Teses e Dissertações
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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.
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Item Aderência entre pneu e pavimento com camada porosa de atrito no Aeroporto Internacional Tancredo Neves MG(Universidade Federal de Viçosa, 2008-03-10) Lugão, Wilson Gandini; Lima, Dario Cardoso de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781022U7; Carvalho, Carlos Alexandre Braz de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787761H3; Calijuri, Maria Lúcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783663E6; http://lattes.cnpq.br/8482690823054265; Marangon, Márcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760099J2; Marques, Geraldo Luciano de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767790Z1A alta aderência entre o pneu e o pavimento nas fases de pousos e decolagens de aeronaves é fundamental para a segurança de um vôo. Nesta Tese, estudaram-se as condições de aderência em pavimentos com Camada Porosa de Atrito - CPA, superfície com alto índice de vazios, que atua diretamente no aspecto funcional do pavimento, escoando rapidamente a água da superfície. Pavimentos com CPA, embora aplicados em dois Aeroportos no Brasil, ainda necessitam de estudos específicos, sendo que ensaios e classificações são generalizados para todos os tipos de revestimentos. O objeto de estudo foi a pista de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, Confins MG. Nessa pesquisa procurou-se, por meio de equipamentos e procedimentos, na sua maioria, utilizados em rodovias, estabelecer parâmetros específicos de avaliação das condições funcionais do pavimento com CPA. Verificou-se que a falta de padronização do tipo de material utilizado no ensaio de mancha de areia, pode levar a conclusões precipitadas sobre a condição de emborrachamento do pavimento. Deste modo, é proposta uma classificação de níveis de emborrachamento da pista a partir de resultados de ensaios de mancha de areia, com a adoção da Areia Normal do Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPT, na execução dos ensaios. Para a caracterização da macrotextura superficial pode-se adotar a classificação de imagens digitais, que obteve boa correlação quando comparada aos ensaios de mancha de areia. Construiu-se um drenômetro adaptado às condições específicas de escoamento da CPA, tornando-se mais um instrumento de verificação da macrotextura do pavimento. Utilizou-se o Pêndulo Britânico e o Mumeter para as medições de atrito entre pneu e pavimento, sendo verificada a falta de correlação entre os equipamentos. Os ensaios com o Mu-meter mostraram-se bastante divergentes quando comparados em diferentes datas, devendo-se considerar todas as variáveis que influenciam as condições de medição na hora do ensaio. É preciso uma revisão da técnica de remoção de borracha e periodicidade da limpeza, atualmente adotada, devido às novas condições de tráfego do Aeroporto.Item Ambientes terrestres da ilha da Trindade, Atlântico Sul: Caracterização do solo e do meio físico como subsídio para criação de uma Unidade de Conservação(Universidade Federal de Viçosa, 2006-09-11) Clemente, Eliane de Paula; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Melo, Vander de Freitas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784446E6; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/2755552557206161; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Viana, João Herbert Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784619U7As ilhas oceânicas brasileiras possuem grande importância ambiental, tanto do ponto de vista da biodiversidade quanto do interesse científico, em virtude do isolamento geográfico. Dentre estas, a ilha da Trindade destaca-se por ser a mais isolada e úmida do conjunto das ilhas oceânicas brasileiras. Foram estudados os principais solos que ocorreram na ilha da Trindade, com ênfase em suas características químicas, físicas, mineralógicas e micromorfológicas peculiares, nos diferentes estratos ambientais. Realizou-se o mapeamento da ilha, gerando-se mapas temáticos de geologia, solos e geoambientes. A partir desses mapas, foi elaborada uma proposta preliminar de zoneamento para fins de gestão ambiental, que prevê zonas de recuperação nas áreas degradadas e proteção específica nas zonas primitivas, onde ainda existe vegetação contendo espécies endêmicas e de grande importância ecológica e ambiental. Essa proposta de zoneamento virá subsidiar o plano de manejo da Unidade de Conservação ora sugerida. Buscou-se, ainda, um melhor entendimento das relações pedo-geomorfológicas e vegetacionais, que permitiu um esboço preliminar da classificação dos solos ao longo da expressiva variação topográfica reinante na ilha. Foram coletados 10 perfis de solos, que representaram os principais pedoambientes resultantes das variações litológicas, topográficas e da cobertura vegetal, muitas das quais co-variantes. Foram realizadas análises físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas, assim como o fracionamento de fósforo e da matéria orgânica, além da extração seqüencial de metais de todos os horizontes dos perfis coletados. A diversidade de solos na ilha da Trindade é profundamente relacionada com as variações do material de origem e da posição geomorfológica/altimétrica. De maneira geral, os solos de Trindade apresentam peculiaridades morfogenéticas que sugerem seu caráter endêmico . Possuem alta fertilidade natural, grau de intemperismo pouco acentuado e valores muito elevados de fósforo disponível e de cálcio. Na vertente da face sul da ilha, mais fria e úmida, vales estreitos em encostas íngremes abrigam vegetação exuberante de samambaias gigantes, com acúmulo de matéria orgânica, mesmo em declives acentuados, formando Organossolos ou Cambissolos Hísticos nas partes mais protegidas. Em altitudes superiores a 400 metros, os solos são mais ácidos e lixiviados, com predomínio de Cambissolos e de Nitossolos, mas ainda com teores de fósforo muito elevados. Na face norte e mais seca da ilha, em cotas mais baixas, predominam condições semi-áridas ou tropicais secas, onde os solos são mais rasos, ricos em nutrientes e pobres em matéria orgânica, muito mais erodidos, com predomínio de Neossolos Litólicos e de Neossolos Regolíticos. Os dados da extração seqüencial permitiram distinguir dois ambientes pedogenéticos; um de solos jovens e menos intemperizados, aproximadamente até 450 m de altitude e outro de solos formados a partir de materiais de origem mais intemperizados, de 450 a 600 m de altitude. Os metais Cu, K, Mn, Ni e Zn foram superiores na fração ligada à M.O. e na fração ligada aos óxidos de Fe amorfos. Os teores disponíveis foram muito baixos, em relação aos teores totais em todos os metais, por se encontrarem nas estruturas cristalinas dos minerais e nos complexos de M.O. e de Fe, tanto amorfos quanto cristalinos. A análise mineralógica da fração areia permitiu identificar a riqueza em minerais primários existente na ilha. Esses minerais sofreram pouca intemperização, explicando os altos teores de metais ainda encontrados nos solos, mesmo na fração argila. A micromorfologia auxiliou a identificação de feições singulares nos solos da ilha, permitindo a descrição da estrutura e composição dos solos ora estudados. Essa análise identificou minerais primários em processos de alteração, além de características intrínsecas de cada perfil. Existem particularidades nos solos de Trindade que os tornam difíceis de enquadramento no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, exigindo a necessidade da criação de novas classes em diversos níveis categóricos, para o enquadramento de solos das ilhas oceânicas brasileiras.Item Análise das condições de trabalho dos educadores numa perspectiva ergonômica: o caso do Laboratório de Desenvolvimento Infantil(Universidade Federal de Viçosa, 2007-06-28) Alexandre, Adla Alves; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Juvêncio, José de Fátima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791683Z9; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://lattes.cnpq.br/8517909683449742; Santana, ângela Maria Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798448T8; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0A forma de organização do espaço de uma sala-ambiente onde são realizadas atividades pedagógicas e a dinâmica definida para a relação entre os seus diversos componentes irão refletir o cenário da aprendizagem e do processo de desenvolvimento infantil. Considerando este aspecto, o espaço deve, além de atender a seus objetivos, proporcionar conforto, bem-estar, saúde e segurança aos seus usuários para a realização do seu trabalho. Logo, problematiza-se que o fato de o trabalhador/educador atuar em um ambiente projetado para atender às crianças poderá ocasionar problemas referentes à saúde, ao bem-estar, à segurança e ao conforto, o que influenciará, diretamente, a sua qualidade de vida no trabalho. O objetivo deste estudo foi analisar as condições de trabalho e suas implicações nas atividades realizadas na sala-ambiente e sobre a qualidade de vida no trabalho (QVT) dos educadores que atuam nas instituições de educação infantil com crianças de 2 a 5 anos de idade. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Desenvolvimento Infantil (LDI), localizado no campus da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais, sendo a população do estudo as educadoras da sala 3, que atendem a crianças de 3 a 4 anos de idade. Para a realização da coleta de dados foram utilizadas entrevistas com os educadores e observações das atividades realizadas na sala, utilizando-se filmagens e fotografias como instrumentos de registro. Os dados obtidos indicam que há aspectos positivos e negativos em relação à QVT das educadoras; que as funções prescritas pela instituição são condizentes com a rotina e as atividades desenvolvidas; que as educadoras adotam posturas inadequadas na realização destas, havendo necessidade de uma intervenção ergonômica nesse sentido; e que, em relação ao mobiliário, a cuba, onde é realizada a higienização das crianças, é o equipamento que mais causa prejuízo à manutenção de posturas adequadas. A análise dos dados obtidos subsidiou a estruturação de uma proposta de instrumento de avaliação das condições de trabalho dos educadores de crianças de 2 a 5 anos de idade, considerando o uso do corpo. Este instrumento é composto por três fichas de observação, relacionando-se as posturas corporais adotadas nas diferentes áreas de interesse e o tempo de permanência, a freqüência de comportamentos e a representação das posturas adotadas durante a execução do trabalho. Concluiu-se que a organização do ambiente nas salas não oferece condições de trabalho às educadoras, no que se refere à adoção de posturas laborais adequadas na realização de determinadas atividades, e que a partir da análise das suas condições de trabalho podem ser feitos um diagnóstico e uma proposta de ação para promover melhoria na sua QVT.Item Análise do treinamento de operadores de máquinas de colheita de madeira(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-17) Moraes, Angelo Casali de; Minette, Luciano José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785551D5; Machado, Carlos Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787052D7; Souza, Amaury Paulo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787061T9; http://lattes.cnpq.br/4706240560167644; Silva, Emília Pio da; http://lattes.cnpq.br/1182798859554675O processo de mecanização da colheita florestal iniciado intensamente na década de 1990 com a abertura do Brasil às importações de máquinas dos países da América do Norte e Escandinávia trouxe muitos benefícios ao setor florestal do país. Porém, junto com os benefícios vieram vários desafios. Entre estes, pode-se destacar a qualificação da mão de obra para efetivar a introdução das novas tecnologias. Este trabalho teve por objetivo analisar o treinamento de operadores de máquinas de colheita de madeira em uma empresa florestal, com vistas a subsidiar a tomada de decisões para melhorias das condições de trabalho, aumento de produtividade e redução de custos operacionais. Para a realização deste trabalho foi feita uma pesquisa dos arquivos, documentos e relatos, visando traçar um panorama geral do programa de treinamento, recrutamento, seleção e admissão desenvolvido na empresa. Também foi aplicado um questionário de forma a obter o perfil e percepção dos operadores quanto ao treinamento e ao trabalho. Adicionalmente, foi feito um estudo de tempos e movimentos para se conhecer o percentual do tempo consumido em cada elemento de um ciclo operacional. Os resultados indicaram que o candidato deve possuir um conjunto mínimo de requesitos para participar do programa de treinamento. Esse programa foi estruturado em módulos, cujo objetivo foi desenvolver competências para operarem as máquinas e respeitarem às normas de segurança e ambiental, além de apontarem os defeitos eventuais das máquinas, entre outros. Os operadores de colheita de madeira mecanizada em sua maioria estavam na faixa etária de 20 a 40 anos, possuíam dependentes, cursaram o ensino médio completo e eram urbanos. A maioria escolheu a profissão por necessidade, mas se sentiam satisfeitos no trabalho e seguros dentro da máquina. A maior parte sentia alguma dor em razão da atividade que desempenhava. Quanto ao treinamento, os resultados indicaram que os trabalhadores consideraram-no bom, mesmo faltando alguns conteúdos a serem abordados ou que necessitavam de mais ênfase. Os operadores informaram que as reciclagens operacionais melhoraram o trabalho. A etapa prática e as situações de risco e segurança foram apontadas como mais importantes em todo o processo de treinamento. O estudo de tempos do Harvester indicou que o processamento foi a atividade parcial responsável pela maior parte do tempo consumido no ciclo operacional, correspondendo, em média, a 58% do tempo total. A produtividade efetiva dessa máquina era de 19,99 m3 por hora efetiva. O carregamento do Forwarder foi a atividade parcial que mais consumiu tempo, 61% do total. Também, foi feita uma análise de regressão, onde observou-se que a variação do tempo de deslocamento é explicado em 98% pela distância percorrida.Item Anatomia foliar de Chamaecrista Moench. (Leguminosae-Caesalpinioideae) como subdídio à taxonomia e à filogenia(Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-20) Francino, Dayana Maria Teodoro; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773385A2; Garcia, Flávia Cristina Pinto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785078H2; Santos, Bruno Francisco Sant'anna dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764362Z1; Conceição, Adilva de Souza; http://lattes.cnpq.br/0187404140153844Chamaecrista (ca. 330 espécies) é um dos maiores gêneros de Caesalpinioideae-Leguminosae, com centro de diversidade na região leste e centro-oeste do Brasil. Tradicionalmente o gênero é dividido em seis seções: Apoucouita, Absus, Grimaldia, Chamaecrista, Caliciopsis e Xerocalyx, sendo Absus a maior seção com ca. 170 espécies. Esta seção é dividida em 4 subseções: Adenophyllum, Baseophyllum, Otophyllum e Absus, sendo a última a maior com cerca de 160 espécies divididas em 31 séries, pouco sustentada com base nos caracteres morfológicos. Estudos moleculares suportam a monofilia para Chamaecrista, todavia as seções são parafiléticas. Atualmente na busca por ferramentas complementares à filogenia molecular, os estudos anatômicos tem-se mostrado promissores auxiliando na taxonomia e filogenia. O presente estudo teve como objetivo caracterizar anatomicamente as folhas de 55 espécies de Chamaecrista e avaliar a importância destes caracteres como subsídio a taxonomia e filogenia do gênero. Objetivou-se ainda caracterizar a morfoanatomia e o desenvolvimento dos nectários extraflorais de Chamaecrista desvauxii var. langsdorfii e Ch. debilis, bem como, detectar a presença de glicose no exsudado. Para caracterização estrutural as amostras foram processadas conforme metodologia usual em anatomia vegetal. Para descrição dos estádios de desenvolvimento dos nectários extraflorais amostras de pecíolo em diferentes fases de desenvolvimento foram selecionadas. Métodos estatísticos multivariados como análises de componentes principais (PCA) e de agrupamento (cluster análises) foram aplicadas na interpretação dos caracteres anatômicos. Análise de máxima parcimônia com base nos caracteres anatômicos foram conduzidas para 24 das 55 espécies estudadas sendo que tais espécies já haviam sido incluídas em estudos anteriores de filogenia molecular. Os clados obtidos com base nos caracteres anatômicos foram comparados aos obtidos na filogenia molecular. Caracteres xeromórficos como isobilateralidade, mesofilo compacto, presença de indumento, intensa vascularização, tecido de sustentação abundante e parede periclinal externa das células epidérmicas espessadas são comuns entre as Chamaecrista diferindo em quantidade e distribuição entre as espécies. Todas essas características representam adaptações das espécies ao ambiente de campo rupestre. A análise fenética corrobora em parte a classificação para o gênero Chamaecrista, principalmente ao nível de seção e subseções. Os caracteres anatômicos que se destacaram na delimitação dos subgrupos foram: distribuição dos tricomas secretores, diâmetro da cabeça secretora do tricoma, morfologia da nervura mediana, células mucilaginosas, distribuição dos tricomas tectores, distribuição dos estômatos, presença e tipo de estruturas secretoras e padrão de venação. Os resultados obtidos confirmam a filogenia molecular que sugere a elevação do status taxonômico da subseção Baseophyllum à seção Baseophyllum e a inserção