secundários extraídos das Pesquisas de Orçamentos Familiares de 2002/2003 e 2008/2009. Teve como universo de análise os seguintes arranjos domiciliares: unipessoal; casal sem filhos; casal com filhos; monoparental; família estendida; e, domicílio composto. Os dados foram extraídos e analisados utilizando o software STATA, sendo realizada uma análise estatística descritiva; o cálculo do Coeficiente de Gini; um teste t para amostras independentes; e, o modelo SUR. Os resultados revelaram que houve uma redução dos arranjos casal com filho e família estendida no país, além de um aumento dos outros tipos de arranjos, como o monoparental e unipessoal. A pessoa de referência, com exceção dos arranjos unipessoal e monoparental, era o homem. O nível de escolaridade dos membros era baixo e a maioria residia na região Sudeste e na área urbana do país. Durante o período analisado, houve uma melhoria na renda total mensal dos arranjos domiciliares, sendo que o arranjo família estendida apresentou melhor coeficiente de Gini na distribuição da renda. Os maiores gastos em relação às categorias de despesas foram com habitação, alimentação e transporte em todos os arranjos domiciliares, enquanto que, por outro lado, o menor gasto declarado foi com fumo. Ao verificar a diferença de consumo entre os arranjos domiciliares em estudo, o arranjo composto foi o que possuiu, estatisticamente, maior diferença de gasto quando comparado com o arranjo casal com filho, em todas as categorias de despesa. Por outro lado, os arranjos domiciliares unipessoal e monoparental foram os que apresentaram uma diferença de gasto menor que o arranjo casal com filho. Além do tipo de arranjo pertencente à população brasileira, outros fatores contribuíram para afetar o consumo de bens e serviços, como renda total do domicílio; idade, sexo, nível de escolaridade e raça da pessoa de referência; a região e área de residência; bem como a composição desses arranjos, ou seja, o número de membros, o total de filhos, de crianças, de adolescentes, de idosos, de parentes e não parentes também trouxeram impactos quantos aos gastos das categorias de despesa em estudo dos arranjos domiciliares. No que se refere à avaliação das condições de vida dos arranjos domiciliares, verificou-se que houve uma melhoria no país de 2003 para 2009, mas muito ainda tem que ser pensado no que se refere à uma redução da pobreza e à maior igualdade na distribuição da renda e acesso aos serviços básicos. Conclui-se, que compreender o perfil socioeconômico e demográfico, a fase do ciclo de vida, bem como as relações de consumo de bens e serviços dos diversos arranjos domiciliares é fundamental, visto que os bens e serviços ofertados à população podem proporcionar satisfação e melhoria da qualidade de vida. Além disso, é importante entender como as diferentes características dos arranjos domiciliares influenciam no consumo de bens e serviços, o que é um indicador da qualidade de vida desses arranjos.
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    Consumo por Idosos em Arranjos Familiares Unipessoal e Residindo com o Cônjuge: Análise de Dados da POF 2008/2009
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-25) Melo, Natália Calais Vaz de; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; http://lattes.cnpq.br/0460306770022333; Lima, Afonso Augusto Teixeira de Freitas de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777096T7; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2
    Uma das transformações sociais mais importantes que ocorreram na sociedade nos últimos anos está relacionada ao aumento demográfico dos idosos. Com a maior longevidade e aumento de seu poder aquisitivo, os idosos têm se tornado consumidores cada vez mais assíduos, além de prezarem pela qualidade dos bens e serviços. Contudo, o consumo de bens e serviços por idosos em diferentes arranjos familiares no Brasil ainda é pouco conhecido. Assim, a escolha de realizar uma pesquisa que relaciona os arranjos familiares e o consumo se faz pela necessidade de melhor compreender as transformações sociais pelas quais a sociedade brasileira contemporânea passa. Diante desse contexto, este estudo consistiu em comparar, através dos microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008/2009), o consumo de bens e serviços pelos idosos que moravam sozinhos e por aqueles que residiam com o cônjuge, a partir de variáveis socioeconômicas e geográficas. A pesquisa teve caráter quantitativo, descritivo, com corte transversal e utilizou-se de microdados da POF (2008-2009) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como universo de análise, tevese os arranjos familiares de idosos que constituíam unidades domésticas unipessoais ou que residiam com o cônjuge de todas as regiões do país. Os dados foram extraídos utilizando-se o software STATA e analisados estatisticamente através do SPSS. Os resultados permitiram constatar que a maioria dos idosos estudados eram jovens , ou seja, possuíam idade entre 60 a 69 anos, brancos, residiam na área urbana do país, possuíam o ensino fundamental e, a minoria, estava na faixa AB de renda, sendo esta proveniente, em sua maioria, de transferências. A maior parte dos idosos do arranjo unipessoal vivia no nordeste e, no caso do arranjo residindo com o cônjuge, no sudeste. O arranjo familiar residindo com o cônjuge gastava mais do que o unipessoal no que se refere aos itens de despesas com habitação, despesas diversas, lazer, transporte, alimentação dentro do domicílio, fumo, produtos de higiene e cuidados pessoais, assistência à saúde e vestuário. É válido ressaltar que dentro destes itens de despesas selecionados, os maiores gastos dos arranjos familiares estudados estavam com itens de habitação, alimentação dentro do domicílio e assistência à saúde. Em ambos os arranjos familiares, aqueles que residiam na região sul eram os que apresentavam os maiores gastos em relação às categorias de despesas analisadas, principalmente quando comparados aos residentes no nordeste do país. Apesar dos domicílios configurados nestes arranjos familiares serem a minoria pertencente à faixa de renda AB, eram eles os responsáveis pelos maiores gastos com os itens de despesas analisados. Logo, concluise que a renda total do domicílio foi o fator que teve maior influência no consumo de bens e serviços entre os arranjos familiares, uma vez que com a melhoria da renda, os idosos estão tendo um maior poder de compra, buscando, cada vez mais, investir em sua saúde e bem estar. Assim sendo, sabe-se que à medida que a população envelhece as necessidades dos consumidores mais velhos se tornam cada vez mais influentes, embora a sociedade ainda não esteja preparada para atender totalmente às necessidades desse segmento. Portanto, entender as relações de consumo desse segmento é extremamente relevante, a fim de que os bens e serviços oferecidos proporcionem satisfação e melhoria da qualidade de vida dos idosos.