Ciências Biológicas e da Saúde

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    Análises in silico das proteínas de superfície e secretadas de Staphylococcus aureus para discriminar entre as mastites bovina clínica e subclínica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-26) Rocha, Lis Souza; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/6648940980655820
    Staphylococcus aureus é uma das principais bactérias causadoras da mastite bovina, uma doença predominante nos rebanhos leiteiros. A mastite bovina pode se manifestar de forma clínica, onde os sinais de inflamação são observados, ou de forma subclínica, sem sintomas aparentes, e que frequentemente evolui para a cronicidade. Os genomas de quatro isolados de S. aureus causadores de mastite bovina subclínica (170, 302, 1269, 1364) foram sequenciados por nosso grupo e foram contrastados com os genomas de duas cepas isoladas de mastite clínica (S. aureus RF122 e S. aureus N305) para identificar diferenças que pudessem ser ligadas à mastite subclínica. Não foi possível associar a presença de fatores de virulência ao tipo de manifestação. Mais genes relacionados à produção de enterotoxinas foram encontrados no genoma de S. aureus RF122. Os genes que codificam a toxina 1 da síndrome do choque tóxico (tsst-1), a variante bovina da enterotoxina C (secbov), a enterotoxina t e dois homólogos da streptolisina S de Streptococcus pyogenes foram exclusivos da cepa RF122. A presença de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genomas subclínicos foi averiguada comparando 33 genes que codificam fatores de virulência com seus ortólogos em S. aureus RF122. SNPs não sinônimos foram encontrados nos genes clfa (fator de aglutinação A), srta (sortase A) e sspa (protease). Uma proteína transportadora (cl3316) foi identificada in silico como exclusiva das cepas subclínicas. Diferentes programas de predição foram utilizados para a identificação das proteínas de superfície e secretadas das seis cepas, as quais foram usadas na construção de um plot de escala multidimensional (MDS). Os resultados mostraram alta similaridade entre as proteínas das cepas estudadas. Pela inspeção visual, identificaram-se dois grupos de ortólogos, cl3309 e cl3700, correspondentes a uma proteína hipotética e a uma lipoproteína, respectivamente, que possuem regiões de maior similaridade entre as clínicas ou subclínicas. Os dados encontrados in silico foram validados pela reação em cadeia da polimerase em isolados bacterianos coletados em fazendas leiteiras. Todos os isolados subclínicos foram corretamente identificados com os primers desenhados para as cepas subclínicas, porém existe a necessidade de redesenhar novos primers para a correta discriminação dos isolados clínicos.
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    Atividades antibacteriana e antivirulência de extratos de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica sobre Staphylococcus aureus
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-21) Almeida, Ayla das Chagas; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/9104749461899850
    Staphylococcus aureus é um patógeno que causa diferentes patologias em humanos e animais. A bactéria produz vários fatores de virulência que desempenham papel determinante no estabelecimento das infecções e intoxicações. O desenvolvimento de novas estratégias de combate às bactérias é necessário, visto o crescente aumento mundial da resistência aos antibióticos convencionais. Nos últimos anos, tem se questionado se promover a diminuição na produção de toxinas, fatores de secreção e adesão não seria uma estratégia eficaz no combate a infecção. A Mata Atlântica é um importante bioma para a pesquisa de compostos bioativos. Pela crescente ameaça imposta às poucas áreas remanescentes corre-se o risco de perda de espécies vegetais que são fontes de produtos naturais com atividades biológicas ainda desconhecidas. Neste trabalho, avaliou-se a ação 99 extratos orgânicos e aquosos de 25 espécies arbóreas da Mata Atlântica sobre Staphylococcus aureus ATCC 29213. Um total de 29 extratos apresentou atividade antibacteriana, com destaque para o extrato orgânico de folhas de Maclura tinctoria (11FO). O fracionamento biomonitorado desse extrato permitiu a obtenção da fração diclorometano (11FO d), que exibiu forte atividade in vitro sobre isolados veterinários de S. aureus e ação protetora em lagartas Galleria mellonella infectadas com S. aureus ATCC 29213. A fração 11FO d não afetou a superfície bacteriana e não promoveu danos a estrutura da membrana celular. Os 70 extratos vegetais que não tiveram atividade antibacteriana foram avaliados quanto ao potencial antivirulência. Um total de 33 extratos interferiu na atividade hemolítica de S. aureus ATCC 29213, enquanto 14 diminuíram a formação de biofilme de S. epidermidis NRS101 (ATCC 35983), considerada forte produtora de biofilme. Os extratos orgânicos de galhos das espécies Casearia sylvestris e Siparuna guianenses inibiram esses dois fatores de virulência. Concentrações subinibitórias desses extratos interferiram na hemólise e na formação do biofilme por isolados veterinários de S. aureus. A expressão do gene que codifica a α-hemolisina (hla) e do gene RNAIII, regulador da expressão de fatores de virulência de S. aureus, também foi reduzida, confirmando o potencial dos extratos estudados.
