Ciências Biológicas e da Saúde

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    Comportamento e morfologia das operárias de Atta sexdens rubropilosa (Hymenoptera: Formicidae) envolvidas na manipulação de lixo das colônias
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-31) Lacerda, Fabrícia Gonçalves; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Lúcia, Terezinha Maria Castro Della; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783306E2; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936H0; Moino Junior, Alcides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784404Y9; Araújo, Márcio da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723443H6
    O presente estudo é constituído por três partes, sendo os experimentos realizados no Insetário da Universidade Federal de Viçosa (UFV), no Laboratório de Associações Micorrízicas/ Bioagro/DMB (UFV) e também no Laboratório de Biologia Celular e Biofísica (UFV). Em todos os trabalhos, a subespécie de formiga cortadeira utilizada foi Atta sexdens rubropilosa Forel. No primeiro trabalho, constatou-se que quando operárias lixeiras e forrageadoras são colocadas sobre o jardim de fungo, as primeiras recebem mais grooming (limpeza), além de serem mais inspecionadas e imobilizadas pelas companheiras de ninho do jardim; tais comportamentos não diferiram entre colônias que tiveram o lixo contaminado por esporos de Escovopsis weberi e as que não foram contaminadas. Os comportamentos de grooming , inspeção e imobilização podem representar estratégias comportamentais para evitar a contaminação da colônia a partir do lixo. O comportamento de self-grooming (auto-limpeza) foi semelhante em lixeiras e forrageadoras quando colocadas sobre o jardim e não diferiu em colônias contaminadas e sem contaminação. Não houve comportamento de agressividade das operárias do jardim em relação às lixeiras e forrageadoras; ocorreu apenas hostilidade, em raras ocasiões, a qual foi também mais intensa em relação às lixeiras e em colônias não-contaminadas. A análise microbiana realizada na superfície corpórea das operárias do lixo e jardim de fungo das colônias nãocontaminadas por E. weberi revelou a presença de Trichoderma, um antagonista do jardim de fungo, dentre outros fungos saprófitas e fitopatógenos. Constatou-se, ainda, que 83,28% das operárias do lixo não ficam confinadas a esse compartimento, podendo transitar livremente pela colônia. No segundo trabalho, constatou-se que tarefas como o cuidado no interior do jardim são freqüentes no decorrer da vida das operárias, apesar de declinarem em termos de ocorrência nas últimas semanas de vida dessas. As atividades de forrageamento também ocorrem durante todo o período de vida das operárias, tornando-se mais freqüentes no final da vida dessas operárias. Portanto, as operárias apresentam polietismo etário em relação às tarefas no interior do jardim de fungo e ao forrageamento. Já o trabalho no lixo pelas operárias ocorre durante toda a vida delas, sendo mais freqüente nas primeiras semanas de vida. Assim, o polietismo etário não se aplica às tarefas relacionadas ao lixo da colônia. Verificou-se, também, que a casta predominante, em número de operárias, no compartimento de lixo da colônia foi a das jardineiras seguida pelas generalistas, forrageadoras e soldados. Constatou-se, ainda, que operárias do lixo são capazes de cuidarem do jardim de fungo, entretanto, a freqüência de cuidados é menor que a das as operárias que trabalham normalmente nesse compartimento. Operárias lixeiras exibiram cuidado com a prole e forrageamento semelhantes ao das operárias não-lixeiras. Entretanto, em relação às atividades do lixo, a freqüência de lixeiras trabalhando no compartimento de lixo foi maior do que a das não-lixeiras. Portanto, operárias lixeiras são capazes de se engajar nas diversas tarefas da colônia. No terceiro trabalho, constatou-se que operárias lixeiras, transportadoras de lixo e forrageadoras apresentaram maior volume do reservatório da glândula metapleural, produtora de antibióticos, do que operárias do jardim de mesmo tamanho; esse volume não diferiu entre essas três primeiras castas. A relação núcleo- citoplasma bem como a área de superfície da bula não diferiu entre as quatro classes de operárias avaliadas. Concluiu-se que as operárias, que trabalham no exterior da colônia, as quais se expõem mais intensamente aos riscos de parasitismo, encontram-se mais bem equipadas morfologicamente, uma vez que possuem glândula metapleural mais desenvolvida.