Ciências Biológicas e da Saúde

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    Determinação das castas em Trigona spinipes (fab. 1793) (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae, Trigonini): influência da alimentação e do hormônio juvenil
    (Universidade Federal de Viçosa, 1992-04-01) Buschini, Maria Luisa Tunes; Campos, Lúcio Antônio de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/6488069929162509
    Este trabalho teve como objetivo estudar o processo de determinação das castas em Trigona spinipes, especialmente a influência da quantidade de alimento ingerido pelas larvas e do hormônio juvenil (HJ) nesse processo. As colônias utilizadas foram coletadas na região de Viçosa-MG e mantidas no próprio ninho, no Aápiário Central da Universidade Federal de Viçosa. A alimentação das larvas, em condições controladas, foi feita com alimento retirado de células de operárias nas quais os ovos ainda não haviam eclodido. As quantidades de alimento utilizadas foram: 36, 54, 72, 108, 144, 180, 216, 252, 288, 324 e 360 µl, que foram calculadas a partir da quantidade existente na célula de operária, 36 µl, e na célula de rainha, 306 µl. As doses de hormônio Juvenil utilizadas foram 0,025 e 0,05 µg por larva. Os controles receberam apenas acetona pura. Para a aplicação tanto do HJ quanto da acetona foram utilizadas micropipetas de 1 µl. Todos os tratamentos foram feitos na fase em que as larvas estavam tecendo casulo. Após a emergência, os adultos foram pesados e fixados em Bouin. Foram feitas também, após a fixação, medidas do comprimento dos ovários e contagem do número de ovaríolos. A freqüência de rainhas foi tanto maior quanto maior foi a quantidade de alimento ingerido pelas larvas. Com 36 e 72 µl de alimento, 100% das fêmeas resultantes eram operárias, enquanto 7,1% das fêmeas resultantes de larvas que receberam 108 µl de alimento eram operárias e 92,9% eram rainhas. Nos tratamentos cujas larvas receberam acima de 108 µl de alimento todas as fêmeas resultantes eram rainhas. Verificou-se que o hormônio juvenil está envolvido no processo de determinação das castas dessa espécie, de tal forma que, em larvas alimentadas com a mesma quantidade de alimento, a freqüência de rainhas obtidas aumentou à medida que a dose de HJ aplicada foi também aumentada. O peso, bem como o comprimento dos ovários e o número de ovaríolos por ovário das castas, aumentou à medida que a quantidade de alimento foi aumentada. O hormônio juvenil exógeno não exerceu influência sobre o peso, comprimento dos ovários e número de ovaríolos por ovários em cada uma das castas. Concluiu-se que a quantidade de alimento ingerido pelas larvas é o fator que promove a diferenciação em operaria ou rainha. À resposta à quantidade de alimento deve ser mediada pelo hormônio juvenil, de tal modo que larvas que recebem maiores quantidades de alimento produzam mais hormônio juvenil.
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    Efeitos da fragmentação florestal sobre vespas e abelhas solitárias em uma área da Amazônia Central
    (Universidade Federal de Viçosa, 1992-04-23) Morato, Elder Ferreira; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9882177244371261
    O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da fragmentação de ambientes florestais de terra firme, na Amazônia Central, sobre as comunidades de vespas e abelhas solitárias que nidificam em cavidades preexistentes. As Coletas dessas vespas e abelhas, mediante a técnica de ninhos-armadilhas, foram feitas, quinzenalmente, entre junho de 1988 e junho de 1990. Elas foram realizadas em sete locais de mata contínua não perturbada; em dois fragmentos de mata nativa de 1 ha; em dois fragmentos de 10 ha; em um fragmento de 100 ha; em áreas desmatadas e em clareiras naturais, situadas no interior da mata continua Em cada local de mata e fragmento, os ninhos-armadilha foram instalados a 1,5 m, 8 m e15 m de altura. Nas áreas desmatadas e clareiras, os ninhos-armadilhas foram colocados a 1,5 m apenas, pois nestes locais não houve condições de serem instalados nas outras alturas. Foram coletados um total de 1.529 ninhos de vespas, pertencentes a 24 espécies, e 405 ninhos de abelhas, pertencentes a 15 espécies. As vespas fundaram ninhos, principalmente, em áreas desmatadas e fragmentos de 1 ha, enquanto as abelhas nidificaram, sobretudo, na mata contínua. Houve espécies de vespas que fundaram ninhos, predominantemente na mata continua e espécies de abelhas que fundaram ninhos, principalmente, em áreas desmatadas. Em sua maior parte, as espécies de vespas e abelhas fizeram ninhos a 15 m de altura. A composição de espécies de vespas e abelhas dos ambientes mais abertos e alterados mostrou ser diferente da fauna da mata contínua. Também a diversidade de espécies de vespas e abelhas foi maior na mata continua. Os resultados sugerem que espécies de abelhas, adaptadas à mata, são mais sensíveis à fragmentação que espécies correspondentes de vespas. Concluiu-se, pois, que as comunidades de vespas e abelhas solitárias, que nidificam em cavidades preexistentes, foram alteradas pelo processo de fragmentação da mata.