da seção Grimaldia na seção Absus. Os dados anatômicos mostram também que a classificação em séries da subseção Absus é artificial e destaca que são necessários estudos adicionais, aliando pesquisas taxonômicas e filogenéticas, morfológicas ou moleculares, para melhor delimitação e compreensão das relações ao nível infragenérico. As estruturas secretoras peciolares de Ch. desvauxii var. langsdorfii e de Ch. debilis são nectários extraflorais como demonstrado pela estrutura anatômica, pela presença de glicose na secreção e pela constatação histoquímica da presença de carboidratos nas células secretoras. Os NEFs de ambas as espécies apresentam epiderme unisseriada e três regiões internas: porção secretora subepidérmica; vascularização constituída por floema e xilema e região parenquimática ao redor da vascularização. Os NEFs originam- se da atividade da protoderme, do meristema fundamental e do procâmbio, e entram em atividade secretora precocemente, antes da completa expansão da folha. O início do desenvolvimento é marcado pelo aumento do volume das células protodérmicas e por intensa atividade mitótica da protoderme e do meristema fundamental subjacente. Estruturalmente os NEFs de ambas as espécies se assemelham ao descrito na literatura para outras espécies de Caesalpinioideae. A descrição do desenvolvimento de nectários para o gênero Chamaecrista é inédita e os resultados obtidos constituem-se em importante informação para trabalhos de taxonomia em Chamaecrista.Item Anatomia foliar, ontogenia e histoquímica das estruturas secretoras em órgãos vegetativos de Bixa orellana L. (Bixaceae)(Universidade Federal de Viçosa, 2009-05-08) Freitas, Patrícia França de; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6; Leite, João Paulo Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763897U8; Ventrella, Marília Contin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763436A2; http://lattes.cnpq.br/4070545561520200; Paiva, élder Antonio Sousa e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790601A9; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8Bixa orellana L., conhecida como colorau ou urucum, é nativa da América do Sul e se destaca pela importância econômica, principalmente na indústria alimentícia, como fornecedora de um corante natural avermelhado retirado do tegumento das sementes. Este trabalho teve como objetivos caracterizar a anatomia da folha de B. orellana, o desenvolvimento das estruturas secretoras e análise histoquímica da secreção. Porções de ápices de parte aérea, folhas, caules e raízes, em diferentes fases de desenvolvimento, foram fixadas em glutaraldeído 2,5% ou FAA50, estocadas em etanol 70% e incluídas em metacrilato, seguindo o processamento usual para microscopia de luz. A diafanização foi conduzida para o estudo da venação. Para a análise histoquímica, material fresco foi seccionado em micrótomo de mesa e submetido a diversos corantes e reagentes. Para a caracterização micromorfológica, o material foi submetido às técnicas usuais para microscopia eletrônica de varredura. A análise anatômica da folha indica que B. orellana segue os padrões anatômicos gerais já relatados para Bixaceae, mas apresenta detalhadamente a distribuição de estruturas secretoras. Tricomas peltados são abundantes nos ápices caulinares, mas se tornam senescentes e esparsos em órgãos em expansão. A ontogenia dos tricomas peltados segue o padrão encontrado em tricomas secretores, mas a secreção (terpenos e flavonóides) fica acumulada nas células da cabeça, sem a formação de um espaço subcuticular típico. Estruturas secretoras de bixina ocorrem em todos os órgãos vegetativos e têm origem e desenvolvimento pluricelulares. Há incorporação gradativa de células que têm paredes comuns degradadas, formando uma estrutura pluricelular delimitada pelas paredes externas remanescentes, que progride com a formação de um espaço central, degradação de núcleos e acúmulo de secreção lipídica. Os canais, que secretam mucilagem e ocorrem apenas na parte aérea, têm desenvolvimento lisígeno. Células taníferas ocorrem associadas ao tecido vascular em todos os órgãos vegetativos. Análises ultra-estruturais são necessárias para o esclarecimento de questões relacionadas ao desenvolvimento das estruturas secretoras de B. orellana, como a confirmação da origem e desenvolvimento pluricelular das estruturas secretoras de bixina, o processo de síntese da bixina e a compartimentalização da secreção nos tricomas peltados.Item Aspectos nutricionais e comportamentais relacionados à inclusão de volumoso na alimentação de emas em fase de crescimento(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-06) Almeida, Aline Conceição; Gomes, Paulo Cezar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780386Y6; Lanna, Eduardo Arruda Teixeira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788116T3; Machado, Thea Mirian Medeiros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787015H8; http://lattes.cnpq.br/2528700217742551; Saad, Carlos Eduardo do Prado; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784106Z0; Tinôco, Ilda de Fátima Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628D6As emas, como ratitas, apresentam adaptações anatômicas e fisiológicas que as tornam capazes de fazer o aproveitamento de alimentos fibrosos na dieta. Objetivou-se testar a adequação do feno de capim napier e do feno de rami para utilização na alimentação de emas em cativeiro, determinando os valores de digestibilidade aparente da energia, fibra, proteína e minerais de uma ração basal com inclusão do feno de capim napier e de feno de rami, comparar duas técnicas para determinação destes coeficientes e identificar possíveis mudanças no comportamento ingestivo dos animais. Foi preparada uma ração basal para testar com 0%, 15% 30% e 45% de inclusão de feno de capim napier, no primeiro experimento, e, com feno de rami no segundo. As dietas foram acrescidas de 0,5% de óxido crômico (Cr2O3) para identificar diferenças entre os métodos. O delineamento utilizado foi o quadrado latino 4x4 com 2 repetições, onde cada animal representou uma unidade experimental. Foram utilizados oito machos alojados individualmente. Cada período experimental era composto de 2 dias para transição entre as dietas, 5 dias de adaptação e 5 dias de coleta de excretas que foram coletadas com a utilização de bolsas coletoras de material plástico. As excretas coletadas foram congeladas e depois homogeneizadas e analisadas em laboratório para determinação da matéria seca, proteína bruta, fibra em detergente neutro, fibra bruta, matéria mineral e energia bruta. Para avaliação do comportamento foi utilizado o modelo focal onde, para registrá-lo, foi criada uma planilha, preenchida por quatro observadores que, avaliavam simultaneamente dois animais de um mesmo tratamento cada um, anotaram os comportamentos de relevância, que foram contados e avaliados posteriormente. Os animais foram pesados no início e no fim de cada período experimental. O consumo foi notadamente influenciado pela inclusão do feno de capim napier, pois o volume destas rações eram visivelmente maiores. Com relação aos coeficientes de digestibilidade de proteína bruta (CDAPB), de matéria mineral (CDAMM) e de fibra bruta (CDAFB), em ambos os experimentos, não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos. Os coeficientes de digestibilidade aparente de matéria seca (CDAMS) e de matéria orgânica (CDAMO) diferiram significativamente entre os tratamentos, sendo inversamente proporcional ao nível de inclusão de feno de capim napier. Os CDAMO, o mesmo foi observado no experimento com feno de rami, diferente dos CDAMS, que não apresentaram diferenças entre os tratamentos, contudo vale ressaltar que de forma geral os valores são pelo menos 30% menores que os apresentados no experimento com inclusão de feno de capim napier. As técnicas foram avaliadas quanto à produção de matéria seca fecal (MSF), determinação da energia metabolizável (EM), ao consumo de energia metabolizável (CoEM), ao coeficiente de metabolização da energia bruta (CMEB) e CDAMS. No experimento com feno de capim napier, não foram encontradas diferenças significativas em nenhum dos tópicos avaliados, contudo, a técnica que usa o cromo apresentou ligeiro aumento nos valores. Diferente dos resultados com feno de capim napier, todos os valores de EM, os CoEM, os CMEB e os CDAMS obtidos com a inclusão de feno de rami, apresentaram valores significativamente diferentes entre as técnicas, em todos os tratamentos, além de apresentarem diferentes resultados nas médias dos tratamentos, modificando completamente a interpretação dos dados do experimento. Quanto ao comportamento ingestivo, não houve diferenças significativas (SNK, 5%) entre os tratamentos em nenhum dos ensaios, excetuando o tratamento com 0%. O consumo de água no ensaio com feno de rami foi pelo menos 30% maior que no ensaio com feno