Ciências Biológicas e da Saúde

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    Lesões pré-neoplásicas, perfil lipídico, marcadores inflamatórios e aspecto histológico intestinal de ratos Wistar alimentados com dietas à base de diferentes óleos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-18) Rosa, Damiana Diniz; Ribeiro, Sônia Machado Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701461E0; Neves, Clóvis Andrade; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785611E1; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723914H4; http://lattes.cnpq.br/1145163296557852; Bressan, Josefina; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781728Y2; Sabarense, Céphora Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784824P6; Dias, Cristina Maria Ganns Chaves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786741P6
    A ação de óleos e gorduras na nutrição humana tem sido amplamente pesquisada e discutida nas últimas décadas. Atenção tem sido dada à qualidade nutricional destes óleos, sendo importante a quantidade e composição dos ácidos graxos. Os ácidos graxos essenciais têm grande importância por seus papéis farmacológicos e como mediadores de reações inflamatórias, diretamente relacionadas à resistência imunológica, distúrbios metabólicos, processos trombóticos e doenças neoplásicas. Estudos experimentais sustentam a hipótese que os ácidos graxos da série ω6 contribuem para o desenvolvimento a progressão de lesões neoplásicas enquanto que os ácidos graxos da série ω3 possuem uma ação protetora. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da adição à dieta de diferentes óleos (soja, oliva, peixe, linhaça) na prevenção de lesões préneoplásicas no cólon de ratos Wistar. Avaliou-se ainda, o seu efeito no perfil lipídico, marcadores inflamatórios, migração de células inflamatórias e análise histológica da mucosa intestinal dos animais. Foram realizados dois experimentos. No primeiro, um estudo exploratório foi realizado com ratos Wistar adultos alimentados com dietas normolipídicas AIN-93M (4g/100g dieta). Os animais foram divididos em quatro grupos e receberam dietas à base de óleo de soja (controle), oliva, peixe e linhaça ad libitum, por um período de 9 semanas. Foram avaliados os parâmetros bioquímicos (colesterol total, HDLcolesterol e triglicerídeos), contagem de linfócitos na mucosa intestinal e morfometria das vilosidades. O grupo alimentado com óleo de peixe apresentou menores valores de colesterol total, HDL-colesterol e triglicerídeos (p<0,05). Os grupos tratados com óleo de peixe e oliva apresentaram melhor preservação das vilosidades intestinais. Menor deposição de linfócitos na mucosa ileal foi verificada no grupo linhaça (p<0.001). A partir destes resultados foi desenvolvido um segundo experimento com o intuito de responder a hipótese do efeito quimiopreventivo dos óleos (oliva, peixe e linhaça) presentes nas dietas normolipídicas e administradas agora à animais induzidos a lesões pré-neoplásicas. Neste experimento, ratos Wistar adultos foram tratados com 1,2-dimetilhidrazina, na dose de 40mg/kg peso corporal, mantidos nas mesmas condições experimentais anteriores. Foi avaliado o perfil de ácidos graxos do soro, tecido hepático, gordura intra-abdominal e nas fezes; investigada a presença de aminas bioativas no tecido hepático, mediadores inflamatórios (IL-8, MCP-1 e TGF-β) na mucosa colônica, realizada a contagem de linfócitos na mucosa intestinal e morfometria das vilosidades. Verificou-se que o grupo alimentado com óleo de peixe apresentou maiores níveis de EPA (p=0,004) e DHA (p<0,001) no fígado e maiores níveis do ácido linolênico (p=0,003) e EPA (p=0,011) no tecido adiposo intra-abdominal em relação aos demais tratamentos. Nestes tecidos, menor relação ω6/ω3 foi verificada nos grupos alimentados com óleos poliinsaturados (peixe e linhaça). Maiores níveis de ácido α-linolênico foi excretado pelo grupo linhaça (p=0,014). Não foi encontrada diferença no número de FCA entre os grupos alimentados com as diferentes fontes lipídicas (p>0,05). Não houve diferença na expressão de IL-8, TGF-β, e MCP-1 em relação ao controle (p>0,05). Ao avaliar comparativamente a expressão das citocinas, verificamos que o grupo peixe expressou duas vezes mais TGF-β e oito vezes menos IL-8 em relação aos demais tratamentos).O grupo oliva apresentou menores níveis de espermidina (p=0,008) em relação aos demais tratamentos. O grupo alimentado com óleo de peixe apresentou menor deposição de linfócitos na mucosa ileal (p<0,001). A análise morfométrica mostrou que os tratamentos apresentaram altura de vilosidade, profundidade de cripta e largura de vilosidade menores que o controle (p<0,001). Este estudo demonstrou que os óleos de linhaça, oliva e peixe apresentam diferentes respostas em relação ao óleo de soja na preservação da mucosa intestinal e proliferação de linfócitos em ratos Wistar saudáveis. Em animais tratados com carcinógeno, o óleo de peixe apresentou um importante efeito protetor a mucosa colônica. Os ácidos graxos α-linolênico, EPA e DHA apresentaram um metabolismo diferenciado em relação à incorporação nos tecidos hepático e intra-abdominal, à formação de pré-lesões neoplásicas e à expressão de citocinas inflamatórias no cólon. A maior incorporação de PUFA da série ω3 no grupo peixe sugere um efeito modulador da resposta inflamatória, em função da menor migração de linfócitos na mucosa intestinal deste grupo.