Ciências Biológicas e da Saúde

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    Impacto das bebidas lácteas de soja (transgênica e não transgênica) e do leite de vaca em testículos e epidídimos de camundongos Balb C
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-05-29) Lozi, Amanda Alves; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://lattes.cnpq.br/3795318225080779
    Bebidas lácteas de soja, consumidas em grandes quatidades nos dias atuais, possuem alto teor de isoflavonas (30,02 mg/L a 63,6 mg/L). As isoflavonas, são compostos orgânicos naturais, não esteroides, de origem vegetal, presentes principalmente na soja (Glycine max (L) Merrill). São denominadas fitoestrógenos, possuindo estrutura química e funcional semelhante à do estrogênio. O consumo de alimentos que possuem isoflavonas esta relacionado a prevenção e redução do desenvolvimento do câncer de próstata, sendo uma das vias, a diminuição da testosterona. A testosterona é um hormônio essencial para a espermatogênese e alterações em sua concentração pode gerar danos funcionais, levando à infertilidade. Atualmente, dados fragmentados sobre os efeitos do consumo de alimentos que possuem isoflavonas, como as bebidas lácteas de soja, nos testículos e epidídimos, dificultam definir uma dose segura de ingestão diária para a espermatogênese. O objetivo deste trabalho foi avaliar sistematicamente, dados na literatura que mostrem os efeitos das isoflavonas da soja nos testículos de modelos murinos. Além disso, avaliar o impacto das bebidas lácteas de soja (transgênica e não transgênica) e do leite de vaca em testículos e epidídimos de camundongos Balb C adultos, durante 42 dias, nos testículos e epidídimos. A revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes do PRISMA, utilizando uma busca estruturada em três bases de dados, recuperando e analisando 22 estudos originais. As isoflavonas mais utilizadas nos trabalhos avaliados foram a genisteína/daidzeína conjugadas e seu consumo altera negativamente a função das células de Leydig, podendo levar à infertilidade em modelos murinos. No estudo experimental, após o período de tratamento, os animais foram anestesiados e pesados. Os testículos e epidídimos foram removidos, dissecados e pesados, para análises posteriores. Fragmentos testiculares e epididimários foram processados para microscopia de luz. Os resultados foram comparados pelo teste Student Newman-Keuls (p<0.05). O tratamento com bebidas lácteas de soja resultou em diminuição do peso corporal. Os níveis séricos de testosterona permaneceram inalterados durante um ciclo espermatogênico. Entretanto, nos testículos, o tratamento as bebidas lácteas de soja causaram alterações morfológicas nas células de Leydig, não excluindo seu efeito na produção de testosterona após um período maior de tratamento. O Leite de vaca causou aumento do diâmetro e área de túbulo e diminuição do diâmetro e área de lume. No epidídimo, o tratamento com as bebidas lácteas de soja resultou no surgimento de vacuolização no epitelio e redução dos túbulos normais nas regiões do segmento inicial e corpo. Concluimos que altas doses de isoflavonas alteram negativamente o funcionamento das células de Leydig, induzindo alterações testiculares, levando à infertilidade em modelos murinos. No estudo experimental, as bebidas lácteas de soja por um ciclo do epitélio seminíferos causa alterações morfológicas nas células de Leydig, além de alterações na histologia epididimária. O leite de vaca pode afetar a espermatogênese, uma vez que diminuiu o epitélio. Alterações na estrutura ou função do testículo e epidídimo pode gerar graves consequências para a reprodução. Nosso estudo pode contribuir para a utilização das bebidas lácteas de soja e leite de vaca serem consumidos garantido a saúde reprodutiva masculina. Palavras-chave: Soja. Isoflavonas. Fitoestrógenos. Reprodução. Machos.
