Ciências Biológicas e da Saúde

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    Efeito de diferentes presas no desenvolvimento das estruturas reprodutivas e na reprodução do predador Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-14) Lemos, Walkymário de Paulo; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/6841621785311887
    Esta pesquisa objetivou estudar o efeito da presa (Alabama argillacea (Hüb.) (Lepidoptera: Noctuidae), Tenebrio molitor L. (Coleoptera: Tenebrionidae), Musca domestica L. (Diptera: Muscidae) e dieta artificial) na biologia, no desenvolvimento das estruturas reprodutivas e na reprodução do predador Podisus nigrispinus (Dallas) (Heteroptera: Pentatomidae) a 25°C, 60 ± 10% de UR e fotoperíodo de 14 horas. A genitália interna de machos de P. nigrispinus apresenta testículos com coloração vermelho intenso em estrutura compacta de forma arredondada ou ligeiramente alongada. As características morfológicas da genitália interna de machos foram semelhantes, independente da dieta estudada. Machos de P. nigrispinus apresentam testículos compostos por quatro ou seis folículos. A genitália interna de fêmeas desse predador apresenta coloração creme amarelada e, independente da dieta utilizada, cada ovário é composto por sete ovaríolos. O ovário de P. nigrispinus é do tipo meroístico telotrófico, onde o ovaríolo individual está dividido em um filamento terminal, um trofário (câmara trófica), um vitelário e um pedicelo. Fêmeas de P. nigrispinus alimentadas com lagartas de 3° ou 5° ínstar do curuquerê-do-algodoeiro apresentaram ovários bem desenvolvidos e com ovaríolos contendo grande número de ovócito em estágio avançado de desenvolvimento. No entanto, fêmeas alimentadas com dieta artificial apresentaram ovários atrofiados e, praticamente, desprovidos de ovócitos no interior dos ovaríolos. O comprimento do ovaríolo central foi maior em fêmeas alimentadas com lagartas de 5 o ínstar do curuquerê e menor nas alimentadas com dieta artificial. Os ovócitos mais desenvolvidos foram observados em ovários de fêmeas alimentadas com lagartas de 3° ou 5° ínstar do curuquerê, enquanto os mais atrofiados foram encontrados em fêmeas com dieta artificial. O número de ovócitos/ovaríolo central e por ovário foram maiores em fêmeas alimentadas com lagartas de 5° ínstar do curuquerê do que as alimentadas com dieta artificial, larvas de M. domestica, larvas de 3° ínstar do curuquerê ou larvas de T. molitor. Fêmeas de P. nigrispinus alimentadas com lagartas de 3° ou 5° ínstar do curuquerê apresentaram ovários mais pesados do que as que receberam dieta artificial ou larvas de M . domestica. O período de pré-oviposição foi maior em fêmeas alimentadas com dieta artificial do que as alimentadas com lagartas 3° ou 5° ínstar do curuquerê ou larvas de T. molitor. O período de oviposição foi maior em fêmeas alimentadas com lagartas de 3° ou 5° ínstar do curuquerê ou larvas de T. molitor do que nas alimentadas com dieta artificial. O número de posturas/fêmea e de posturas/fêmea/dia foram maiores quando P. nigrispinus foi alimentado com lagartas de 3° ou de 5° ínstar do curuquerê do que as alimentadas com dieta artificial. Fêmeas alimentadas com lagartas de 5° ínstar do curuquerê apresentaram maior número de ovos/fêmea, ovos/postura, ovos/fêmea/dia e ninfas eclodidas do que as alimentadas com dieta artificial, larvas de M. domestica, larvas de 3° ínstar do curuquerê ou larvas de T. molitor. A duração do 2°, 3°, 4° e 5° ínstares são semelhantes quando P. nigrispinus é alimentado com lagartas de 3° ínstar ou de 5° ínstar de A. argillacea ou larvas de T. molitor. Alimentado com larvas de M. domestica ou dieta artificial, o predador apresentou aumento da duração de todos os ínstares. A sobrevivência variou de 51,84 (2 o ínstar alimentado com mosca) a 98,96% (4° e 5° ínstares alimentado com lagartas de 3° ínstar do curuquerê). O peso de fêmeas variou de 37,91 ± 0,61 (alimentadas com dieta artificial) a 64,68 ± 8,23 mg (alimentadas com lagartas de 5° ínstar do curuquerê). Maiores quantidades de proteína bruta, em presas não predadas, foram encontradas na dieta artificial e em lagartas de 5° ínstar do curuquerê. Entretanto, após o processo de predação, lagartas de 5° ínstar do curuquerê apresentaram maior disponibilidade de proteína bruta total, fato que não ocorreu com as demais presas estudadas.
