Ciências Exatas e Tecnológicas

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    Predição de aptâmeros para uso como moléculas sensoras para detecção de bacteriófagos que infectam Streptococcus thermophilus
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-21) Ribeiro, Lorena Cornélia; Eller, Monique Renon; http://lattes.cnpq.br/8338187323835390
    A indústria de produtos lácteos fermentados enfrenta rotineiramente falhas fermentativas devido a infecções por bacteriófagos. Entretanto, a frequência e dimensão das perdas relacionadas a esse problema não são registradas ou divulgadas, o que dificulta a promoção de políticas que previnam essas perdas. O presente estudo permitiu o levantamento sobre a frequência e causas prováveis das perdas relacionadas a falhas fermentativas em laticínios por meio de questionário aplicado a 27 indústrias brasileiras. Segundo os respondentes, a frequência de perdas pode ser semanal, apontando a contaminação por bacteríofagos como responsável por 35,7% dessas perdas. A proposta de uma metodologia de desenvolvimento de aptâmeros para ser utilizado como molécula sensora para kit de detecção de bacteriófagos que infectam Streptococcus thermophilus é uma alternativa como possível ferramenta de controle e prevenção de perdas referentes a falhas fermentativas. O referido método se baseou na interação de nucleotídeos com as regiões hidrofílicas selecionadas da proteína da cauda de cada representante de cada grupo de bacteriófagos, usando ferramentas de bioinformática que possibilitou a predição de cinco estruturas de aptâmeros distintas para o uso como moléculas sensoras para detecção de bacteriófagos que infectam Streptococcus thermophilus . Apesar de serem estruturas pequenas, as mesmas se mostraram específicas para a detecção das regiões hidrofílicas da proteína da cauda dos bacteriófagos estudados. Palavras-chave: Bacteriófagos. Aptâmeros. Fermentação.
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    Diversidade genômica, classificação taxonômica e detecção de fagos que infectam bactérias lácteas Streptococcus thermophilus
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-12) Batalha, Laís Silva; Eller, Monique Renon; http://lattes.cnpq.br/3390087442562038
    Bacteriófagos ameaçam constantemente as culturas starter de Streptococcus thermophilus usadas para a produção de queijos e iogurtes nas indústrias de laticínios. Dessa forma, o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e combate à lise por fagos estreptocócicos é fundamental neste campo. Para esse fim, é necessária a caracterização de fagos que infectam S. thermophilus, compreensão da dinâmica de interação com os hospedeiros, expansão do conhecimento da evolução desses fagos e melhoramento dos métodos de detecção. Neste estudo, usamos uma ampla gama de métodos complementares, incluindo genômica comparativa, análise do genoma central e filogenia de genes de assinatura, para mostrar que os fagos que infectam S. thermophilus estão organizados em 142 espécies e cinco gêneros (três deles novos), e que devido à sua genética diversidade, a classificação em nível de família varia de acordo com os critérios de classificação utilizados. Também desenvolvemos um método de PCR multiplex para detectar, em uma única reação, fagos estreptocócicos. Com base nos resultados da reação de PCR multiplex e na conservação dos genomas, os pares de primers desenhados neste estudo foram capazes de detectar 53 (85,48%) dos 62 fagos disponíveis até 2018, destacando-se como uma ferramenta útil para a detecção rápida da maioria dos fagos que infectam S. thermophilus. Além disso, iniciamos o desenvolvimento de imunoensaios para detecção de fagos que infectam S. thermophilus, sendo um deles de fluxo lateral e o outro baseado em vesículas de polidiacetileno. Este estudo permitiu a ampliação do conhecimento sobre a diversidade genética e evolução dos fagos estreptocócicos, além do desenvolvimento de ferramentas para a detecção desses vírus baseadas em métodos moleculares e imunológicos, fundamentais para promover estratégias de controle e minimizar falhas nos processos de fermentação do leite. Palavras-chave: Biodiversidade. Cultura starter. Imunologia. PCR multiplex. Polidiacetileno.