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    Semente pirata de soja no Mato Grosso: análise da utilização e da legislação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-04-07) Vicenzi, Rodrigo; Silva, Orlando Monteiro da; http://lattes.cnpq.br/0500457148438519
    O estado de Mato Grosso é responsável por 27% da produção da soja cultivada no Brasil e tem na atividade da sojicultura a base de sua economia. A implantação de um cultivo de soja comercial é feita em sua totalidade com a utilização de sementes, que devem ser produzidas de acordo com o que estabelece a Lei n. 10.711/2003 e o Decreto n. 5.153/2004. Ocorre que, de acordo com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas – ABRASEM, a taxa de utilização de sementes certificadas na safra 2017/2018 foi de apenas 75%. Diante do quadro atual, este trabalho buscou quantificar o uso de sementes piratas no estado de Mato Grosso e analisar a legislação atual que rege o tema, de modo a identificar falhas no texto dos dispositivos legais que beneficiem os infratores e dificultem a ação da fiscalização. Dos 9.424.685 hectares de soja plantados no estado de Mato Grosso na safra 2017/2018, 1.055.338 hectares, equivalentes a 11,2% do total, foram cultivados utilizando sementes piratas. Ainda, outros 13,8% são cultivados com sementes reservadas para uso próprio, produzidas legalmente pelo próprio produtor rural. A legislação federal de sementes, Lei n. 10.711/2003 e Decreto n. 5.153/2004, está desatualiza, não prevendo apreensão de material suspeito e sendo brandas na aplicação de penalidades quando do cometimento de infração de comércio ou utilização de sementes piratas. Assim, foram elaborados artigos para envio aos órgãos de defesa, sugerindo alterações na legislação. Espera- se que isso possa sanear os problemas relacionados à fiscalização de sementes no usuário, com a inclusão da apreensão como medida cautelar, inclusão de características para considerar um material suspeito e forma de determinação do valor comercial do produto irregular, que é o parâmetro utilizado para a aplicação de penalidade pecuniária. Palavras-chave: Pirataria. Legislação. Soja.
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    A superexpressão de GmbZIPE2 em protoplastos de soja sugere um papel regulador da expressão de genes da fotossíntese e da via de biossíntese de fenilpropanóides
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-11-30) Gonçalves, Amanda Bonoto; Fietto, Luciano Gomes; http://lattes.cnpq.br/9080276580537208
    A modulação da transcrição gênica é fundamental para a formação de uma resposta de defesa eficaz em plantas sob estresses. Os mecanismos de modulação são regulados principalmente por fatores de transcrição. A família de fatores de transcrição com domínio básico de zíper de leucina (bZIP) é relacionada com vários processos na planta, dentre eles a fotossíntese e estresse abiótico e biótico, e são divididos em 12 grupos em soja. GmbZIPE2 (Glyma05g168100) é um membro do grupo E da família bZIP de Glycine max, e membros desse grupo ainda não foram caracterizados nesta espécie. O gene GmbZIPE2 de soja tem sua expressão alterada em resposta à infecção fúngica e ao tratamento com fitormônios de defesa. A proteína GmbZIPE2 é capaz de se ligar ao cis- elemento H-box in vitro e ativar a transcrição da chalcona sintase CHS8, importante enzima da via de biossíntese de fenilpropanoides. Além disso, GmbZIPE2 interage com duas proteínas relacionadas à fotossíntese e estresse oxidativo. Neste estudo foi realizado o transcriptoma de protoplastos de folhas de soja superexpressando GmbZIPE2 a fim de se obter mais informações sobre a função desse fator de transcrição. A maior porcentagem de genes ativados pela superexpressão de GmbZIPE2 estão relacionados com fotossíntese. Um número expressivo de genes ativados são fatores de transcrição, dentre eles dois WRKY33, gene que é relacionado a indução da produção de fitoalexinas na defesa contra patógenos. Nossos resultados sugerem que GmbZIPE2 possui um papel regulador na via de biossíntese de fitoalexinas e na fotossíntese, mais especificamente, no controle de estresse oxidativo.