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    Anatomia, micromorfologia e sensibilidade a herbicidas em genótipos de cana-de-açúcar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Ferreira, Evander Alves; Ventrella, Marília Contin; http://lattes.cnpq.br/5887024898731149
    Objetivou-se, neste trabalho, avaliar a sensibilidade à mistura de herbicidas trifloxysulfuron-sodium + ametryn nos cultivares e clones de cana-de-açúcar SP80- 1842, SP79-1011, SP81-3250, SP80-1816, RB855113, RB835486, RB845210, RB867515, RB928064, RB72454, RB855536, RB947643, RB855002, RB957712 e RB957689 e a caracterização anatômica, química e micromorfológica dos cultivares RB855113, SP80-1842, SP80-1816, RB867515 e do clone RB957689 visando melhor entendimento sobre as barreiras que cada material impõe à penetração de herbicidas. O trabalho foi dividido em duas partes. A primeira parte dividida em dois ensaios. No ensaio 1, a mistura herbicida foi aplicada em dose única de 2,00 kg ha -1 sobre todos os cultivares e clones, enquanto no ensaio 2, esta foi aplicada nas doses de 1,00; 2,00; e 6,00 kg ha -1 sobre os cultivares RB855113 e RB867515. Em ambos os ensaios, a partir da aplicação do herbicida, em intervalos semanais, foram feitas avaliações do índice de toxidez (% de fitotoxicidade) e, por ocasião da colheita, realizada aos 45 DAT (dias após a aplicação dos tratamentos), avaliou-se, ainda, a biomassa seca da parte aérea dos 11 cultivares e dos quatro clones. As variáveis altura da planta, número de folhas, área foliar e biomassa seca da parte aérea e do caule foram avaliadas apenas no segundo ensaio. Na segunda parte do trabalho, as primeiras folhas com lígula totalmente visível foram coletadas de cinco plantas de cada cultivar e clone. Das folhas de cada repetição foi obtida uma amostra da região central, com aproximadamente 1cm 2 , as quais foram utilizadas em estudos anatômicos em microscopia de luz e eletrônica de varredura. Foram determinadas as seguintes características anatômicas: área da epiderme adaxial e abaxial; área do mesofilo; área das células buliformes; área dos feixes vasculares; área das células da bainha; área ocupada por fibras, área do xilema e área do floema. Esses dados foram transformados em porcentagem em relação à área total. Determinou-se, também, a densidade de tricomas, a densidade de estômatos, o comprimento do ostíolo, a espessura da epiderme, o perímetro da parede periclinal externa das células buliformes, a espessura da parede periclinal externa das células buliformes e das células epidérmicas comuns nas faces adaxial e abaxial. Também foram coletadas folhas para a avaliação da composição química da cera epicuticular. O cultivar RB855113 apresentou alta sensibilidade à mistura herbicida; os cultivares e clones SP80-1842, SP80-1816, SP79-1011 e RB957689 apresentaram sensibilidade média; e os demais clones mostraram boa tolerância a esse produto. Para o cultivar RB855113, o maior índice de toxidez foi observado no período de 20 a 27 DAT. Nesse período observou-se redução da altura da planta, do número de folhas, da área foliar e da biomassa seca da parte aérea e do caule com o aumento das doses do produto. Considerando as características anatômicas, o cultivar RB855113 apresentou diferenças relevantes em relação aos demais cultivares avaliados, como, maior proporção de células buliformes, chegando a ser o tecido que ocorre em maior quantidade na seção transversal da lâmina foliar desse cultivar, maior densidade de estômatos e de tricomas em ambas as faces, epiderme menos espessa na face adaxial e estômatos com maiores ostíolos nas duas faces. O cultivar RB855113 apresentou composição química da cera epicuticular com polaridade intermediária, porém menos polar que a cera do cultivar RB867515. Na análise micromorfológica não foi observada diferença relevante entre os materiais. De todas as características avaliadas, as anatômicas definiram as principais diferenças entre os cultivares.