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    Caracterização do bacteriofago UFV-AREG1: potencial para o biocontrole de Escherichia coli O157:H7
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-01-30) Soto Lopez, Maryoris Elisa; Mendonça, Regina Célia Santos; http://lattes.cnpq.br/1193803839838112
    A bactéria Escherichia coli O157:H7 é um importante patógeno humano veiculado por alimentos. Sua ingestão pode causar diarreia sanguinolenta e nos casos mais agudos, a síndrome urêmica hemolítica. Neste estudo é reportado o isolamento, a caracterização e a organização do genoma do bacteriófago UFV-AREG1, capaz de infectar E. coli O157:H7, bem como o estudo da sua estabilidade em diferentes condições de pH, luz, temperatura e soluções sanitizantes que podem estar presentes na indústria de alimentos. O fago UFV-AREG1 foi isolado do residuário de água retirados de estábulos, e após a propagação atingiu um titulo de 10 12 UFP·mL - . Ele possui cabeça icosaédrica de 114 por 84 nm e uma cauda contrátil de 117 por 23 nm. O bacteriófago UFV-AREG1 foi classificado na família Myoviridae e no gênero T4virus, o que o difere da maioria dos bacteriófagos específicos para essa bactéria. O bacteriófago UFV-AREG1 apresentou sensibilidade à luz UV e à fluorescente, no entanto este resultado não afeta o uso na indústria de alimentos. O fago UFV-AREG1 permaneceu viável após a simulação dos processos de sanitização com ácido peracético, peróxido de hidrogênio e dicloroisocianurato de sódio, em condições de pH extremas e temperaturas de 7 e 25 °C, o que indica um potencial de uso em condições que podem estar presentes na indústria de alimentos devido à sua estabilidade. O bacteriófago UFV-AREG1 possui um genoma linear, dupla fita (dsDNA) com 170.788 pb, densidade gênica de 1,60 gene/kb e um conteúdo G+C de 35,3%, que é a faixa observada nos bacteriófagos do gênero T4. Seu genoma apresenta 274 ORF ́s e possui 96 % de similaridade com os fagos HY01 e PEC4, mantém pelo menos 39 diferenças de produtos gênicos com o fago T4. Assim como todo fago do gênero T4virus, o genoma do fago UFV-AREG1 também foi aberto com o gene rIIa. O fago UFV-AREG1 possui dois clusters devidamente diferenciados, o primeiro corresponde aos produtos gênicos relacionados aos processos metabólicos virais e o segundo cluster agrupa as proteínas expressas com funções relacionadas à conformação estrutural do vírus e à lise celular propriamente dita. Uma explosão de uma única célula de E. coli O157:H7 infectada pelo fago UFV-AREG1 é capaz de produzir 18 novas partículas virais em aproximadamente 60 minutos. O fago UFV-AREG1 apresenta diversos elementos regulatórios como promotores do tipo bacteriano e terminadores independentes de Rho, bem como a presença de tRNAs. A maioria das proteínas codificadas não possuem domínios conservados. Este é o primeiro relato do estudo genômico do fago UFV-AREG1, o qual possui grande potencial para ser utilizado como agente de biocontrole de E. coli O157:H7 em variadas aplicações, tais como sensores, promotores de crescimento ou probioticos.
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    Imobilização do Bacteriófago UFV-AREG1 para aplicação como sanitizante, curativo adesivo e nanobiosensor para biocontrole de E. coli O157:H7
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-10-31) Boggione, Delaine Meireles Gouvêa; Mendonça, Regina Célia Santos; http://lattes.cnpq.br/6764579792551289
