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    Ferramentas de qualidade no agronegócio
    (PEC - UFV, 2020) Almeida, Íkaro Borges Tosatti de; Magalhães, Ingrid Felomesnsch Araújo; Rocha, Ana Caroline Teixeira; Albino, Pablo Murta Baião
    A gestão da qualidade consiste em uma estratégia de administração aplicada a qualquer tipo de organização e orientada a criar consciência da importância da melhoria contínua em todos os processos organizacionais. Esse conceito vem sendo cada vez mais introduzido nos ambientes rurais por permitir o alcance de melhores resultados a partir de ferramentas simples de planejamento, controle e liderança, que vão auxiliar o empreendedor a definir, mensurar, analisar e propor soluções para os possíveis problemas que impactam seu negócio (GALDINO et al., 2016). Porém, a parte dos parâmetros e exigências de qualidade está oculta no produto final, não sendo perceptível pelo consumidor. Além disso, no final da cadeia, na maioria das vezes, vale a avaliação da qualidade percebida pelo consumidor, ou seja, propriedades sensoriais como sabor, forma, textura, beleza, etc., quando se trata de bens de consumo, por exemplo. Neste sentido, é preciso perceber que todos os processos envolvidos na produção e comercialização de produtos e serviços precisam ser analisados, a fim de garantir a qualidade esperada pelo consumidor. Dessa forma, é preciso que haja uma mudança de mentalidade do empreendedor, passando a adotar uma postura proativa em relação à qualidade de seus processos, e não mais reativa, onde se espera que o cliente se manifeste a respeito de algum parâmetro ou exigência de qualidade não atendida (LIMA, 2004). Existem alguns produtos nos quais são realizadas análises, muitas vezes laboratoriais, de amostras do item comercializado. Quando a amostra não atende os padrões de qualidade exigidos, ela é descartada e é informado em qual ou quais parâmetros o produto foi reprovado. Porém, não é informado ao empreendedor onde está o problema em sua cadeia produtiva ou o que pode o ter ocasionado. Uma vez que seu produto é descartado, pode não ser tão simples se inserir novamente no mercado. Logo, é essencial que haja a identificação de pontos de melhoria do seu empreendimento a fim de garantir a qualidade esperada pelo consumidor. Assim, as ferramentas da qualidade vêm como métodos utilizados para o aprimoramento de processos e solução de problemas, agindo com clareza desde a identificação, passando pela priorização, até chegar na solução, baseada em fatos e dados, e não apenas em opiniões (MAICZUK; JÚNIOR, 2013). Vale ressaltar que, com o avanço constante da tecnologia e, consequentemente, da quantidade e qualidade das informações produzidas, torna-se cada vez mais desafiador que a organização se mantenha em destaque por muito tempo. É preciso se manter atento em relação às concorrentes e buscar um ciclo virtuoso de melhoria contínua de seus produtos, serviços e processos (FUJIMOTO, 2017). A gestão da qualidade deixou de ser um aspecto de produto e passou a ser um problema da organização, seja ela empresa ou empreendimento rural, abrangendo todos os processos, pois são ferramentas de grande utilidade que vão incorporar a ideia de melhoria nas práticas de fabricação e validação dos procedimentos, permitindo um olhar mais detalhado e definindo alguns pontos críticos de controle a fim de encontrar não conformidades (MAICZUK; JÚNIOR, 2013). Abordaremos aqui ferramentas para auxiliar na identificação e priorização das possíveis dores do empreendimento, com o intuito de permitir que o empreendedor saia da etapa de inspeção do produto final e avalie seus processos de forma individual e efetiva, agregando valor ao seu produto e construindo vantagens competitivas, já que, devido à alta competitividade atual, a qualidade não é mais um diferencial, e sim um requisito básico de qualquer produto ou serviço.