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    Caracterização molecular de estirpes de Staphylococcus aureus de mastite bovina e atividade anti-biofilme de uma lectina tipo C
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-18) Klein, Raphael Contelli; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/7185650565356570
    Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos responsáveis à mastite bovina subclínica que, frequentemente, evolui para a forma crônica. A caracterização de cepas circulantes em rebanhos leiteiros é importante para o desenvolvimento de métodos de diagnóstico precoces e identificação de marcadores de prognóstico. Esse trabalho foi dividido em três capítulos. No capítulo I, isolados bovinos coletados em diversas fazendas dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro foram caracterizados com base em características moleculares e fisiológicas. Observou-se a predominância do spa t605 e do grupo agr tipo II sobre os demais. A maioria dos isolados apresentou moderada produção de biofilme e uma alta sensibilidade aos antimicrobianos testados. Esses resultados aumentam o conhecimento sobre as cepas disseminadas em rebanhos brasileiros e contribuem para definição de estratégias de combate à mastite no país. No capítulo II, realizou-se uma busca por marcadores de prognóstico em 285 isolados de S. aureus originários do Canadá. Os isolados foram coletados de animais com manifestação de mastite clínica ou subclínica, ao longo do ciclo lactacional da vaca, sendo a persistência validada por método molecular. Os isolados que persistiam do período seco até a próxima lactação produziram mais biofilme que os não persistentes. Os isolados clínicos foram menores produtores de biofilme quando comparados aos isolados subclínicos. A produção de biofilme foi inversamente porporcional à expressão do gene hld. Dezoito tipos de spa foram encontrados, sendo o t529 o mais predominante. Para os isolados em lactação, o gene seg foi associado com a redução da chance da bactéria ser persistente. No capítulo III, uma busca por substâncias com atividade antipatogênica em veneno de Bothrops jararacussu foi realizada. Frações obtidas por cromatografia de exclusão molecular mostraram atividade anti-biofilme quando testadas sobre S. aureus e S. epidermidis. Espectrometria de massas identificou uma lectina que foi purificada por cromatografia de afinidade, cuja atividade anti-biofilme foi comprovada sobre diferentes espécies de bactérias causadoras de mastite bovina. Esse trabalho revelou uma nova atividade biológica para lectinas do tipo C, que pode ser testada como estratégia complementar no combate de infecções causadas por S. aureus.
