Ciências Humanas, Letras e Artes

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    Teoria substantiva do uso do crédito pelas famílias de classe C
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-04-06) Luiz, Gilberto Venâncio; Silva, Neuza Maria da; http://lattes.cnpq.br/0356105882396787
    Esta tese teve como objetivo analisar como as experiências com o crédito vivenciadas pelas famílias da Classe C se relacionam com os aspectos sociais e simbólicos inerentes ao cotidiano dessas famílias. Além disso, buscou-se apresentar uma teoria substantiva sobre o uso do crédito que refletisse a importância dessa forma de pagamento na vida das famílias desta classe. Para atingir os objetivos propostos, foi utilizada a abordagem metodológica da Grounded Theory, que tem como foco a construção de teorias substantivas com base em dados coletados e analisados sistematicamente. A coletada de dados, realizada na cidade de Viçosa, MG, no período de 20 de setembro de 2016 a 10 de novembro de 2017, foi feita por meio de entrevistas, observações e notas de campo. As entrevistas foram realizadas com os cônjuges em suas residências e, posteriormente, gravadas e transcritas. No final do procedimento de amostragem teórica, chegou-se a um corpus de 13 famílias. Os conteúdos das entrevistas foram examinados com base na análise de conteúdo, seguindo-se os procedimentos de codificação constitutivos da Grounded Theory. Para o gerenciamento e codificação dos dados, foi utilizado o software Atlas/Ti 8.0, que é um programa criado para realização de pesquisa com base na Grounded Theory. Ao longo da pesquisa de campo e do processo de codificação, chegou-se a um modelo teórico composto por 11 categorias: processo decisório, fatores influenciadores do uso do crédito, problemas com o uso do crédito, administração do orçamento familiar, experiências com o crédito, saber usar, sonhos de consumo e perspectivas, dualidade de sentimentos, aspectos gerais de uso do crédito, dilema crédito versus poupança e os significados do crédito, além da categoria central denominada “ambivalência do crédito”. Observou-se, pela análise das entrevistas, que o crédito era percebido como algo que tem dois lados, um positivo e o outro negativo, ou seja, algo ambivalente. Essa percepção era consequência das experiências pessoais, de parentes e de amigos em relação ao uso do crédito, podendo estas ser positivas ou negativas. Assim, quando se trata do uso do crédito, as famílias o representam como algo ambivalente, em que os aspectos positivos e negativos estão sempre presentes na mente das pessoas. Com base nas experiências vivenciadas e no significado do crédito, definiu-se a hipótese geral do modelo teórico como: “em um ambiente caracterizado pela aceitação do crédito, as famílias de Classe C transferem significados ao crédito por meio de experiências positivas e negativas obtidas por meio do uso deste”. Esse significado ambivalente do crédito gerava nos participantes da pesquisa uma dualidade de sentimentos: a alegria na realização da compra do bem desejado e a preocupação com o pagamento das parcelas. Outro resultado encontrado foi que o crédito tinha importância significativa na realização dos sonhos e desejos de consumo das famílias pesquisadas, evidenciando a sua relação com o projeto de vida desse estrato da população. Por fim, pode-se concluir que as experiências em relação ao uso do crédito pelas famílias da Classe C são repletas de significados, positivos e negativos, que são frutos das vivências dessas famílias e das pessoas à sua volta. Além disso, a utilização do crédito tem relação com o projeto de vida dessas famílias e com questões psicológicas, como os sentimentos positivos e negativos envolvidos nesse processo.
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    Consumo de telefone celular: significados e influências na vida cotidiana dos adolescentes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-25) Luiz, Gilberto Venâncio; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4253458J7; Lima, Afonso Augusto Teixeira de Freitas de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777096T7; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9
    Neste trabalho, objetivou-se analisar o comportamento de consumo de telefone celular entre os adolescentes estudantes, com idade entre 12 a 17 anos, da cidade de Viçosa, bem como os significados desse produto na vida cotidiana destes e os impactos desse tipo de consumo nas relações familiares, extrafamiliares e no orçamento familiar. O estudo foi realizado em três etapas. A primeira etapa constou de aplicação de questionários a uma amostra de 392 adolescentes, que por meio da técnica de cluster analysis, foram definidos perfis de agrupamentos de adolescente em termos de tempo de posse e uso do telefone celular, renda, gastos e existência de conflitos familiares com relação ao uso do aparelho. A análise de agrupamentos demonstrou a formação de quatro perfis de adolescentes com características diferenciadas. Na segunda etapa foi realizada uma entrevista com 40 adolescentes, que já possuíam telefone celular a mais de um ano e que haviam trocado o celular pelo menos uma vez. Os objetivos dessa entrevista eram analisar os fatores motivadores da aquisição e troca do aparelho, os significados simbólicos do aparelho e as mudanças nas relações familiares e extrafamiliares dos adolescentes. A terceira etapa foi realizada com os responsáveis pelos adolescentes pesquisados na segunda etapa, por meio de entrevista, para verificar o perfil da família e as mudanças ocorridas na família depois que o filho (a) adquiriu o telefone celular e o impacto das despesas deste telefone na renda mensal da família. Os dados obtidos mostraram que, os adolescentes sofrem influências do seu grupo de referência para suas ações de consumo de telefone celular. Este aparelho, por estar sempre presente na vida dos indivíduos que estão mais próximos dos adolescentes, leva-os a desejar e adquiri-lo sem medir esforços, tudo para estar na moda e se manterem como membros do seu grupo de referência. Ou seja, o jovem adolescente, com relação ao consumo de telefone celular, busca uma identidade perante o seu grupo de referência e para melhor compreensão do mundo a sua volta. Assim, o adolescente identifica-se com determinado grupo e, a partir daí, passa a adotar suas regras, como neste estudo, em relação ao uso do telefone celular. A necessidade de estar sempre atualizado com as novas tecnologias é o principal motivador dos adolescentes a trocar seu telefone celular. Esse fato se dá também pela necessidade de estarem na moda com relação aos novos aparelhos que estão no mercado e que os membros do seu grupo de referência utilizam. As mudanças com relação à melhora na comunicação entre eles, a maior liberdade e confiança que os adolescentes conseguem junto aos seus pais e a maior tranqüilidade e segurança que os pais adquirem por poderem manter contato constante com os filhos fazem do telefone celular um aparelho indispensável na vida das famílias. Pode-se verificar também que, mesmo tendo agrupamentos com perfis diferenciados, em termos de tempo de posse e uso, gastos, trocas e conflitos com relação ao consumo de telefone celular, não se evidenciou nenhuma diferença com relação aos motivos de compra e troca do aparelho, significados e transformações no relacionamento familiar e extrafamiliar dos adolescentes, entre esses grupos que se pudesse afirmar que um desses elementos estivesse mais presente nas respostas dos entrevistados de um grupo ou de outro. Quanto à influência dos gastos com telefone celular na renda familiar, este dispositivo tem um impacto maior nas famílias de renda menor, uma vez que à medida que a renda aumenta, o percentual destinado a pagamento das despesas diminui e, à medida que a renda diminui, o percentual destinado a pagamento das despesas aumenta.