Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    Relação entre estilo parental de alimentação, qualidade alimentar e estado nutricional em crianças com mães servidoras e/ou estudantes de instituições públicas de ensino superior no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-21) Silva, Iolanda de Fátima Cesar da; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://lattes.cnpq.br/6123374302597530
    O estilo parental de alimentação é definido como práticas ou estratégias alimentares utilizadas com o intuito de orientar as crianças na alimentação, e refletem o clima emocional no qual essas práticas ocorrem. Estudos mostram relação dos estilos com condições alimentares e nutricionais da criança que necessitam ser ainda explorados. Objetivo: Analisar as associações do estilo parental de alimentação com a qualidade da alimentação e estado nutricional da criança. Metodologia: Estudo transversal, realizado com servidoras e estudantes de instituições de ensino superior públicas do Brasil e seus filhos de 18 meses a 6 anos. Foi aplicado questionário online com questões sobre condições sócio demográficas; consumo alimentar e antropometria das crianças. Os estilos maternos de alimentação foram identificados a partir do questionário Estilos Parentais de Alimentação (QEPA). Os valores de peso e comprimento da criança foram relatados pelas mães e calculado o índice de massa corporal/idade (IMC/I). As análises estatísticas foram compostas de análise descritiva e análises univariadas. Para testar associação entre variáveis categóricas foi utilizado o Teste de qui-quadrado ou exato de Fisher, e a regressão logística múltipla para examinar as relações que se desejava analisar, com estimativa da odds ratio e intervalo de confiança de 95%.O nível de significância estatístico adotado foi de 5%. Resultados: Foram avaliadas 416 díades mãe-filho, e os estilos maternos de alimentação predominantes foram o indulgente (75,5%) e autoritativo (24,3%). A maioria possuía ensino superior completo, pertencia aos estratos socioeconômicos A e B, morava com companheiro e estava em trabalho remoto. As crianças menores de 2 anos, filhas de mães autoritativas, apresentaram 8,7 vezes mais chances de consumir ultraprocessados e 5,3 vezes menos chance de consumir alimentos ricos em vitamina A, comparadas às filhas de mães indulgentes. As crianças a partir de dois anos, filhas de mães autoritativas, apresentaram 2,5 vezes mais chances de ter o hábito de realizar refeições assistindo à televisão; 2,0 vezes mais chances de consumir biscoitos recheados, doces e guloseimas; e 2,3 vezes menos chances de ter o hábito de realizar no mínimo as três refeições principais no dia, comparadas às filhas de mães indulgentes. A chance das crianças com baixo peso terem mães com estilo autoritativo foi duas vezes menor que em crianças com excesso de peso (1/0,477=2,1). Conclusão: A alta exigência em mães com ocupação, elevada escolaridade, boa condição socioeconômica e alta responsividade na alimentação dos filhos representou maiores chances das crianças consumirem alimentação não saudável e de terem excesso de peso. Palavras-chave: Estilo parental. Qualidade alimentar. Criança. Mães. Estado nutricional.
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    Fatores socioeconômicos, demográficos e condições de saúde como preditores de óbitos por COVID-19 em gestantes adultas hospitalizadas no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-03-13) Azevedo, Francilene Maria; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://lattes.cnpq.br/8994838218575876