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    Aditivos alimentares alternativos para bovinos
    (PEC - UFV, 2021) Sampaio, Cláudia Batista; Araújo, Fabiana Lana de; Xavier, José Vinícius Valadares
    O Brasil se destaca mundialmente na produção pecuária, seja na produção de leite e derivados ou na produção de carne. Estes sistemas de produção geram emprego e renda, exercendo papel importante no fortalecimento da economia do país em razão do grande número de elos envolvidos no processo produtivo, como produção de insumos, prestação de serviços, transporte, indústria, etc. Sendo assim, todos os fatores ligados à eficiência do sistema de produção são importantes e têm impacto direto na produtividade, como a nutrição, manejo, sanidade e gestão. Dentre estes fatores, a eficiência nutricional está diretamente relacionada ao desempenho dos rebanhos para atingir a produtividade esperada. Considerando manejo nutricional com foco em melhoria de desempenho animal, devemos entender que todo plano nutricional deve ser capaz de fornecer proteína, energia, minerais e vitaminas para atender as exigências dos animais, considerando estratégias para redução de ciclo produtivo e ganhos em produtividade. Dentre estas estratégias, estão: uso da suplementação nutricional estratégica, alimentos alternativos, altos níveis de energia e proteína, e uso de aditivos alimentares com foco na melhoria da eficiência nutricional. Os bovinos são animais ruminantes que utilizam os alimentos volumosos (forragens da pastagem - ou silagem - e grãos) a fim de extrair energia e proteína para seu crescimento através da fermentação desses alimentos no rúmen, contando com a ação de microrganismos ali presentes. Isso se deve ao desenvolvimento de características anatômicas e à relação de simbiose estabelecida entre o animal hospedeiro e as diversas espécies de microrganismos existentes, desenvolvidas pelos ruminantes ao longo de sua evolução, o que conferiu a estes animais a capacidade de converter, com eficiência, material vegetal em carne e leite. Estas características são consideradas o principal fator responsável pelo sucesso evolutivo destas espécies: a capacidade de digerir e utilizar o constituinte fibroso dos alimentos e dos compostos ricos em nitrogênio, como é o caso das proteínas e ureia, como principal fonte de energia, através do desenvolvimento do processo de fermentação nos compartimentos iniciais do estômago. Mas para que o processo fermentativo ocorra de forma eficiente e resulte no aumento da produção de leite e/ ou do ganho de peso dos animais, é necessário garantir a manutenção das condições ruminais adequadas para que a população microbiana permaneça ativa. Tais condições de ambiência ruminal podem ser afetadas pela dieta, devido a alterações causadas no metabolismo ruminal. A dieta é um dos fatores que influenciam diretamente o número e a proporção relativa das diferentes espécies de microrganismos no rúmen e a manipulação da fermentação ruminal. Esta manipulação teria como objetivo melhorar os processos benéficos, além de minimizar, deletar ou alterar processos ineficientes e prejudiciais ao animal hospedeiro.
