Ciências Biológicas e da Saúde

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    Germinação in vitro de esporos de Pisolithus sp
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-07-15) Pereira, Gilmara Maria Duarte; Costa, Maurício Dutra; http://lattes.cnpq.br/6661453508000015
    O presente trabalho teve como objetivo estudar a germinação in vitro de basidiósporos de Pisolithus sp. visando a elucidação dos fatores que atuam no processo. Neste estudo foram avaliadas a influência do número de esporos, a presença de plantas hospedeiras e não-hospedeiras e a adição de ácidos orgânicos e compostos flavonóides ao meio de cultura sobre a germinação in vitro dos basidiósporos. Pesquisou-se, também, a influência do extrato do basidiocarpo fresco de Pisolithus sp. sobre a germinação de esporos e sobre o crescimento vegetativo de algumas espécies fúngicas. Não foram observadas relações entre a densidade de basidiósporos espalhados na superfície do meio de cultura e as percentagens de germinação obtidas, indicando a inexistência de compostos inibitórios difusíveis nos esporos. O extrato de basidiocarpo adicionado ao meio de cultura inibiu a germinação dos basidiósporos de Pisolithus sp. e, também, dos esporos dos fungos Penicillium griseoroseum e Colletotricum lindemuthianum, os quais não necessitam da presença da planta como indutora da germinação. Por outro lado, a adição do extrato do basidiocarpo ao meio de cultura aumentou significativamente a produção de massa seca micelial de Pisolithus sp. e de P. griseoroseum, sugerindo que os compostos inibitórios presentes no corpo de frutificação atuam especificamente no processo de germinação de esporos. As percentagens de germinação obtidas na presença das espécies hospedeiras foram baixas, variando de 0 a viii0,0024%. A germinação dos basidiósporos foi estimulada pela presença das raízes da espécies hospedeiras no meio, especialmente a E. citriodora. As plantas leguminosas não-hospedeiras testadas estimularam a germinação, indicando que os fatores que favorecem o processo não são específicos das plantas hospedeiras. A adição dos ácidos fumárico, succínico, lático ou cítrico estimulou significativamente a germinação dos basidiósporos em comparação ao tratamento controle, sem a adição desses compostos. O estímulo variou de acordo com o ácido adicionado, resultando em percentagens de germinação de 0 a 0,0025%. A adição do flavonóide quercetina ao meio de cultura promoveu a germinação dos basidiósporos de Pisolithus sp. Já a rutina, um flavonol estimulador do crescimento micelial de Pisolithus tinctorius, não estimulou o processo germinativo. A germinação dos esporos de fungos ectomicorrízicos provavelmente envolve a participação de vários compostos químicos, com papéis diferentes ou sobrepostos, que iniciam e sustentam o processo. O estímulo à germinação promovido pela quercetina e pelas plantas leguminosas não-hospedeiras indica que os eventos iniciais de interação planta- microrganismo nas simbioses mutualistas devem envolver processos conservados de comunicação química.