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    Metabolômica de plantas transgênicas de soja (Glycine max L. Merril) expressando BiP em resposta a inoculação com Pseudomonas syringae pv. tomato
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-24) Rodrigues, Juliano Mendonça; Ramos, Humberto Josué de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/5196583036930660
    O Brasil é o segundo produtor mundial de soja. Porém, estresses bióticos e abióticos tem limitado a expansão da produtividade. Nosso grupo de pesquisa do LBMP, BIOAGRO-UFV, tem observado que plantas transgênicas superexpressando BiP (Binding protein), chaperona com atividade associada à via UPR (unfolded protein response) e à modulação de eventos de PCD (programmed cell death), são mais tolerantes à seca pela manutenção da homeostase celular e retardo do acionamento da PCD. Dos fitopatógenos, a Pseudomonas syringae pv. tomato provoca reação de hipersensibilidade na soja, uma vez que a interação planta-bactéria é incompatível. Neste trabalho, foi caracterizado o perfil metabólico dos genótipos transgênico superexpressando BiP (C9) e selvagem (WT) por GC-MS. Foram também avaliados por LC-MS, a abundância de fito-hormônios e alguns metabólitos secundários alvos em resposta à interação de soja com P. s. pv. tomato para determinar alterações metabólicas nestes genótipos relacionadas com o fenótipo de morte celular e reações de hipersensibilidade. O acúmulo de aminoácidos, açúcares e ácidos orgânicos pode estar relacionado ao controle de danos ocasionado pelo estresse biótico, sendo menor em C9 devido à capacidade de BiP em manter a homeostase celular. Compostos como di- hidroesfingosina (DHS) e gama-aminobutirato (GABA) podem estar envolvidos com mecanismos de PCD em células visando restringir a colonização do tecido foliar por bactérias. Além disso, observou-se uma tendência para o aumento de ácido salicílico (SA) e ácido jasmônico (JA), embora os níveis de ácido abscísico (ABA) em C9 tenham sido menores, indicando o papel antagonista do ABA na via de sinalização mediada por SA/JA e síntese de fitoalexinas ao longo da infecção bacteriana. A considerável importância do SA e JA, que disparam vias de sinalização de controle microbiano, em C9 possivelmente está no controle negativo da PCD por BiP, que impede a contenção do patógeno por esta via. As concentrações de metabólitos secundários, por sua vez, sofreram o maior incremento ao longo do tempo, sobretudo daidzeína e genisteína, sendo maior em C9. Este acréscimo pode estar associado com as propriedades antimicrobianas das isoflavonas. Por isso, em plantas C9, a superexpressão de BiP atrasa a via de PCD, impedindo a contenção da colonização bacteriana em tempo hábil, sendo a ação antimicrobiana o mecanismo de resposta predominante em C9, ao passo que em WT predomina a via de PCD.
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    Estudo da resistência à seca em soja: avaliações fisiológicas, metabólicas e moleculares
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-15) Silva, Adinan Alves da; Ribeiro, Cleberson; http://lattes.cnpq.br/6203817648437023
    A soja é a principal planta leguminosa cultivada no mundo. A elevada demanda pela soja se justifica na importância do seu grão para a alimentação humana e animal. Entretanto, o seu rendimento pode ser afetado pelos estresses abióticos, sendo a seca o fator ambiental mais impactante na sua produtividade. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar e caracterizar linhagens de soja contrastantes para a resistência à seca, mediante avaliações fisiológicas, bioquímicas e moleculares. Quatro genótipos de soja foram utilizados nos experimentos: cultivar Embrapa 48 (E48), referencial de tolerância ao déficit hídrico e 3 linhagens provenientes do Programa de Melhoramento da Soja da Universidade Federal de Viçosa, previamente caracterizadas como sensível (11644) e tolerantes (11377 e 13241) ao déficit hídrico. As plantas foram avaliadas em três condições: 1) plena irrigação (controle), 2) déficit hídrico (DH) após suspensão da irrigação do solo até atingir potencial hídrico foliar na antemanhã de -1,5 MPa, e 3) reidratação por 3 dias (RH), posterior ao déficit hídrico. Os genótipos 11644, 11377 e E48 alcançaram o potencial hídrico de -1,5 MPa após 8 dias de suspensão da irrigação, contra 10 dias na linhagem 13241. Menor área foliar constitutiva e maior incremento na concentração de ácido abscísico (ABA) foliar permitiram a linhagem 13241 exibir a menor redução no Teor Relativo de Água (TRA), após o déficit hídrico. De maneira inversa, a linhagem 11644 apresentou as maiores reduções no TRA e suculência foliar. O processo fotossintético foi igualmente inibido pelo déficit hídrico em todos os genótipos. Porém, o cultivar tolerante E48 exibiu maior incremento na eficiência no uso da água (EUA). O acúmulo de osmolitos foi mais expressivo nas linhagens 11377 e 13241. Nas análises dos componentes antioxidativos, a linhagem 11644 obteve maiores incrementos na concentração de espécies reativas de oxigênio (ROS), maior nível de peroxidação de lipídios e menor atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT) e dismutase do superóxido (SOD). Adicionalmente nessa linhagem, a glutationa teve limitada atuação contra o estresse oxidativo induzido pelo déficit hídrico. Na linhagem 13241, maiores incrementos na atividade da CAT, SOD, peroxidase do ascorbato (APX) e peroxidase da glutationa (GPX) indicam a participação efetiva dessas enzimas antioxidantes na defesa contra o estresse. No cultivar E48, metabólitos antioxidantes, como a glutationa e ascorbato, demonstraram papel mais importante. A partir desses resultados, pôde-se corroborar que dentre as linhagens, a 11644 foi a mais sensível ao déficit hídrico, enquanto a 13241 foi a mais tolerante. Por essa razão, a linhagem 11377 foi excluída das análises de perfil metabólico e expressão gênica. A avaliação do perfil metabólico demonstrou que a resposta dos genótipos ao déficit hídrico foi direcionada para o ajustamento osmótico, pelo aumento dos aminoácidos, carboidratos e poliaminas. Contudo, não foi possível por meio do perfil metabólico discernir níveis de tolerância ao déficit hídrico entre os genótipos. A análise da expressão gênica via PCR real time foi realizada somente com as linhagens 11644 e 13241. Os resultados não apresentaram diferenças significativas para a maioria dos genes avaliados, mas foi possível identificar um padrão evidente de resposta ao se observar as médias dos resultados. Genes diretamente envolvidos com: mecanismos de resistência à seca, biossíntese do ABA, defesas antioxidantes e fatores de transcrição responsivos a estresses, apresentaram aumento na expressão na linhagem 13241. Em conclusão, a linhagem 13241 apresenta maior tolerância ao déficit hídrico em comparação a 11377, e ainda, se equipara na maioria das respostas com aquelas apresentadas pelo cultivar E48. Por outro lado, os resultados evidenciam que a linhagem 11644 se mostra sensível ao déficit hídrico. Conclui-se também que a reidratação das plantas por 72 horas propiciou a recuperação da maioria dos parâmetros fisiológicos e bioquímicos para os mesmos níveis do tratamento controle. Todos esses resultados são importantes para a identificação e caracterização de mecanismos de tolerância de plantas cultivadas, que posteriormente poderão ser utilizados em Programas de Melhoramento da Qualidade da Soja, visando à geração de genótipos mais resistentes à seca.
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    Alterações fisiológicas induzidas pelo deficit hídrico no estádio reprodutivo da soja com reflexo sobre a produtividade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-17) Rosa, Vanessa do Rosário; Ribeiro, Cleberson; http://lattes.cnpq.br/3160805988566324
    As mudanças climáticas têm causado alterações no regime das chuvas e gerado transtornos na produção da soja. A soja está entre as principais atividades econômicas do mundo, abastecendo o mercado com óleo e proteína extraídas das suas sementes. Para atender à sua crescente demanda é preciso aumentar a produção, mesmo em de déficit hídrico. Quando as plantas são expostas as situações estressantes apresentam integração de diversas respostas a níveis morfológico, molecular e fisiológico. O objetivo deste trabalho foi entender como estes mecanismos atuam na manutenção da produtividade de linhagens de soja, quando o déficit hídrico ocorre no estádio reprodutivo R4 que é o período de maior demanda água pela planta. Foram utilizadas as linhagens Vx-08-10819 e Vx-08-11614, do Programa de Melhoramento da Qualidade da Soja do BIOAGRO/UFV, após a exposição ao déficit hídrico, a primeira manteve níveis normais de produtividade e a segunda apresentou queda na produtividade. As plantas foram germinadas em substrato próprio para plantas e posteriormente transplantadas para vasos com solo, cultivados em casa de vegetação com monitoramento de temperatura e umidade. As plantas foram mantidas por três dias a três diferentes capacidades de campo: controle (100%), moderado (60%) e severo (40%), e então reidratadas por dois dias. As avaliações ocorreram após os três dias de exposição ao estresse e a reidratação. Foram avaliados o potencial hídrico foliar, análises fenotípicas, parâmetros de trocas gasosas e fluorescência da clorofila, pigmentos fotossintéticos, peroxidação lipídica, enzimas do sistema antioxidativo, acúmulo de moléculas osmoprotetoras, produtividade e qualidade da semente. A linhagem Vx-08-10819 por apresentar melhor desempenho fotossintético, maior controle estomático, mecanismo protetores contra danos foto-oxidativos mais eficientes, menor peroxidação lipídica, maiores atividades das enzimas anti-oxidativas e manutenção da produtividade, foi considerada tolerante. A linhagem Vx-08-11614 apresentou maior direcionamento de fotoassimilados para o crescimento vegetativo, maior área foliar e área foliar especifica, menor desempenho fotossintético, menor controle estomático, mecanismo protetores contra danos foto-oxidativos pouco eficientes, maior peroxidação lipídica, menores atividades das enzimas anti-oxidativas e perdas de produtividade nos tratamentos moderado e severo, e por estes motivos foi denominada sensível.