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    Sorvete: processamento e aspectos de qualidade
    (PEC - UFV, 2021) Souza, Letícia Bruni de; Pacheco, Ana Flávia Coelho; Leite Júnior, Bruno Ricardo de Castro
    O sorvete é considerado um dos alimentos mais complexos. É formado por uma mistura heterogênea, sendo ao mesmo tempo uma emulsão, suspensão, gel e espuma, estabilizada pelo congelamento. Estruturalmente, o sorvete é um sistema físico-químico composto por três estados: sólido, líquido e gasoso. Neste sistema, bolhas de ar, cristais de gelo, glóbulos de gordura parcialmente coalescidos, proteínas do leite em estado coloidal e cristais de lactose estão dispersos em uma fase contínua de água crioconcentrada não congelada, contendo açúcares e sais solúveis (COSTA et al., 2017; CLARKE,2004; MARSHALL et al., 2003). Além disso, pode incluir outros ingredientes, tais como emulsificantes, estabilizantes, aromatizantes e corantes (CLARKE, 2004; MARSHALL et al.,2003). Existem vários mitos sobre a história do sorvete; não se tem registros reais e evidências que possam comprová-las. Contudo, acredita-se que sua origem foi na China e, posteriormente, espalhou-se para outros povos que passaram a incrementar novos sabores. A produção em escala industrial se iniciou nos Estados Unidos. No Brasil, ela teve início em 1941. Com o decorrer do tempo, o setor de sorvetes passou por diversas transformações visando melhorar as características sensoriais do produto. Hoje, de forma geral, o sorvete é um produto com ótima aceitação pelos consumidores, está presente em diversas culturas alimentares e agrada aos mais diversos paladares, de todas as faixas etárias e classes sociais. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS), existem no Brasil aproximadamente 10 mil empresas ligadas ao setor, sendo que mais de 92% delas são micro e pequenas empresas. Em 2019, o setor de sorvetes movimentou em torno de R$13 bilhões, período em que foi consumido 1,107 bilhão de litros. A Região Sudeste apresenta o maior consumo, com 52%, seguido da Região Nordeste (19%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e, por fim, Norte (5%). No entanto, o consumo per capita do produto ainda é baixo quando comparado com países como Nova Zelândia, Estados Unidos, Austrália, Finlândia e Suécia, que são os principais países consumidores de sorvete. No Brasil, a média de consumo por pessoa é de 5,29 litros por ano, enquanto que na Nova Zelândia e Estados Unidos essa média chega a 28,3 e 20,8 litros, respectivamente (ABIS, 2020). O clima é um dos fatores que mais influencia no consumo do sorvete no país. Apesar de ser um país tropical, a cultura de que sorvete só pode ser consumido no verão ainda é mantida no Brasil. Dessa forma, no verão, o consumo pode chegar a 70% do total consumido no ano e as empresas faturam cerca de 3 a 4 vezes mais nesse período do que em outras épocas (SILVA, 2015). Na Nova Zelândia, onde se tem a maior média mundial de consumo, revela-se que a influência do hábito alimentar pode se sobressair nas baixas temperaturas predominantes durante o ano. Além disso, culturalmente,os brasileiros menosprezam o valor nutricional do sorvete, que, na verdade, é um alimento rico nutricionalmente, já que fornece proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas (A, B1, B2, B6, C, D, E e K) e minerais (cálcio e fósforo) (SOUZA et al., 2010). Para vencer a barreira cultural, surpreender o consumidor e impulsionar as vendas, as indústrias têm investido cada vez mais em qualidade, redução de custos e inovação, visando tornar o mercado brasileiro de sorvetes cada vez mais atrativo. Dentre as inovações, destaca-se a inclusão de ingredientes com propriedades funcionais, como culturas probióticas, fibras, frutas e edulcorantes naturais, que além de agregar valor ao sorvete, proporcionam ao consumidor um produto funcional com macro e micronutrientes essenciais (CRUZ et al., 2011).