de capim napier. A produção de excretas diferiu significativamente (SNK, 5%) entre os tratamentos 0% e 45% em ambas as fontes. Não foram encontradas diferenças significativas na variação de peso dos animais entre tratamentos. Contudo, o tratamento que promoveu maior ganho foi o de 30% de feno de rami (68,44 g/dia) e o de menor foi o de 30% de feno de capim napier (3,96g/dia). Nos tratamentos com feno de capim napier a freqüência de excreção foi 40% maior que nos tratamentos com feno de rami. Os animais dos tratamentos 0% de inclusão de feno de capim bicaram 60% mais as fezes que os dos demais tratamentos porque estas conteriam grande quantidade de nutrientes produzidos pelo metabolismo do ceco-cólon. Com base neste estudo conclui-se que não só a quantidade e a qualidade de fibra, causa interferências no aproveitamento da dieta, e se refletem causando ligeiras alterações no comportamento ingestivo dos animais. As fibras parecem ainda, interferir na técnica que usa o cromo como marcador, em estudos de digestibilidade. São então, necessários outros estudos para esclarecer melhor estes efeitos.Item Atividade das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina sobre o crescimento e a resistência térmica de Alicyclobacillus acidoterrestris em sucos de frutas(Universidade Federal de Viçosa, 2008-06-19) Souza, Aryádina Mara Ribeiro de; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Moraes, Célia Alencar de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781007D6; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Passos, Flávia Maria Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781817D3; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761710D6; Ferreira, Sukarno Olavo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786429E5Aguardando liberação do SIGILOItem Avaliação técnica do consórcio do milho safrinha com Brachiaria brizantha no Estado de Rondônia(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-15) Salani, Rogerio; Paulino, Mário Fonseca; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787752E3; Detmann, Edenio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760013T1; http://lattes.cnpq.br/9547510018192691; Sampaio, Cláudia Batista; http://lattes.cnpq.br/8073679408720180O Estado de Rondônia engloba características físicas e sociais para que a implantação de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuaria (SILP), aliados ao Sistema de Plantio Direto (SPD), propiciem alternativas benéficas ao produtor rural e ao meio ambiente, pois, se usados de maneira adequada, podem agregar benefícios ao sistema de produção. A utilização do SILP garante que a pastagem formada na área de lavoura propicie disponibilidade de forragem em épocas com restrições quantitativas de alimentos para os animais manejados a pasto. Considerando-se que a expansão da agricultura foi baseada no preparo convencional do solo com o uso intensivo de gradeagem e intensa degradação de solo, os SILP e o SPD podem ser vistos como ferramentas para recuperação gradativa de áreas degradadas e para reduzir a abertura de novas áreas a partir do desmatamento, sendo assim, favoráveis também do ponto de vista ambiental. No Código Florestal Brasileiro (Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1995) estabeleceram-se diversas normas para garantir a preservação das florestas, limitando áreas novas a serem desmatados, evitando, assim, degradação do solo e de novas áreas. Assim, de forma geral, os SILP, além de reduzirem os custos das atividades agrícola e pecuária, geram benefícios nas áreas agronômica, econômica, ecológica e social. O principal SILP, verificado em Rondônia, envolve o consorciamento entre o milho safrinha e a Brachiaria brizantha. Essa integração promove utilização mais adequada do solo por período maior do ano, o que permite conservar e, em alguns casos, melhorar algumas características do solo com maiores ganhos para o produtor.Item Os caminhos da memória: trajetórias de mulheres no esporte universitário viçosense na década de 1970(Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-13) Zeferino, Jaqueline Cardoso; Pereira, Eveline Torres; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797481T0; Barletto, Marisa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763744U6; Salles, José Geraldo do Carmo; http://lattes.cnpq.br/9840214095117786; http://lattes.cnpq.br/5585472929311467; Ferreira, Maria Elisa Caputo; http://lattes.cnpq.br/5946302960721307; Bevilacqua, Paula Dias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727999P6Este trabalho tematiza a participação feminina no esporte universitário viçosense na década de 1970. O objetivo central desta pesquisa é analisar a participação de mulheres no espaço esportivo universitário a partir da memória construída nas narrativas de nove mulheres sobre suas trajetórias esportivas. Mais especificamente buscamos compreender os processos de iniciação, inserção e atuação nos esportes universitários; identificar os fatores que possibilitaram ou dificultaram estes processos; registrar trajetórias particulares que construíram a história do esporte universitário na cidade de Viçosa; identificar os contextos apresentados nas narrativas, identificar e analisar como o gênero marca o discurso, as experiências e a memória das mulheres entrevistadas. Para tanto, nos apoiamos no método da história oral e nos estudos de gênero. Constituem-se fontes primárias as narrativas obtidas por meio de entrevistas em torno de três eixos temáticos: iniciação às práticas esportivas; inserção e atuação nas práticas esportivas universitárias viçosenses; ser mulher esportista universitária. As narrativas foram transcritas, textualizadas e agrupadas em categorias de análise. Entrevistei mulheres que tinham em comum um espaço social dominante em suas trajetórias de vida: o esporte universitário. Desta maneira, identificamos fios condutores das narrativas e importantes pontos de referência que estruturaram a memória pessoal das entrevistadas, inserindo-a na memória do grupo. As brincadeiras de rua, a figura paterna, a prática do voleibol na escola e a opção pelo esporte são alguns elementos que compõem o mapa de memória das entrevistadas. As lembranças da antiga Praça de Esportes, da Liga Universitária Viçosense de Esportes/LUVE e dos Jogos Universitários constituem-se verdadeiros lugares de memória que sinalizam e demarcam os caminhos percorridos, tanto para a estruturação das narrativas quanto para a conquista do espaço esportivo nos anos de 1970. Foi possível identificar que a participação de mulheres no esporte universitário viçosense se fez por um processo lento de infiltração, disputas e negociações.Item Caracterização das reservas de carbono e metabolismo de lipídeos em Pisolithus(Universidade Federal de Viçosa, 2008-10-17) Campos, André Narvaes da Rocha; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Paula Júnior, Trazilbo José de; http://lattes.cnpq.br/7899276097018876; Ferreira, Célia Lúcia de Luces Fortes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793681U9A mobilização de reservas de carbono é passo metabólico importante para a basidiosporogênese, a germinação de esporos e o estabelecimento das associações ectomicorrízicas. O objetivo deste trabalho foi o de estudar a composição das reservas de carbono durante as etapas de desenvolvimento do basidiocarpo de Pisolithus sp. e de investigar as vias de mobilização destes compostos no micélio, nas micorrizas e nos corpos de frutificação. As análises histoquímicas realizadas revelaram a presença de glicogênio no interior dos basídios e ao longo do desenvolvimento dos esporos. O RNA e as proteínas totais foram detectados nos basídios jovens, enquanto nos esporos maduros detectou-se apenas o RNA. Demonstrou-se a presença e a importância de diferentes biomoléculas no basidiocarpo, confirmando que os lipídeos são o tipo de reserva mais abundante. A análise dos ácidos graxos nas fases de desenvolvimento do basidiocarpo revelou que a composição em lipídeos não varia com a morfologia ou origem geográfica dos corpos de frutificação, sendo o 18:2w6,9 o mais abundante no início do desenvolvimento e o 18:1w9 o predominante nos esporos maduros. A análise de bancos de ESTs, construídos a partir de ectomicorrizas maduras de Pisolithus, permitiu a identificação de genes que codificam as enzimas de diferentes etapas do metabolismo lipídico, além dos que codificam enzimas da glicólise e da gliconeogênese. Os genes que codificam isocitrato liase e malato sintase foram identificados por meio de primers de seqüência degenerada, sendo as seqüências completas obtidas por meio da técnica de Genome Walking. Os genes da isocitrato liase, em ORF de 1897 pb, e o da malato sintase, de 1880 pb, apresentam ambos 5 íntrons e proteínas de 540 aa. A localização deduzida da isocitrato liase é peroxissomal, enquanto a da malato sintase não pôde ser inferida com base