    Globalmente, ocorreram mais de 6,9 milhões de mortes pela COVID-19 até março de 2023, uma infecção respiratória com espectro de pacientes assintomáticos até a síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), foi identificada em 2019 e posteriormente declarada como uma pandemia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as gestantes compõem um grupo com maior risco de evoluir para casos mais graves da doença, sobretudo quando apresentam comorbidades. Ainda, as medidas de isolamento implementadas para mitigação do contágio causaram impacto socioeconômico importante, principalmente para a população mais vulnerável social e economicamente, e acarretou a piora de indicadores de desenvolvimento e de saúde. O presente trabalho objetiva avaliar a inter-relação entre a doença COVID-19 e as condições sociodemográficas e de saúde de gestantes brasileiras. Trata-se de um estudo longitudinal, realizado a partir da análise de dados secundários. O conjunto de dados consiste nas notificações nacionais de Síndrome Respiratória do Ministério da Saúde, disponíveis no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP Gripe). Os dados foram selecionados para integrar a amostra de 16202 casos da doença em gestantes adultas (≥20 anos) hospitalizadas em todo período da pandemia. A variável dependente foi a evolução dos casos de hospitalizações por COVID-19 (cura/óbito) e as independentes: idade, etnia, escolaridade, trimestre gestacional e comorbidades (doença cardiovascular, doença hematológica, síndrome de Down, doença hepática, asma, diabetes mellitus, doença neurológica, pneumopatia crônica, imunodeficiência, doença renal e obesidade). Também foram avaliados indicadores de saúde materno infantil (adequação do pré-natal e mortalidade neonatal) e socioeconômicos (Gini, Indice de Desenvolvimento Humano - IDH) e o Índice de Desigualdades Sociais para Covid-19 (IDS COVID-19) dos municípios de residência das gestantes. A imunização contra COVID-19 foi avaliada conforme número de doses, 1ª e 2ª doses ou dose única e o reforço. As análises foram conduzidas no ambiente de desenvolvimento integrado do R, o RStudio, versão 4.3.2. Uma avaliação descritiva foi realizada para caracterização da amostra. A regressão de Poisson com estimativa do risco relativo foi aplicada para verificação de variáveis associadas ao óbito. A análise de regressão Joinpoint foi utilizada para avaliar a tendencia da letalidade da COVID-19. As técnicas de Machine Learning foram adotadas para construção dos modelos preditivos do desfecho da infecção pelo SARS-CoV-2. Ainda, foi realizada a espacialização do IDHM e do IDS COVID-19 segundo a mortalidade materna pela COVID-19 por município brasileiro. O uso de dados secundários dispensa a submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), segundo os termos da Lei 12527, de 18 de novembro de 2011. A idade mediana entre as gestantes avaliadas foi de 30 anos (P25- 25; P75- 35). A letalidade foi de 7,62% (n = 1236). O risco para o óbito foi maior para mulheres não vacinadas (RR: 4,29; IC: 2,97 – 6,50), com idade ≥ 35 anos (RR: 1,37; IC: 1,13 - 1,67) e com obesidade (RR: 2,08; IC: 1,66 – 2,58). Os fatores socioeconômicos e de saúde materno-infantil municipais apresentaram associação com o óbito, com exceção do índice GINI. Assim como fatores sociodemográficos individuais, a citar-se a etnia e escolaridade, que estiveram relacionadas ao óbito e à adesão ao imunizante. Por fim, o modelo boosting apresentou melhor desempenho no Machine Learning, com acurácia de 74,6%, sensibilidade de 73,3% e especificidade de 76,0%. Na análise espacial, observou-se maior mortalidade materna por COVID-19 em municípios da região Norte e Nordeste. A idade, escolaridade, obesidade e ausência da imunização foram os principais fatores individuais que elevaram o risco de óbito por COVID-19 entre gestantes brasileiras. Além disso, o menor IDHM, menor prevalência de adequação ao pré-natal e maior mortalidade neonatal apresentaram relação com a ocorrência do óbito, assim como o IDS COVID-19, que representa a desigualdade social em saúde no Brasil. O Machine Learning pode ser uma técnica aplicada na predição do desfecho de hospitalizações por COVID-19 a partir de variáveis individuais e indicadores municipais de saúde e sociodemográficos. Sugere-se que na ocorrência de doenças semelhantes, as gestantes sejam priorizadas no esquema de vacinação, sobretudo, aquelas que apresentarem obesidade, com maior idade e de estratos sociais mais vulneráveis. Palavras-chave: Comorbidade. Gestação. Brasil. SARS-CoV-2. Fatores Socioeconômicos.