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    Concurso literário Sala Mendeleev
    (PEC - UFV, 2020) Oliveira, Marcelo Ribeiro Leite de; Rubinger, Mayura Marques Magalhães; Borges, Emílio; Sousa, Emerich Michel de
    A Sala Mendeleev é um espaço do Departamento de Química vinculado à Secretaria de Museus e Espaços de Ciência da UFV (SEMEC) que atua na divulgação e popularização da ciência. Cerca de 2.500 pessoas por ano a visitaram entre 2010 e 2019. O ano de 2019 foi declarado pela UNESCO o Ano Internacional da Tabela Periódica, em homenagem aos 150 anos da tabela proposta pelo cientista russo D. I. Mendeleev. Numa rara iniciativa de unir química e literatura, a Sala Mendeleev promoveu, naquele ano, o Primeiro Concurso Literário Sala Mendeleev, com o tema: elementos químicos. Os estudantes da UFV aceitaram o desafio. Foram dezenas de inscritos. Todos os Centros de Ciência do campus de Viçosa estiveram representados. Devido a esse sucesso e também para comemorar os 10 anos da Sala Mendeleev, a segunda edição do concurso literário, em 2020, teve uma expressiva ampliação do número de inscritos, abrangendo o ensino superior, a pós-graduação e o ensino médio dos campi de Viçosa e Florestal. Em 2019, os textos foram avaliados pelos professores Emílio Borges, Marcelo Ribeiro Leite de Oliveira e Mayura Marques Magalhães Rubinger e, por ocasião do segundo concurso, também pelo professor Emerich Michel de Sousa. Segundo a comissão julgadora, o tema despertou o interesse e a criatividade de pessoas ligadas às mais diversas áreas do conhecimento humano, as quais contribuíram com textos inteligentes e emocionantes, demonstrando essa desejada troca de experiências, que é um dos principais objetivos da Universidade. É preciso ressaltar o apoio oferecido para a realização desses concursos pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC). A Sala Mendeleev e o Departamento de Química da UFV agradecem a todos os participantes das duas edições e à PEC, que, com a edição deste Boletim contendo os textos vencedores dos dois concursos, divulga o trabalho criativo dos estudantes da UFV e fornece mais uma oportunidade de a Sala Mendeleev cumprir seu principal objetivo: divulgar a ciência.
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    Processamento de ricota
    (PEC - UFV, 2020) Pacheco, Ana Flávia Coelho; Leite Júnior, Bruno Ricardo de Castro
    O soro de leite é um importante coproduto da indústria de laticínios e pode ser definido de acordo com o seu Regulamento Técnico (Instrução Normativa nº 80, de 13 de agosto de 2020) como: “produto lácteo líquido extraído da coagulação do leite utilizado no processo de fabricação de queijos, caseína alimentar e produtos similares” (BRASIL, 2020a). Além disso, de acordo com esse regulamento, o soro de leite pode ser classificado como “soro de leite, quando a coagulação se produz por ação enzimática, devendo apresentar pH entre 6,0 e 6,8”ou “soro de leite ácido, quando a coagulação se produz principalmente por acidificação, devendo apresentar pH inferior a 6,0” (BRASIL, 2020a). Apresenta-se como um líquido opaco, aguado e fino, de coloração amarela/esverdeada, variando sua composição e propriedades de acordo com a qualidade do leite, o tipo de queijo produzido, bem como com a tecnologia empregada (SMITHERS, 2008; ALVES et al., 2014). No Brasil, em decorrência do aumento da produção e do consumo de queijos, o soro de leite tem sido produzido em proporções cada vez maiores. Em 2019, a produção de queijo no País foi estimada em 775 mil toneladas, um aumento de 1,97% em relação ao ano de 2018, e estima-se que em 2020 chegue a 790 mil toneladas, uma alta de 2% (CAETANO, 2019). Segundo Walstra (2006), cerca de 70% a 90% do volume do leite usado para fabricação de queijos resulta em soro de leite, ou seja, em média, a cada 10 litros de leite, são obtidos de 7 a 9 litros de soro. O soro de leite possui elevada densidade nutricional devido à sua composição, apresentando em média 93% de água, 5% de lactose, 0,7% a 0,9% de proteínas, 0,3% a 0,5% de gordura, 0,2% de ácido lático e pequenas quantidades de vitaminas (OLIVEIRA et al., 2012). A porção proteica contém, aproximadamente, 50% de β-lactoglobulina, 25% de α-lactoalbumina e 25% de outras proteínas, incluindo imunoglobulinas (FITZSIMONS et al., 2007). Contudo, em virtude da alta concentração de matéria orgânica, principalmente lactose e proteínas, a sua capacidade poluente é considerada elevada, por possuir alta demanda bioquímica de oxigênio (DBO) (PRAZERES; CARVALHO; RIVAS, 2012). Nesse sentido, além da alta densidade nutricional, a questão ambiental também preconiza o reaproveitamento do soro de leite para elaboração de novos produtos alimentícios, visando reduzir os custos de produção, agregar valor ao produto e diminuir o efeito poluente (SGARBIERI, 2004). Esse importante coproduto pode ser aproveitado pelas indústrias de laticínios nas formas líquida, em pó ou concentrada, na elaboração de ricota, bebidas (lácteas, carbonatadas e fermentadas), formulações de alimentos infantis, doce de leite, sorvetes, entre outros produtos (CARMINATTI, 2001; PAULA et al., 2018). A produção de ricota é uma das alternativas mais simples e econômicas para um melhor aproveitamento do soro de leite proveniente da fabricação de queijos comuns. Entretanto, a fabricação de ricota não pode ser considerada uma opção de eliminação do resíduo de soro gerado na produção de outros queijos, uma vez que no seu processamento também é gerado um soro, denominado de soro de ricota ou soro de segunda geração. Assim, o aproveitamento do soro para a fabricação de ricota se dá principalmente devido às suas qualidades nutricionais e à grande quantidade de proteínas de elevado valor nutricional e alta digestibilidade.