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    Caracterização estrutural dos nectários de Triumfetta semitriloba Jacq. (Tiliaceae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-30) Leitão, Carlos André Espolador; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://lattes.cnpq.br/1357232369335680
    Triumfetta semitriloba é uma planta invasora, que apresenta nectários florais e nectários extraflorais localizados na folha e na bráctea. Este trabalho teve como objetivos descrever, de forma comparativa, os nectários de T. semitriloba, estudar a ontogenia dos nectários florais e a senescência dos nectários extraflorais; e realizar uma análise de detecção de aminoácidos no néctar dos respectivos nectários. Foram utilizados cortes seriados em parafina e historesina, os quais foram corados ou submetidos à diferentes testes histoquímicos. Parte das amostras foram analisadas ao microscópio eletrônico de varredura. Os cinco nectários florais de T. semitriloba ocorrem em torno de um curto androginóforo, são constituídos por uma epiderme secretora recoberta por tricomas nectaríferos clavados e um parênquima nectarífero vascularizado. O desenvolvimento dos nectários florais inicia-se em botões com cerca de 1,7mm de comprimento, a partir de divisões anticlinais das células protodérmicas, e divisões em sentidos diversos de células do meristema fundamental e procambiais. Posteriormente, as células protodérmicas se dividem periclinalmente, originando uma estrutura unisseriada constituída por cinco células, onde as três células mais apicais sofrem divisões no sentido anticlinal e oblíquo. A secreção do néctar ocorre em botões em pré-antese, com cerca de 9mm de comprimento. Os nectários extraflorais se localizam nos primeiros pares de dentes basais da lâmina foliar e bracteal. São, estruturalmente, muito semelhantes, constituídos por uma epiderme secretora recoberta por tricomas secretores, delimitada por uma borda epidérmica. Subjacente, encontra-se um parênquima nectarífero e vascularização constituída por floema e xilema. Na análise química de aminoácidos livres proteicos, foram detectados aspartato ou/e triptofano no néctar produzido pelo nectário da bráctea, não sendo detectados aminoácidos nos demais néctares, embora os três néctares de T. semtriloba apresentaram reação positiva à ninhidrina.
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    Morfogênese in vitro, análise fitoquímica e caracterização anatômica de nim (Azadirachta indica A. Juss)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-16) Rodrigues, Marcelo; Buselli, Reginaldo Alves Festucci; http://lattes.cnpq.br/8711829719442865; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6; http://lattes.cnpq.br/7327377175498257; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; Dias, José Maria Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783068Z8; Xavier, Aloisio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782565D0
    A espécie Azadirachta indica A. Juss, conhecida popularmente por nim, pertence à família Meliaceae, a qual apresenta grande potencial para a produção de azadirachtina (AZA); contudo, possui sementes recalcitrantes, polinização do tipo cruzada e teor variável de AZA. Com o objetivo de se entender os fatores que limitam o crescimento dessas plantas in vitro e a variação nos teores de AZA, foram conduzidos quatro experimentos: i) A propagação in vitro de nim pela cultura de segmentos nodais coletados; ii) Avaliação das anatômicas foliares de plantas cultivadas em três ambientes distintos (in vivo, in vitro e aclimatizado) por meio da técnica de micromorfometria; iii) Avaliação dos teores de AZA foram determinados por meio de Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC) em calos cotiledonares, cultivados em meio líquido WPM na ausência e presença de glicose (fonte de carbono), caseína hidrolisada (fonte de nitrogênio) e metil jasmonato (agente elicitor); iv) A propagação de embriões somáticos a partir de calos cotiledonares. Constatou-se que o meio MS apresentou os melhores resultados de taxa de brotação, número de folíolos e tamanho médio dos explantes em relação aos demais meios de cultivo (WPM e JADS). Não foi induzido enraizamento in vitro dos brotos, porém, o sistema radicular se desenvolveu ex vitro, durante a aclimatização, apresentando taxa de sobrevivência das mudas de 80%. Foi também analisado o conteúdo de lipídios gerais, óleos essenciais e óleos resinas, tanino e mucilagem. Verificou-se diferenças significativas na altura entre os tecidos foliares avaliados, epiderme adaxial e abaxial, assim como no mesofilo nos três ambientes de cultivo. Os testes histoquímicos evidenciaram que há produção de lipídios gerais, óleos essenciais e taninos em idioblastos foliares de nim enquanto o teste para mucilagem foi negativo nos três ambientes avaliados. As maiores concentrações de AZA (média de 0,2470 μg g-1) foram produzidas na primeira e segunda semana de cultivo na presença dessas três substâncias, demonstrando o efeito sinérgico quando a massa celular foi cultivada em meio suplementado com essas substâncias. Os calos apresentaram alta capacidade de propagação pelas duas vias regenerativas, organogênese e embriogênese a partir do quarto subcultivo, em meio WPM, apresentando as maiores taxas de brotação e germinação de embriões somáticos. Os calos passaram do aspecto liso para o granular ao longo dos subcultivos, enquanto que a coloração passou de marrom escuro para marrom claro e branco. A partir do sétimo subcultivo, houve redução brusca quanto à taxa de regeneração in vitro para ambos os tipos de calos cotiledonares de nim. Portanto, esse trabalho colaborou para maior entendimento das técnicas biotecnológicas visando a propagação in vitro, cultivo de células para produção de AZA e aspectos anatômicos de A. indica.
