Ciências Humanas, Letras e Artes
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Item Aprendizagem da agonia em Os cus de Judas, de António Lobo Antunes(Universidade Federal de Viçosa, 2012-05-04) Silva, Ana Paula; Assis, ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/4758858392951831; http://lattes.cnpq.br/4862200988495298; Faria, ângela Beatriz de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/0451881349456167; Roani, Gerson Luiz; http://lattes.cnpq.br/4615421443869964O estudo da escrita da memória no romance Os cus de Judas, do português António Lobo Antunes, publicado em 1979, insere-se numa busca de compreensão da constituição do sujeito na sociedade contemporânea. No romance estudado, um médico relata suas memórias tendo como eixo central a própria vivência nos campos de batalha no exército português. O narrador se refere à participação na Guerra Colonial como uma aprendizagem da agonia . No entanto, a aprendizagem não se efetiva como a iniciação esperada pela família, mas como uma metamorfose que leva o narrador a questionar as concepções até então tomadas como verdade em sua vida. A agonia cuja aprendizagem foi iniciada pelo narrador de Os cus de Judas na Guerra é também aprendida pelo ser humano em outras batalhas impostas pela sociedade contemporânea, em que as identidades fixas calcadas no pertencimento a coletividades promotoras de segurança e conforto estão sendo estilhaçadas. Assim, a reconfiguração da identidade nacional se desdobra na reconfiguração da identidade individual, na busca agônica pela configuração de uma resposta à pergunta: Quem sou eu? . Nesse sentido, este trabalho se propõe a estudar como é configurada a identidade do narrador-protagonista no romance contemporâneo português Os cus de Judas, apoiando-se, especialmente, nas teorizações de Paul Ricoeur acerca da escrita da memória, de Walter Benjamin sobre o narrador e de Zygmunt Bauman a respeito das condições sociais desta era chamada por ele de modernidade líquida , além da apreciação da fortuna crítica do autor e da obra.Item A Palavra iluminada: A arca da aliança - paródia na poesia religiosa de Carlos Nejar(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-11) Machado, Cínthia Marítz dos Santos Ferraz; Nascimento, Lyslei de Souza; http://lattes.cnpq.br/2618593450338207; Assis, ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/4758858392951831; Gonçalves, Gracia Regina; http://lattes.cnpq.br/5227210194234819Esta dissertação pretende um estudo acerca do conjunto de poemas A Arca da Aliança , parte integrante da obra Os Viventes, de Carlos Nejar (2011), poeta e crítico literário brasileiro contemporâneo, pelo viés dos estudos sobre intertextualidade pós-moderna. A Arca da Aliança é uma obra representativa do panorama brasileiro da poesia atual e se faz profícuo texto para a investigação das intersecções discursivas entre o literário e o bíblico, por possuir correspondências muito claras entre os dois textos, o que nos leva ao estudo sobre produtividade poética e paródia pós-moderna. Além disso, se configura como ímpar na produção literária do momento por ter sido confeccionada e incorporada ao livro no decorrer de um período de aproximadamente 20 anos de crescimento e amadurecimento poético. A primeira edição da obra foi em 1979, sendo que a edição de 1995 consta de acréscimos de cerca de 300 novos poemas, dentre eles, o conjunto a que nos propomos estudar. Com base em um suporte teórico que nos oferece possibilidades investigativas e contemplativas sobre o tema, almejamos perscrutar como o poeta reelabora o discurso religioso transpondo-o para o literário na contemporaneidade, ainda que o estudo de poesia contemporânea se limite a uma falta de distanciamento crítico. Deste modo, este tema nos interessa a partir do momento em que possibilita uma pesquisa sobre como o mundo recriado pela iniciativa salvífica de Deus, outrora numa certa linguagem da fé, pode exprimir-se, por sua vez, na linguagem de iniciativa poética?, ou como por meio da iniciativa poética, o artista da palavra recria e reconfigura uma nova ordem do mundo mítico da sagrada escritura. Assim, sondar este tema se faz, para nós, um instigante e pertinente trabalho na área dos Estudos Literários, que busca contribuir para o alargamento dos horizontes da pesquisa literária científica.Item O poeta-Saci, Camongo, o sertão e o folclore brasileiro no livro Hora aberta, de Gilberto Mendonça Teles(Universidade Federal de Viçosa, 2012-05-18) Fernandes, Danielle Fardin; Assis, ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/4758858392951831; http://lattes.cnpq.br/6945741688204156; Siqueira, Joelma Santana; http://lattes.cnpq.br/7544225793792187; Fernandes, Marcos Rogério Cordeiro; http://lattes.cnpq.br/9503179036205972O presente trabalho investiga as relações entre o popular e o erudito na reunião de poemas Hora aberta (2003) de Gilberto Mendonça Teles. Em relação ao popular, destacam-se os personagens Saci e Camonge. É com eles que o artista busca criar uma nova estética para os poemas escritos a partir do livro Saciologia goiana (1982). Esses personagens, um do folclore brasileiro, outro da literatura de cordel, foram escolhidos para compor duas máscaras usadas para esconder as verdadeiras facetas de um crítico literário, o próprio Teles. No que cabe ao erudito, encontra-se Camões, que faz o diálogo entre Europa e Brasil. Goiás e o sertão são também sondados, uma vez que ajudam a compor a dicotomia popular/erudito.Item Poetas no tempo, pólen ao vento: Gregório de Matos e Guerra e Tomás Antônio Gonzaga(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-28) Silva, Dinamarque Oliveira da; Roani, Gerson Luiz; http://lattes.cnpq.br/4615421443869964; Gonçalves, Gracia Regina; http://lattes.cnpq.br/5227210194234819; Assis, ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/4758858392951831; http://lattes.cnpq.br/7716715667572885; Santos, Matildes Demétrio dos; http://lattes.cnpq.br/1585706496221563; Campos, Maria Cristina Pimentel; http://lattes.cnpq.br/5652171755057549; Siqueira, Joelma Santana; http://lattes.cnpq.br/7544225793792187Esta dissertação é um estudo comparativo entre alguns poemas satíricos de Gregório de Matos e Guerra e o poema epistolar Cartas Chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga. Estes poetas viveram e produziram em séculos distintos. Gregório de Matos foi poeta no século XVII, e Tomás Antônio Gonzaga, no século XVIII. Este trabalho investiga os modos satíricos de poetar de ambos, às vezes convergentes, às vezes divergentes, promovendo uma continuidade fecunda da Sátira na Literatura Brasileira. Além disso, visa a distinguir e valorizar as particularidades de seu ato inventivo. Este estudo também busca demonstrar que o fator histórico não é elemento determinante para a qualidade artística do poema, mas, nos poetas citados, é parte integrante de sua temática. As considerações finais permitem afirmar que as composições satíricas tratadas se conduziram pela poesia de dois artistas que recriaram sua época em versos por meio da medida poética dos séculos XVII e XVIII, e por um sutil entendimento do mundo.Item Veleidades histórico-culturais em Dôra, Doralina (1975): representação feminina na literatura de Rachel de Queiroz(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-14) Silva, Thaís Fernanda da; Assis, ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/4758858392951831; http://lattes.cnpq.br/6521525566281996; Siqueira, Joelma Santana; http://lattes.cnpq.br/7544225793792187; Perpétua, Elzira Divina; http://lattes.cnpq.br/2444428781251277A presente dissertação investiga como o romance de Rachel de Queiroz, Dôra, Doralina, representa as transformações sociais na imagem feminina, em diálogo com as relações e influências do contexto sociocultural brasileiro da década de 30. A análise se concentra na investigação dos elementos sociais que atuam na tessitura narrativa, como componentes norteadores para os comportamentos da protagonista, tendo como pano de fundo o contexto da Revolução de 30 no Brasil, com suas revoltas sociais e embates políticos, a Industrialização oriunda de influências externas, e a véspera da Segunda Guerra Mundial, relacionando-se com o drama de vida da protagonista, revelando a sua perspectiva diante dos acontecimentos históricos do país. Tendo em vista que o romance se apresenta em forma de relato memorialístico, concentramo-nos na análise da figura da narradora para tecer considerações a respeito de sua transformação no cenário ficcional, isto é, para entender a forma como a narrativa se desenvolve a medida que os fragmentos sobre o cenário nacional vão se construindo no imaginário do leitor, e os dramas pessoais vividos por ela também vão se mostrando e acompanhando tais desenvolvimentos. O foco do estudo dar-se-á em torno do relato de Dôra para entender as relações entre a construção de sua imagem e a possibilidade de abertura para se pensar uma nova mulher , concebida dentro de uma noção em que considera a dimensão ideológica e social da literatura.