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    Produção de Doce de Leite - Teoria e Prática
    (PEC - UFV, 2020) Pacheco, Ana Flávia Coelho; Leite Júnior, Bruno Ricardo de Castro
    O leite in natura possui elevado valor nutricional, apresentando em média 3,3% de proteínas, 3,8% de gordura, 4,9% de lactose e 0,8% de sais minerais e vitaminas (WALSTRA; JENNESS, 1984). Aliado a essa alta disponibilidade de nutrientes, essa matéria-prima apresenta fatores intrínsecos favoráveis ao desenvolvimento de micro-organismos, o que o torna altamente perecível. Dessa forma, o processamento do leite por meio da concentração por evaporação, tecnologia amplamente usada na indústria de laticínios, visa a conservação do leite e derivados pela redução da atividade de água (Aw), prolongando o prazo de validade dos produtos elaborados (OLIVEIRA; PENNA; NEVAREZ, 2009). Além de estender a vida-de-prateleira, a concentração do leite também é aplicada visando (i) melhorar as características sensoriais dos derivados lácteos, (ii) reduzir os custos de armazenamento, transporte e estocagem, (iii) diminuir os custos de secagem do leite e derivados, (iv) otimizar os processos industriais e (v) obter produtos diferenciados com maior valor agregado. O processo de evaporação consiste na remoção parcial da água do leite à pressão atmosférica ou reduzida, através da aplicação de energia na forma de calor com vapor indireto (PERRONE et al., 2011). A parcial remoção da água do leite por evaporação leva a um produto chamado leite evaporado. A adição de sacarose e a exclusão de oxigênio em uma concentração com aplicação de calor à pressão reduzida resultam em um produto chamado leite condensado. Por fim, outro produto que também pode ser obtido por meio da concentração do leite é o doce de leite, o qual pode ser produzido concentrando o leite à pressão atmosférica e/ou reduzida na presença de sacarose (OLIVEIRA; PENNA; NEVAREZ, 2009). O doce de leite, também encontrado em referências internacionais como dulce de leche, é um importante alimento produzido e comercializado principalmente na Argentina e no Brasil, além de outros países da América, como Uruguai e México. Tradicionalmente, o doce de leite teve sua origem em fabricações caseiras, com posterior intervenção das indústrias, que asseguraram a produção e distribuição do produto para diversas regiões do mundo, sendo fundamental no avanço para as produções industriais em larga escala (MADRONA etal., 2008). No Brasil, o consumo de doce de leite vem crescendo a cada ano. Esse produto é largamente consumido diretamente como sobremesa ou acompanhada de pães, biscoitos, queijo e frutas. Além disso, é amplamente empregado como ingrediente para a elaboração de alimentos como confeites, bolos, biscoitos e sorvetes (DEMIATE et al., 2001). Entretanto, grande parte da produção de doce de leite se concentra em pequena escala, de forma artesanal e descontínua.