    O uso indiscriminado de antibióticos e o surgimento de micro-organismos resistentes têm despertado o interesse em metodologias alternativas para o controle de patógenos e deteriorantes em alimentos e em diversas áreas da indústria. A bactéria Escherichia coli O157:H7 é um importante patógeno que pode estar presente em alimentos, podendo causar graves infecções intestinais em pacientes. Uma alternativa tanto para detecção deste patógeno em alimentos quanto para o tratamento é o uso de bacteriófagos, vírus específicos que causam lise nas células do hospedeiro. Com este intuito o objetivo deste trabalho foi no Capítulo I incorporar o bacteriófago UFV-AREG1 via microencapsulação por microfluídica em matriz de alginato-Ca e aplicá-lo em um gel antimicrobiano de propilenoglicol para uso na indústria de alimentos; Capítulo II incorporar o bacteriófago UFV-AREG1em nanotubos de carbono de paredes múltiplas (MWCNT) para aplicação como nanobiosensor; e Capítulo III incorporar o o bacteriófago UFV-AREG1 em hidrogéis de polivinil-álcool para posterior aplicação como curativo adesivo. Resultados do Capítulo I: A técnica de microfluídica se mostrou bastante eficaz na encapsulação do fago, produzindo em média gotas com 200 μm de tamanho e com uma eficiência de retenção de 82,1 % e estabilidade no gel de 21 dias armazenado em temperatura ambiente. Quando aplicado como antimcrobiano, o gel se mostrou eficiente na redução (2,92 logs) da contaminação bacteriana na superfície em comparação com outro agente antimicrobiano químico (álcool gel 70 %). Portanto, é possível microencapsular fagos em matrizes de alginato-Ca e aplicá-las em geis antimicrobianos para uso como sanitizantes na indústria de alimentos. Capítulo II: Para a incorporação do fago em nanotubos, foi obtida a combinação com melhor resposta de interação fago-CNT via delineamento experimental Box-Behnken, sendo que a melhor condição de incorporação foi de 0,01 g de CNT, temperatura de secagem de 32,5 oC e 2 min de agitação. Fago-CNT permaneceram estáveis durante 21 dias de armazenagem a 4 oC. Além disso, o Fago-CNT teve atividade antimicrobiana com uma área de inibição de 2.955 ± 294 cm 2 , quando adicionado em ágar Muller-Hinton com a bactéria e incubado a 37 oC/24 h. O fago-CNT também foi testado como um nanobiosensor para detecção da bactéria. Um sistema de medição da corrente elétrica foi montado e verificou-se que após aplicação da corrente no sistema houve uma variação da tensão (1,79 V para 2,25 V) após 46 min de contato entre o fago-CNT e a bactéria (10 8 UFC.mL -1 ), que é referente ao ciclo completo do fago e a consequente lise da célula bacteriana. Portanto, a técnica usada para estabilizar o bacteriófago UFV-AREG1 em MWCNT foi efetiva, bem como a sua aplicação como nanobiosensor na detecção de E. coli O157:H7. Capítulo III: O fago também foi incorporado em um hidrogel de PVA e submetido a testes de intumescimento, espectro no infravermelho com Transformada de Fourier, análises térmicas de DSC e TGA e efeito antimicrobiano sobre E. coli O157:H7. O intumescimento do filme de PVA-fago (38 %) foi maior (p < 0,05) que o PVA-controle (15 %), o que favorece uma maior liberação do fago no meio. O halo de inibição médio (formado pela área de inibição) do hidrogel contendo fago foi de 3,715 cm 2 contra 2,916 cm 2 do controle com desvio padrão de 128,7 cm 2 . O halo de inibição do PVA-fago foi mais significativo que o PVA-controle (p < 0,05). Resultados esses que corroboram com a atividade antimicrobiana em meio líquido mostrando a curva de crescimento microbiano utilizando o leitor de microplacas. As análises do FTIR mostraram uma região de picos diferentes no PVA-fago não identificada na amostra de PVA-controle, podendo esta ser um indicativo da presença do fago no hidrogel. As análises térmicas (DSC e TGA) também não apresentaram diferenças entre os hidrogeis de PVA-controle e PVA-fago. Estudos mais aprofundados devem ser conduzidos para que o hidrogel de PVA adicionado do bacteriófago UFV-AREG1 possa ser utilizado como curativo adesivo pela indústria de alimentos no controle do patógeno E. coli O157:H7. Em geral a incorporação do fago UFV-AREG1 em matrizes poliméricas, como o alginato-Na e álcool poli(vinílico) para liberação no meio e aplicação como biocontrole e terapia e sua adição em MWCNT para uso como nanobiosensor se mostrou satisfatória em todos os estudos realizados neste trabalho, demonstrando que o fago tem potencial para ser utilizado para esses fins.