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    Caracterização molecular de genes que codificam a proteína BiP de soja e análise funcional de seus promotores
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-08-09) Buzeli, Reginaldo Aparecido Alves; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista
    A proteína BiP (Binding Protein) está envolvida no dobramento correto de proteínas secretórias e retenção no RE de proteínas dobradas ou montadas incorretamente. BiP também atua auxiliando na solubilização de agregados protéicos durante períodos de estresses. Dois clones de BiP de soja, denominados gsBiP6 e gsBiP9, foram isolados a partir das bibliotecas genômicas provenientes dos fagos λEMBL3 e λZAP II, respectivamente. Os promotores de gsBiP6 e gsBiP9 possuem cis-elementos gerais, característicos de promotores de genes de plantas, como as seqüências de transcrição CAAT e TATA, e cis-elementos que respondem a estresses do retículo endoplasmático (ERSE), além de elementos G-box. Os promotores de BiP foram fusionados ao gene repórter gus e usados para transformar Nicotiana tabacum via A. tumefaciens. Análises histoquímicas de plantas transformadas com as construções -358pbip6-gus ou -2200pbip9-gus revelaram que os promotores de BiP produziram um padrão uniforme de expressão de GUS em folhas, caules e raízes. Intensa atividade histoquímica de GUS foi observada nos feixes vasculares de folhas, caule e raízes e em regiões de traço foliar, assim como, no meristema apical, local onde ocorre intensa divisão celular. Este padrão de distribuição espacial da atividade de GUS sugere estar correlacionado com uma expressão desses genes em tecidos que apresentam alta atividade celular secretória e alta proporção de células em um processo ativo de divisão celular. Coerente com esta observação, a atividade histoquímica de GUS é muito menos intensa no parênquima xilemático. Deleções do promotor de gsBiP6 foram conduzidas na orientação 5’-3’ (- 138pbip6-gus) e no interior do clone Δ(-226/-82)pbip6-gus. Análise dessas deleções em plantas transformadas, identificaram 2 domínios regulatórios cis-atuantes, denominados CRD1 (-358 a -226) e CRD2 (-226 a -82). A região CRD1 exibe atividade de enhancer, já que foi capaz de restaurar altos níveis de expressão basal do gene repórter gus, quando ligada à extremidade 5’ na posição -82 do promotor de BiP6. A região CRD2 contém tanto cis -elementos regulatórios positivos quanto cis -elementos negativos que contribuem para o padrão tecido-específico de expressão controlado pelo promotor de gsBiP6. A expressão do gene repórter na região do procâmbio em raízes, no meristema apical e no floema de caule foi absolutamente dependente da região CRD2. Em contraste, deleção de CRD2 resultou em acúmulo acentuado de atividade de GUS no parênquima xilemático. A ativação dos promotores BiP6 e BiP9 em resposta ao acúmulo de proteínas anormais no retículo endoplasmático (UPR) e em respostas a estresse osmótico foi avaliada em discos foliares transgênicos. Tratamento dos discos foliares com tunicamicina, ativador da via UPR, e com PEG, indutor de um estresse osmótico, induziu a expressão de GUS, sob o controle do pro motor BiP6 e do promotor BiP9. A deleção da região CRD2 (-226 a -82) no promotor BiP6 causou a perda da inducibilidade da expressão gênica em resposta a tunicamicina e PEG, indicando que CRD2 contém elementos cis-atuantes de resposta a estresse. De fato, dois cis-elementos conservados atuantes na via UPR (UPRE) foram identificados na região CRD2. Coletivamente, estes resultados sugerem que o controle da expressão de BiP em plantas depende de uma complexa integração de múltiplos cis-elementos regulatórios no promotor.
