Ciências Humanas, Letras e Artes
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Item O (des)velar de ideologias em The Handmaid s Tale: vozes/discursos entrelaçados nas amarras do poder.(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-09) Abreu, Relines Rufino de; Campos, Maria Cristina Pimentel; http://lattes.cnpq.br/5652171755057549; http://lattes.cnpq.br/4273633644522113; Silva, Nilson Adauto Guimarães da; http://lattes.cnpq.br/1429164357915092; Domingues, Thereza da Conceição Apparecida; http://lattes.cnpq.br/1309415440451582; Nogueira, Nícea Helena de Almeida; http://lattes.cnpq.br/4642562310697120Margaret Atwood é reconhecida como uma das maiores escritoras contemporâneas e um dos grandes nomes da Literatura Canadense. Através de suas personagens, ela trava fortes discussões políticas e sociais em suas obras acerca de inúmeros temas, sempre buscando alternativas para um discurso que se pretende verdade única. O romance de sua autoria, The Handmaid s Tale (1985), foco do estudo desta pesquisa, mostra-se um espaço vasto para se analisar as nuances retratadas entre as relações de poder e o redimensionamento/construção da identidade do sujeito. Deste modo, o objetivo deste estudo é identificar as representações das forças sociais que movem e reconhecem como válido um sistema antidemocrático, analisando e investigando as relações de poder na construção da identidade do indivíduo, sob a perspectiva do sujeito e sua relação com o meio social. Os procedimentos metodológicos utilizados se voltam para a análise do texto literário em vista dos conhecimentos adquiridos com as leituras teóricas e os ensaios críticos de Mikhail Bakhtin e Michel Foucault, trazendo ao estudo a leitura da pesquisadora e sua apreensão do universo fictício de Margaret Atwood, assim como do contexto geral em que a obra se insere e aquele a que o texto remete.Item O discurso às avessas em Numa e a Ninfa de Lima Barreto(Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-22) Pinto, Rose Maria; Campos, Maria Cristina Pimentel; http://lattes.cnpq.br/5652171755057549; Nogueira, Nícea Helena de Almeida; http://lattes.cnpq.br/4642562310697120; Xavier, Therezinha Mucci; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775307D8; Silva, Nilson Adauto Guimarães da; http://lattes.cnpq.br/1429164357915092Este trabalho busca reconhecer e analisar a diversidade de vozes social, política e histórica, existentes no discurso da obra Numa e a Ninfa (1915) de Lima Barreto. Dono de um estilo inovador e com um discurso às avessas, contrário aos padrões oficiais, o escritor abriu caminhos para um novo tipo de literatura, que integra à ficção, aspectos pertencentes à realidade, retratando os acontecimentos sociais, políticos e históricos pertencentes à 1a República. A compreensão da proposta barretiana de criar a interação entre campos de saberes diferenciados é, neste trabalho, fundamentada a partir da Teoria do Dialogismo, de Mikhail Bakhtin, que analisa as possibilidades da linguagem de estabelecer elos contínuos entre os indivíduos e as sociedades, possibilitando maior entendimento sobre os mesmos. De forma objetiva, clara e irônica, a obra de Barreto analisa os indivíduos, suas atitudes e relações sociais, procurando instigar no leitor a percepção e conscientização da verdadeira realidade por detrás das máscaras usadas nas representações de papéis sociais. Através da retratação das personagens Edgarda, Numa Pompílio e Benevenuto, o autor molda estereótipos, que servem para denunciar a ambição, a corrupção, o descaso, a hipocrisia e o egoísmo, comuns aos membros da classe política. As abordagens irônicas utilizadas no decorrer da narrativa retratam o tom usado por Barreto para combater, por intermédio da literatura, as mazelas sociais que assolam a política e a sociedade brasileira. A fim de promover a discussão sobre a ironia, busca-se junto aos conceitos propostos por Linda Hutcheon e Douglas Colin Muecke compreender a capacidade deste recurso, em quebrar as amarras que dificultam as possibilidades do leitor de torna-se mais ativo durante o processo interpretativo. O caminho percorrido por Barreto, em Numa e a Ninfa encontra, também, na comparação, outro aspecto capaz de denunciar e questionar o caráter e a postura dos representantes do povo. O autor utiliza o confronto entre as personagens barretianas Numa Pompílio e Edgarda, com as da história romana de Numa Pompílio e a Ninfa Egéria (714 a 671 a.C.), e induz a percepção