na seqüência protéica. Os padrões de expressão gênica para as micorrizas funcionais estabelecidas entre Pisolithus e Eucalyptus globulus e Populus trichocarpa são similares, como revelado pela análise de expressão dos genes do metabolismo lipídico, do ciclo do glioxilato e da gliconeogênese, em PCR em Tempo Real. A exceção foi a regulação positiva dos genes de enzimas de síntese e modificação de ácidos graxos na micorriza P. microcarpus-E. globulus. Os padrões de expressão gênica de peridíolos indiferenciados e jovens foram similares, sendo as principais alterações observadas nos peridíolos maduros e esporos internos. A regulação positiva dos genes relacionados à β-oxidação e ao ciclo do glioxilato nos peridíolos maduros evidencia a utilização de lipídeos durante a formação dos esporos. Da mesma forma, o aumento das taxas de expressão dos genes relacionados à síntese de ácidos graxos nos esporos internos sugere que a síntese das reservas lipídicas ocorre no interior desses propágulos. Os genes que codificam enzimas do ciclo do glioxilato e gliconeogênese no micélio vegetativo são regulados positivamente na presença de acetato e reprimidos por glicose. No entanto, o micélio não foi capaz de metabolizar o [2-13C] acetato de sódio extracelular, acumulando-o nas hifas fúngicas. Após 72 horas de carência de glicose, ocorreu a indução da expressão das enzimas da β-oxidação, do ciclo do glioxilato e da gliconeogênese. Nestas condições, demonstrou-se a ocorrência do consumo das reservas lipídicas nas hifas por meio da coloração com Vermelho do Nilo. A importância do controle transcricional no metabolismo de ácidos graxos de Pisolithus foi demonstrada pela análise conjunta dos dados de expressão gênica com as observações de microscopia e cromatografia gasosa. Os resultados obtidos neste trabalho representam importante avanço na compreensão do metabolismo lipídico em Pisolithus sp.Item Caracterização de cristais em ectomicorrizas de eucalipto, acúmulo de cálcio e produção de ácidos orgânicos pelo micélio(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-07) Pylro, Victor Satler; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/8806800138164566; Nascimento, Antonio Galvão do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797432E8; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Campos, André Narvaes da Rocha; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8Fungos ectomicorrízicos associados à raízes de eucalipto podem induzir o armazenamento de cálcio sob a forma de cristais de oxalato de cálcio no sistema radicular da planta hospedeira. Apesar da grande demanda por cálcio pelas plantas desse gênero e a baixa disponibilidade em solos brasileiros, pouco se sabe sobre as capacidades de armazenamento de cálcio e efluxo de ácidos orgânicos exibidas por fungos ectomicorrízicos em função da disponibilidade do elemento. Sendo assim, este trabalho teve por objetivo caracterizar cristais de cálcio presentes em ectomicorrizas de Eucalyptus sp., quanto a sua distribuição, morfologia e composição química, além de avaliar a capacidade de fungos ectomicorrízicos em acumular cálcio e produzir ácidos orgânicos quando cultivados sob diferentes concentrações do elemento. Nas ectomicorrizas de Eucalyptus sp., os cristais foram evidenciados no interior de células corticais radiculares. Três diferentes padrões de distribuição foram observados e classificados como regular, irregular ou homogêneo. A Microscopia Eletrônica de Varredura associada a microssonda de análise de energia dispersiva de raios-X permitiu classificar as morfologias predominantes dos cristais como grânulos e concreções, embora outros tipos morfológicos também tenham sido evidenciados. Cálcio, oxigênio e carbono são os principais elementos constituintes desses cristais, que diante de todos os resultados obtidos foram seguramente caracterizados como cristais de oxalato de cálcio. De modo geral, fungos ectomicorrízicos exibiram um padrão de acúmulo de cálcio no micélio respondendo positivamente ao aumento da concentração do elemento no meio de cultivo. Contudo, a dose de cálcio no meio parece não influenciar a produção de biomassa fúngica. Sob condições de menor concentração de cálcio no meio, os isolados apresentaram maior eficiência de utilização de cálcio. Os ácidos acético/glucônico, butírico, oxálico e cítrico foram detectados no meio de cultivo dos isolados ectomicorrízicos avaliados. A dose de cálcio no meio de cultivo influenciou a exsudação dos ácidos acético/glucônico, butírico e oxálico pelo isolado Pisolithus sp. PT06, que também apresentou a maior produção desses compostos em comparação aos demais e isso pode estar relacionado ao menor acúmulo de biomassa fúngica exibido por esse isolado. A concentração do ácido butírico no meio do isolado Pisolithus tinctorius PTFRA foi influenciada pela dose de cálcio, sendo maior onde a concentração de cálcio era menor, padrão semelhante ao do isolado Pisolithus sp. PT06. Este é o primeiro relato sobre a morfologia detalhada e constituição química de cristais predominantes em ectomicorrizas de eucalipto. Além disso, os resultados apresentados corroboram o papel de fungos ectomicorrízicos na aquisição de cálcio do solo e sugerem que diferentes isolados podem apresentar capacidades distintas de atuação nos processos envolvendo a ciclagem do cálcio, seja pelo efluxo de ácidos orgânicos e/ou acúmulo na biomassa.Item Caracterização do mecanismo de sinalização por quorum sensing em Salmonella enterica sorovar Enteritidis(Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-25) Campos-galvão, Maria Emilene Martino; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026E6; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/0138653182683527; Fantuzzi, Elisabete; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761222A8; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; Pinto, Uelinton Manoel; http://lattes.cnpq.br/4416935405600300Quorum sensing (QS) é um sistema de comunicação entre bactérias dependente da densidade populacional, no qual as bactérias produzem, detectam e respondem a compostos sinalizadores de baixa massa molecular, os autoindutores (AIs). Salmonella apresenta sistemas de QS regulados por três diferentes AIs; AI-1, AI-2 e AI-3, que têm função ainda pouco elucidada. Neste trabalho foram identificados e caracterizados os sistemas de QS mediados pelos AIs 1 e 2 no patógeno humano Salmonella enterica sorovar Enteritidis PT4 578, isolado de carcaça de frango. As análises foram feitas in silico e in vitro. Foi acompanhado o crescimento de Salmonella Enteritidis na presença dos AIs-1sintéticos, as N-acil homoserina lactonas (AHLs): C6-HSL (homoserina lactona), C8-HSL, C10-HSL e C12-HSL e verificou-se que esses AIs não interferiram no crescimento deste patógeno. A confirmação de que Salmonella Enteritidis não sintetiza AI-1 foi feita por análise em cromatografia em camada fina. A partir do genoma de Salmonella Enteritidis PT4, previamente depositado no GenBank, foi confirmado que a regulação do QS mediado pelo AI-2 segue o modelo proposto para Salmonella enterica sorovar Typhimurium. A análise da sequência de nucleotídeos codificadora da proteína SdiA, reguladora do QS mediado pelo AI-1, demonstrou a conservação do gene sdiA neste sorovar. O conhecimento de fenótipos regulados pelo sistema QS pode contribuir para a elucidação de processos importantes na microbiologia de alimentos e permitir a elaboração de estratégias de controle deste patógeno. Portanto, foi avaliada a formação de biofilmes em microplaca de poliestireno por Salmonella na presença de AIs-1 (C6- HSL, C8-HSL, C10-HSL e C12-HSL) na concentração final de 50 nM no meio de cultivo. Foi constatado que, na presença de Ais e, em condições de cultivo em anaerobiose, Salmonella Enteritidis apresentou formação de biofilme mais denso e compacto em superfícies de poliestireno. A C12-HSL foi, dentre as AHLs analisadas, a que apresentou maior interferência nesse fenótipo. A formação de biofilme mais intensa na presença de C12-HSL em superfície de poliestireno também foi constatada por microscopia de varredura e microscopia confocal. Para comprovar a regulação do fenótipo de formação de biofilme pelo AI-1, o experimento foi repetido na presença de uma mistura de diferentes furanonas, inibidores de QS. A redução substancial de células aderidas na presença de furanonas confirma o efeito estimulador dos AIs-1 na formação de biofilmes por Salmonella Enteritidis PT4. Por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real, foi comprovado que C12-HSL promoveu maior expressão dos genes lpfA, fimF, fliF e glgC, de importância para a formação de biofilmes, assim como, dos genes de virulência hilA, invA e invF. Estes resultados evidenciam, pela primeira vez, a função da SdiA na detecção de moléculas sinais produzidas por outras bactérias gram-negativas na modulação de fenótipos importantes