Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    Relação do excesso de peso em crianças com os parâmetros nutricionais e ambiente escolar: uma análise multinível do Programa Saúde na Escola em Palmas – TO, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-05-11) Moreira, Renata Andrade de Medeiros; Cotta, Rosângela Minardi Mitre; http://lattes.cnpq.br/5453434127959577
    Objetivo: Avaliar a relação do sobrepeso/obesidade com os parâmetros nutricionais e do ambiente escolar, em crianças participantes do Programa Saúde na Escola, das escolas municipais de Palmas, Tocantins. Métodos: Estudo transversal realizado com amostra representativa das escolas públicas municipais de Palmas-TO (n=25) e de crianças de 2º e 4º ano matriculadas na rede municipal de ensino (n=1036). Coletou-se dados das crianças quanto ao consumo alimentar, atividades não sedentárias e sedentárias, deslocamento para a escola. Aferiu-se medidas antropométricas (peso, estatura e perímetro da cintura - PC), calculou-se o Índice de Massa Corporal para idade (estado nutricional: magreza/eutrofia e sobrepeso/obesidade) e a razão cintura estatura (risco cardiovascular - RCV: SRCV= sem RCV; CRCV= com RCV). Realizou-se o teste de aptidão cardiorrespiratória de caminhada de 6 minutos em 30 metros (T6M) e calculou-se o índice T6M/t (T6M dividido pela estatura). Coletou-se os dados do ambiente escolar quanto ao tipo de escola; número de alunos matriculados; aulas de atividade física; alimentação escolar; venda de alimentos no entorno escolar; horta escolar; e realização de ações de promoção da saúde, prevenção da obesidade infantil e avaliação do estado nutricional por profissionais da escola e da atenção primária à saúde. Para as análises estatísticas adotou-se nível de significância de α<0,05. Realizou-se análise descritiva, testes de normalidade, t-Student, Mann-Whitney, ANOVA, Qui-quadrado e Exato de Fischer. Comparou-se a capacidade respiratória do T6M com o T6M/t por correlação de Pearson e teste t-pareado. A força de associação entre as variáveis dependentes (dicotômicas: estado nutricional, RCV e linear: T6M/t) com as explicativas foram avaliadas utilizando regressão logística multinível (estado nutricional e RCV) e linear (T6M/t). Verificou-se os ajustes dos modelos pelo critério de informação Akaike (AIC) e teste de razão de verossimilhança. Para as variáveis dicotômicas realizou-se abordagem de heterogeneidade individual da análise dos efeitos contextuais específicos (oddsratio e intervalo de confiança de 95% - IC95%) e dos mecanismos mediadores dos efeitos contextuais gerais (Coeficiente de Correlação Intraclasse, odds ratio mediano e da área sob a curva característica de operação do receptor). Para a variável linear utilizou-se o coeficiente de regressão intraclasse e IC95%. Resultados: A mediana de idade foi de 8 anos, sendo 54,9% do sexo feminino, 27,8% com sobrepeso/obesidade, 10,8% CRCV. A média da T6M foi de 459,84±67,53m e do T6M/t de 343,28±51,29, que tiveram correlação positiva e diferença entre as médias. Na regressão logística multivariada a variância do sobrepeso/obesidade entre as escolas explicou 23,7% da variação, com mais chance de desenvolver sobrepeso/obesidade quando a criança realizava >2 atividades sedentárias/dia, a localização da escola, e venda de doces no entorno escolar, e menos chance quando a criança realizava >5 refeições/dia e praticava dança na escola. A variância do RCV entre as escolas explicou 85% da variação, com mais chance de apresentar RCV quando a criança realizava >2 atividades sedentárias/dia e menos chance de acordo com o T6M/t, consumo de porções de frutas, e de leite e derivados, e nos que estudavam em tempo integral. Na regressão linear multivariada a variância de T6M/t