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    Encapsulamento de bacteriófagos em diferentes matrizes e avaliação do potencial para a fagoterapia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-21) Batalha, Laís Silva; Mendonça, Regina Célia Santos; http://lattes.cnpq.br/3390087442562038
    O uso de bacteriófagos (fagos) para modular a microbiota intestinal de animais reduz o risco de contaminação de alimentos por micro-organismos causadores de doenças de origem alimentar. No entanto, a viabilidade dos fagos é baixa em ambiente gastrointestinal, tornando o encapsulamento, uma alternativa promissora para aplicação em sistemas de administração oral. O objetivo desta pesquisa foi investigar as características de proteção e liberação in vitro dos fagos de Escherichia coli O157:H7 (UFV-AREG1) encapsulados em esferas de alginato- polímeros preparadas por método de extrusão. Um dispositivo de encapsulamento por extrusão foi montado para produção de esferas carregadas com fagos usando alginato, carragena, proteína do soro de leite e quitosana como polímeros base. O comportamento reológico e a eficiência de encapsulamento para cada formulação foram determinados. Testes in vitro (fluido gástrico simulado-FGS, fluido intestinal simulado-FIS e sais biliares) foram realizados simulando as condições as quais os fagos são expostos quando administrados oralmente. A viabilidade dos fagos encapsulados foi avaliada durante o armazenamento e após secagem das esferas. O sistema montado apresentou potencial para imobilizar outras biomoléculas, além dos fagos, para sistemas de liberação controlada. As formulações apresentaram comportamento de fluido não-newtoniano pseudoplástico e cerca de 99% dos fagos foram encapsulados nas esferas. O título dos fagos UFV-AREG1 livres reduziu a um nível indetectável 5 min após exposição em pH abaixo de 3,4 e após 150 s em FGS (pH 2,5), indicando que os mesmos foram sensíveis a ambientes ácidos. No entanto, a viabilidade dos fagos foi mantida em esferas de alginato-proteína do soro, com redução de somente 0,04 ciclos log 10 no título. Sais biliares não afetaram a estabilidade dos fagos livres ou encapsulados, mesmo incubados por 3 h em soluções de bile a 1 % e 2 %. Os fagos foram liberados rapidamente em FIS (pH 6,8) nos tempos iniciais e gradualmente nos tempos seguintes. A viabilidade dos fagos encapsulados foi mantida sob refrigeração durante cinco meses, no entanto, o processo de secagem das esferas reduziu o título a um nível não detectável. O sistema montado foi compatível com polissacarídeos e proteínas para encapsulamento de biomoléculas e as esferas produzidas, mantiveram os fagos UFV-AREG1 biologicamente ativos e com potencial para fagoterapia.
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    Utilização de bacteriófagos no biocontrole de Salmonella sp
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-04) Albino, Luiz Augusto Aguiar; Mendonça, Regina Célia Santos; http://lattes.cnpq.br/4168457529901881
    A elevação da produção e comercialização de alimentos é acompanhada pelo aumento das infecções, hospitalizações e mortes relacionadas ao consumo de alimentos contaminados. Entre os alimentos relacionados a infecções alimentares, podemos destacar a carne suína e os ovos, como os principais responsáveis pelos casos de infecções alimentares, e o principal patógeno envolvido no consumo destes alimentos no mundo, são Salmonella Enteritidis em ovos e Salmonella Typhimurium em carne suína. O uso indiscriminado de antimicrobianos na produção animal promoveu diversos mecanismos de resistência em Salmonella, dificultando o controle e a eliminação deste patógeno. Desta forma, ha uma necessidade de desenvolvimento de novas práticas terapêuticas e os bacteriófagos ressurgem como uma alternativa de controle. O objetivo deste trabalho foi isolar e avaliar a atividade de bacteriófagos contra Salmonella Typhimurium e/ou Salmonella Enteritidis em poedeiras, ovos, suínos e na carne suína. No primeiro capítulo é apresentado a utilização de bacteriófagos em poedeiras e nas superfícies de ovos para a avaliação de seu efeito como método de controle de Salmonella Enteritidis. Foram realizados 2 experimentos distintos. O