Ciências Biológicas e da Saúde

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    Desenvolvimento do gânglio cerebral de Acromyrmex subterraneus subterraneus Forel, 1893 (Hymenoptera; Formicidae; Myrmicinae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-06) Soares, Paula Andréa Oliveira; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/1439917455162632
    O objetivo deste trabalho foi estudar a morfologia do cérebro de Acromyrmex subterraneus subterraneus, durante o desenvolvimento pós- embrionário, acompanhando seu crescimento através da observação de suas estruturas internas e suas dimensões, bem como da atividade proliferativa de suas células. As alterações encontradas durante o desenvolvimento do cérebro foram relacionadas com a possível influência de hormônios morfogenéticos e aspectos futuros do comportamento de cada casta de A. s. subterraneus, já que no cérebro desta, por se tratar de um inseto social, existem subcompartimentos supostamente responsáveis pela memória e aprendizagem. O material biológico foi obtido de colônias mantidas no Insetário da Universidade Federal de Viçosa. Em todas as análises, os indivíduos foram classificados por idade, de acordo com a intensidade da cor do olho e do corpo, a saber: pré-pupa, também chamada larva pós-defecante; pupa de olho despigmentado; pupa de olho fracamente pigmentado (pigmentação rósea clara); pupa de olho mediamente pigmentado (marrom); pupa de corpo pigmentado (cutícula amarelada) e indivíduos adultos. Na análise morfológica e mitótica, só foram utilizadas pupas de operárias maiores e, na análise morfométrica, também foram utilizadas pupas de machos e rainhas. Para descrições morfológicas, foram realizados exames histológicos. Quatro grupos de células foram observados: as células de Kenyon, os neuroblastos precursores destas, as células da glia e um último, identificado como interneurônios. A morfologia do cérebro de A. s. subterraneus em desenvolvimento mostra padrões fixos na sua estrutura desde o estágio de pré-pupa, indicando alterações mitóticas principalmente na região dos corpora pedunculata, e morfológicas, quando da ocupação do cérebro pela neurópila. Além disso, a atividade proliferativa de células nervosas durante a fase pupal mostra uma certa flutuação e, em diferentes fases, apresentam sítios de divisão diferentes. Comparações da área do cérebro mostram que, em operárias e machos, a área total apresenta maior desenvolvimento no estágio adulto. Em rainhas, a variação do crescimento não é significativa nos diferentes estágios, sugerindo um crescimento proporcional das estruturas internas do cérebro. Com a análise citogenética, observou-se que grande quantidade de prófases e metáfases ocorreram desde a fase de pré-pupa até a fase de corpo pigmentado, mas aquelas metáfases consideradas “ótimas” para análise citogenética foram encontradas nas fases de pré-pupa e pupas de olho despigmentado.
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    Discriminação e sobrevivência de operárias em colônias monogínicas e poligínicas de Acromyrmex subterraneus molestans (Hymenoptera: Formicidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-07-15) Souza, Danival José de; Della Lucia, Terezinha Maria Castro; http://lattes.cnpq.br/8101074592046832
    A poliginia dentro de uma colônia de inseto social pode ser primária ou secundária. A poliginia primária ocorre quando várias rainhas se juntam para iniciar uma nova colônia. Também, colônias monogínicas podem aceitar novas rainhas fecundadas, tornando-se assim poligínicas secundariamente. A poliginia diminui o grau de parentesco entre as operárias companheiras de ninho e, com isso, os benefícios de se ajudar indivíduos mais próximos geneticamente também se reduzem. Estudos acerca do reconhecimento entre companheiras de ninho e da adoção de rainhas são imprescindíveis para esclarecer como o número de rainhas é regulado, bem como as causas da variação nesse número. Neste trabalho, escolheu-se como objeto de estudo Acromyrmex subterraneus molestans Santschi, 1925, uma subespécie de formiga cortadeira bastante comum na região de Viçosa, MG. Numa mesma região são encontradas colônias monogínicas e poligínicas dessa subespécie, o que a torna ideal em estudos dos processos que regulam o número de rainhas em colônias de Formicidae. Estudos conduzidos em laboratório mostraram que colônias monogínicas de Ac. subterraneus molestans podem se tornar poligínicas pelo mecanismo de adoção de rainhas de outras colônias. Operárias da maioria das colônias estudadas não foram capazes de discriminar entre rainhas de outras colônias da sua própria. A ausência de comportamento discriminatório também foi verificada quando se realizaram encontros de operárias de diferentes colônias. Análises químicas mostraram que não existem diferenças qualitativas no perfil químico cuticular das colônias, quer sejam elas monogínicas ou poligínicas. Finalmente, avaliou-se a possibilidade de haver sobrevivência diferencial entre operárias de colônias poligínicas e monogínicas, quando essas eram mantidas em contato com o lixo da própria colônia. Os testes de sobrevivência mostraram que operárias dos dois tipos de colônia morriam a taxas estatisticamente iguais. Vantagens da poliginia e da ausência de comportamento discriminatório são discutidas nesta dissertação.