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    Caracterização nutricional de farinhas de insetos com potencial de utilização na alimentação humana
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-29) Oliveira, Lívya Alves; Della Lucia, Ceres Mattos; http://lattes.cnpq.br/9207773977038720
    Diante de projeções de crescimento acelerado da população global, estima-se que a demanda mundial por proteínas deverá dobrar até o ano de 2050. Nesse cenário, questões sobre modos de produção de alimentos de qualidade e em quantidade suficiente tornam-se pautas contra o enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional. O potencial de insetos comestíveis como novo ingrediente tem sido investigado como alternativa às fontes convencionais de proteínas. O objetivo deste estudo foi revisar sistematicamente estudos in vivo que avaliaram a qualidade proteica de insetos e desenvolver e caracterizar farinhas de insetos comestíveis (Tenebrio molitor, Gryllus assimilis, Belostoma anurum) com potencial de uso na alimentação humana. Para avaliar a influência do estágio de maturação no conteúdo nutricional dos insetos, as farinhas de Tenebrio molitor e Gryllus assimilis foram produzidas em dois estágios de desenvolvimento. As farinhas foram analisadas quanto a sua composição centesimal, conteúdo de minerais, atividade antioxidante, compostos fenólicos, carotenoides, vitaminas C e E, riboflavina, niacina, perfil de aminoácidos, digestibilidade proteica in vitro e solubilidade em função do pH. A partir da revisão sistemática, foi possível observar que, devido à alta heterogeneidade dos resultados não se pode concluir que os insetos apresentam alta qualidade proteica, embora tenham sido encontrados resultados positivos quanto ao valor biológico da proteína. As farinhas desenvolvidas mostraram-se fontes de proteínas, fósforo, cobre, ferro, zinco, manganês. As farinhas desenvolvidas a partir das três espécies atenderam às exigências de histidina, treonina, aminoácidos sulfurados e aminoácidos aromáticos, entretanto, a lisina foi o aminoácido limitante em suas composições. As proteínas das farinhas de Tenebrio molitor e Gryllus assimilis apresentaram boa digestibilidade e maior solubilidade em pH alcalino. O estágio de desenvolvimento dos insetos foi capaz de influenciar seu conteúdo nutricional, perfil de aminoácidos e propriedades funcionais da proteína, sendo o Gryllus assimilis adulto e a pupa de Tenebrio molitor com resultados superiores em relação às ninfas e larvas das respectivas espécies. Diante do exposto, a utilização de farinhas de insetos pode ser considerada pela indústria de alimentos com o objetivo de agregar valor nutricional a produtos e preparações. Palavras-chave: Entomofagia. Insetos comestíveis. Digestibilidade proteica. Aminoácidos. Compostos bioativos.
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    Adiposidade corporal e pressão arterial ambulatorial : resultados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-03-08) Souza, Ângela Maria Natal de; Lopes, Leidjaira Juvanhol; http://lattes.cnpq.br/9207981298387971
    Estudos sobre a associação entre obesidade e pressão arterial (PA) ambulatorial são escassos, e a maioria investigou essa relação utilizando somente o índice de massa corporal (IMC) como indicador de adiposidade. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação da adiposidade corporal com a PA ambulatorial entre participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Inicialmente, foi realizada uma revisão sistemática, baseada nas recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyzes (PRISMA), cuja busca foi realizada no Cochrane Library, Web of Science e Pubmed. Foram incluídos estudos originais que avaliaram a associação de pelo menos um indicador de adiposidade (exposição) com parâmetros derivados da MAPA (desfecho). Em seguida, um estudo transversal foi conduzido com subamostra do ELSA-Brasil, composta por 812 participantes do centro de investigação da Fiocruz-RJ que realizaram a MAPA concomitantemente à segunda onda de coleta de dados do estudo (2012-2014). Foram coletados dados sociodemográficos, comportamentais, antropométricos (peso, altura e perímetro da cintura (PC)), e gordura corporal por bioimpedância, e foram calculados o índice de massa corporal (IMC) e a relação cintura-estatura (RCE). A PA foi mensurada pela MAPA de 24 horas (h), e foram avaliadas a média e a variabilidade da PA sistólica (PAS) e diastólica (PAD) nas 24h, vigília e sono, o descenso noturno e a elevação matinal. Modelos de regressão gamma e logística, bruto e ajustados por fatores de confusão, foram empregados para investigar as associações entre os diferentes indicadores de adiposidade e a PA ambulatorial. Na revisão sistemática, foram incluídos 11 artigos originais. Foi observada associação significante do IMC com a média da PAS e PAD durante as 24h, na vigília e no sono, com a variabilidade pressórica, e com o descenso noturno, hipertensão do avental branco (HAB) e hipertensão mascarada (HM). Dentre os poucos estudos que consideraram outros indicadores além do IMC, verificou-se associações mais consistentes com o perímetro da cintura (PC) comparado ao IMC. Quanto ao artigo original, o excesso de peso (IMC), a obesidade abdominal (PC) e o risco aumentado (RCE) se associaram positivamente à média da PAS nas 24h, na vigília e no sono; para a média da PAD, associações foram observadas com o risco aumentado nos três períodos avaliados, e com a obesidade abdominal no período da vigília. O excesso de peso, a obesidade abdominal e o risco aumentado foram positivamente associados à variabilidade da PAS nas 24h e no sono, e à variabilidade da PAD em todos os períodos; o excesso de gordura corporal se associou positivamente apenas à variabilidade da PAD nas 24h e na vigília. Finalmente, o risco aumentado e o excesso de GC foram associados a maiores chances de descenso noturno acentuado, enquanto a obesidade abdominal e o risco aumentado se associaram com maiores chances de uma elevação matinal diastólica exacerbada. Em conclusão, indicadores de adiposidade foram associados à média e variabilidade da PA, descenso noturno e elevação matinal, com resultados mais consistentes para indicadores de adiposidade central comparados aos demais. Palavras-chave: Obesidade. Hipertensão. Monitorização ambulatorial da pressão arterial. Antropometria. Revisão sistemática.