para a sobrevivência e virulência de Salmonella Enteritidis.Item Caracterização microbiológica e nutricional, aceitação sensorial e estabilidade de ácido fólico e tiamina em arroz fortificado (Ultra Rice®) após diferentes técnicas de cocção(Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-01) Silveira, Carlos Mário Martins; Moreira, Ana Vládia Bandeira; http://lattes.cnpq.br/6652079503230619; Sant ana, Helena Maria Pinheiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791293J1; http://lattes.cnpq.br/3151690646439858; Duarte, Maria Sônia Lopes; http://lattes.cnpq.br/0643907110512852; Chaves, José Benício Paes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787754A9; Pirozi, Mônica Ribeiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782511T6O presente estudo teve como objetivo realizar a caracterização microbiológica e nutricional de grãos crus de UR® fortificados com ferro, zinco, tiamina e ácido fólico e avaliar a aceitação sensorial, o conteúdo e a estabilidade de ácido fólico e tiamina em preparações de UR® adicionado ao arroz polido após diferentes técnicas de cocção. Foram realizadas análises microbiológicas nos grãos de UR® crus para a enumeração de coliformes a 45ºC, Salmonella, Bacillus cereus, fungos e leveduras, segundo metodologia preconizada por DOWNES e ITO (2001). A análise da composição nutricional dos grãos de UR® crus foi realizada por meio das técnicas recomendadas pela AOAC (2002). Foram otimizados métodos para análise do conteúdo de ácido fólico e tiamina por cromatografia líquida de alta eficiência de fase reversa acoplada a detector de arranjos de diodos (CLAE-FR-DAD) nos grãos de UR® crus e no UR® adicionado ao arroz polido antes e após cocção. O conteúdo de ferro e zinco foi determinado por espectrofotometria de absorção atômica. O conteúdo e estabilidade de tiamina e ácido fólico foram avaliados após cocção em escala laboratorial (refogado em óleo de soja e cozido em água, cozido em água, e cozido em água em forno de micro-ondas) e em Unidade de Alimentação e Nutrição-UAN (cozido em água), utilizando o UR® adicionado ao arroz polido numa proporção de 1:100, totalizando 4 tratamentos e 5 repetições para extração de tiamina e ácido fólico. A análise estatística dos dados foi realizada com os tratamentos dispostos no delineamento inteiramente casualizado, utilizando-se a análise de variância seguida do teste de Duncan ( = 5%) para comparação entre as médias. Para análise da aceitabilidade sensorial das preparações foi utilizada a escala hedônica de nove pontos, sendo avaliados os atributos odor, sabor, textura e impressão global. Os dados da aceitação foram avaliados por meio da análise de variância, seguida pelo teste de Tukey ( = 5%), para comparação entre as médias e da técnica de mapa de preferência interno, baseado no modelo de análise de componentes principais. O UR® cru apresentou contagem de micro-organismos ausente ou inferior ao permitido pela legislação sanitária. Em relação à composição nutricional do UR® cru foram encontrados (em 100g) 0,12 g de lipídios; 7,26 g de proteínas; 0,96 g de fibra alimentar total; 79,75 g de carboidratos; 821,24 mg de ferro; 142,15 mg de zinco, 161,72 mg de tiamina e 20, 95 mg de ácido fólico. Os métodos otimizados apresentaram boa resolução dos picos das vitaminas pesquisadas e excelente recuperação para tiamina e ácido fólico (82,6 a 104% e 87,5 a 96% respectivamente), repetibilidade com desvio padrão relativo das áreas dos picos e dos tempos de retenção menor que 10% e altos coeficientes de determinação (0,9998 para tiamina e 0,9997 para ácido fólico). Os limites de detecção e quantificação foram baixos (0,00193μg e 0,0193μg para tiamina e 0,000934μg e 0,00934μg para ácido fólico, respectivamente), demonstrando alta sensibilidade. A preparação cozida em forno de micro-ondas apresentou conteúdo de tiamina estatisticamente maior (0,3627 mg/100g) que as demais preparações, enquanto que, para ácido fólico, não houve diferença significativa entre as preparações (conteúdo médio de 0,0759 mg/100g). Após as diferentes técnicas de cocção, as preparações de UR® adicionado ao arroz polido apresentaram retenção bem mais elevada do ácido fólico (entre 75,69 a 96,11%) quando comparada àquela obtida para tiamina (entre 49,66 a 65,41%). A retenção de tiamina foi maior quando se utilizou a cocção em forno de micro-ondas (65,4%), enquanto que para as demais técnicas de cocção a retenção foi estatisticamente igual (média de 52,1%). Para ácido fólico, a maior retenção foi obtida com a preparação refogada em óleo e cozida em água (96,1%), sendo que para as outras técnicas de cocção não houve diferença significativa (p > 0,05). Considerando-se uma porção de arroz, a preparação cozida em forno de micro-ondas pode contribuir com 37,5 a 64,2% das recomendações diárias de tiamina e 31 a 50,5% de ácido fólico, enquanto que a preparação refogada em óleo e cozida em água pode contribuir com 26 a 34,7% das recomendações diárias de tiamina e 32,5 a 52,8% das recomendações de ácido fólico para diferentes grupos etários. A aceitação sensorial das preparações foi satisfatória, sendo que em média, 83,9% dos escores situaram-se entre 6 e 9 (gostei ligeiramente a gostei extremamente) para todos os atributos avaliados. Em conclusão, os grãos de UR® apresentaram adequado padrão microbiológico e composição nutricional similares ao arroz polido em termos de proteínas, lipídios e carboidratos, além de elevado conteúdo de ferro, zinco, tiamina e ácido fólico. Os métodos otimizados demonstraram confiabilidade e sensibilidade na detecção e quantificação de tiamina e ácido fólico em grãos crus de UR® e na mistura destes grãos com arroz polido, antes e após diferentes técnicas de cocção. Houve aceitação sensorial satisfatória e alta estabilidade do ácido fólico nas preparações, sendo que a cocção em forno de micro-ondas e aquela com refogamento em óleo seguida de cocção em água se destacaram, permitindo maior estabilidade das vitaminas. As preparações contendo UR® e arroz polido apresentaram bom conteúdo de ácido fólico e tiamina, sendo que uma porção pode contribuir de forma importante para o atendimento das recomendações diárias das vitaminas.Item Compostos de reserva e permeabilização de basidiósporos de Pisolithus microcarpus(Universidade Federal de Viçosa, 2011-08-23) Godinho, Carla Soares; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; http://lattes.cnpq.br/3157448451994987; Campos, André Narvaes da Rocha; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570Os basidiósporos Pisolithus apresentam baixas percentagens de germinação, embora disponham de compostos de reserva para a provisão de carbono e energia durante o crescimento inicial das hifas. Neles, a parede celular altamente hidrofóbica e resistente pode contribuir para a recalcitrância à germinação. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo demonstrar a presença de glicogênio, polissacarídeo, lipídeos, RNA e proteínas em basidiósporos maduros de Pisolithus microcarpus, determinar o perfil de ácidos graxos de basidiósporos de fungos ectomicorrízicos e avaliar métodos de permeabilização da parede celular dos basidiósporos. As técnicas histoquímicas utilizadas na detecção de diferentes compostos de reserva nos basidiósporos evidenciaram a presença de glicogênio, polissacarídeos, proteínas, RNA, lipídeos totais, lipoproteínas, lipídeos neutros e lipídeos ácidos. Detectou-se a presença de onze ácidos graxos distintos nos basidiósporos de P. microcarpus, nove nos de Scleroderma sp. e dezesseis nos de Suillus sp. Os ácidos graxos mais abundantes nas estruturas fúngicas analisadas foram o 18:1w9c e o 16:0. Além do ácido oléico e ácido palmítico, destacaram-se os seguintes ácidos graxos: 16:1w5c, 18:1w5c para P. microcarpus; 12:1at11-12 e 18:00 para Scleroderma sp.; 18:00 e 15:00 para Suillus sp. O perfil de ácidos graxos dos basidiósporos de P. microcarpus apresentou similaridade de 36,8 % com o de Scleroderma sp. O perfil de ácidos graxos dessas duas espécies apresentou similaridade de somente 5,2 % em relação àquele de Suillus sp. O uso de quitinase, liticase e celulase por 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24 h, sob agitação a 80 rpm e a 30 °C, não resultou na permeabilização da parede celular dos basidiósporos. O tratamento dos basidiósporos com ácido sulfúrico nas concentrações de 5, 10, 25, 50 % (v/v), por 5, 10, 25, 50 ou 80 s, também não resultou na permeabilização dos basidiósporos. Os tratamentos com hipoclorito de sódio em concentrações de 5, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 90 e 100 % da concentração original de cloro ativo (20 g L- 1) e tempos de contato de 5, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70 e 80 s promoveram a permeabilização da parede celular dos basidiósporos avaliada pela penetração do corante Negro Sudão B. A maior percentagem de basidiósporos permeabilizados, 97 %, foi obtida com o tratamento com hipoclorito a 100 % pelo tempo de 80 s. No entanto, os testes de viabilidade e a observação dos basidiósporos por microscopia eletrônica de varredura evidenciaram a perda da integridade da parede celular e da viabilidade dos esporos quando submetidos a esse tratamento. A exposição dos basidiósporos ao hipoclorito de sódio a 5 % pelo tempo de 40 s foi o tratamento que resultou em maiores percentagens (83 %) de basidiósporos permeabilizados, sem prejuízos na viabilidade e da morfologia desses propágulos. Os resultados obtidos contribuem para a compreensão das variáveis que atuam no processo de germinação dos basidiósporos de P. microcarpus e permitirão o desenvolvimento de estratégias visando melhorar a obtenção de monocários in vitro.Item Contribuições para o conhecimento dos fungos da ordem Meliolales e sua posição filogenética(Universidade Federal de Viçosa, 2012-11-29) Pinho, Danilo Batista; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; http://lattes.cnpq.br/7251618193690338; Soares, Dartanhã José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760506E6; Evans, Harold Charles; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4501250T6; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5Historicamente a taxonomia da ordem Meliolales é baseada na combinação da suposta especificidade em relação às espécies hospedeiras e na morfologia das estruturas fúngicas. Nas últimas décadas o uso de técnicas moleculares tem sido amplamente utilizado para caracterização de espécies fúngicas, validação de caracteres morfológicos e verificação da suposta importância da especificidade em relação a hospedeiros na delimitação de espécies. Para testar a hipótese de que as bases tradicionais da taxonomia nesta ordem tem amparo das análises moleculares, a extração de DNA de espécimes pertencentes aos gêneros Amazonia, Appendiculella, Asteridiella, Irenopsis e Meliola foi realizada e sequências das regiões 18S e 28S do rDNA e segunda maior subunidade da RNA polimerase 2 (RPBZ) foram obtidas. Por meio de análise das regiões 18S, 28S e RPB2, foi possivel distinguir a ordem Meliolales das demais ordens da classe Sordariomycetes e comprovar que a ordem pertence a subclasse Sordariomycetidae. A análise das regiões 18S e 28S do rDNA indicam que a classificação dos Meliolales baseada em caracteres morfológicos e comparação de espécies dentro de cada família botânica deve ser revisada, pois apesar das espécies de Amazonia, Appendiculella, Asteridiella, Irenopsis e Meliola se agruparem em clados distintos, espécies de Asteridiella se agruparam com espécies do gênero Meliola, provavelmente indicando que o grupo seja polifilético. Também conclui-se que espécies identificadas na mesma família botânica não são relacionadas filogeneticamente. Irenopsis cornuta não é uma espécie basal para os demais representantes do gênero, apesar desse taxon estar associado com uma pteridófita (Lygodium volubile). Quando populações da espécie modelo foram coletadas em diferentes habitats, pode-se observar uma nitida plasticidade morfologica dentro da espécie, pois espécimes coletados em: a) um plantio comercial de seringueira (Espirito Santo); b) viveiro de mudas de seringueira (Pará) e c) plantas de seringueira nativas da floresta Amazônica (Pará) apresentaram uma grande variação morfológica. Um índice das espécies de míldios negros relatadas no Brasil foi elaborado para subsidiar a expansão do conhecimento da diversidade desse grupo fúngico no país.Item Dinâmica hídrico-térmica e perdas de solo e água: influência do uso e geoforma do solo(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-28) Souza, Fabiana Silva de; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Silva, Demetrius David da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786123E5; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; http://lattes.cnpq.br/1818691367532679; Burak, Diego Lang; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706238E8; Ferreira, Mozart Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787250Z0O solo é recurso natural intensamente utilizado na produção agrícola podendo, por isso, ter sua capacidade produtiva comprometida pelo déficit hídrico, oscilações térmicas extremas e erosão hídrica, em decorrência de uso e manejo que levam à redução da cobertura vegetal do solo. Sendo assim, as relações entre os fatores que causam e os que permitem reduzir esses processos são de fundamental importância para o manejo agrícola dos solos. Diante do exposto, este trabalho visa avaliar a influência do uso do solo (mata, plantio de café, plantio de eucalipto e pastagem degradada) e da geoforma (côncava e convexa) na dinâmica hídrico-térmica e nas perdas de água e solo, em condições de chuva natural, no período de março de 2009 a fevereiro de 2010., em Latossolo Vermelho Amarelo localizado em microbacia do município de Viçosa, MG. Para monitoramento da umidade e temperatura do solo foram instalados sensores específicos em diferentes profundidades. As perdas de água e solo foram determinadas em unidades experimentais de 11,0 m de comprimento e 3,5 m de largura O volume de água escoado na parcela foi captado em caixa com vertedor triangular e quantificado por meio de linígrafo automático com sensor de pressão. A perda de solo foi determinada pelo método direto, usando caixa coletora de sedimentos. Independente do uso do solo, os valores de umidade na geoforma côncava foram geralmente superiores aos da geoforma convexa para todas as profundidades. O fluxo de água entre as geoformas é diferente, na côncava, há convergência da água de chuva para os pontos registrados e a convexa reflete divergência e, eventualmente, menor infiltração de água. Na profundidade de 30 cm os menores valores de umidade do solo foram observados na pastagem e houve redução acentuada dessa característica no eucalipto, na profundidade de 100 cm. A amplitude térmica foi a variável mais indicada em estudos de temperatura. A temperatura do ar foi marcadamente superior à do solo, como resultado das maiores temperaturas máximas e das menores temperaturas mínimas apresentadas. No solo, a maior amplitude térmica foi na porção mais superficial. Considerando a necessidade de chuva em volume e intensidade apreciáveis para contar com escoamento superficial e a necessidade desse escoamento para provocar erosão hídrica, quantidades elevadas de sedimentos foram carregadas em associação com os maiores valores de escoamento nas parcelas experimentais, com coeficientes de correlação linear no intervalo entre 0,781 e 0,989. As perdas de água acumuladas no período foram: pastagem > café ≈ eucalipto >> mata. A presença do dossel e dos resíduos vegetais na mata, no café e no eucalipto diminui a velocidade do escoamento superficial e contribui para incrementar a infiltração de água no solo. As perdas de solo acumuladas no período foram eucalipto >> café > pastagem >> mata, resposta coerente com o revolvimento do solo nos cultivos de eucalipto e café e com a maior compactação superficial na pastagem, em resposta ao pisoteio dos animais. Em relação às geoformas, os resultados indicaram maiores perdas de água e solo na geoforma convexa. Como previamente indicado, o fluxo de água entre as geoformas é diferente, na convexa há divergência da água de chuva e, geralmente, menor infiltração e na côncava, pelo contrário, há convergência da água de chuva e maior infiltração.Item Discriminação isotópica do 13C e nutrição com cálcio e boro em clones de eucalipto submetidos ao défice hídrico(Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-28) Barros Filho, Nairam Félix de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; http://lattes.cnpq.br/3170935435916857; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9A expansão da cultura do eucalipto no Brasil tem ocorrido principalmente em áreas de cerrado, que possuem solos de baixa fertilidade e apresentam déficit hídrico prolongado. Os principais sintomas normalmente observados são a seca dos ponteiros, decorrente da deficiência de boro (B), seguida do lançamento de brotação lateral, e, ou, dessecação de folhas, da base para o ápice das árvores, comprometendo o crescimento e a sobrevivência. O emprego de clones mais tolerantes à seca e de fertilizantes minerais tem sido a estratégia comumente utilizada pelas empresas florestais na tentativa de minimizar os riscos de perdas e aumentar a produtividade florestal. A seleção de genótipos é um processo demorado e muitas das vezes não define os mecanismos responsáveis pela tolerância. A discriminação isotópica de 13 ou sua relação com a sobrevivência e crescimento das plantas tem sido sugerida como uma alternativa de seleção de genótipos tolerantes à seca. Estudos recentes têm mostrado a importância do B e do Ca na tolerância a diversos tipos de estresse, incluindo o hídrico. Esclarecimentos sobre o papel desses dois