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    Moraceae Gaudich. de Viçosa, Minas Gerais, Brasil: florística e anatomia foliar de Ficus mexiae Standl
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-18) Souza, Pedro Paulo de; Ventrella, Marília Contin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763436A2; Garcia, Flávia Cristina Pinto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785078H2; Paula, Cláudio Coelho de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782749E4; Leite, João Paulo Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763897U8; Okano, Rita Maria de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727455H2; Lino Neto, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786229P1
    O presente trabalho consiste no estudo florístico das espécies de Moraceae do município de Viçosa, da anatomia foliar e caracterização histoquímica de Ficus mexiae Standl., comparando com os dados anatômicos da literatura de F. enormis (Miq.) Miq., espécie próxima de F. mexiae. O município de Viçosa está localizado na região Sudeste do Brasil, no estado de Minas Gerais, na região da Zona da Mata, ocupando uma área de 300 km2, compondo a microrregião de Viçosa. A vegetação é de Floresta Estacional Semidecidual, distribuída na forma de pequenos fragmentos florestais confinados no alto dos morros e em terrenos de grande declividade. As coletas foram realizadas quinzenalmente no período de janeiro de 2007 a outubro de 2008. Todo o material coletado foi herborizado seguindo as técnicas usuais e incorporado ao acervo do herbário VIC, do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa, e duplicatas foram enviadas para os herbários R, RB e GFJB. Na identificação das espécies utilizou-se a literatura especializada, consulta aos herbários e visita aos especialistas. Identificou-se 31 espécies entre nativas e exóticas, inseridas nas subfamílias Moroideae e Cecropioideae, englobando 12 gêneros. Moroideae foi representada por 25 espécies: Ficus 15 spp., Brosimum e Sorocea 2 spp. e Artocarpus, Clarisia, Dorstenia, Helicostylis, Maclura e Morus representados por uma espécie cada. Cecropioideae foi representada por 6 espécies: Cecropia 3 spp., Coussapoa 2 spp. e Pourouma 1 sp. A maioria das espécies apresentou hábito arbóreo, Ficus e Coussapoa podem apresentar hábito hemiepífitico na fase inicial, Ficus pumila L. apresenta hábito trepador e Dorstenia é o único gênero de hábito herbáceo. F. mariae C.C. Berg, Emygdio e Carauta, F. obtusiuscula (Miq.) Miq., F. organensis (Miq.) Miq. e F. trigona L.f. representam quatro novas citações de ocorrências para o município. Brosimum glaziovii Taubert e Dorstenia bonijesu Carauta & C. Valente estão em perigo de extinção (EN), enquanto que Ficus mexiae, Coussapoa floccosa (Schott) Rizzini, Sorocea guilleminiana Gaudich e S. bonplandii W.C. Burger, Lanj. & Wess. Boer estão na categoria vulnerável (VU) de acordo com a classificação da IUCN. São apresentadas chaves para determinação das espécies, além de descrições, ilustrações botânicas e categoria conservacionista. Para caracterização anatômica de F. mexiae, amostras de folhas foram fixadas em FAA50 por 24 horas e, em formalina 4% em sulfato ferroso 10% por 48 horas e estocado em etanol 70% para caracterização estrutural. Amostras do limbo e do pecíolo, nas regiões proximal, mediana e distal, foram desidratadas em série etílica, incluídas em metacrilato, cortadas em micrótomo rotativo com 5 µm de espessura, coradas com azul de toluidina e montadas sob lamínula com resina sintética. A diafanização e a dissociação de epiderme foram realizadas para o estudo da superfície foliar. Para os testes histoquímicos, amostras frescas da região mediana do pecíolo e do limbo foram seccionadas em micrótomo de mesa e submetidas a diversos corantes e reagentes. As amostras destinadas à microscopia eletrônica de varredura foram fixadas em FAA50 e submetidas ao processamento usual para este tipo de análise. A folha de F. mexiae é hipoestomática com a epiderme uni ou bisseriada, recoberta por cutícula espessa, tricomas do tipo tector ou glandular e estômatos do tipo anomocítico. Mesofilo dorsiventral com parênquima paliçádico bisseriado e parênquima lacunoso de aspecto miceliforme. Litocistos dispostos em ambas as faces e idioblastos e laticíferos distribuídos entre as células parenquimáticas das nervuras, do pecíolo e da bainha do feixe vascular. Bordo de curvatura bem acentuada, com presença de cristais. Pecíolo de formato reniforme e sistema vascular do tipo colateral. O tecido de sustentação é formado por colênquima do tipo anular. Análise histoquímica indicou a presença de compostos fenólicos, taninos e alcalóides em laticíferos e idioblastos, e apenas nos laticíferos foram encontrados lipídios, terpenos e partículas de borracha. Aspecto miceliforme do parênquima lacunoso e colênquima do tipo anular representam as principais características anatômicas que distinguem F. mexiae de F. enormis.