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    Manual técnico de construção e manejo de compost barn para vacas leiteiras
    (PEC - UFV, 2020) Caldato, Emília Mara Rabelo; Caldato, André; Marcondes, Marcos Inácio; Rotta, Polyana Pizzi
    O Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite (7% do total). O principal Estado produtor é Minas Gerais, com 27,10% da produção, seguido por Rio Grande do Sul e Paraná, que se alternam na segunda e na terceira posição (CONABE, 2018). Nos últimos dez anos a produção mundial cresceu 1,5%, atingindo 462, 4 milhões de toneladas por ano. Nesse mesmo período o Brasil cresceu 2,4% ao ano, sendo já um dos maiores produtores mundiais (CONABE, 2018). A produção leiteira atual vem se intensificando cada vez mais, o que se deve ao fato de que, para obter maior retorno financeiro, tem sido necessário um investimento em escalas de produção. Com maior volume de produção, normalmente se consegue melhor preço por litro e diluição dos custos fixos. Ademais, com a necessidade de maior quantidade de insumos, é possível obter melhores preços na compra deles. Dessa forma, é possível unir os principais elementos que geram eficiência na pecuária leiteira, redução de custos e aumento da receita, tanto em volumes totais quanto em valor por litro. Assim, é crescente o número de confinamentos para vacas leiteiras, pois é uma alternativa que tende a aumentar a produção média por animal, além de propiciar melhor aproveitamento das áreas agricultáveis (BEWLEY et al.,2017). Um dos sistemas de confinamento de vacas leiteiras que vêm ganhando espaço no Brasil e no mundo é o Compost Bedded Pack, comumente chamado de Compost Barn. Este sistema teve origem nos Estados Unidos da América (EUA), surgindo como uma alternativa ao principal e mais antigo sistema de confinamento: o Free Stall. A literatura reporta que o Compost Barn provavelmente tenha surgido por volta 6de 1980 no estado da Virginia, nos EUA (BEWLEY et al., 2017). No entanto,ele passou a ser mais explorado somente a partir de 2001, quando o primeiro sistema foi construído no estado de Minnesota (EUA) e, posteriormente, foi se difundindo pelos estados de Kentucky, Ohio e NovaYork (BARBERG e tal., 2007; BEWLEY et al., 2017). Porse tratar de um sistema novo, os primeiros galpões de Compost Barn foram projetados com dimensões equivalentes às utilizadas em Free Stall, pois poderia ser transformado em caso de insucesso (JANNI et al., 2007). Esse sistema surgiu com o intuito de oferecer maior conforto aos animais e reduzir problemas de casco e lesões de jarrete, comuns no Free Stall (BARBERG et al., 2007; ENDRES; BARBERG, 2007). No Brasil, o sistema Compost Barn surgiu em 2012 no Estado de São Paulo, na Fazenda Santa Andrea, projetado pelo médico- veterinário Adriano Seddon (LEITE INTEGRAL, 2012). Inicialmente, o principal motivo para implantação deste sistema foi a redução do custo de implantação quando comparado ao Free Stall. No entanto, atualmente, os galpões de Compost Barn bem projetados, que possuam um sistema de ventilação adequado, bem como dimensionamento correto, não apresentam grandes diferenças de custos de implantação em relação ao Free Stall. Contudo, visto que o primeiro atrativo desse sistema no Brasil era a redução nos custos de implantação, muitas adaptações nas instalações foram realizadas para essa redução, as quais, aliadas a práticas de manejo equivocadas, levaram ao fracasso de muitos sistemas em várias regiões do País. Por isso, ressalta-se que é preciso cautela com a implantação de um sistema considerado novo, para que não se conceba um conceito errôneo.