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    Índices de qualidade do carboidrato e do lipídio, estadiamento da obesidade e fatores de risco cardiometabólico em pessoas assistidas na atenção especializada ambulatorial
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-06-30) Oliveira, Nathallia Maria Cotta e; Hermsdorff, Helen Hermana Miranda
    A obesidade é reconhecida como uma doença complexa que apresenta diversas comorbidades associadas como diabetes melittus tipo 2, hipertensão e dislipidemias. Embora a sua etiologia seja multifatorial, um importante fator de risco modificável dessa doença é a alimentação não saudável. A associação da quantidade dos carboidratos e dos lipídios com a obesidade é bem estabelecida, no entanto, a relação dos diferentes tipos de carboidratos e subtipos de lipídios com a ocorrência dessa doença ainda precisa ser melhor definida. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi investigar a associação da qualidade do carboidrato e do lipídio com o estadiamento da obesidade e os fatores de risco cardiometabólico em indivíduos assistidos na atenção especializada ambulatorial. Nesse estudo transversal foram incluídos 859 indivíduos com risco cardiovascular (20 a 95 anos, sendo 64,4% idosos; 472 mulheres e 387 homens; 40% com obesidade) assistidos em um centro de atenção secundária à saúde (CAAE: 50015621.4.0000.5153/Parecer n° 5.164.152). A partir dos prontuários ativos foram obtidos os dados sociodemográficos, do estilo de vida, bioquímicos, antropométricos, clínicos e do consumo alimentar. O estadiamento da obesidade foi definido por obesidade grau I (IMC ≥ 30,0 a ≤ 34,9 kg/m2), obesidade grau II (IMC ≥ 35,0 a ≤ 39,9 kg/m2) e obesidade grau III (IMC ≥ 40,0 kg/m2). Os fatores de risco cardiometabólico investigados foram: perímetro da cintura; razão cintura/estatura; colesterol total e suas frações; triglicerídeos; razões CT/HDL, LDL/HDL e TG/HDL; glicemia de jejum; hemoglobina glicada; índice triglicerídeo-glicose (índice TyG); e pressão arterial. Os dados do consumo alimentar foram obtidos por meio de um único recordatório alimentar de 24 horas (R24h) registrados no software ERICA-REC24h® e os nutrientes estimados usando a Tabelas de Composição Nutricional dos Alimentos Consumidos no Brasil (IBGE, 2011). Foram calculados o índice de qualidade do carboidrato (IQC), a partir de 4 critérios, a saber, fibras totais (g/dia), índice glicêmico (IG), razão grãos integrais/grãos totais e razão carboidratos sólidos/carboidratos totais, e o índice de qualidade da gordura (IQG), por meio da razão (ácidos graxos monoinsaturados (AGMI) + ácidos graxos poli-insaturados (AGPI))/(ácidos graxos saturados (AGS) + ácidos graxos trans). As análises estatísticas foram conduzidas nos softwares SPSS versão 21 e STATA versão 14. Para avaliar as associações foram usadas a regressão logística multinomial e a regressão de Poisson com variância robusta, adotando-se o nível de significância de 5%. Como resultados, a melhor qualidade do carboidrato, determinada pelo IQC, IG total da alimentação e fibras totais, não se associou com menor chance de obesidade grau I, II e III (p>0,05). Por outro lado, a qualidade do lipídio, mensurada pelo IQG, se associou inversamente com a obesidade grau I e II (ORgrau I: 0,58; IC 95%: 0,36-0,94, ORgrau II: 0,47; IC 95%: 0,24-0,93). Em relação aos subtipos de lipídios, os AGS se associaram positivamente com a obesidade grau I (OR: 1,79; IC 95%: 1,11-2,88) e grau II (OR: 2,33; IC 95%: 1,17-4,66), enquanto, os AGPI reduziram a chance de obesidade grau I (OR: 0,60; IC 95%: 0,37-0,96). Ademais, a maior aderência ao IQC e ao IQG não se associaram com menor prevalência dos fatores de risco cardiometabólico (p>0,05). Em conclusão, os nossos resultados mostraram que a melhor qualidade do lipídio (maior ingestão de ácidos graxos insaturados) está associada a menor chance de obesidade em população com risco cardiovascular, enquanto a alta ingestão de AGS está positivamente associada com a sua ocorrência. Entretanto, não encontramos evidências suficientes para apoiar que a qualidade do carboidrato esteja associada com o estadiamento da obesidade na população do estudo. Por fim, a qualidade do carboidrato e do lipídio não se associou com o risco cardiometabólico nessa população. Assim, uma alimentação saudável pautada na escolha de lipídios de melhor qualidade deve ser incentivada o mais precocemente possível para a redução do desenvolvimento da obesidade, como foco da prevenção primária. Palavras-chave: Obesidade. Fatores de Risco Cardiometabólico. Consumo Alimentar. Gorduras da Alimentação. Carboidratos da Alimentação.
