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    Políticas para o Ensino Médio: tendências do Estado de Minas Gerais a partir dos anos 2000
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-16) Abranches, Milene Viana; Mari, Cezar Luiz De; http://lattes.cnpq.br/6953372504290467
    O século XXI é testemunha de um conjunto de políticas educacionais originadas no século XX que refletem as necessidades do capitalismo globalizado e os ideais neoliberais dos países centrais. A UNESCO, juntamente com outros Organismos Internacionais aprofunda o papel socioideológico da educação por meio do Relatório Delors, cujo texto trazia orientações e recomendações para as políticas educacionais dos países periféricos. Neste relatório observamos que a educação é concebida como um tesouro a ser descoberto, imprimindo, especialmente a defesa da “Educação ao longo de toda a vida”. As orientações para o Ensino Médio, denominado de “plataforma giratória para a vida”, expressam um movimento de ajustes e de aproximações da formação escolar como mediadora de problemas econômicos, sociais e políticos. Buscamos compreender as influências da UNESCO nas orientações para as políticas educacionais, dando foco especial ao Ensino Médio, dos anos 2000, no estado de Minas Gerais. Para tanto foram analisados os documentos Novo Plano Curricular/ Ensino Médio (2006), Conteúdos Básicos Comuns - CBC (2006) e programa Reinventado o Ensino Médio - REM (2012), por serem políticas pontuais, que influenciaram na condução das políticas educacionais do Estado de Minas Gerais. Demos o enfoque teórico-metodológico da Análise de Discurso Crítica - ADC (FAIRCLOUGH, 2001), para compreender os aspectos formais, explícitos e ocultos do discurso, nas suas variações textuais, práticas discursivas e práticas sociais. Analisamos como os termos contidos no Relatório Delors influenciaram na construção e implementação das políticas educacionais para o EM mineiro. Constatamos que as orientações do Relatório Delors, foram aplicadas na educação brasileira de maneira fragmentada, contendo variadas interpretações, produzindo um leque de políticas de governo feitas em gabinetes, além de contribuir com a produção de políticas conhecidas como ziguezague. Tais políticas são descontínuas e ajustam a educação às exigências da globalização econômica, fazendo com que as instituições escolares, ofertem às classes populares uma educação limitada e excludente. Concluímos que o Ensino Médio não ficou melhor depois das orientações da UNESCO, ao contrário, manteve sua indefinição identitária e serviu de palco para diversas experiências limitantes de políticas de governos no Estado de Minas Gerais.