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    Restauração florestal
    (PEC - UFV, 2020) Martins, Sebastião Venâncio
    O crescente aumento do consumo humano no Brasil de alimentos, energia, minérios e outros tem levado a uma também crescente utilização dos recursos naturais renováveis e não renováveis. Atualmente, a palavra de ordem é a busca pela sustentabilidade ambiental das atividades produtivas, que tem como objetivo a conciliação do uso racional dos recursos naturais com o manejo sustentável e a restauração dos ecossistemas. Nesse cenário, a restauração de florestas nativas consolida-se como a principal forma de apoio ao desenvolvimento sustentável, uma vez que pode viabilizar tanto a restauração de áreas já impactadas como a compensação ambiental em outras áreas ambientalmente similares. Por meio da restauração florestal é possível atender a legislação vigente na forma de restauração de áreas de preservação permanente e reservas legais sem prejudicar as atividades produtivas de uma de terminada propriedade rural, ou seja, a restauração das florestas tende a contribuir para a melhoria da quantidade e qualidade dos produtos e dos serviços ambientais. Dessa forma, é importante divulgar os conhecimentos sobre técnicas de restauração florestal, desenvolvidos por intermédio de pesquisas científicas, para o público diretamente em contato com o meio rural, como produtores rurais e grandes empresas do agronegócio, mineradoras, geradoras de energia, entre outros.
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    Regularização ambiental no meio rural
    (PEC-UFV, 2020) Rohden, Jéssica Ferreira; Albino, Pablo Murta Baião
    Todos os dias é noticiado que as atividades humanas vêm causando danos à natureza, modificando o ambiente em que vivemos. Mas você já se perguntou o que é, de fato, o meio ambiente? De acordo com a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981), o meio ambiente é: “O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.” Assim, pode-se dizer que, o meio ambiente, na verdade, se trata de tudo aquilo que, de alguma forma, interage com os seres vivos, afetando tanto em sua vida, quanto em seu desenvolvimento. O meio ambiente pode ser dividido em três grandes conjuntos: Meio Físico: constituído de tudo aquilo que não é propriamente vivo, como as rochas, o ar, e a água; Meio Biológico: constituído de todos os organismos vivos, com exceção do homem, como as plantas, os animais e os microrganismos; Meio Antrópico: que é constituído pelo ser humano. A interação entre tudo aquilo que não é vivo, os seres vivos e o ser humano é o que constitui o meio ambiente. Isto significa que o ser humano também faz parte do meio ambiente, sendo uma peça fundamental nesse sistema, pois as atividades humanas causam grandes alterações no meio onde vivemos e em todas as formas de vida do planeta. Essas alterações causadas pela ação humana são chamadas de impacto ambiental.
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    Planejamento da usina de preservação da madeira
    (PEC - UFV, 2021) Castro, Vinícius Resende de; Castro, Paula Gabriella Surdi de; Silva, José de Castro
    Nenhuma espécie de madeira, nem mesmo aquelas de reconhecida durabilidade natural (aroeira do sertão, braúna e candeia), é capaz de resistir, indefinidamente, às variações ambientais (temperatura, umidade, substâncias químicas, poluição e radiação) e à ação de insetos e fungos. Diante desses agentes que atacam, destroem ou inviabilizam a madeira, o setor de preservação tem à disposição as UPM’s (Usina/Unidade de Preservação de Madeira), ou UTM’s (Usina/Unidade de Tratamento de Madeira), que representam a resposta moderna da técnica diante da grande demanda de produtos de madeira de alta qualidade e durabilidade e ao esgotamento das espécies de maior resistência natural. Dentre os métodos de impregnação de soluções preservativas na madeira, o método industrial que utiliza pressões superiores à pressão atmosférica é, sem dúvida, o mais eficiente, em virtude da distribuição e penetração mais uniforme do produto na peça tratada, além de maior produção, controle de qualidade, segurança de operação e controle de riscos ambientais, embora exija maior investimento de capital. Atualmente, no setor de tratamento de madeiras em sistemas de autoclave (método industrial), são utilizadas madeiras oriundas de florestas plantadas de eucalipto, pinus e, em menor quantidade, de teca. Tais madeiras já foram pesquisadas, comprovando-se a aptidão para o setor de madeira tratada/preservada.