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    Mastite bovina: avaliação de antígenos de Staphylococcus aureus para diagnóstico e o papel do regulador LysR na interação patógeno-hospedeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-19) Klein, Mary Hellen Fabres; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/7789291493996522
    Infecções intramamárias causadas por Staphylococcus aureus são em sua maioria de natureza subclínica e evoluem frequentemente para persistente. O diagnóstico preciso dos animais infectados é fundamental para evitar a dissiminação do patógeno e prevenir o surgimento de novas infecções. A cultura bacteriológica é utilizada como padrão-ouro na identificação de patógenos causadores de mastite, mas a demora na obtenção de resultados ainda é um grande entrave. Os imunoensaios são uma abordagem alternativa para o diagnóstico que podem ser rápidos, específicos e, em alguns casos, realizados em campo. Na busca por marcadores para o diagnóstico da mastite bovina causada por S. aureus, avaliou- se a capacidade de três proteínas na identificação da bactéria em amostras de leite mastítico. O potencial de IsaA e Nuc para o immunodiagnóstico de S. aureus de origem bovina foi mostrado, embora seja necessária a padronização do método para que a sensibilidade aumente. Sugere-se que apenas uma região da proteína seja usada no teste. Neste trabalho, o papel de um regulador transcricional putativo da família LysR (SAB2209) também foi avaliado para expandir nosso conhecimento sobre os mecanismos envolvidos na patogênese de S. aureus. A superexpressão de LysR afetou a formação de biofilme e a susceptibilidade a estresse oxidativo, no entanto sem afetar o crescimento bacteriano e hemólise. LysR também reduziu a colonização da bactéria em ensaios ex vivo e in vivo. Análise do transcriptoma mostrou que 34,8% dos genes de S. aureus RF122 foram alterados em resposta à superexpressão de SAB2209. O gene sortase A (srtA), que codifica uma transpeptidase que ancora adesinas na parede da célula, e os genes tagX e tagB, envolvidos na produção de ácido teicóico foram reduzidos 3,0; 7,3 e 11,2 vezes, respectivamente. Em contraste, a transcrição dos genes responsáveis pela biossíntese de purinas e adenosina sintase (adsA) foi estimulada. Os nossos resultados sugerem que SAB2209 influencia passos iniciais para a colonização de S. aureus e evasão do sistema imune do hospedeiro, através da alteração da expressão de genes associados com a função da parede celular e estratégias evasivas.
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    Staphylococcus coagulase positiva e Staphylococcus aureus resistentes a antibióticos em cadeia produtiva de carne suína
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-11-13) Botelho, Clarisse Vieira; Nero, Luís Augusto; http://lattes.cnpq.br/9067172078610141
    A cadeia produtiva de carne suína está susceptível a diferentes fontes de contaminação microbiológica em diferentes etapas, desde a produção primária até o processamento de produtos finais. Considerando o contexto atual de comércio internacional de produtos, o controle de eventuais perigos microbiológicos deve ser efetivo, visando a inocuidade dos produtos finais e segurança do consumidor. Em relação a carne suína, Staphylococcus coagulase positiva (SCP) possui grande importância por serem importantes indicadores das condições de manipulação, e também por indicarem a presença de S. aureus, que na cadeia produtiva de suínos possui relevância pela possibilidade de carrear genes de resistência a diferentes antimicrobianos nos produtos finais e consumidores. O objetivo desse estudo foi rastrear a contaminação por SCP e S. aureus resistentes a antimicrobianos na cadeia produtiva de carne suína. Duas granjas de criação de suínos (ciclo completo) e um