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    Arranjo produtivo de café, redes sociais e qualidade de vida: um estudo com agricultores familiares do Espírito Santo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-27) Albergaria, Alessandra Vasconcelos; Ferrão, Romário Gava; http://lattes.cnpq.br/2340689518921145; Dias, Marcelo Miná; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723733T2; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://lattes.cnpq.br/8737137569327552; Sousa, Júnia Marise Matos de; http://lattes.cnpq.br/4245666300412029; Ferrão, Maria Amélia Gava; http://lattes.cnpq.br/0041236146696754
    No setor agrícola, o café é um dos produtos mais importantes, sendo produzido principalmente por agricultores familiares. E, o Espírito Santo, com apenas 0,5% do território brasileiro, é o segundo maior produtor de café do Brasil, com 25% da produção nacional. No entanto, apesar da evolução da cafeicultura capixaba, com destaque para o cultivo do café arábica, sobretudo, na melhoria da qualidade e da produção do café conilon, conhecido como robusta, pelo aumento da produtividade, ainda persistem sérios problemas e dificuldades neste setor da agricultura. Dessa forma, pressupõe-se que o desenvolvimento de redes e o acesso às instituições e organizações, relacionadas tanto à produção quanto reprodução das unidades familiares, podem desempenhar um papel importante na melhoria das condições de vida dessas famílias, além de mobilizar ativos, que são fundamentais para aumentar a capacidade de as famílias tornarem-se agentes de mudança. Sendo assim, este estudo teve como principal objetivo analisar a morfologia das redes sociais estabelecidas entre os pequenos agricultores rurais do arranjo produtivo cafeeiro, do município de Castelo, ES, bem como suas implicações no processo de produção e reprodução social das unidades familiares. Trata-se, então, de um estudo de caso, que possui um caráter exploratório, com uma abordagem quantitativo-qualitativa, que tem como local de estudo o município de Castelo/ES. Optou-se por esse município em função do mesmo apresentar maior representatividade em relação à produção de café na região Sul do Estado, tanto do café arábica quanto conilon. A população entrevistada compreendeu dos agricultores familiares, produtores de café, há no mínimo cinco anos. Resultados mostraram que os agricultores basicamente do sexo masculino, casados, na faixa etária de 29 a 59 anos e com ensino fundamental incompleto, residiam no meio rural, envolvendo-se com as principais práticas do arranjo produtivo cafeeiro, cujo índice tecnológico variou de regular (café arábica) a bom (café conilon). A análise da morfologia das redes sociais evidenciou que as relações não envolveram somente a esfera econômica, mas também a dimensão simbólica, que atribui sentido ao trabalho. No arranjo produtivo cafeeiro capixaba, as relações entre os elementos das redes sociais, formais e informais, envolveram interações de íntimos (principalmente familiares e amigos/vizinhos), troca de serviços e transmissão de informações, além de operações monetárias, basicamente com redes de prestação de serviços. Considera-se que as relações de reciprocidade e, principalmente, as ligações de proximidade entre os atores sociais são meios pelos quais as redes se amparam e estabelecem, contribuindo para a criação de oportunidades e promoção da solidariedade e aprendizagem. A qualidade de vida relacionada às necessidades concretas da população, e suas dimensões subjetivas, estão associadas às vivências, valores, costumes e condições do espaço físico e relacional. Por fim, utilizar o referencial teórico das redes possibilitou avanços importantes no sentido de compreender o papel das mesmas no desenvolvimento do arranjo produtivo cafeeiro. Conclui-se que as redes sociais promovem sinergias entre os atores sociais; dinamizam a economia por meio da mobilização dos recursos; favorecem a acumulação de capital humano e social e propiciam a melhoria da qualidade de vida.