primeiro experimento avaliou o efeito de bacteriófagos livres e microencapsulados em ovos (clara, gema e casca) de galinhas poedeiras contaminadas com Salmonella Enteritidis. Foram utilizadas 50 poedeiras, distribuídas em 5 tratamentos, sendo T1 - Controle positivo - Aves contaminadas com Salmonella Enteritidis (ACSE); T2 - ACSE e inoculadas com bacteriófagos livres (BL); T3 - ACSE e inoculadas com bacteriófagos microencapsulados (BM); T4 - Não CSE e inoculadas com BL; T5 - Não CSE e inoculadas com BM. As aves do T1, T2 e T3 foram contaminadas oralmente pela ingestão de 1 mL de Salmonella Enteritidis (~1O6UFC-mL-1) enquanto os tratamentos T4 e T5 receberam apenas 1 mL de solução tampão PBS esterilizado. Seis horas apos a inoculação do patógeno, e em todo período experimental, as aves do T2 e T4 receberam 1 mL da suspensão de bacteriófagos (~1O9 UFP-mL-1), enquanto as aves dos tratamentos T3 e T5 receberam 1 mL da suspensão de bacteriófagos micro encapsulados (~1O9 UFP-mL-1). A aves tratadas com bacteriófagos livres apresentaram menor detecção do patógeno na superfície da casca, sugerindo que possa ter ocorrido redução da contaminação pelo patógeno. Foi possível isolar bacteriófagos na casca de todas os tratamentos em que ele foi utilizado. Além disso, também foi possível seu isolamento na clara dos ovos do T2. A utilização de bacteriófagos não eliminou o patógeno, mas reduziu o número de amostras positivas ao longo do tempo. O experimento dois avaliou diferentes metodologias de higienização de ovos em relação a presença de Salmonella Enteritidis em diferentes temperaturas e intervalos de tempo. Os ovos (n =720) foram separados em 8 grupos contendo trés diferentes combinações de tratamentos, com 90 ovos cada, sendo os tratamentos: higienizado (H), não higienizado (H), pasteurizado (P), não pasteurizado (P), com bacteriófagos (B), e sem bacteriófagos B), sendo representados por T1 (HPB), T2 (HPB), T3 (HPB), T4 (HP B), T5 (HPB), T6 (HPB), T7 (HPB), T8 (HPB). Os tratamentos foram incubados a 4 0C, 7 0C e 24 0C e analisados nos intervalos de 1, 3, 7, 14 e 28 dias. A presença do patógeno foi observada em todas as amostras de casca incubada em todas as temperaturas e intervalos de tempos. Entretanto sua detecção na clara e na gema não foi possível quando os ovos foram incubados a 4 0C. Os tratamentos higienizados (T5 (HPB), T6 (HPB), T7 (HPB) e T8 (HPB)) apresentaram os maiores valores (p < 0,05) em relação aos outros tratamentos ao longo do tempo nas diferentes temperaturas. Além disso, o tratamento T2 (HPB) obteve, os menores valores médios de crescimentos (log UFC-mL-1) do patógeno em todas as temperaturas e amostras analisadas (p < 0,05). Estes resultados sugerem que a higienização e a pasteurização dos ovos podem contribuir para a contaminação e penetração do patógeno ao longo do tempo, mesmo em baixas temperaturas. Além disso, a utilização de bacteriófagos resultou em uma contagem media (log UFC-mL-1) do patógeno inferior na maioria dos tratamentos em que foi utilizado. O capitulo dois apresenta o isolamento de bacteriófagos específicos para as duas principais estirpes de Salmonela e sua utilização no controle do patógeno em ovos líquidos e em carne suína moída. Os ovos líquidos e a carne moída suína foram contaminados com os patógenos, incubados a 4 0C e a 24 0C e as amostras analisadas quanto a redução do patógeno em diferentes intervalos de tempos (1 dia, 7 dias e 14 dias. A Multiplicidade de Infecções(MOI) utilizada em todos os tratamentos foi de 1x 101 UFP/UFC. Foi possível observar redução significativa (p < 0,05) da concentração dos patógenos em todos os tratamentos realizados a 24 0C. A 4 0C o bacteriófago foi capaz de reduzir (p < 0,05) a concentração de Salmonella Typhimurium em um dia e uma semana de incubação na carne suína moída e no ovo líquidos. Entretanto, só foi possível observar a redução (p < 0,05) de Salmonella Enteritidis nas amostras de carne suína moída incubadas por 1 dia e 1 semana a 40C. Após duas semanas de incubação a 40C não houve redução significativa (p >0,05) dos patógenos em nenhum dos alimentos avaliados. Os maiores índices de redução ocorreram a 40C quando Salmonella Typhimurium foi o hospedeiro, sendo de 1,65 log10 