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    Biologia e parasitismo social em Acromyrmex subterraneus subterraneus Forel, 1893 e Acromyrmex ameliae Souza et al, 2007
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-06-15) Soares, Ilka Maria Fernandes; Delabie, Jacques Hubert Charles; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787934P3; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Lúcia, Terezinha Maria Castro Della; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783306E2; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777343Z5; Serrão, José Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785636U6; Hora, Riviane Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797362J5
    Parasitismo social é a coexistência, em um mesmo ninho, de duas espécies de insetos sociais, uma das quais é parasiticamente dependente da outra. Existem vários tipos de parasitismo social, sendo o inquilinismo o mais derivado. Nesse tipo de relação, as espécies parasitas dependem inteiramente da espécie hospedeira. Operárias podem estar presentes, mas normalmente, em pequeno número e não desempenham todas as funções necessárias para a manutenção da colônia. Acromyrmex ameliae, uma parasita social de Acromyrmex subterraneus subterraneus e de Acromyrmex subterraneus brunneus, foi descoberta em 2003 em áreas de eucalipto na Fazenda Itapoã (V & M Florestal Ltda) em Paraopeba - MG. Estudos posteriores sobre essa espécie parasita estão descritos neste trabalho que visou compreender aspectos biológicos e comportamentais entre a hospedeira e a parasita de modo a contribuir para o conhecimento e a compreensão da evolução do comportamento e parasitismo sociais. A. ameliae é uma inquilina que apresenta a casta das operárias menores que diferem das operárias hospedeiras da mesma casta por apresentarem corpo rugoso e mais piloso, olhos proeminentes, além de terem a distância da bulla até o espiráculo maior que a das operárias hospedeiras. Com glândulas metapleurais menores que as operárias hospedeiras, é possível que, as operárias parasitas sejam mais susceptíveis a patógenos. As rainhas parasitas são menores que as operárias maiores da hospedeira e a presença delas, assim como das suas operárias, não interferem de modo significativo na produção de ovos, mas inibem a produção de sexuados da subespécie hospedeira. Espermatozóides são diferentes nas duas espécies. Acromyrmex subterraneus subterraneus possui espermatozóides e núcleos espermáticos mais longos (105 µm e 9,5µm, respectivamente) que A. ameliae (91,3 µm e 7µm, respectivamente). O diâmetro do espermatozóide da subespécie hospedeira é constante, exceto no final quando afila abruptamente. Já na espécie parasita o núcleo afila abruptamente a partir do terço anterior. Tanto as operárias hospedeiras quanto as operárias parasitas atendem aos imaturos das duas espécies. A espécie hospedeira tem acentuada preferência por imaturos coespecíficos companheiros de ninho. Mas não há preferência da operária por uma larva companheira de ninho parasita e outra coespecífica, não companheira. Quanto às operárias parasitas, estas têm nítida atratividade por larvas coespecíficas em relação às hospedeiras quando estas não são oriundas do mesmo ninho. No entanto, quando as larvas são provenientes da mesma colônia, elas não apresentaram discriminação. A entrada e permanência da rainha parasita no ninho estão relacionadas à fecundidade e ao tempo de invasão da colônia. A glândula de Dufour está associada a este processo, uma vez que secreções de fêmeas parasitas virgens não exercem nenhum efeito atrativo sobre operárias, porém as de fêmeas fecundadas são atrativas às operárias das duas espécies. Essas secreções também devem ser importantes na manutenção do parasitismo, uma vez que as da rainha parasita são atrativas às operárias das duas espécies e as da rainha hospedeira só atraem as operárias coespecíficas. Rainhas hospedeiras provenientes de colônias não parasitadas são mais agressivas com rainhas de A. ameliae do que rainhas oriundas de colônias parasitadas. Rainhas hospedeiras apresentaram mais hidrocarbonetos cuticulares que rainhas parasitas, no entanto, resultados contrários foram encontrados nas operárias e larvas, implicando em maiores investigações para esclarecimentos sobre o assunto.