Ciências Biológicas e da Saúde

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    Critérios diagnósticos e fatores de risco para síndrome metabólica, em adolescentes que já apresentaram a menarca, de escolas públicas de Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-30) Faria, Eliane Rodrigues de; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723914H4; Priore, Sílvia Eloiza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766931D6; http://lattes.cnpq.br/7393973855594382; Rosado, Gilberto Paixão; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781969H8; Ribeiro, Sônia Machado Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701461E0; Sant anna, Luciana Ferreira da Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790445J0
    Com o objetivo de estudar os critérios para diagnóstico da síndrome metabólica e seus possíveis fatores de risco em adolescentes que já apresentaram a menarca, procedeu-se a um estudo epidemiológico, de corte transversal. Foram avaliadas 100 adolescentes, de 14 a 17 anos, selecionadas em escolas da rede pública de Viçosa-MG, tendo como critérios de inclusão estar cursando o ensino médio e já terem apresentado a menarca, no mínimo há um ano. Foram comparados quatro critérios propostos para o diagnóstico da síndrome metabólica em adultos (WHO (1998), EGIR (1999), NCEP/ATPIII (2001), IDF (2005)) e um critério proposto para adolescentes (Alvarez et al., 2006). Em razão de a maioria dos critérios se destinar ao uso em adultos, a avaliação dos marcadores de risco para a síndrome metabólica foi realizada mediante adaptações para a faixa etária em estudo. Foram verificados os parâmetros de composição corporal como peso, estatura, IMC e índices derivados (IMCG e IMCLG), percentual de gordura, massa de gordura e livre de gordura (MG e MLG), circunferências da cintura (CC), quadril (CQ) e relação cintura/quadril (RCQ); parâmetros bioquímicos como colesterol total e frações, triacilgliceróis, glicemia, insulina de jejum e homocisteína; e parâmetros clínicos como pressão arterial sistólica e diastólica. A resistência à insulina foi determinada utilizando-se os níveis de insulina e glicemia de jejum por meio do HOMA-IR. O estado nutricional foi avaliado por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), utilizando-se os pontos de corte preconizados pelo CDC/NCHS (2000). O percentual de gordura corporal foi estimado utilizando-se o aparelho de bioimpedância elétrica horizontal, classificado conforme Lohman (1992). Foram utilizados os pontos de corte para a classificação de dislipidemias, preconizados pelas III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias (2001) e I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência (2005). Os níveis de insulina de jejum e resistência à insulina pelo HOMA-IR foram classificados segundo a I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência (2005). Para a glicemia de jejum alterada, foi utilizada a recomendação da American Diabetes Association (2006). A hipertensão arterial foi caracterizada conforme as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2006). Aplicaram-se 2 instrumentos de avaliação dietética: Questionário de Freqüência de Consumo Alimentar (QFCA) e Recordatório 24 Horas (R24H). Dos dados obtidos da análise dietética, avaliaram-se: energia, proteínas, carboidratos, lipídios, ferro, vitamina C, cálcio, fibras, ácidos graxos monoinsaturados (AGMI), ácidos graxos poliinsaturados (AGPI), ácidos graxos saturados (AGS) e colesterol. Em relação ao estado nutricional, 83, 11 e 6% das adolescentes apresentaram eutrofia (EU), risco de sobrepeso/sobrepeso (RS/SP) e baixo peso, respectivamente, (BP) (CDC/NCHS, 2000); e 61% apresentaram porcentagem de gordura corporal (%GC) elevada. O colesterol total foi o que apresentou maior porcentagem de inadequação (57%), seguido do HDL (50%), LDL (47%) e triacilgliceróis (22%). Observou-se inadequação em 11, 9, 5 e 4%, respectivamente, em relação ao HOMA-IR, insulina, pressão arterial e glicemia. A prevalência da síndrome variou de 1-28%, dependendo dos critérios e pontos de corte. O critério da WHO (1998) adaptada à faixa etária apresentou maiores valores preditivos positivos, enquanto o critério que inclui todos os componentes usados nas diferentes propostas apresentou maiores valores de sensibilidade e especificidade. Observaram-se níveis maiores de insulina, HOMA-IR e da maioria das variáveis de composição corporal nas adolescentes com excesso de peso ou excesso de gordura corporal. Com o aumento dos quartis de HOMA-IR, houve aumento no peso, IMC, IMCG, CC, CQ, MG, MLG, gordura central e periférica, % GC, triacilgliceróis, VLDL, CT/HDL e glicose. Para colesterol total, insulina, HOMA-IR e estado nutricional, RS/SP>BP (p<0,05). Para as variáveis de composição corporal e estado nutricional, RS/SP>EU>BP (p<0,001). Encontraram-se correlações positivas e fortes entre IMC e medidas antropométricas que estimam o percentual de gordura, bem como sua distribuição central, exceto para RCQ. A %GC foi correlacionada aos níveis de insulina (r=0,303; p<0,001) e HOMA-IR (r=0,281; p<0,001). A ingestão energética e a de macronutrientes correlacionaram-se inversamente com parâmetros de composição corporal. Somente os níveis de glicemia de jejum apresentaram correlação positiva com a ingestão energética de lipídios e de ácidos graxos saturados. Verificou-se baixo consumo de frutas, totalizando 43% das adolescentes que as consumiam diariamente, sendo a média do consumo de fibra abaixo do recomendado, e 18% apresentavam ingestão de colesterol acima do recomendado. As adolescentes com excesso de peso relataram consumir maior quantidade de açúcar. A ingestão de ácidos graxos saturados foi maior nas adolescentes sem síndrome metabólica. Apesar de não ser estatisticamente significativo, houve uma tendência de as adolescentes com síndrome metabólica apresentarem menor ingestão de vitamina C, cálcio, ferro e fibras. As adolescentes apresentaram várias alterações metabólicas, ligadas na maioria das vezes ao excesso de peso e de gordura corporal e à resistência à insulina, que associadas constituem a síndrome metabólica. Os melhores critérios para diagnóstico da síndrome metabólica para screening populacional e na prática clínica foram, respectivamente, o critério que inclui todos os componentes usados nas diferentes propostas e o critério da WHO (1998) adaptado à faixa etária. A alta prevalência desses distúrbios metabólicos e os erros alimentares apresentados podem comprometer a saúde atual e futura destas adolescentes, justificando a necessidade de intervenção constante junto a esta população, reforçando a importância de programas específicos de atenção à saúde do adolescente.