frigorífico foram selecionados para coleta de 603 amostras ao longo da cadeia produtiva de carne suína (1 - Granjas: baia de terminação, n = 18; 2 - Abate: carcaça após sangria, n = 90; carcaça após chamuscamento, n = 90; carcaça após evisceração, n = 90; carcaça após lavagem, n = 90; 3 - Processamento: faca limpa, n = 27; faca durante processamento, n = 27; mãos limpas, n = 27; mãos durante processamento, n = 27; mesa limpa, n = 27; mesa durante processamento, n = 27; 4 - Produtos finais: costela, n = 18; paleta, n = 18; pernil, n = 18; linguiça, n = 9), que foram submetidas a enumeração de SCP, e posterior isolamento e identificação de S. aureus. A contaminação por SCP foi inferior a 2 log UFC/cm2 ou g em 512 (84,9%) amostras, entre 2 e 3 logs UFC/cm2 ou g em 52 (8,6%) amostras, entre 3 e 4 logs UFC/cm2 ou g em 6 (1,0%) amostras, e superior a 4 log UFC/cm2 ou g em 33 (5,5%) amostras. Contagens superiores a 4 log UFC/cm2 ou g foram observadas em baias de terminação, carcaças após evisceração, carcaças após lavagem, facas limpas, mesas limpas, costela e linguiças. A enumeração de SCP foi possível em 197 (32,7%) amostras, e as contagens médias variaram entre 1,0 log UFC/cm2 (mesa durante processamento) e 5,2 logs UFC/cm2 (baia de terminação). Considerando as diferentes etapas de processamento, não foram observadas diferenças significativas entre as amostras obtidas no ambiente de processamento e nos produtos finais (p > 0,05). Durante o abate, as contagens médias de SCP obtidas nas carcaças após sangria foram superiores quando comparadas as etapas posteriores (p > 0,05). Um total de 315 colônias de SCP foi selecionado e caracterizado quanto ao perfil bioquímico e presença do gene femA para identificação de S. aureus. Assim, 246 isolados de S. aureus foram identificados e submetidos a caracterização de seus perfis de resistência em relação a 11 antimicrobianos, por testes de susceptibilidade e pela pesquisa de genes relacionados a resistência. Considerando os resultados fenotípicos, 90,7% dos isolados de S. aureus apresentaram resistência a sulfamethoxazole (SUL), 87,0% a ciprofloxacina (CIP), 67,9% a penicilina (PEN), 49,6% a eritromicina (ERI), 40,2% a oxacilina (OXA), 40,2% a clindamicina (CLI), 29,3% a rifampicina (RIF), 28,5% a cloranfenicol (CLO), 21,1% a tetraciclina (TET), 16,3% a vancomicina (VAN) e 6,5% a gentamicina (GEN). Apenas 15 isolados foram susceptíveis a todos os antimicrobianos testados (isolados obtidos de baias de terminação, carcaças, pernil e linguiça), 7 a apenas um antimicrobiano (CIP, SUL ou TET), e os demais resistentes simultaneamente a 2 a 10 diferentes antimicrobianos; o perfil de resistência a PEN-ERI-CIP-SUL foi o que apresentou maior frequência entre os isolados de S. aureus (n = 37). Em relação aos genes relacionados a resistência a diferentes antimicrobianos, 74,0% dos isolados de S. aureus apresentaram resultados positivos para blaZ (PEN), 8,1% para femB (OXA), e 3,7% para tetK (TET); não foram observados resultados positivos para vanA (VAN), mecA e mecC (OXA). Entre os isolados de S. aureus, 60 não apresentaram nenhum dos genes pesquisados, 164 apresentaram apenas um dos genes isolados (blaZ, femB e tetK), 15 apresentaram simultaneamente os genes femB-blaZ, 4 os genes blaZ-tetK, e 3 os genes femB-blaZ-tetK. Apenas em relação a TET foi verificado que o teste de susceptibilidade foi equivalente a presença de blaZ (p = 0,147), e ausência de equivalência de resultados para OXA (femA, femB), VAN (vanA) e TET (tetK) (p < 0,05). Os resultados obtidos demonstram a relevância de SCP como indicadores de manipulação e higiene na cadeia produtiva de carne suína, assim como a presença de S. aureus com resistência a diferentes antimicrobianos, alertando para a necessidade de monitoramento por metodologias fenotípicas e moleculares.