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    Anatomia, histoquímica e prospecção fitoquímica do caule de Tynanthus fasciculatus Miers (Bignoniaceae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-09-01) Nascimento, Leonor Monteiro do; Leite, João Paulo Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763897U8; Zacaro, Adilson Ariza; http://lattes.cnpq.br/5174785646304093; Ventrella, Marília Contin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763436A2; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4139979T2; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Picoli, Edgard Augusto de Toledo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768537Z5
    Tynanthus fasciculatus Miers (Bignoniaceae), popularmente conhecido como cipó-cravo, é uma liana com odor caracterísitico de cravo-da-Índia, utilizada na medicina tradicional e apresentando ação farmacológica comprovada como antimalárico, antiinflamatório e bactericida. O objetivo deste trabalho foi caracterizar anatomicamente o desenvolvimento do caule de T. fasciculatus e associar a estrutura da casca com a presença de grupos químicos de interesse farmacológico. Para a análise estrutural, porções do caule em diferentes estádios de desenvolvimento foram processadas de acordo com as técnicas usuais em microscopia de luz e eletrônica de varredura. Para a análise histoquímica, seções transversais da casca fresca foram submetidas a diversos corantes e reagentes. Para a prospecção fitoquímica, os extratos hexânico e metanólico da casca foram submetidos ao estudo por cromatografia de camada delgada (CCD). A atividade cambial do caule inicia-se precocemente, formando uma massa de xilema secundário usual ao redor da medula. O felogênio se origina de uma camada colenquimática subepidérmica, persistindo durante o desenvolvimento do caule. Até esse estádio, o crescimento secundário pode ser considerado usual. Posteriormente, quatro porções da faixa cambial, opostas entre si, duas a duas, diminuem drasticamente a produção de xilema secundário para o interior e passam a produzir grande quantidade de floema secundário para o exterior. A partir deste estádio o crescimento secundário é considerado não- usual, e tanto o xilema secundário como o floema secundário produzidos apresentam elementos condutores de maior diâmetro. Subseqüentemente, surgem novas porções da faixa cambial com atividade não-usual, adjacentes àquelas já estabelecidas, conferindo aspecto de cruz-de-Malta à massa xilemática. O lenho apresenta vasos dispostos em faixas tangenciais. Predominam elementos de vaso largos e curtos, com pontoações areoladas e placas de perfuração simples, freqüentemente obliterados por tiloses. O parênquima axial é do tipo em faixas, delimitado por fibras. Os raios são homocelulares e multisseriados. O floema secundário inserido a massa xilemática tem predomínio de elementos condutores com placas crivadas compostas, associados à pequena quantidade de parênquima axial, dispostos em faixas alternadas com fibras, e raios unisseriados. Na casca, o floema secundário tem elementos condutores inconspícuos associados a grande quantidade de parênquima axial, formando faixas alternadas com fibroesclereídeos. Os raios também são homocelulares e multisseriados. O córtex é mantido junto à periderme, e a atividade do felogênio é persistente, constituindo periderme com feloderme pluriestratificada, súber e lenticelas. Os principais grupos de compostos identificados por ambas as técnicas são compostos fenólicos, alcalóides e terpenos, todos localizados nas células parenquimatosas da casca e do floema secundário inserido na massa xilemática. Os taninos e saponinas foram identificados apenas por CCD. A caracterização estrutural do caule e a histolocalização e identificação química dos compostos do metabolismo secundário no caule de T. fasciculatus fornecem subsídios para a utilização das cascas como droga vegetal e acrescentam dados à monografia já existente na Farmacopéia Brasileira.