UFC-g-1 em carne suína moída e 3,14 l log10 UFC- g-1 em ovos líquidos. Concluiu-se que o bacteriófago foi capaz de reduzir a contaminação de Salmonella Typhimurium em ambos alimentos, entretanto seu efeito foi não significativo para o controle de Salmonella Enteritidis em ovos líquidos. O terceiro capitulo teve como objetivo avaliar o efeito causado pelos bacteriófagos no trato gastrointestinal de suínos em relação ao efeito causado pelos antibióticos utilizados como melhoradores de desempenho. Dezoito suínos utilizados para o experimento foram divididos em três tratamentos: Tratamento controle (TC), tratamento com antibióticos (TA) e tratamento com bacteriófagos (TB). A ração dos suínos do TA foi suplementada com AUREO S-P 250®. Os animais do TB receberam diariamente, via oral, 5 mL do coquetel contendo 1,0 x 1010 UFP-mL-1 de bacteriófagos e os suínos do TC receberam apenas a ração basal. Após os 21 dias de tratamento os animais foram novamente pesados e abatidos, e o conteúdo fecal do ileo, ceco e colón foram coletados para a realização das análises. Para avaliar a diversidade de bactérias no colón, ileo e ceco, a região V3 do gene 16S rRNA do DNA metagenômico foi amplificada pela reação da polimerase em cadeia (PCR), usando os primers 338F e 518R e analisada pela DGGE. Analisando o dendograma foi possível observar que a maioria das amostras do ceco e do colón se agruparam de forma heterogênea. Estes agrupamentos apresentaram diferença significativa (p < 0,01) na composição microbiana presentes em cada amostra. Mesmo os efeitos dos tratamentos não terem se agrupado de forma homogênea no dendograma, os padrões de amplicons das amostras mostrou efeito significativo (p < 0,10) somente na comparação entre o TA e o TC, enquanto para as outras comparações (TB x TC e TB x TA) os efeitos não foram significativos (p > 0,05). Este resultado sugere uma pequena mudança na composição da microbiota dos animais do TB, apesar do resultado não ter sido estatisticamente significativo.
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    Indicadores não convencionais para o rastreamento de fontes de contaminação fecal em bacias hidrográficas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-12-17) Andrade, Rosane Cristina de; Bastos, Rafael Kopschitz Xavier; http://lattes.cnpq.br/5343925202930481
    Este trabalho teve como objetivo avaliar a utilização de bacteriófagos e a genotipagem de oocistos de Cryptosporidium spp. na tentativa de identificar as fontes de contaminação fecal em duas bacias hidrográficas bem distintas: i) a bacia do ribeirão São Bartolomeu, localizada em Viçosa, MG, Brasil; e ii) a bacia do rio Ouse, localizada no sudeste da Inglaterra, Reino Unido. Colifagos somáticos, colifagos F-RNA e bacteriófagos que infectam Bacteroides fragilis foram utilizados por sua simplicidade metodológica, pelo baixo custo e por apresentarem, em tese, elevada especificidade no reconhecimento das bactérias hospedeiras. Para comparação, foram monitoradas bactérias tradicionalmente utilizadas como indicadoras de contaminação fecal – coliformes termotolerantes, E. coli e enterococos. Os resultados demonstraram que as áreas analisadas são impactadas, apresentando níveis relativamente elevados de contaminação fecal tanto humana quanto animal, indicados pelas concentrações de bactérias do grupo coliformes e de enterococos. Contudo, a pesquisa de bacteriófagos foi pouco informativa no estudo realizado na bacia hidrográfica do ribeirão São Bartolomeu, particularmente devido à inviabilidade do uso dos bacteriófagos que infectam Bacteroides fragilis, que em tese são os mais indicados para estudos de rastreamento de fontes de contaminação. Na bacia do rio Ouse, a utilização de bacteriófagos indicou que a maior parte do material fecal carreado para os corpos hídricos é proveniente da exploração de bovinos e suínos nas áreas da bacia, sendo menos expressiva a contribuição do material fecal humano. Análises moleculares de caracterização genotípica permitiram a identificação de C. parvum nas amostras de água coletadas nas duas bacias hidrográficas estudadas, o que reforça a hipótese da influência maior da exploração animal para a contaminação das águas superficiais estudadas.