do leitor sobre o diálogo ao revés, constatado no confronto de características tão distintas. Numa e a Ninfa é uma obra que retrata a trajetória de Lima Barreto em busca de uma literatura menos alienante e direcionadora de um leitor com postura de agente questionador e atuante em sua realidade.Item Fabiano e Macabéa: a moldagem da terra dura do sertão(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-28) Moreira, Raiane Cordeiro de Souza; Assis, ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/4758858392951831; Roani, Gerson Luiz; http://lattes.cnpq.br/4615421443869964; Campos, Maria Cristina Pimentel; http://lattes.cnpq.br/5652171755057549; http://lattes.cnpq.br/9814652219133918; Domingues, Thereza da Conceição Apparecida; http://lattes.cnpq.br/1309415440451582; Silva, Nilson Adauto Guimarães da; http://lattes.cnpq.br/1429164357915092Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo comparativo entre as obras Vidas Secas, de Graciliano Ramos e A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, dando ênfase à trajetória existencial das personagens de Fabiano e de Macabéa, no que se refere à figura do indivíduo isolado, alienado, hermético, por decorrência de um ambiente pouco estimulante, seco, árido. Pensando na modernidade e em todos os aspectos que a envolve, seja de ordem econômica, social e política, torna-se imprescindível a análise do ser humano, identificando sua relação tanto com o meio social quanto com o natural. Busca-se investigar, através de uma visão bakhtiniana, sob o viés do dialogismo, como se revelaria esse indivíduo colocado contra o pano de fundo da multidão ou da metrópole anônima e impessoal. Seria ele sufocado por esse meio, engolido por ele? Seria um dos agentes modificadores, que tornaria a sociedade uma entidade em mutação contínua, globalizada, pluricultural? Ainda como possibilidade, questiona-se se o sertanejo, ao se transferir para a metrópole, na ânsia de perspectivas de melhoria de vida, seria um ser adaptado ou marginalizado ao novo ambiente social, tornando-se, talvez, mais um elemento de exclusão social. Na formação das novas identidades advindas do meio, poder-se-á constatar uma desconstrução do ser humano exposto a outro meio diferente daquele de origem. Na verdade, o que se percebe é que existem valores e representações do mundo que acabam por excluir as pessoas. Os excluídos não são simplesmente rejeitados fisicamente, geograficamente ou materialmente, não somente do mercado de trabalho e de suas trocas, mas de todas as riquezas espirituais, visto que seus valores não são reconhecidos, ou seja, há, também, uma exclusão cultural.Item Multiplicidade discursiva em Flannery O’Connor: perspectivas psicossociais(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-28) Pires, Caroline Caputo; Roani, Gerson Luiz; http://lattes.cnpq.br/4615421443869964; Assis, ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/4758858392951831; Campos, Maria Cristina Pimentel; http://lattes.cnpq.br/5652171755057549; http://lattes.cnpq.br/1162091814552096; Domingues, Thereza da Conceição Apparecida; http://lattes.cnpq.br/1309415440451582Este trabalho aborda a temática do desenvolvimento e da adaptação social do ser humano na obra literária da autora norte americana Flannery O’Connor. Tais tópicos orientam o estudo na busca de identificar e questionar a origem das ansiedades, deformidades, atitudes grotescas e sofrimentos do homem ao discutir o comportamento das personagens e o modo como elas se relacionam consigo mesmas e com os membros da sociedade com os quais convivem. As análises dos relacionamentos intra e interpessoais das personagens em relação à comunidade tornam-se uma ação que motiva os contos “A Good Man is Hard to Find”, “Good Country People”, “The River” e “The Displaced Person”. Sob diferentes pontos de vista, a autora retrata a vida em sociedade, através de personagens que ao se identificarem, de alguma forma, umas com as outras, transferem suas insatisfações pessoais e não-aceitações de situações referentes às próprias vidas, a outras pessoas, que se tornam vítimas de agressões morais e físicas. Baseando-se nisto, a abordagem é feita a partir das teorias de Sigmund Freud, sobre o inconsciente humano, e Mikhail Bakhtin sobre o texto dialógico e interdisciplinar. Nessa perspectiva, é importante entender como as personagens relacionam-se com o superego uma vez que suas atitudes são mais consequências do que causa de suas inadequações sociais.