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    Conflito trabalho-família e síndrome metabólica: resultados do estudo longitudinal de saúde do adulto (ELSA-Brasil)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-18) Almeida, Maria Isabel Lopes; Lopes, Leidjaira Juvanhol; http://lattes.cnpq.br/0242620527169499
    A síndrome metabólica (SM) é uma condição clínica caracterizada por um conjunto de alterações fisiopatológicas relacionadas ao aumento do risco cardiovascular. Os estudos a respeito do conceito conflito trabalho-família (CTF), desajuste em conciliar as demandas da vida profissional e familiar, aumentaram nos últimos anos, demonstrando a necessidade de entender suas possíveis consequências negativas à saúde. Estudos apontam o CTF como um fator associado a comportamentos não saudáveis e piores desfechos em saúde, mas não foram identificadas investigações sobre sua associação com a SM. Assim, esta investigação se propôs a estudar a associação entre o CTF e a incidência de SM a partir de dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Para isso, foi realizada uma análise longitudinal, combinando dados da linha de base (2008-2010) e da segunda onda (2012-2014) de 2.565 homens e 3.576 mulheres participantes do ELSA-Brasil. A variável de exposição principal foi definida por quatro indicadores de CTF, mensurados por um instrumento validado para o português e aplicado na linha de base da coorte, que avaliam o conflito do trabalho para a família (T→F) baseado no tempo (i) e no desgaste (ii), da família para o trabalho (F→T) (iii), e o tempo disponível para o autocuidado e lazer (iv). A variável desfecho foi a incidência de SM entre linha de base e segunda onda. As covariáveis foram características sociodemográficas (gênero, idade, escolaridade, raça/cor e situação conjugal) e relacionadas ao contexto familiar e de trabalho (cuida de pessoa doente ou com deficiência, tem filhos menores de 5 anos, tem empregada doméstica mensalista, e jornada de trabalho semanal). As associações entre o CTF e a incidência de SM foram testadas por meio de modelos de regressão de Poisson, com variância robusta, ajustados por potenciais fatores de confusão. Todas as análises foram estratificadas por gênero, e foram testadas interações multiplicativas de cada indicador de CTF com escolaridade e jornada semanal de trabalho. Os resultados deste estudo indicam maior frequência de conflito T→F, tanto baseado no tempo (33,0% vs. 26,5%) como no desgaste (25,6% vs. 16,8%), assim como maior falta de tempo para autocuidado e lazer (35,7% vs. 25,8%) nas mulheres comparadas aos homens. A incidência de SM, por sua vez, foi de 24,4% nos homens e 17,1% nas mulheres. Os modelos de regressão para a amostra total não evidenciaram associação entre os indicadores de CTF e a incidência de SM, em ambos os gêneros. As análises de interação, no entanto, revelaram que a jornada semanal de trabalho atua como um modificador de efeito da relação estudada entre mulheres: o conflito T→F baseado no desgaste foi associado a um aumento no risco de SM (RR = 1,45, IC95% = 1,09-1,92) naquelas com jornada semanal superior a 40 horas. Logo, conclui-se que nossos achados contribuem para o conjunto de evidências sobre os efeitos deletérios do CTF sobre a saúde cardiometabólica ao apontar que a percepção de que o trabalho dificulta cumprir responsabilidades domésticas se associa a um aumento no risco de SM entre mulheres com maior jornada de trabalho. Palavras-chave: Síndrome metabólica. Conflito trabalho-família. Estudos longitudinais. Jornada de trabalho. Equilíbrio trabalho-vida. Saúde ocupacional. Gênero.