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    Caracterização de estirpes de Staphylococcus aureus e dispersão de biofilmes por uma lectina tipo C de Bothrops jararacussu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Aguilar, Ananda Pereira; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/8173710952837463
    A grande diversidade de estirpes de Staphylococcus aureus em circulação nos rebanhos leiteiros reforça a necessidade de uma melhor caracterização dessas bactérias a fim de gerar informações que possam ser usadas no controle da mastite bovina. Neste trabalho, hipotetizou-se que estirpes de S. aureus geneticamente relacionadas causam diferentes formas de mastite. As bactérias S. aureus 302 e S. aureus 322, foram isoladas de vacas com mastite persistente e não-persistente, respectivamente, e apresentaram os mesmos genes de virulência e perfis de bandas idênticos quando genotipadas por análise em multilocus de repetições em tandem de número variável (MLVA). Por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE), utilizado como um método genotípico adicional, comprovou-se que as bactérias são geneticamente relacionadas. Apesar dessa proximidade, ensaios in vitro de produção de biofilme, hemólise, invasão e persistência em células mamárias bovinas MAC-T e virulência in vivo em modelo Galleria mellonella comprovaram diferenças significativas entre as estirpes. Os resultados sugerem que apenas a caracterização molecular é insuficiente para correlacionar sintomas da doença à uma determinada estirpe. S. aureus 302 e S. aureus 322, além de S. aureus 469 (mastite persistente) e S. aureus 366 (mastite não-persistente) foram contrastadas por uma abordagem proteômica. Extratos de proteínas totais foram preparados a partir de bactérias crescidas até a fase exponencial e separados por eletroforese bidimensional. Um total de 35 spots com abundância diferencial foi detectado, dos quais três foram exclusivos de S. aureus 302 quando comparada a S. aureus 322 e S. aureus 366 e podem representar marcadores que indicam a persistência da bactéria no animal. Este trabalho também avaliou a dispersão de biofilmes de S. aureus NRS 155 e S. epidermidis NRS 101 pela lectina BjcuL, isolada de Bothrops jararacussu. Essa lectina não impediu a adesão inicial das células e foi capaz de inibir a formação de biofilmes quando pré-aderida a superfícies abióticas. Houve uma melhor atividade sobre biofilme pré-formado de S. aureus NRS 155 em comparação S. epidermidis NRS 101. Por qRT-PCR, detectou-se uma alteração na expressão de genes envolvidos no controle do operon ica, responsável pela produção do polissacarídeo de adesão intercelular. Finalmente, BjcuL foi capaz de restaurar a susceptibilidade de bactérias em biofilme pré-formado a antibióticos como gentamicina e ampicilina, revelando o potencial da estratégia antibiofilme no controle de infecções de S. aureus.
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    Resistência à oxacilina e à vancomicina em Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase negativos de diferentes origens
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-12-21) Oliveira, Rodrigo Coelho de; Moraes, Célia Alencar de; http://lattes.cnpq.br/2338229432406509
    Os determinantes de resistência aos antimicrobianos vancomicina e oxacilina foram investigados em 264 bactérias do gênero Staphylococcus originados de salame fermentado, de bovinos acometidos com mastite e de casos clínicos humanos. Todos os isolados foram sensíveis ao antibiótico vancomicina e não apresentaram o gene vanA. Dos 57 isolados de salame fermentado, houve um predomínio de CNS, estafilococos coagulase negativos , (89,5%) sobre Staphylococcus aureus (10,5%) e apenas um isolado apresentou-se resistente à oxacilina pelo método de difusão em disco e seu mecanismo de resistência foi proveniente da atividade da -lactamase de expectro extendido). Noventa e cinco isolados de mastite bovina foram submetidos ao teste de atividade da enzima coagulase, predominando a espécie de S. aureus (68,5%), sobre os CNS (32,5%) e ao teste de sensibilidade in vitro, obtendo-se 14 resistentes a oxacilina, sendo dois isolados apresentando o gene mecA e outros 11 atividade de ESBL, predominando este mecanismo de resistência. Dos espécimes clínicos, 52,7% foram CNS e 47,3% S. aureus constituindo 112 isolados, sendo 103 resistentes à oxacilina. Destes, 67 possuíam o gene mecA, 71 apresentaram atividade de ESBL e 40 isolados ambos os mecanismos de resistência. Entre os da espécie S. aureus, predominou a presença do gene mecA como o provável fator de resistência, enquanto nos isolados de CNS, a atividade de ESBL foi mais significativa como possível determinante de resistência. Cinco isolados de origem humana e um de leite mastítico não tiveram seu mecanismo de resistência elucidado, sugerindo ser linhagens MODSA (modified penicillin-binding protein S. aureus) ou outro mecanismo de resistência. Os resultados demonstraram a maior prevalência de resistência a antimicrobianos entre os isolados relacionados a espécimes clínicos humanos seguidos daqueles de vacas mastíticas, bem como a diversidade em possíveis mecanismos de resistência.
