Ciências Biológicas e da Saúde

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    Vitamina D na infância: estimativa de ponto de corte e relação com marcadores de risco cardiometabólico não tradicionais (estudo PASE)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-16) Milagres, Luana Cupertino; Novaes, Juliana Farias de; http://lattes.cnpq.br/5631643880683391
    Baixas concentrações séricas de vitamina D e o excesso de peso estão em ascensão no mundo, representando graves problemas de saúde pública. Apesar de o Brasil ser um país de clima tropical, tem sido encontrada alta prevalência de hipovitaminose D na população. Evidências têm mostrado que esta deficiência pode estar associada ao risco cardiometabólico, no entanto, esta relação ainda é pouco estudada na população infantil, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Diante disso, o objetivo deste estudo foi estimar o ponto de corte para a concentração sérica de vitamina D e avaliar sua associação com marcadores de risco cardiometabólico não tradicionais em crianças. Estudo transversal, com amostra representativa de 378 crianças de 8 e 9 anos de todas as escolas urbanas do município de Viçosa-MG, Brasil. Foram coletadas informações socioeconômicas, demográficas e de hábitos de vida pela aplicação de um questionário semiestruturado, e de consumo alimentar por três recordatório de 24 horas. Foram aferidos peso, estatura, perímetro da cintura e pressão arterial das crianças. O estado nutricional foi avaliado pelo cálculo do índice de massa corporal por idade (IMC/I). A composição corporal foi avaliada pela técnica Dual Energy X- ray absorptiometry (DXA). Realizou-se coleta de sangue para dosagem de calcidiol [25(OH)D], leptina, paratormônio, colesterol total e frações, triglicerídeos, glicose e insulina. Para a avaliação do risco de resistência à insulina, calculou-se o índice triglicerídeos x glicemia (TyG). Também foi avaliada a presença do fenótipo cintura hipertrigliceridêmica (FCH). A regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para analisar a associação entre a vitamina D e o FCH. A modelagem de equações estruturais foi utilizada para avaliar a relação entre leptina e resistência à insulina com a vitamina D, considerando também as interrelações que envolvem adiposidade, condição socioeconômica, comportamento sedentário e exposição solar. A construção de curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) foi utilizada para estabelecer o ponto de corte da vitamina D e avaliar sua capacidade em predizer o risco cardiometabólico. As prevalências de deficiência e insuficiência de vitamina D foram 12,2% e 43,4%, respectivamente. O FCH esteve presente em 16,4% das crianças, sendo significativamente maior naquelas com insuficiência (RP=1,85; IC95%: 1,03- 3,30) e deficiência (RP=2,21; IC95%: 1,11-4,45) de vitamina D. Esta associação se manteve para crianças com pelo menos um marcador de risco cardiometabólico. Nos modelos de equações estruturais a adiposidade apresentou efeito direto e positivo no índice TyG. Já a vitamina D, foi inversamente associada ao índice TyG. Sobre os efeitos indiretos, os resultados evidenciaram que a associação entre adiposidade e resistência à insulina é parcialmente mediada pela vitamina D. Também através da modelagem de equações estruturais, observou-se que a adiposidade foi positivamente associada à leptina e inversamente associada a vitamina D, que por sua vez apresentou associação direta com o aumento na leptina. Em relação ao efeito indireto, encontramos que do efeito total que a adiposidade tem na leptina, parte é mediada pela vitamina D. Por fim, foi proposto o ponto de corte de vitamina D de 32,0 ng/mL para predizer risco cardiometabólico em crianças, o qual esteve associado ao menor índice TyG, concentração de leptina e prevalência do FCH. Os resultados deste estudo apontam que a concentração sérica de vitamina D esteve associada a marcadores de risco cardiometabólico não tradicionais, além de ter se mostrado mediadora da relação entre adiposidade e estes marcadores de risco na infância.
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    Prevalência da insuficiência e deficiência de vitamina D e fatores associados em crianças pré-púberes de Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-23) Milagres, Luana Cupertino; Novaes, Juliana Farias de; http://lattes.cnpq.br/5631643880683391
    A insuficiência/deficiência de vitamina D tem sido apresentada por uma significativa parcela da população mundial sendo considerada um problema de saúde pública. Apesar do Brasil ser um país de clima tropical, estudos encontraram altas prevalências de inadequação de Vitamina D na população. Esta deficiência pode estar associada ao desenvolvimento de fatores de risco cardiometabólicos tais como obesidade, intolerância à glicose, hipertensão arterial e dislipidemias. A investigação da vitamina D com esses fatores de risco é pouco estudada na população infantil, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Neste sentido, este estudo objetivou avaliar a prevalência de insuficiência/deficiência de vitamina D e fatores ambientais, demográficos e cardiometabólicos associados em crianças associados em crianças pré-púberes de Viçosa-MG. Trata-se de um estudo transversal realizado com 268 crianças de 8 e 9 anos matriculadas em todas as escolas públicas urbanas de Viçosa, MG. Foram coletadas informações socioeconômicas e demográficas pela aplicação de um questionário semiestruturado. Avaliou-se a ingestão alimentar (três recordatórios de 24 horas), a antropometria (peso, altura, perímetro da cintura e do pescoço, índice de massa corporal e relação cintura/estatura), composição corporal (gordura corporal), a prática de atividade física, pressão arterial e exames bioquímicos (25(OH)D, paratormônio, colesterol total e frações, triglicerídeos, glicose e insulina). A regressão de Poisson com variâncias robustas foi realizada para estimar a associação entre as variáveis e a insuficiência/deficiência de vitamina D. Mais da metade das crianças avaliadas (57,9%) apresentou insuficiência/deficiência dos níveis séricos de vitamina D. As prevalências de deficiência e insuficiência de vitamina D foram de 12,3% e 45,6%, respectivamente. A média da concentração sérica de vitamina D nas crianças foi de 29,5 ng/ml, sendo classificada como insuficiente. Observou-se altas prevalências de fatores de risco cardiometabólicos nas crianças tais como obesidade (15,7%), sobrepeso (15,3%), adiposidade corporal (32,8%) e abdominal excessivas (9,7%), resistência à insulina (3,0%), RCE (16,8%) e PP (17,5%) elevados, hipercolesterolemia (47,8%), baixo HDL-c (32,1%), alto LDL-c (25%) e hipertrigliceridemia (15,3%). A média de ingestão de vitamina D foi 1,66 μg/d e nenhuma criança atingiu sua recomendação de ingestão. O comportamento sedentário e a falta da exposição solar foram fatores associados aos menores níveis de vitamina D, ao contrário da ingestão alimentar. Além disso, a prevalência de insuficiência/deficiência de vitamina D foi maior no inverno (RP: 1,55; IC95%: 1,15-2,09), nas crianças de raça negra (RP: 1,33; IC95%: 1,04-1,72), com excesso de gordura corporal (RP: 1,30; IC95%: 1,06-1,60) e com resistência à insulina (RP: 1,46; IC95%: 1,03-2,06). Conclui-se que o estilo de vida atual das crianças, com baixa ingestão de vitamina D e com poucas atividades ao ar livre, podem explicar a alta prevalência da insuficiência/deficiência da vitamina D. O estímulo das crianças a comportamentos mais saudáveis tais como realização de brincadeiras e esportes ao ar livre, em horários adequados de exposição solar, deve ser realizado por pais, professores e profissionais da saúde. É importante a avaliação da deficiência de vitamina D em crianças, mesmo em país de clima tropical como o Brasil, além de suas relações com fatores de risco modificáveis como excesso de gordura corporal e resistência à insulina na infância.