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    Caracterização morfoanatômica de espécies de Gentianaceae ocorrentes em áreas de cerrado e de campo rupestre em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-20) Delgado, Marina Neves; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4753668Z3; Guimarães, Elsie Franklin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783543U6; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; Paiva, élder Antonio Sousa e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790601A9
    A família Gentianaceae apresenta em torno de 1600-1700 espécies predominantemente herbáceas sendo que 25 gêneros ocorrem no Brasil, principalmente nos cerrado e campos rupestres. As espécies estão incluídas em 6 tribos e 86 gêneros. A tribo Chironieae apresenta em torno de 159 espécies e 23 gêneros, como Schultesia e Deianira, e a tribo Helieae compreende 184 espécies em 22 gêneros, dentre eles Calolisianthus. O limite taxonômico entre as espécies de Gentianaceae é muitas vezes confuso e necessita ser elucidado. O objetivo do presente trabalho é contribuir com dados morfoanatômicos de algumas espécies de Gentianaceae para compreender algumas estratégias adaptativas de espécies dos gêneros Deianira, Schultesia e Calolisianthus, assim como fornecer subsídios para elucidação da taxonomia desses gêneros. As amostras foram coletadas, no cerrado da FLONA de Paraopeba (MG) e no campo rupestre da Serra de Ouro Branco (MG) e processadas, segundo as técnicas usuais, para estudos em microscopia de luz e eletrônica de varredura. As espécies estudadas foram Deianira erubescens, Deianira pallescens, Deianira nervosa, Deianira chiquitana, Schultesia gracilis, Calolisianthus pendulus, Calolisianthus amplissimus e Calolisianthus specisosus. As espécies de Deianira apresentam raízes com córtex formado por parênquima amilífero, micorrizas arbusculares do tipo Arum, crescimento secundário usual (D. pallescens e D. chiquitana) ou não usual com floema interxilemático (D. erubescens e D. nervosa); folhas anfiestomáticas (exceto em D. nervosa cujas folhas são hipoestomáticas), mesofilo homogêneo, na maioria das espécies, ou dorsiventral em D. nervosa, calotas de fibras ou esclereídes e fibras associados ao feixe. S. gracilis apresenta raiz com aerênquima e micorrizas arbusculares do tipo Paris e vesículas, caule fistuloso, quadrangular em secção transversal, com aletas e folhas hipoestomáticas com mesofilo homogêneo. As espécies de Calolisianthus apresentam raízes com micorrizas arbusculares do tipo Arum e com amido nas células parenquimáticas; caule quadrangular, em secção transversal, com aletas e folhas hipoestomáticas, com cutícula espessa, mesofilo homogêneo (exceto em C. pendulus que apresenta folhas dorsiventrais), esclereídes e fibras associados ao feixe da nervura mediana, coléteres na face adaxial da folha (região interpeciolar) e glândulas na base foliar. As glândulas presentes na base da folha de C. pendulus e C. speciosus ocorrem, também, no ápice da folha e no cálice das três espécies estudadas e são nectários extraflorais (NEFs). Os NEFs na base da folha e no cálice de C. speciosus secretam grande quantidade de néctar, atraindo muitas formigas. Os NEFs são constituídos por unidades secretoras, os nectaríolos, formadas por 3-8 células em arranjo de roseta com um canal central. As paredes periclinais internas e as anticlinais opostas ao canal são espessas e impregnadas por compostos lipídicos. Unidades secretoras isoladas (nectaríolos) podem ser observadas ao longo da folha, nas duas faces, em C. amplissimus e também em C. pendulus e C. speciosus. Coléteres que secretam mucilagem ocorrem na face adaxial da base das folhas (região intrapeciolar) e no cálice das espécies de Calolisianthus estudadas. Os coléteres de C. speciosus apresentam pedúnculo curto e cabeça multisseriada, formada por células secretoras periféricas separadas das células mais internas por um grande espaço apoplástico onde a mucilagem se acumula. A caracterização morfoanatômica de espécies de Gentianaceae, ocorrentes nos cerrado e campos rupestres, evidencia a grande riqueza estrutural das herbáceas fornecendo dados que podem contribuir para esclarecer problemas taxonômicos da família, melhor identificar as espécies de Deianira e Calolisinthus e compreender as suas estratégias adaptativas.