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    Isolamento, caracterização e genômica comparativa de patógenos de mastite bovina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-29) Silva, Danielle Mendes; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/8764422749361513
    A mastite bovina é considerada por muitos autores a principal doença do rebanho leiteiro. Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae são patógenos contagiosos comumente associados à forma subclínica e persistente da doença. A caracterização de estirpes em circulação nos rebanhos é de extrema importância na definição de estratégias de manejo para o controle da doença e de marcadores de prognóstico da mastite. No capítulo 1, 175 amostras positivas para o teste California Mastitis (CMT) foram coletadas de vacas holandesas e análises microbiológicas revelaram a presença de S. agalactiae em 34,2% das amostras. Em 36% das amostras foi observado o crescimento de bactérias pertencentes a outros grupos, em especial com S. aureus. A tipagem de S. agalactiae pela metodologia multilocus de repetições em tandem de número variável (MLVA) revelou seis genótipos (SagT1-T6), sendo SagT1 o mais prevalente no rebanho e também o mais frequentemente isolado de infecções mistas com S. aureus. Os isolados de S. agalactiae foram fortes produtores de biofilme in vitro e produziram hemólise do tipo beta. A análise de virulência dos isolados em larvas de Galleria mellonella definiu os tipos SagT3 e SagT1 como os mais e menos virulentos, respectivamente. Porém, dois isolados pertencentes a esses tipos não invadiram nem apresentaram efeito citotóxico em células epiteliais bovinas MAC-T. No capítulo 2, genomas de quatro estirpes de S. aureus causadoras de mastite subclínica, sendo SAU302 e SAU1364 isoladas de infecções persistentes e SAU170 e SAU1269 de infecções não persistentes, foram sequenciados. Uma grande conservação foi encontrada entre os genomas, como tamanho médio de 2,6 Mb, 32,8% de conteúdo GC e 2589 CDS. A tipagem por MLST classificou SAU170, SAU302, e SAU1364 como ST126, um tipo frequentemente encontrado em rebanhos brasileiros, e SAU1269, como ST1, associado a infecções humanas e bovinas. A comparação entre os genomas sequenciados e uma referência construída com genomas de dois isolados de mastite bovina, revelou uma identidade maior que 90% para a maioria dos genes anotados. A análise filogenética dos isolados sequenciados agrupou em ramos separados isolados de diferentes manifestações, sugerindo que algumas das particularidades compartilhadas entre isolados podem estar relacionados à persistência das infecções causadas por eles. A análise de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) mostrou SNPs em genes relacionados à adesão das células bacterianas ao hospedeiro e na sequência de agrC, proteína receptora do sinal de quorum-sensing em S. aureus, alguns deles importantes para estrutura da proteína.