nutrientes na tolerância ao estresse hídrico e o desenvolvimento de métodos que permitam a seleção mais rápida e segura de materiais genéticos de eucalipto quanto à exigência hídrica são necessários. Desta forma, neste trabalho objetivou-se: 1 - Estabelecer relações entre a , sobrevivência e crescimento de clones de eucalipto e precipitação pluviométrica na região norte de Minas Gerais, para identificar genótipos melhor adaptados a condições de baixa disponibilidade de água; 2 - Verificar a influência do Ca e do B na tolerância de clones de eucalipto à deficiência hídrica, a partir dos parâmetros fisiológicos, juntamente com a eficiência nutricional e de crescimento. Em campo, árvores de seis clones (i144, i224, i063, i182, 2486 e 3216), foram mensuradas e amostras de folhas e de lenho do tronco ,a coletadas partir do quinto ano, o percentual de árvores afetadas (PAA) por estresse hídrico. Os resultados mostraram correlação positiva entre crescimento e precipitação e entre crescimento, exceto para um dos clones. Apesar de ser constatada correlação negativa , a utilização deste primeiro como ferramenta de seleção precisa ser mais bem entendida. Em casa de vegetação dois clones, um sensível (i042) e outro tolerante à restrição hídrica (i144), foram cultivados em solução de Clark modificada até completarem 14 dias. Após esse período, as mudas foram submetidas aos tratamentos em presença ou ausência de Ca e, ou, B até completarem 14 dias. Aproximados 30 dias, foi imposta restrição hídrica gradativa com PEG (Polietileno glicol) 6000, em 50 % dos vasos, reduzindo o potencial hídrico de -0,16 a -1,00 MPa (-0,16, -0,65 e -1,00 MPa), a cada sete dias. Na ocasião da aplicação de PEG foram determinadas matéria seca e trocas gasosas das plantas. Foram observadas diferenças entre os dois clones estudados em matéria seca total e trocas gasosas, sendo estas diferenças dependentes do estresse hídrico e da nutrição de Ca e B. No clone sensível, o B se mostrou mais importante na mitigação do estresse hídrico, ao passo que no clone tolerante o Ca foi relativamente mais importante que o B, o que pode estar ligado ao papel do Ca na atividade de enzimas relacionadas ao estresse oxidativo.Item Diversidade de bactérias endofíticas em frutos de café(Universidade Federal de Viçosa, 2008-03-14) Cordero, Alexander Francisco Perez; Moraes, Célia Alencar de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781007D6; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Queiroz, Daniel Marçal de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783625P5; Pereira, Antonio Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780579Y1O objetivo do presente trabalho foi estudar a diversidade de bactérias endofíticas associadas aos frutos em quatro cultivares de Coffea arabica L., em diferentes altitudes na Zona da Mata Norte, Minas Gerais, Brasil. As amostras de frutos sadios, no estádio cereja, foram coletadas em lavouras de Catuaí Amarelo, Catuaí Vermelho, Bourbon Amarelo e Bourbon Vermelho. O isolamento e a quantificação de bactérias dos frutos foram realizados em meio de cultura R2A, estabelecendo-se uma coleção de culturas de bactérias endofíticas e epifíticas de frutos de café no Laboratório de Ecologia Microbiana (LEM) do Departamento de Microbiologia com 381 isolados, dos quais 134 de endofíticas. Entre essas foram identificados e descritos 48 morfotipos, que constituíram o universo-base para o presente estudo. A identificação fenotípica foi por características culturais e análises de ésteres metílicos de ácidos graxos (FAME) pelo sistema de identificação Sherlock®(MIDI). O estudo das endofíticas cultiváveis foi realizado com dados do seqüenciamento direto de amplicons obtidos por PCR, enquanto que para o das não-cultiváveis foram utilizados primer específicos para grupos de bactérias de três filos, Proteobacteria classes, α, β e γ, Firmicutes e Actinobacteria, sendo os produtos do Nested-PCR analisados por eletroforese em gel de gradiente desnaturante (DGGE). Nas amostras de café cereja a altitudes entre 676 até 1.187 m, as densidades de endofíticas variaram, em UFC.fruto-1, de 2,93 x 104 a 6,2 x 106 em Catuaí Amarelo; 7,6 x 104 a 6,0 x 106 em Catuaí Vermelho; 1,24 x 104 a 1,35 x 106 em Bourbon Amarelo e 4,6 x 104 a 2,69 x 106 em Bourbon Vermelho. As médias de densidades populacionais de bactérias endofíticas, em relação a cultivares e à altitude, diferiram (p<0,05) entre si. Os maiores valores das médias a altitudes superiores a 1.000 m, em Catuaí Vermelho e Bourbon Vermelho, diferiram (p<0,05) das de Catuaí, Amarelo e Vermelho à 676 m . A correlação simples por Pearson mostrou relação positiva (p<0,05) entre as contagens e altitude. As endofíticas cultiváveis foram identificadas com base no perfil FAME/MIDI como sendo de isolados de Curtubacterium flaccumfaciens betae/oortii (LEM CA16, LEM CV20, LEM CA25 e LEM CA28), Brevibacterium epidermis/oidium (LEM BV41), Microbacterium barkeri (LEM CA26 e LEM BV37), Microbacterium luteolum (LEM CA01), Pectinobacterium carotovorum/carotovorum (LEM CA30, LEM CV35, LEM BV38, LEM BA43 e LEM BA45), Pseudomonas putida biótipo A (LEM BA47), Salmonella typhymurium GC grupo B (LEM CV19), Staphylococcus simulans (LEM CV23) e Bacillus sp. (LEM CV24). A análise filogenética com uso de seqüências de rDNA 16S mostrou, para o isolado LEM CV24 uma maior identidade com Bacillus niacini AJ21160.1, enquanto o LEM BV39 correspondeu a Enterobacter amnigenus EU340927.1, e os isolados LEM CA01 e BV37 a Microbacterium sp. Das bactérias endofíticas associadas a cultivares de café, P. carotovorum/carotovorum, S. typhymurium, B. epidermis/oidium, S. simulans, B. niacini e E. amnigenus, são relatadas pela primeira vez como endofíticas em frutos de cafeeiros arábica. As análises de diversidade de bactérias totais, endofíticas e epifíticas, por PCR-DGGE utilizando o primer universal (F948GC/R1378), revelaram a presença de 80 unidades taxonômicas operacionais (UTOs), enquanto a riqueza de endofíticas correspondeu a 64 UTOs. Entretanto, com a utilização de grupos de primer específicos, Nested PCR, a diversidade de bactérias endofíticas correspondeu a uma riqueza de 110 UTOS para o filo Firmicutes, 71 para γ- Proteobacteria e 50 UTOs para Actinobacteria. A constatação da existência de diversidade de endofíticas em C. arábica evidencia a urgência de estudos funcionais desta microbiota, especialmente com relação a compostos precursores de aroma, sabor e acidez, de interesse para produção comercial de cafés de qualidade superior.Item Diversidade de bactérias endofíticas em frutos de Coffea canephora em três estádios de maturação(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-21) Miguel, Paulo Sérgio Balbino; Moraes, Célia Alencar de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781007D6; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; http://lattes.cnpq.br/8644923911722035; Silva, Daniele Ferreira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764366H6; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/8632328159533071Bactérias endofíticas em frutos são as que habitam partes internas sem causar danos ou sintomas aparentes. Entretanto, a presença e diversidade delas em frutos de Coffea canephora não foram ainda relatadas na literatura. Assim, o presente trabalho objetivou determinar a existência e diversidade de bactérias endofíticas cultiváveis nos frutos dessa espécie em três estádios de maturação. O isolamento e a quantificação foram realizados em meio R2A, sendo obtidos 140 isolados que, pelas características morfológicas das colônias, foram agrupadas em 21 morfotipos, sendo 55 % de Gram-positivas. Na comunidade foram identificadas representantes de Actinobacteria, Firmicutes, Bacteroidetes, Alpha- e Gamma-Proteobacteria, com 14 gêneros e 18 espécies. Kocuria turfanensis e Pantoea vagans são pela primeira vez identificadas como espécies endofíticas. Sete das 18 espécies identificadas como endofíticas em frutos de C. canephora não são espécies descritas como endofíticas em frutos, a saber: Bacillus thuringiensis, Bacillus licheniformis, Agrobacterium tumefaciens, Escherichia coli, Enterobacter hormaechei, Chryseobacterium sp. e Ochrobactrum sp.. A diversidade das bactérias endofíticas cultiváveis mostrou-se distinta nos três estádios de maturação de frutos de C. canephora, sendo maior nos frutos verdes, nos quais a predominância foi de Bacillus subtilis. Nos dois primeiros estádios de desenvolvimento o número de isolados de Gram-positivas foi maior que o de Gram-negativas, enquanto nos frutos maduros o número de colônias de Gram-positivas e Gram-negativas foi similar. No último estádio de maturação a diversidade de espécies de bactérias endofíticas foi menor e a Klebsiella oxytoca foi a espécie dominante, fato atribuído a prováveis efeitos da maior concentração de cafeína e açúcares nos frutos.
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