Ciências Biológicas e da Saúde

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    Permeabilidade intestinal e parâmetros nutricionais e bioquímicos na obesidade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-17) Teixeira, Tatiana Fiche Salles; Bressan, Josefina; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781728Y2; Ferreira, Célia Lúcia de Luces Fortes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793681U9; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723914H4; http://lattes.cnpq.br/4638518756317808; Dias, Cristina Maria Ganns Chaves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786741P6
    A importância da saúde intestinal para o controle de peso e prevenção da obesidade tem recebido maior atenção recentemente. O intestino abriga uma complexa estrutura celular, imunológica e neuroendócrina capaz de modular mecanismos relacionados à obesidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar a permeabilidade intestinal de voluntárias eutróficas e obesas e discutir os possíveis mecanismos que expliquem alteração da permeabilidade intestinal na obesidade e sua ligação com comorbidades relacionadas a este estado nutricional. Vinte mulheres eutróficas (IMC 19-24.99 kg/m2) e vinte mulheres obesas (IMC >30 kg/m2) de idade semelhante (média de idade das mulheres magras e obesas 28.5±7.6 vs 30.7 ± 6.5, p=0.33) participaram do estudo. Composição corporal, análises bioquímicas, ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) fecal e o teste de permeabilidade intestinal com o uso de lactulose e manitol foram realizados. A pressão arterial e a glicose sanguínea, embora entre os limites de normalidade, foram maiores no grupo das obesas (p<0.05). Baixa concentração de HDL e altos valores de insulina e índice HOMA foram observados nas obesas (p<0.05). A excreção de lactulose mostrou-se aumentada nas obesas (p<0.05), enquanto a de manitol mostrou tendência aumentada (p=0.06). A razão L/M pode não ser o marcador ideal para a permeabilidade intestinal alterada porque indivíduos obesos podem estar absorvendo proporcionalmente maiores quantidades de ambos os açúcares usados no teste. A concentração de insulina e o índice HOMA apresentaram correlação positiva com a excreção urinária de manitol e lactulose e com a razão L/M (p<0.05). As circunferências da cintura e abdominal também correlacionaram positivamente com a excreção de lactulose (p<0.05). A concentração de HDL foi negativamente relacionada à razão L/M (p<0.05). A mediana da concentração dos ácidos butírico, propiônico, acético nas fezes do grupo de obesas foi respectivamente 94.3%, 144.5% e 106.8% maior do que no grupo das eutróficas e a proporção individual dos ácidos graxos de cadeia curta alterou em favor do propionato no grupo de obesas. Foi encontrada correlação significativa (p<0.05) entre AGCC e fatores de risco de síndrome metabólica como baixa concentração de HDL, circunferência da cintura aumentada e índice HOMA. Disbiose e deficiências nutricionais podem ser apontadas como possíveis mecanismos principais relacionados à alteração da permeabilidade intestinal, e mudanças na concentração e proporção individual de AGCC são relacionados com mudanças na composição da microbiota intestinal. Estudos sugerem que a endotoxemia, a partir da permeação intestinal alterada de LPS, pode explicar algumas conseqüências da obesidade como esteatose hepática de origem não alcoólica, resistência insulina, baixos níveis de HDL e hiperleptinemia. Em resumo os nossos resultados estão de acordo com relatos anteriores que sugerem que produção aumentada de AGCC e permeabilidade intestinal alterada podem desempenhar um papel importante na obesidade. A proteção da barreira intestinal como abordagem preventiva ou terapêutica é uma área de pesquisa clínica e experimental raramente explorada, mas que guarda um campo promissor para o futuro desenvolvimento de intervenções inovadoras na obesidade.
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    Inter-relation of fecal microbiota, intestinal permeability, endotoxemia and intestinal inflammation markers on obesity and the degree of insulin resistance
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-12-20) Teixeira, Tatiana Fiche Salles; Oliveira, Leandro Licursi de; http://lattes.cnpq.br/0578231392218162; Barra, Angela Aparecida; http://lattes.cnpq.br/3454320989734924; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723914H4; Alfenas, Rita de Cássia Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727507Y6; Dias, Manoela Maciel dos Santos; Leite, Jacqueline Isaura Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723009A8
    O excesso de peso é considerado um sinal de problema de saúde atual ou futuro. Múltiplos fatores contribuem para o desenvolvimento e manutenção da obesidade e complicações associadas. Evidências recentes sugerem que existe uma complexa relação entre LPS, dieta, microbiota, permeabilidade intestinal, resistência à insulina (RI) e obesidade. No intuito de contribuir para o melhor entendimento desta complexa relação a presente tese apresenta 6 artigos. Os 3 primeiros são artigos de revisão que abordam os seguintes temas: 1) A complexidade da relação entre adiposidade (distribuição e hipertrofia do tecido adiposo) e alterações metabólicas, incluindo RI. O uso de termos como obesos metabolicamente saudáveis e magros metabolicamente obesos para definir diferentes fenótipos nas diferentes faixas de índice de massa corporal (IMC). 2) O envolvimento de endotoxinas, mais especificamente os lipopolissacarídeos (LPS) provenientes da microbiota gastrointestinal, como gatilho da ativação inflamatória e RI, e a complexidade de fatores que interagem neste contexto. 3) Os fatores que influenciam a alteração da permeabilidade intestinal, assim como aspectos metodológicos de avaliação da mesma. Em seguida são apresentados 3 artigos originais, cada qual acompanhado do resumo dos objetivos, métodos e resultados. Em geral, não foi observada associação da obesidade com permeabilidade intestinal aumentada e níveis elevados de LPS plasmático, como sugerido por modelos animais. No entanto, alguns resultados indicam a necessidade de que futuros estudos utilizem metodologias diferentes do teste de lactulose/manitol para avaliação da permeabilidade intestinal na obesidade. Indivíduos sobrepeso apresentaram a maior concentração de LPS plasmático, sem, no entanto, apresentar o maior grau de RI. Por outro lado, indivíduos com maiores concentrações de LPS plasmáticos apresentaram maior percentual de gordura androide e da enzima hepática AST em comparação com indivíduos com menores concentrações de LPS plasmático. O delineamento do nosso estudo não permite afirmar que os níveis de LPS plasmático não estejam envolvidos no desenvolvimento da RI. No entanto, é possível que durante a transição do estado de ixsobrepeso para a obesidade os níveis de LPS plasmático influenciem o acúmulo de adiposidade central e o metabolismo hepático, o que em longo prazo pode contribuir para o desenvolvimento da RI. Além disso, demonstramos que a obesidade está associada a alterações da microbiota intestinal, confirmando achados de estudos anteriores. Estabelecer o impacto do LPS transpondo a barreira intestinal, e não aquele diretamente infundido na circulação, na RI em humanos não é uma tarefa fácil. Estudos de seguimento epidemiológicos, incluindo um maior número de indivíduos e comparando os possíveis fenótipos metabólicos em indivíduos com mesmo IMC, são necessários para esclarecer como as concentrações plasmáticas de LPS influenciam o metabolismo, e se alterações da microbiota fecal e da permeabilidade intestinal contribuiriam para o aumento de LPS plasmático em alguma fase.