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    Caracterização físico-química e biodisponibilidade de ferro in vitro de melados de diferentes genótipos de sorgo sacarino ( Sorghum bicolor (L.) Moench)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-20) Assis, Andressa de; Martino, Hércia Stampini Duarte; http://lattes.cnpq.br/6923235998392781
    O sorgo é um cereal com múltiplos benefícios à saúde humana, com propriedades antiproliferativas, antioxidantes, antimicrobiana e anti-inflamatória. Dentre os tipos de sorgo, têm-se o sorgo sacarino (Sorghum bicolor (L.) Moench), cujo nome refere-se à alta concentração de açúcares solúveis contidos em seus caules. O melado de sorgo vem sendo consumido em alguns países, entretanto, são poucos os estudos que analisaram a composição físico-química desse produto e seus benefícios à saúde. Além disso, como existe uma grande diversidade de genótipos desse sorgo, as composições dos melados podem sofrer variações. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar a composição físico-química de melados de dez diferentes genótipos de sorgo sacarino (BR 501, BRS 511, CMSXS 5017, CMSXS 5035, CMSXS 5021, CMSXS 5039, CMSXS 5041, CMSXS 5022, CMSXS 5043 e CMSXS 5045), bem como do melado de cana-de-açúcar, e a biodisponibilidade de ferro in vitro. Foram realizadas as análises de composição centesimal, minerais, pH, acidez titulável, sólidos solúveis totais, teor de açúcar total, redutores e não redutores, taninos condensados, ácido fítico, amido resistente, fenólicos totais e atividade antioxidante. Foi realizado ensaio em células Caco-2 para avaliar a biodisponibilidade de ferro dos melados mais promissores. Foi aplicada análise de variância one-way ANOVA, seguida pelo teste post-hoc de Dunnett para comparar os melados de sorgo com o de cana-de-açúcar e de Tuckey para comparação de médias entre os melados de sorgo. Os melados de sorgo apresentaram variação no conteúdo de proteína (0,28 - 2,90%), lipídeos (0,07 - 0,53%), fibra alimentar total (0,00 - 2,85%), carboidratos (90,16 - 93,29%), pH (4,67 - 4,95), acidez (0,3 - 0,45) e BRIX (38,2 - 58,5°). Destacou-se a maior concentração de cinzas (3,30 - 6,86%) e cálcio (397 – 966mg) nos melados de sorgo em relação à cana-de-açúcar (1,98% e 70 mg). Os melados de sorgo também apresentaram teores mais elevados de compostos fenólicos totais (19,3 – 48,4 mg GAE/g) em comparação com a cana-de-açúcar (8,8 mg GAE/g), como compostos fenólicos e atividade antioxidante. Os melados CMSXS 5022 e 5039 apresentaram maiores concentrações tanto de ferro (45,56 e 48,9 mg/100g, respectivamente) quanto de ferritina (6,33 e 6,82 ng/mg de proteína, respectivamente) em relação à cana-de-açúcar, em células Caco-2. Embora o melado CMSXS 5021 tenha uma concentração de ferro (29,27 mg/100g) menor do que a cana-de-açúcar (35,23 mg/100g), a concentração de ferritina (5,05 ng/mg de proteína) em células Caco-2 foi igual à cana-de-açúcar (4,33 ng/mg de proteína). Assim, o melado de sorgo mostrou-se fonte biodisponível de ferro e de compostos bioativos, demonstrando ser um alimento promissor a ser utilizado na culinária brasileira. Palavras-chave: Xarope. Açúcar. Composição centesimal. Mel de sorgo. Adoçante natural.