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    Isolamento e caracterização de bacteriófagos para biocontrole de Salmonella enterica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-11) Rezende, Ana Carolina Valente; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Andrade, Nélio José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788281Y5; Mendonça, Regina Célia Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790986E3; http://lattes.cnpq.br/3819512394878390; Martins, Aurélia Dornelas de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8014717574860532; Peña, Wilmer Edgard Luera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4730660Z8
    O uso de bacteriófagos como metodologia alternativa aos antibióticos para eliminação de Salmonella spp. em aves tem sido muito pesquisado nos dias atuais, uma vez que esse micro-organismo é um grande problema em saúde pública. O presente trabalho teve o objetivo de isolar Salmonella spp. e bacteriófagos específicos para Salmonella enterica a partir de fezes de frangos de granja e de galinhas caipira da microrregião de Viçosa/MG, avaliar a atividade lítica desses bacteriófagos com diferentes sorovares de Salmonella e outros patógenos de origem alimentar e caracterizá-los morfologicamente por microscopia eletrônica de transmissão. De um total de 45 amostras de fezes foram isolados 29 bacteriófagos líticos de Salmonella Typhimurium e 24 de Salmonella Enteritidis. Em 73,3 % das amostras isolou-se o bacteriófago de Salmonella enterica e, no entanto, em apenas 9,1 % das amostras o hospedeiro estava presente. O título da suspensão dos bacteriófagos isolados, após a propagação e purificação variou de 106 a 1011 unidades formadoras de placa por mililitro. Os bacteriófagos selecionados apresentaram atividade lítica sobre vários sorovares do gênero Salmonella e também sobre outros gêneros da família Enterobacteriaceae. Com relação à morfologia, os bacteriófagos apresentaram cabeça icosaédrica com cauda longa ou curta, o que sugere que provavelmente pertencem à ordem Caudovirales.
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    Isolamento, caracterização e uso de bacteriófagos no biocontrole de Salmonella Typhimurium
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-15) Albino, Luiz Augusto Aguiar; Chaves, José Benício Paes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787754A9; Donzele, Juarez Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787766D0; Mendonça, Regina Célia Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790986E3; http://lattes.cnpq.br/4168457529901881; Fontes, Edimar Aparecida Filomeno; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792339T8
    O Brasil é o quarto maior produtor e quinto maior consumidor mundial de carne suína. Sua cadeia produtiva está em constante evolução a fim de fornecer produtos de qualidade tanto para o mercado interno quanto externo. Entretanto a presença de Salmonella em praticamente todas as etapas de produção constitui um problema de saúde pública e de grande prejuízo econômico para o setor. O uso indiscriminado de antimicrobianos promoveu diversos mecanismos de resistência à Salmonella, dificultando o controle e a eliminação deste patógeno. Desta forma, há uma necessidade de desenvolvimento de práticas terapêuticas e os bacteriófagos ressurgem como uma alternativa de controle. O objetivo deste trabalho foi isolar, caracterizar e testar bacteriófagos no biocontrole de Salmonella Typhimurium em suínos. Foram isolados e selecionados seis bacteriófagos em oito propriedades das regiões de Viçosa, Teixeiras e Coimbra no Estado de Minas Gerais. Os bacteriófagos selecionados foram avaliados quanto à especificidade em relação a várias estirpes de micro-organismos, quanto à morfologia e quanto a atividade sobre Salmonella Typhimurium foram utilizados em forma de pool in vitro . Foi possível o isolamento de bacteriófagos em 75 % das propriedades e após propagação eles alcançaram contagem entre 1010 e 1011 PFU/mL. Os bacteriófagos apresentaram atividade sobre diferentes estirpes de Salmonella. Em relação à morfologia, todos apresentaram cabeça icosaédrica e pequenas caudas o que indica serem da ordem Caudovirales e da família Podoviridae. O efeito dos bacteriófagos sobre a contagem de Salmonella em meio de cultura foi dependente da concentração de bacteriófago utilizada. As maiores reduções de células viáveis de Salmonella foram de, aproximadamente, 2,5 log UFC/ mL obtidas nos cultivos de bacteriófagos com MOI: 10000. Embora não tenha sido totalmente eliminado, o resultado demonstrou uma considerável redução da contagem de Salmonella Typhimurium, sugerindo o potencial que os bacteriófagos possuem para o biocontrole deste patógeno. Um pool com os seis bacteriófagos isolados foi testado em suínos experimentalmente infectados com Salmonella Typhimurium e avaliar sua eficiência na forma de biocontrole. Trinta animais foram infectados experimentalmente com 105 UFC/ mL de Salmonella Typhimurium e posteriormente tratados com diferentes MOIs: 0,01, 1, 100 e 10000. Estes animais foram abatidos e foram realizadas coletas do material fecal do íleo, ceco e das excretas para quantificar a contagem de Salmonella, utilizando os meios de cultura Rambach e XLT4. O baço, rim, fígado e linfonodo mesentérico dos amimais do tratamento de MOI: 10000 foram removidos para avaliar a translocação de bacteriófagos. A administração de Salmonella Typhimurium gerou quadro de salmonelose em nove animais (30 %). O meio de cultura Rambach foi mais especifico e o XLT4 mais sensível. Houve redução na contagem de Salmonella do íleo e ceco em MOIs: 100 e 10000, mas não houve redução nas fezes em nenhum dos tratamentos. O quadro clínico de salmonelose não permitiu a translocação do bacteriófago, sugerindo que o tratamento com bacteriófagos deve ser na forma preventiva e não corretiva da infecção por Salmonella. Conclui-se que a metodologia aplicada neste trabalho mostrou-se eficaz na redução da contagem de Salmonella, em suínos experimentalmente infectados, entretanto deve-se considerar a necessidade de proteger os bacteriófagos contra os efeitos de pH e sais biliares e outros, durante sua passagem pelo sistema digestivo do animal, para aumentar sua viabilidade e eficiência no biocontrole de Salmonella Typhimurium.