entre as escolas reduziu entre os modelos, sendo associado negativamente com PC, e positivamente com horta escolar. Conclusões: Verificou-se que a escola explica a variância do desenvolvimento do excesso de peso, RCV e aptidão cardiorrespiratória das crianças em mais de 50%. Portanto, deve-se avaliar o tempo de permanência das crianças na escola por propiciarem melhor infraestrutura, mais atividade física e 3 refeições/dia, além de coibir a venda de alimentos ultraprocessados no entorno escolar, fatores esses que evidenciaram estar relacionada com o desenvolvimento do excesso de peso, RCV e melhora do índice T6M/t. As variáveis individuais e contextuais propiciaram o desenvolvimento de sobrepeso/obesidade e RCV das crianças, além de influenciar na aptidão cardiorrespiratória. Portanto, verificou-se a necessidade de que o aumento da prática de atividade física e promoção da alimentação saudável sejam desenvolvidos em políticas e programas de saúde intersetoriais e incluídos no currículo escolar para o enfrentamento da obesidade infantil. Palavras-Chave: Obesidade infantil. Risco cardiovascular. Capacidade funcional. Ambiente escolar. Estado nutricional. Consumo alimentar. Atividade física. Educação alimentar e nutricional. Atenção primária á saúde. Escolas.
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    Estado nutricional, incapacidade funcional e mortalidade entre idosos de Viçosa, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-28) Fernandes, Dalila Pinto de Souza; Fernandes, Dalila Pinto de Souza; http://lattes.cnpq.br/0973260873916755
    O envelhecimento acarreta modificações que podem interferir negativamente no estado nutricional, e esse tem relação com a modulação das doenças crônicas. A cronicidade dessas doenças aumenta o risco de incapacidade funcional, que por sua vez, está associada ao aumento da mortalidade em idosos. Objetivou-se neste estudo avaliar as inter-relações entre o estado nutricional, a incapacidade funcional e a mortalidade entre idosos de Viçosa (MG). Realizou-se um estudo prospectivo, com amostra aleatória simples de 796 idosos, não institucionalizados, de Viçosa (MG). Na linha de base (2009/2010), coletou-se os dados atráves de entrevistas domiciliares aplicando questionário semi-estruturado para obtenção de informações sociodemográficas, de saúde, hábitos de vida, consumo alimentar e estado nutricional. Para obtenção dos dados de óbitos ocorridos entre 2009 e 2018, consultou-se o banco de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Nos casos em que os idosos não foram registrados no SIM, realizou-se ligações telefônicas e visitas domiciliares aos familiares/responsáveis dos idosos falecidos para obtenção de informações do óbito. Foram realizadas análises descritivas dos dados, comparação entre grupos por meio dos testes t de Student, Mann-Whitney, Qui-quadrado de Pearson e de tendência linear. Foram utilizados modelos aditivos generalizados (GAM) para a identificação de pontos de corte do índice de massa corporal (IMC), perímetro da cintura (PC), perímetro da perna (PP) e relação cintura- estatura (RCE). Foi realizada análise de sobrevida a partir de curvas de sobrevida estimadas pelo método de Kaplan-Meier, para comparação das curvas, os testes Log-rank e Peto e modelos de regressão de Cox para avaliar a associação independente entre alterações nutricionais e mortalidade. Foi utilizada modelagem de equações estruturais para avaliar as inter-relações entre incapacidade funcional e estado nutricional na mortalidade. No período de acompanhamento (2009 a 2018) ocorreram 197 óbitos (24,7%). As principais causas de óbito foram as doenças do aparelho circulatório (31,2%). A probabilidade de sobreviver foi maior para idososcom valores aumentados de