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    Utilização de material sanguíneo em inquéritos populacionais: biomarcadores, desafios metodológicos e correlação com índices de desenvolvimento humano
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-11) Silva, Jessica Aparecida da; Priore, Silvia Eloiza; http://lattes.cnpq.br/6025280618052962
    Os estudos, pesquisas ou inquéritos de saúde populacionais fornecem informações importantes acerca das condições de saúde e de vida da população, abarcando os aspectos sociais, econômicos e de saúde. Tais informações são essenciais para traçar o perfil de saúde da população e identificar as desigualdades para o delineamento de políticas, sua avaliação e monitoramento. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi apresentar o mapeamento dos estudos, pesquisas e inquéritos populacionais com coleta de material sanguíneo, seus biomarcadores e correlação com índices de desenvolvimento humano. Esta dissertação gerou três artigos, sendo um protocolo de revisão de escopo, uma revisão de escopo e um artigo de análise estatística, além de materiais de tradução do conhecimento científico, contemplando infográficos, cartilha, resumo executivo e vídeo. Por se tratar de um estudo que envolveu dados secundários, não foi necessária sua submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (CEP/UFV), conforme Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde. O protocolo de revisão de escopo seguiu as recomendações do Instituto Joana Briggs (JBI) e foi registrado na plataforma Open Science Framework (OSF). A revisão de escopo também seguiu as orientações do JBI e do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Metanalyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). Foi realizada análise descritiva dos dados e empregados o Teste de normalidade de Shapiro-Wilk, Teste Qui-Quadrado, Teste Exato de Fisher e o Coeficiente de Correlação de Spearman, adotando nível de significância de 5% para as análises. Foram incluídos 20 estudos, pesquisas ou inquéritos, abarcando os continentes americano (n=7; 35%), europeu (n=5; 25%), africano (n=5; 25%) e asiático (n=3; 15%), sendo 70% (n=14) realizados nos domicílios, 15% (n=3) em Centro Móvel de Exame ou Centro de Médico de Exame e 15% (n=3) de forma híbrida (domicílio ou Centro de Exame de Saúde). No que se refere ao tipo de sangue coletado, 65% (n=13) realizaram coleta de sangue venoso. A maioria dos estudos (85%; n=17) detalhou a logística após a coleta de sangue. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) correlacionou-se com o número de diferentes biomarcadores sanguíneos avaliados (r=0,667; p<0,05) e com o número de categorias de biomarcadores sanguíneos (r=0,594; r=0,591; p<0,05). A logística dos inquéritos foi apresentada mediante fluxograma e infográfico, e os biomarcadores por meio de cartilha e figuras. Os biomarcadores sanguíneos foram categorizados em 12 tipos: inflamatórios, hormonais, hematológico/hemograma, do genéticos, estado de exposição nutricional/micronutrientes, ambiental, glicêmicos, cardiovasculares/lipídicos, virais, de função hepática, de função renal e de saúde óssea. Biomarcadores relacionados à nutrição, como biomarcadores do estado nutricional/micronutrientes, cardiovasculares/lipídicos, glicêmicos, hematotológico/hemograma e de inflamação foram avaliados em 100% dos estudos. Portanto, esta pesquisa apresentou um panorama dos estudos, pesquisas e inquéritos de saúde com coleta de sangue e espera-se que este conhecimento contribua para a tomada de decisão pelos gestores, norteando a metodologia adequada às especificidades de cada população. Palavras-chave: Técnicas de laboratório clínico. Estudos populacionais em saúde pública. Inquéritos de saúde. Coleta de amostras sanguíneas.