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    Trocas gasosas, fluorescência e níveis de carboidratos em cultivares de soja submetidos a défices hídrico e de fósforo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-11-06) Bezerra, Marlos Alves; Mosquim, Paulo Roberto; http://lattes.cnpq.br/4787543991573578
    Plantas de soja (Glycine max (L.) Merril) foram cultivadas em casa de vegetação, em substrato de solo e areia. Os experimentos foram em fatorial 2 x 2 x 2. O primeiro nível refere-se aos cultivares utilizados (UFV-18 e Doko RC), o segundo à concentração de P (25 mg e 250 mg P dm -3 de substrato) e o terceiro, o estado hídrico da planta (plantas mantidas permanentemente irrigadas e plantas submetidas a déficit hídrico quando as vagens começaram a ser formadas - R3). Um grupo de plantas foi utilizado para a avaliação do efeito do déficit hídrico e um outro grupo para avaliação dos efeitos do ressuprimento de água. Verificou- se redução da taxa fotossintética líquida sob condições de deficit de água. A deficiência hídrica não alterou a eficiência quântica do fotossistema II, medido pelas razões Fv/Fm, Fv’/Fm’ e φFSII, e nem a dissipação não-fotoquímica (qNP), exceto quando em interação com a deficiência de fósforo. Em função do déficit hídrico, ocorreram diminuição na condutância estomática e na taxa transpiratória. O teor de amido foliar foi reduzido e a atividade da pirofosforilase do ADPG não foi alterada, enquanto os teores de açúcares não-redutores, redutores e solúveis totais foram aumentados em função da deficiência hídrica. A massa seca das folhas e da parte aérea das plantas só sofreu redução nas plantas do cultivar Doko RC cultivadas no nível mais alto de fósforo. Sob deficiência de fósforo, a queda da taxa fotossintética líquida foi acompanhada por redução na eficiência quântica fotoquímica e por aumento na dissipação não-fotoquímica da energia radiante. Grande parte dessa dissipação não-fotoquímica foi na forma de calor. O efeito da deficiência de fósforo na condutância estomática foi ambivalente, a razão C i /C a aumentou, enquanto o teor de Pi foliar foi drasticamente reduzido e os teores de clorofilas sofreram redução apenas no cultivar Doko RC. Sob déficit de fósforo, os teores de amido foliar e a atividade da pirofosforilase do ADPG foram aumentados e, de maneira geral, os teores de açúcares não-redutores, redutores e solúveis totais não foram alterados. Ocorreram ainda, reduções acentuadas da massa seca das folhas e da parte aérea das plantas. A reirrigação praticamente não afetou os mecanismos dissipativos da energia não-fotoquímicos. Após a reirrigação, houve recuperação da taxa fotossintética líquida, da condutância estomática, da taxa transpiratória e da relação C i /C a , com valores iguais aos das plantas-controle. Também, os teores de todos os açúcares analisados foram semelhantes após a reirrigação, com exceção das plantas que sofreram deficiências combinadas.