RCE. Os idosos com maior risco de morte, segundo os pontos de corte estimados a partir do GAM, foram aqueles com RCE < 0,52 e ≥ 0,63, com PC < 83 cm e ≥ 101 cm e com PP e IMC respectivamente, < 34,5 cm e < 24,5 Kg/m². Observou-se aumento de risco de morte nos idosos com elevada adisposidade, representada por PC elevado (HR: 2,03 IC95%: 1,20-3,41) e RCE elevada (HR: 1,51 IC95%: 1,01-2,26). Observou-se, ainda, maior risco de morte em idosos com baixo peso e baixa reserva muscular: IMC < 18,5 Kg/m² (HR: 2,57, IC95%: 1,23-5,35) e PP < 34,5 cm (HR: 1,72, IC95%: 1,27-2,33 e < 31 cm (HR: 2,11, IC95%: 1,44-3,10), respectivamente. Observou-se efeitos indiretos do IMC sobre a mortalidade mediados pela incapacidade funcional e número de doenças. Diante do exposto, atenção deve ser dada aos pontos de corte identificados para os indicadores antropométricos de baixo peso, baixa reserva muscular e adiposidade, de forma a se propor antecipadamente intervenções necessárias à promoção da saúde dos idosos. Além disso, a manutenção de um estado nutricional adequado é fundamental para prevenção da incapacidade funcional e, consequentemente, da mortalidade precoce. Palavras-chave: Idoso. Estado nutricional. Incapacidade funcional. Mortalidade.
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    A progressão da Doença Renal Terminal no desenvolvimento de complicações e na sobrevida de pacientes submetidos à Terapia Renal Substitutiva: uma coorte de 20 anos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-03-03) Ferreira, Emily de Souza; Cotta, Rosângela Minardi Mitre; http://lattes.cnpq.br/8841805503827117
    Introdução: a Doença Renal Crônica (DRC) e sua evolução para a Doença Renal Terminal (DRT), configura-se como um grave problema de saúde pública mundial. A hemodiálise (HD) é uma das modalidades da Terapia Renal Substitutiva (TRS) mais frequentemente utilizada. No entanto, no primeiro ano do tratamento, muitos fatores podem estar envolvidos na alta taxa de mortalidade, por isso, determinar a sobrevida de pacientes renais em HD, a dinâmica dos biomarcadores e as principais complicações que podem levar ao óbito como a anemia, inflamação e desnutrição, são imprescindíveis para o aperfeiçoamento do cuidado e a melhora da sobrevida desses indivíduos. Objetivos: avaliar a progressão da DRT, o desenvolvimento de complicações e a sobrevida de pacientes em TRS submetidos à HD da microrregião de saúde de Viçosa, Minas Gerais, bem como avaliar a influência de marcadores inflamatórios e catabólicos entre pacientes sobreviventes e não sobreviventes à HD. Métodos: trata-se de uma coorte retrospectiva dinâmica de 20 anos, realizada com 422 indivíduos incidentes que iniciaram a HD em 1998 (início do seguimento) até 2018 (final do seguimento) no município de Viçosa, Minas Gerais. Os dados foram obtidos de prontuários médicos dos pacientes em tratamento e do sistema de registro computadorizado do Serviço de Nefrologia, onde o estudo foi realizado. Os dados referentes a linha de base dos pacientes foram: sexo, idade, raça, ocupação, estado civil, tempo de permanência no tratamento, características da hemodiálise e a causa principal da DRT. Após o início da terapia foram coletadas informações sobre a investigação bioquímica incluindo informações do hemograma completo, marcadores nutricionais e inflamatórios. O método de Kaplan-Meier foi utilizado para calcular a taxa de sobrevida cumulativa. Também foi feito o teste de Log- Rank, Breslow e Torane-Wave e o modelo de riscos proporcionais de Cox. Além disso, o teste Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para avaliar a normalidade da distribuição das variáveis e a força da associação entre a variável dependente (óbito) e as variáveis explicativas foi avaliada por Odds Ratio. A análise de regressão logística multivariada foi realizada para identificar preditores independentes de mortalidade. Para todos os testes foi fixado o nível de significância de 5%. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitêde Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), sob número de parecer 2.459.555. Resultados: dos 422 pacientes investigados, 254 (60,2%) vieram a óbito. O tempo médio de sobrevida foi de 6,79 ± 0,37 anos (média ± desvio padrão) e a taxa de sobrevida no primeiro ano foi de 82,3%. Os resultados dos modelos ajustados por Cox mostraram que a pielonefrite obstrutiva crônica como causa de DRC é um fator de risco para óbito, pacientes com valores adequados de ferritina, de fósforo sérico e de albumina sérica possuem menores riscos de óbito. Em contrapartida, pacientes com valores elevados de ferro sérico, proteína sérica, cálcio sérico e valores adequados de leucócito apresentam maior risco de óbito. Já na regressão logística, a ureia pré-diálise aumentada e o tempo de tratamento são protetores para o óbito, enquanto o aumento da idade (ser mais velho) na entrada da HD, o número de contagens da hemácia, a fosfatase alcalina e o nPCR, são fatores que aumentam a chance de óbito. Conclusões: mais da metade da amostra veio a óbito neste estudo, sendo que a taxa de sobrevida no primeiro ano foi de 82,3%. Além disso, parâmetros importantes relacionados a anemia (ferro sérico, ferritina e albumina), a desnutrição (nPCR, fosfatase alcalina) e ao próprio tempo de tratamento foram altamente relacionados a baixa sobrevida desses pacientes. Tudo isso indica que a dinâmica dos biomarcadores, dos parâmetros clínicos e da inter-relação entre as complicações decorrentes do tratamento na condição basal (primeiro mês de admissão em HD), são preditores de mortalidade precoce em pacientes incidentes e causam outras graves complicações, tais como a inflamação, acidose metabólica e a resposta catabólica inflamatória. Os achados deste estudo ratificam ainda a necessidade da continuidade e aprofundamento dos estudos relacionados as complicações que esses pacientes apresentam e a dinâmica de outros biomarcadores, a fim de evitar o óbito precoce e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Palavras-chave: Doença renal terminal. Terapia renal substitutiva. Hemodiálise. Sobrevida. Sistema Único de Saúde.
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    Associação entre cárie dentária, fatores individuais e contextuais de adolescentes e do ambiente escolar: uma análise multinível na Amazônia Legal do Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-11) Cavalcante, Nilton Vale; Cotta, Rosângela Minardi Mitre; http://lattes.cnpq.br/2793507932433984
    A cárie dentária é uma doença multifatorial, determinada por aspectos biológicos, comportamentais e socioeconômicos. É, também, a doença bucal mais prevalente no mundo e a maior causa de perda de dentes em adolescentes. Na adolescência, comportamentos individuais e contextuais relacionados à saúde se consolidam; entre eles, destaca-se a higiene bucal. Objetivo: Investigar características socioeconômicas e hábitos de vida de adolescentes estudantes da rede municipal pública de um município da Amazônia Legal brasileira, bem como os fatores estruturais e de funcionamento de suas respectivas escolas, associados à experiência de cárie dentária. Materiais e Métodos: Tratou-se de um estudo censitário transversal, realizado entre 2017 e 2019 com 1.128 adolescentes de 12 a 19 anos de idade, adolescentes estudantes do 9o ano de escolas da rede pública municipal de educação de Palmas, Tocantins, na Amazônia Legal do Brasil. A cárie dentária foi diagnosticada por 21 cirurgiões-dentistas treinados segundo critérios recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A confiabilidade entre os examinadores foi aferida pelo teste Kappa (mínimo de 0,65). Dados socioeconômicos, demográficos e comportamentais dos adolescentes foram coletados usando-se um questionário, adaptado de outro usado na PenSE 2015. Os dados sociodemográficos e de funcionamento das escolas foram obtidos por meio de um questionário respondido pelos diretores. Na análise dos dados realizou-se regressão logística múltipla multinível. Resultados: Entre os participantes, 50% apresentou experiência de cárie dentária. O risco dessa experiência diminuiu com o aumento da escolaridade materna. A prevalência de cárie foi maior entre os adolescentes que receberam Bolsa Família, relataram dor de dente nos últimos seis meses e fizeram refeições na escola todos os dias. Em relação às escolas, o risco de desenvolver cárie foi maior nas da região rural e nas de tempo integral. A MOR foi igual a 1,75, indicando que as diferenças entre as escolas podem aumentar em 75,0% as chances individuais de experiência de cárie. O Modelo II demonstrou que algumas variáveis individuais permaneceram independentemente associadas ao aumento da chance de relatar experiência de cárie: sexo feminino, não receber Bolsa Família e não relatar dor de dente. Em relação às variáveis de nível contextual, incluídas no modelo (Modelo III), a chance de relatar experiência de cárie foi maior nas escolas sem vestiários (OR: 2,24; IC95%: 1,50-3,34) e que não têm comitê para orientar as ações de saúde na escola (OR: 1,68; IC95%: 1,14-2,49), e foi menor nas escolas que disponibilizaram escovas dentais (OR: 0,40; IC95%: 0,21-0,75) e que não aderiram ao PSE (OR: 0,60; IC95%: 0,38-0,92). O segundo artigo expressa, nos resultados, o desenvolvimento e desempenho satisfatórios de um software denominado NutriOdonto, um aplicativo móvel que permitiu a coleta e análise exploratória dos dados epidemiológicos obtidos no levantamento epidemiológico de cárie dentária. Ademais, o NutriOdonto ofereceu um conjunto de recursos para o gerenciamento de informações epidemiológicas por meio de um portal da Web, que pode ser acessado por diversos usuários, podendo, ainda, coletar dados em locais remotos, inclusive sem conexão imediata com a Internet, e armazenar, temporariamente, estes dados. Conclusões: No grupo pesquisado, a prevalência de cárie dentária foi baixa. Algumas variáveis individuais, como sexo feminino e não relatar dor de dente, permaneceram independentemente associadas ao aumento da chance de ter cárie dentária, mas, o estudo, ao demonstrar que o CPO-D foi mais elevado na região rural e em estudantes socialmente vulneráveis, não só corroborou com as nossas hipóteses de pesquisa como demonstrou a associação negativa da prevalência de cárie com fatores socioeconômicos e sociodemográficos dos adolescentes, destacando-se a importância de investimento, por parte do poder público, em políticas direcionadas à saúde de populações mais vulneráveis, salientando-se os escolares. Os achados deste estudo apontam para a importância do planejamento de políticas públicas para melhorar a saúde bucal dos adolescentes brasileiros. Quanto ao desenvolvimento do Nutriodonto, pode se constituir numa importante ferramenta na gestão dos serviços públicos de saúde bucal, especialmente porque será disponibilizado gratuitamente para tais serviços. Trata-se, portanto, de um aplicativo fundamental para a utilização dos profissionais e gestores de saúde, visando o conhecimento da realidade epidemiológica e a atenção ao cuidado individual e ao atendimento das necessidades de saúde da população. Palavras-Chave: Epidemiologia. Cárie Dentária. Inquéritos de Saúde Bucal. Crianças. Adolescentes. Regressão Logística. Software.