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    Identificação e caracterização das estirpes Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae associadas às mastites bovinas persistente e não persistente
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-11-30) Silva, Mônica Pacheco da; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/6252277128179977
    Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae são patógenos contagiosos associados à forma subclínica e persistente da mastite bovina, principal doença da pecuária leiteira. Neste trabalho avaliou-se a presença de dois patógenos em amostras de leite CMT positivas coletadas durante seis meses de animais pertencentes a um rebanho da Zona da Mata de Minas Gerais. Foi encontrada uma alta prevalência dos patógenos contagiosos o que indica possível falta de higiene nos procedimentos de rotina de ordenha ou falha no tratamento da doença. A análise de multilocus de repetições em tandem de número variável (MLVA) revelou apenas um genótipo de S. aureus e seis genótipos de S. agalactiae, alguns dos quais foram associados a infecções persistentes e ao número de parições do animal. A maioria das bactérias isoladas foi considerada forte produtora de biofilme e no caso de S. aureus, os isolados apresentaram uma variada atividade hemolítica. É possível que esses fenótipos contribuam com a persistência da infecção. No capítulo 2, estirpes de S. aureus isoladas de animal com manifestação de mastite persistente ou não persistente foram contrastadas quanto a características importantes para a patogênese bacteriana e virulência in vivo. Genotipagem por eletroforese em campo pulsado (PFGE) revelou que as bactérias possuíam uma similaridade de 90%. As duas estirpes contrastadas apresentaram os mesmos genes de virulência. Porém, elas diferiram significativamente na produção de hemolisina e biofilme, na capacidade de invasão e persistência em células do epitélio mamário bovino (MAC-T). Nos ensaios in vivo realizados com o modelo Galleria mellonella, a estirpe SAU 302 revelou-se mais virulenta do que a SAU 322. Uma forte reação do sistema imune do inseto foi observada mediante infecção com as bactérias. Os resultados mostraram variações fenotípicas entre as estirpes geneticamente relacionadas que podem contribuir positivamente para o desenvolvimento da doença e devem ser cuidadosamente exploradas. Conclui-se que bactérias geneticamente relacionadas podem apresentar uma variação fenotípica não revelada por técnicas de fingerprint do DNA e que esta variação pode ter uma implicação na progressão da mastite bovina. Sugere-se a definição de um conjunto de ensaios fenotípicos relevantes para a doença a fim de caracterizar bactérias isoladas de animais com manifestação conhecida.
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    Associação de bacteriocinas e bactérias lácticas para inibição de Staphylococcus aureus em queijo Minas frescal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-10) Martins, Evandro; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/0808780430929716
    O queijo Minas frescal é um dos produtos mais populares do Brasil e suas características nutricionais não são limitantes para o crescimento de micro-organismos deterioradores e patogênicos. Surtos de intoxicação alimentar envolvendo queijos Minas frescal contaminados com Staphylococcus aureus são frequentes e, por esse motivo, torna-se necessário o desenvolvimento de novas estratégias que controlem o crescimento desse patógeno no produto. Em razão disso, o objetivo desse trabalho foi o de avaliar o efeito das bacteriocinas bovicina HC5, nisina e de bactérias lácticas sobre o crescimento e produção de enterotoxinas por S. aureus. O crescimento das estirpes de S. aureus ATCC 6538, EMBRAPA 4018 e FRI 722 foi acompanhado em caldo tripticase e soja (TSB) e em leite em pó desnatado reconstituído a 10 % (LDR 10%), a 37 oC, em presença de bovicina HC5 e, ou nisina e Lactococcus lactis ATCC 19435. Amostras de queijo Minas frescal produzido com cultura starter (Lactococcus lactis subsp. lactis e L. lactis subsp. cremoris) foram inoculadas com, aproximadamente, 106 UFC.g-1 das estirpes de S. aureus e adicionadas de 1200 UA.g-1 das bacteriocinas. A presença das bacteriocinas aumentou a fase lag e este efeito foi mais acentuado na presença de nisina. Embora as bacteriocinas tenham apresentado efeito inibidor inicial, S. aureus reassumiu o crescimento e alcançou população final similar ao do tratamento controle, sem bacteriocinas, após 24 h de incubação. A produção de enterotoxina pelas estirpes de S. aureus avaliadas neste estudo foi detectada no meio TSB tanto na ausência como na v presença de bacteriocinas adicionadas ao meio de cultura. O cocultivo de S. aureus e L. lactis não interferiu no crescimento do patógeno, porém foi suficiente para inibir a produção de enterotoxinas. Em LDR 10 %, as bacteriocinas combinadas a 1200 UA.mL- exerceram efeito bactericida sobre as estirpes avaliadas de S. aureus e não foi possível recuperar sobreviventes pela técnica de contagem em placas após 96 h de incubação. A adição das bacteriocinas combinadas em queijo Minas frescal reduziu a população inicial de S. aureus, bactérias starter e da microbiota contaminante do queijo. A presença de enterotoxinas não foi detectada nos queijos produzidos com culturas starter, adicionados ou não das bacteriocinas nisina e bovicina HC5.