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    Caracterização fenotípica e genotípica de Staphylococcus spp. isolados de diferentes nichos em unidade de abate de aves
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-07) Ferreira, Andreza Angélica; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Paula, Sérgio Oliveira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767540P4; Mendonça, Regina Célia Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790986E3; http://lattes.cnpq.br/0760227709981286; Martins, Maurilio Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794520A8; Fontes, Edimar Aparecida Filomeno; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792339T8; Carmo, Luiz Simeão do; http://lattes.cnpq.br/8665169072443690; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6
    O controle de patógenos de origem alimentar no processamento de alimentos não é uma tarefa simples. Staphylococcus aureus é um patógeno que pode estar presente na superfície de carcaças de animais e tem acesso à planta de abate da indústria por meio de animais vivos. Esse micro-organismo pode desencadear processos de adesão e formação de biofilme, que constitui uma estratégia de sobrevivência e importante fonte de contaminação cruzada. O objetivo deste trabalho foi isolar e caracterizar fenotípica e geneticamente estirpes do gênero Staphylococcus spp. oriundas de uma unidade de abate de aves e determinar as principais fontes e os mecanismos envolvidos na permanência deste micro-organismo na indústria. As colônias isoladas conforme descrito na Instrução Normativa n° 62, foram confirmadas como Staphylococcus spp. e S. aureus por meio da técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). Avaliou-se a sensibilidade dos isolados aos antimicrobianos pelo método de discos impregnados com as seguintes substâncias: ácido clavulânico e amoxacilina (30 μg), ácido nalidíxico (30 μg), ampicilina (10 μg), cefalotina (30 μg), cefoxitina (30 μg), ciprofloxacina (5 μg), clindamicina (2 μg), cloranfenicol (30 μg), eritromicina (15 μg), estreptomicina (10 μg), gentamicina (10 μg), oxacilina (1 μg), penicilina G (10 U), rifampicina (5 μg ), sulfonamida (300 μg), tetraciclina (30 μg) e vancomicina (30 μg). As características fenotípicas e genotípicas de formação de biofilmes foram x avaliadas pelo crescimento em Ágar Vermelho Congo (CRA) e pela identificação dos genes atl, icaA e icaD. Dentre os 120 isolados estudados, 75 foram identificados como Staphylococcus, em que 63,7 % foram coagulase positiva e 37,3 % coagulase negativa. Por meio da técnica de PCR confirmouse que 86,67 % dos isolados eram do gênero Staphylococcus e 77,33 % da espécie S. aureus. Verificou-se ainda a presença do gene sec em duas estirpes, uma delas estafilococos coagulase negativa. A maioria dos isolados foram resistentes à sulfonamida (98,5 %), ácido nalidíxico (89,3 %) e penicilina G (87,70 %). Dentre os isolados resistentes à penicilina 4,60 % foram oxacilina resistentes e 1,5 % vancomicina resistentes. Das 65 estirpes de Staphylococcus spp. estudadas na produção de exopolissacarídeo (EPS) em CRA, 100 % formaram colônias de cor preta e opacas. A variação do teor de sacarose foi crítica para a produção de EPS em CRA, uma vez que em baixas concentrações de sacarose, todas as estirpes apresentaram resultado característico de não produção de EPS. O gene atl foi encontrado em todas as estirpes e os genes icaA e icaD em 97 % delas. Estes dados sugerem que Staphylococcus spp. isolados de abatedouro de aves apresentam potencial para formação de biofilme. Formas eficientes de controle desse microorganismo no ambiente de processamento de alimentos são necessárias visto que podem representar risco em potencial ao consumidor. Portanto, devem-se adotar medidas de controle higiênico-sanitário, bem como treinamento e conscientização dos profissionais envolvidos.