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    Avaliação do uso de kefir de leite integral em camundongos com doença inflamatória intestinal espontânea
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-24) Campos, Iasmim Xisto; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; http://lattes.cnpq.br/9711877377667745
    Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa são doenças que afetam o trato gastrointestinal, conhecidas como doença inflamatória intestinal. O uso de probióticos vem sendo estudado para a terapêutica das doenças, melhorando as desordens intestinais, reequilibrando a estrutura microbiana, aprimorando a função da barreira intestinal e melhorando a resposta imune local. Uma revisão na literatura à respeito das diferenças entre as formas de preparo do kefir, foi realizada, constatando-se uma diversidade de utilização de bebidas como substrato, diferenças quanto à caracterização do microbioma em função de fatores como: temperatura, concentração, pH, tempo de fermentação, composição de bactérias e leveduras. O objetivo do estudo foi determinar o efeito do uso do probiótico kefir de leite em camundongos knockout IL-10 com doença inflamatória intestinal espontânea. Foram utilizados camundongos (n=16), com 9 semanas de vida, divididos em dois grupos, controle e kefir. Ambos receberam diariamente via gavagem 0,4ml de leite (KOM) ou kefir (KOK; 2,4x108 UFC) por 4 semanas. Fezes e massa corporal foram avaliadas semanalmente. Ao final, os animais foram eutasiados e os órgãos coletados para análises. O grupo que recebeu kefir apresentou redução do gênero Desulfovibrio, apresentou o gênero Lactobaccillus. Peso do cólon e índice somático foram menores no grupo kefir. Ao final do experimento, todos animais apresentaram perda de peso. O kefir parece ter efeito na modulação da microbiota dos animais com DII, entretanto percebe-se a necessidade de mais estudos utilizando a bebida a fim de elucidar os mecanismos da mesma no ambiente intestinal. Novos estudos são necessários para evidenciar o efeito de alimentos probióticos na terapêutica das doenças inflamatórias intestinais. Palavras-chave: Kefir. Probióticos. Colite.
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    Indicadores nutricionais e inflamatórios em adultos e idosos em tratamento oncológico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-27) Emerenciano, Elise Moraes e Silva; Rosa, Carla de Oliveira Barbosa; http://lattes.cnpq.br/7718625846863520
    O câncer é considerado um problema de saúde pública mundial, com estimativas crescentes de novos casos e importante carga emocional, física e financeira para os indivíduos, comunidades e sistemas de saúde. O estado nutricional se relaciona, diretamente, com a progressão da doença, a sobrevida, a resposta imunológica e inflamatória, a resposta ao tratamento e interfere na qualidade de vida do paciente. O trabalho se propôs a analisar indicadores nutricionais, a prevalência de sarcopenia, marcadores bioquímicos de inflamação e complicações clínicas em adultos e idosos internados em tratamento oncológico, agrupados em tumor sólido e tumor hematológico. Para a revisão sistemática de literatura, priorizamos o marcador Razão Plaqueta-linfócito (PLR) como indicador inflamatório para prever Sobrevida Global (SG) em pacientes em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico. Utilizamos as recomendações das diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) guidelines que foram conduzidas por dois autores nos bancos de dados Pubmed, Embase, Cochrane e Web of Science. O artigo original dessa dissertação possui delineamento transversal com dados coletados em prontuário eletrônico, entre o período de 2018 a 2020, em um hospital público e um particular de Belo Horizonte – Minas Gerais. Foram utilizados para a avaliação do perfil nutricional os dados antropométricos, a avaliação subjetiva global produzida pelo paciente (AGS-PPP), dados de diagnóstico de sarcopenia, análise dos marcadores razão neutrófilo-linfócito (NLR) e razão plaqueta-linfócito (PLR), assim como dados pertinentes ao estado clínico, ocorrência de complicações e óbito. Ademais, foram avaliadas associações entre as complicações clínicas, a sarcopenia, indicadores do estado nutricional e marcadores de inflamação para os tumores sólidos. Todos os testes estatísticos foram analisados no programa SPSS versão 22.0 e no Stata Statistical Software: Release 14. O nível de significância adotado é de α=5%. No artigo de revisão foram incluídos 5 artigos que atenderam a todos os critérios de elegibilidade. A taxa de SG, quando o PLR estava aumentado, variou entre 4 e 36,80 meses. Os resultados demonstraram que apesar de ocorrer uma redução do marcador durante o tratamento, o PLR quando elevado pode ser preditor negativo para SG. No artigo original, diarreia, disfagia, sepse e desidratação apresentaram maior prevalência em TS, comparado à NH. O Sexo masculino se associou a NH; etilismo, metástase, NLR, diarreia, disfagia, desidratação e óbito se associaram ao TS. A associação do TS às variáveis indicativas do estado de saúde, inflamação e eventos adversos devem ser considerados para otimizar o manejo terapêutico. Palavras-chave: Neoplasias. Estado Nutricional. Inflamação. Sarcopenia. Índices nutricionais.