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    Fatores associados ao estado nutricional de iodo de nutrizes e lactentes do município de Viçosa, Minas Gerais: um recorte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI Brasil)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-28) Azevedo, Francilene Maria; Carmo Castro, Franceschini Sylvia do; http://lattes.cnpq.br/8994838218575876
    A iodação do sal foi implantada para controlar a deficiência de iodo em diversos países do mundo. No entanto, a deficiência ainda acomete quase 2 bilhões de pessoas. Dentre essas, o grupo materno-infantil demanda maior preocupação, devido à alta prevalência de deficiência. Durante a lactação, a deficiência pode prejudicar o desenvolvimento do recém-nascido, causando danos irreversíveis, sobretudo no desenvolvimento neuropsicomotor. Portanto, estudos populacionais devem ser conduzidos a fim de verificar os fatores associados ao estado nutricional de iodo nesse grupo. Objetivo: Avaliar a relação entre o estado nutricional de iodo de nutrizes e lactentes, bem como os principais fatores associados à deficiência. Metodologia: Esse estudo faz parte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI-Brasil). Para as revisões sistemáticas, foi adotado a metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews. Após a busca nas bases e exclusão das duplicidades, os artigos foram selecionados conforme os critérios de inclusão por dois pesquisadores independentes, de acordo com a leitura de títulos, resumos e texto completo. Os dados dos artigos selecionados foram sintetizados e discutidos. Para o artigo original, foi avaliada uma amostra parcial do estudo transversal realizado no município de Viçosa-MG. Participaram do estudo 128 nutrizes com 18 anos ou mais, entre 15 e 90 dias após o parto e seus respectivos filhos. A amostra compreendeu indivíduos das áreas urbanas e rurais, usuários da rede pública de saúde do município. Não foram incluídas mulheres com histórico de doenças tireoidianas, assim como crianças que receberam qualquer outro alimento nos últimos 15 dias que antecederam a coleta, além do leite materno. Os dados foram coletados de janeiro a setembro de 2019. As mães foram identificadas nas Unidades Básica de Saúde e no Hospital Maternidade e convidadas a participar do estudo. Aquelas que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido responderam a um questionário com informações socioeconômicas, demográficas, ambientais e de saúde da mãe e da criança. Também foram avaliados o conteúdo de iodo na urina da mãe e da criança para verificar a ingestão atual de iodo, sal de cozinha e temperos utilizados nos domicílios. O conteúdo de iodo na água das unidades de saúde foi dosado para representar as regiões do município. As análises estatísticas foram realizadas nos softwares Statistical Package for Social Sciences® (SPSS) e STATA® Statistical Software, versão 13.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (número de parecer 2.496.986). Resultados: As revisões sistemáticas apontaram que existe uma forte correlação entre a concentração de iodo urinário da criança e da mãe, bem como entre concentração de iodo no leite materno e iodo urinário dos lactentes. Além disso, os filhos apresentaram menor prevalência de inadequação do estado nutricional de iodo, em comparação à mãe, exceto para situações em que as nutrizes faziam uso de tabaco, que compromete a nutrição de iodo do lactente. Ainda, foram apontados como fatores associados ao uso do sal iodado, a concentração de iodo na água. Já o uso da suplementação durante a gestação foi capaz de melhorar o desenvolvimento psicomotor, comportamental e a resposta ao som. Além disso, melhores resultados foram observados quando a suplementação foi mantida durante a lactação. No estudo realizado em Viçosa-MG, a prevalência de deficiência foi de 36,7% e 11,6% para nutrizes e lactentes, respectivamente. Não foi observada correlação significativa entre a iodúria materna e do lactente, assim como entre a iodúria materna e o conteúdo de iodo no sal, no tempero e na água de consumo. O aumento na idade do lactente, no período interpartal e na renda, reduziram as chances de deficiência de iodo nas nutrizes. Considerações finais: No município de Viçosa-MG, a prevalência de deficiência de iodo foi maior para nutrizes, quando comparado aos lactentes e não houve relação com a iodúria materna. Alguns fatores como o consumo de iodo por meio da água e do sal iodado apresentaram-se como principais fatores associados ao estado nutricional de iodo para o grupo materno-infantil. Enfatiza-se a necessidade de realizar pesquisas com propósito de evidenciar a condição de cada local e assim incentivar a implementação de políticas de prevenção e de um ponto de corte para classificação do consumo excessivo de iodo em lactentes e nutrizes de acordo com a concentração de iodo urinário. Palavras-chave: Iodo. Lactente. Concentração de Iodo Urinário. Nutriz.