Ciências Biológicas e da Saúde

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    Virulência e resistência de Salmonella enterica exposta ao peptídeo antimicrobiano nisina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-13) Silva, Fernanda Pereira da; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/7651923743467176
    Salmonella enterica é um importante patógeno de origem alimentar de impacto global, que causa gastroenterite e febres entéricas. Alternativas para o controle do crescimento microbiano utilizando peptídeos antimicrobianos têm sido demonstradas ao longo dos anos e a nisina se destaca como uma substância considerada segura (GRAS). Nisina é um peptídeo catiônico que se liga ao lipídio II da membrana interna dos procariontes e tem sido intensamente utilizado no controle de bactérias Gram-positivas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação da nisina no crescimento, formação de biofilme, expressão gênica, virulência e resistência de Salmonella Enteritidis PT4 578. O efeito inibidor da concentração sub-inibitória (sub-MIC) de nisina de 11,72 μM foi potencializado na presença de pH baixo (4,0; 4,5 e 5,5) e de NaCl (1,5, 2,5 e 5,0%), mas não na presença de 500 e 1000 µM de H 2 O 2 . Quando S. enterica foi exposta a concentrações sub-MIC de nisina de 11,72 μM e 46,88 μM, o perfil de alguns genes transcritos aumentou a expressão, como os genes de resistência (pagC), virulência (invA e invF) e formação de biofilme (fimF). O aumento da virulência de S. enterica promovido por concentrações sub-MIC de nisina foi confirmado em larvas de Galleria mellonella, que apresentaram maior taxa de mortalidade em menor tempo pós-inoculação e interferência na resposta imune celular e humoral, com redução do número de hemócitos totais, formação de nodulação e pseudópodes (protrusões), biossíntese de melanina (melanização) e regulação de proteínas de defesa (cactus e peroxidases). Estes resultados demonstram que agentes estressores potencializam o efeito da nisina no controle do crescimento de S. enterica e que nisina aumenta a virulência desse patógeno em um modelo animal.
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    Caracterização biológica e molecular de um bacteriófago específico para Xanthomonas campestris pv. campestris
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-25) Silva, Fernanda Pereira da; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/7651923743467176
    Os vírus que infectam bactérias são denominados bacteriófagos, sendo também referidos como “fagos”. Os bacteriófagos que infectam bactérias fitopatogênicas, tem despertado crescente interesse devido ao seu potencial para o biocontrole. A bactéria Gram negativa Xanthomonas campestris pv. campestris, é o agente causal da podridão negra das brássicas (Brassicaceae), sendo responsável por perdas econômicas, resultantes do difícil controle. Assim, este trabalho teve como objetivo realizar o isolamento e a caracterização biológica e molecular de bacteriófagos infectando Xanthomonas campestris pv. campestris. Para isso, plantas da família Brassicaceae apresentando sintomas da podridão negra e solo rizosférico, foram coletados em campos de cultura em Coimbra-MG e triados para a presença de bacteriófagos adotando a técnica de formação de placas de lise por meio da sobrecamada de ágar. Das nove amostras analisadas, uma amostra apresentou placas de lise persistente nos quatro ciclos de propagação. O fago foi denominado Xacp1 e apresentou cabeça icosaédrica de aproximadamente 30 ± 5 nm de diâmetro e uma cauda curta com 6 ± 0,2 nm de comprimento e 7 ± 0,2 nm de diâmetro. O bacteriófago possui ácido nucleico composto por uma única molécula de DNA fita dupla (dsDNA) com tamanho estimado em 65 Kpb. De acordo com a morfologia e tipo de genoma, o bacteriófago Xacp1 foi classificado na família Podoviridae (Ordem Caudovirales). A sequencia do genoma completo do fago está sendo analisada e será utilizada para estudar o relacionamento filogenético com outros bacteriófagos que infectam Xanthomonas campestris. O bacteriófago mostrou capacidade em infectar apenas isolados de Xanthomonas vcampestris pv. campestris no teste de susceptibilidade, apresentando placas de lise com coloração, tamanho e formato padrão. Isolados bacterianos relacionados e não relacionados a Xanthomonas campestris pv. campestres não foram suscetíveis à infecção. Em conjunto esses resultados demostram que Xacp1 apresentou características ideais de especificidade e virulência que motivam futuros estudos para sua utilização como uma ferramenta biotecnológica para a utilização no biocontrole da podridão negra em brássicas.