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    Fixação de nitrogênio, atividade enzimática e isolamento de um cDNA de lipoxigenases do sistema radicular de soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-12) Junghans, Tatiana Góes; Moreira, Maurílio Alves; http://lattes.cnpq.br/9916700465794364
    Linhagens de soja triplo nulas (desprovidas das lipoxigenases da semente) foram comparadas com as variedades comerciais elite que lhe deram origem quanto à capacidade de nodulação e fixação de nitrogênio. Os resultados indicaram que as isoenzimas de lipoxigenases das sementes não são fatores determinantes na formação de nódulos e na fixação de nitrogênio. Utilizando-se as linhagens Doko normal e Doko triplo nula, inoculadas e não inoculadas, foram avaliados os valores de K M app , atividade e "immunoblotting" de lipoxigenases em raízes coletadas a 0, 2, 6, 10, 15 e 25 dias após emergência e em nódulos coletados a 10, 15 e 25 dias após emergência. Os valores de K M app para raiz e para nódulo de Doko normal e Doko triplo nula indicaram que a eliminação genética das lipoxigenases das sementes não afetou a expressão das lipoxigenases nestes órgãos. Os valores de K M app para nódulo sugerem que o "pool" de lipoxigenases expresso neste órgão é o mesmo nestas duas linhagens no período estudado. A atividade de lipoxigenases nas raízes das linhagens Doko normal e Doko triplo nula, inoculadas e não inoculadas, declinou com o passar do tempo. A maior atividade de lipoxigenases no início de formação de raiz, sugere o envolvimento desta enzima no crescimento e desenvolvimento deste órgão. Contudo, para nódulo ocorreu um aumento acentuado na atividade de lipoxigenase aos 25 dias após emergência, em um estádio de desenvolvimento no qual tem-se baixa taxa de crescimento e alta taxa de fixação de nitrogênio, sugerindo que lipoxigenase expressa no nódulo estaria envolvida com o armazenamento de nitrogênio. Dois grupos de mobilidade com aproximadamente 94 e 97 KDa foram encontrados nos "immunoblottings" para lipoxigenases de raiz e de nódulo. A intensidade das bandas imuno-reativas em raiz e em nódulo confirmaram os resultados obtidos com atividade de lipoxigenase, sugerindo que as variações de atividade desta enzima nestes órgãos são, principalmente, devido às variações no teor desta enzima. Utilizando-se dois "primers" específicos para amplificar prováveis fragmentos de PCR de lipoxigenase, a partir de cDNA de nódulo e de raiz de plantas de soja da variedade Doko, obteve-se uma amplificação diferencial, indicando a expressão de, pelo menos, uma forma distinta de lipoxigenase na raiz, não expressa no nódulo. Um fragmento de PCR proveniente de cDNA do nódulo foi clonado e seq ü enciado. A seq ü ência de aminoácidos deste clone, revelou ser proveniente de um novo membro da família multigênica de lipoxigenase de soja, com possível envolvimento no armazenamento temporário de nitrogênio.
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    Resposta das enzimas digestivas de percevejo-marrom Euschistus heros na interação com cultivares resistente e susceptível de soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-24) Ferreira, Thayara Hellen Maltez; Oliveira, Maria Goreti de Almeida; http://lattes.cnpq.br/9358700862272467
    A grande extensão de área com cultura de soja intensificoua ocorrência de diversas pragas, dentre elas, o percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Pentatomidae). Os danos desta praga vêm se tornando cada vez mais expressivos, devido ao seu aumento populacional, manejo inadequado e resistência a inseticidas, o que resulta em perda de produtividade. As plantas apresentam mecanismos de defesa contra os insetos e, por sua vez, estes tentam burlar estas defesas. Estudos sobre a interação inseto/planta têm sido realizados analisando a via de defesa da planta e/ou enzimas digestivas das pragas. Entretanto, não há relatos sobre enzimas digestivas presentes no intestino e nas glândulas salivares do percevejo- marrom após interação com a soja, ao longo do tempo. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o perfil das enzimas presentes no intestino médio e nas glândulas salivares após serem alimentados com as cultivares IAC 24 (resistente) e IAC Foscarin 31 (susceptível). Sendo este o início dos estudos em relação ao controle desta praga com base em aspectos bioquímicos. Plantas, no estágio R5, foram infestadas com machos do percevejo. As avaliações foram realizadas em diferentes tempos de alimentação (0, 24, 48, 72 e 96 horas). Após cada tempo, retirou-se os intestinos e as glândulas salivares. As atividades das enzimas proteolíticas, amilase e lipase, foram realizadas de acordo com protocolos específicos. Tanto no intestino como nas glândulas salivares não foi detectada atividade de cisteíno proteases. No intestino médio, a atividade de proteases totais apresentou diferença para tempo, cultivar e interação cultivar x tempo. A amilase foi diferente somente para o tempo e lipase diferiu no tempo e na interação. Nas glândulas salivares, a atividade de proteases totais apenas diferiu em relação às cultivares analisadas. A amilase mostrou significância tanto para o tempo quanto para a interação e lipase foi significativa para as três fontes de variações avaliadas. Assim, observou- se o comportamento das enzimas responsivo a alimentação com os distintos cultivares. Estudos mais aprofundados são necessários para entender o porquê das oscilações registradas nas condições analisadas.