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    Comparação de diferentes componentes para o diagnóstico da síndrome metabólica na adolescência
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-25) Faria, Eliane Rodrigues de; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723914H4; Priore, Sílvia Eloiza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766931D6; http://lattes.cnpq.br/7393973855594382; Freitas, Sílvia Nascimento de; http://lattes.cnpq.br/9326302409501941; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/2013048264104100
    A resistência à insulina está associada a alterações metabólicas como dislipidemias, hipertensão, diabetes, excesso de peso e/ou de gordura corporal, que em conjunto, caracterizam a síndrome metabólica e se comportam de forma diferente nas três fases da adolescência. Com o objetivo de comparar os componentes da síndrome metabólica entre os sexos e as três fases da adolescência, propondo um novo critério para diagnóstico da síndrome, procedeu-se a um estudo epidemiológico, de corte ransversal. Foram avaliados 800 adolescentes, de 10 a 19 anos, de ambos os sexos, de escolas públicas e privadas da zona urbana e rural do município de Viçosa-MG/Brasil, conforme as fases da adolescência: inicial (10-13 anos), intermediária (14-16 anos) e final (17-19 anos). Foram verificados os parâmetros antropométricos e de composição corporal como peso, estatura, IMC, percentual de gordura corporal, massa de gordura e livre de gordura, perímetros da cintura, quadril, relação cintura/estatura (RCE) e relação cintura/quadril (RCQ); parâmetros bioquímicos como colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia, insulina de jejum e ácido úrico; parâmetros clínicos como pressão arterial sistólica e diastólica e estilo de vida como hábitos alimentares, atividade física, tabagismo. O percentual de gordura corporal foi estimado por duas bioimpedâncias elétricas: BIA1 (tetrapolar horizontal); BIA2 (vertical com oito eletrodos táteis) e pelo DEXA. A resistência à insulina foi determinada utilizando-se os níveis de insulina e glicemia de jejum por meio do HOMA-IR. Utilizou-se critérios para o diagnóstico da síndrome metabólica da WHO (1998); EGIR (1999); NCEP/ATPIII (2001) e IDF (2007) com adaptações propostas para adolescentes. A análise fatorial de componente principal foi empregada na investigação do agrupamento dos componentes da síndrome metabólica e a regressão logística para avaliar os fatores associados à resistência à insulina. Utilizou-se o gráfico de Bland Altman, Índice de Kappa, calculou-se os erros totais e erros padrões de estimativa (EPE) e os valores de sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e negativo na avaliação do melhor equipamento para predição de gordura corporal. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa. Em relação ao estado nutricional, 21,3% apresentava excesso de peso e 43% apresentaram percentual de gordura corporal inadequado pela bioimpedância vertical com oito eletrodos. O colesterol total foi o que apresentou maior percentual de inadequação (58,6%), seguido do HDL (34,4%), LDL (33,6%) e triglicerídeos (14,8%), com diferenças em relação ao sexo e fase da adolescência. Observou-se inadequação em 10,3; 10,0; 2,9 e 0,75%, respectivamente, em relação ao HOMA-IR, insulina, pressão arterial e glicemia. A bioimpedância vertical com oito eletrodos foi mais eficaz na avaliação da gordura corporal do que a bioimpedância horizontal tetrapolar, por apresentar maior correlação e concordância com o DEXA e menores EPE. Os adolescentes da fase inicial apresentaram maiores valores de colesterol total, LDL, HDL, triglicerídeos, glicemia de jejum e relação cintura/quadril, ficavam menos tempo sentados e realizavam maior número de refeições (p<0,05). A resistência à insulina esteve associada à inadequação na composição corporal, nos níveis bioquímicos e no estilo de vida, sendo diferente para cada fase da adolescência. A prevalência da síndrome metabólica variou de 0,4-5,7% de acordo com o critério utilizado, não se observando diferença por sexo e fase (p>0,05). A análise fatorial reduziu onze variáveis inter-relacionadas a um conjunto de quatro fatores, comportando-se de forma diferente para cada fase da adolescência, sendo que o fator 1 relacionado às alterações da composição corporal (IMC, perímetro da cintura, RCE e percentual de gordura corporal) explicaram aproximadamente 30% da variância total. Observou-se que 9,8% apresentavam risco para a síndrome metabólica pelo critério sugerido neste estudo, considerando o percentil 90 das variáveis e 14,6% considerando os pontos de corte estabelecidos pela curva ROC. Sugere-se mais estudos para padronizar a síndrome metabólica em adolescentes bem como mais estudos que confirmem a utilização de um novo critério para diagnosticar o risco de apresentar síndrome metabólica considerando a presença de uma alteração na composição corporal mais duas inadequações (níveis lipídicos, resistência à insulina, ácido úrico, pressão arterial), utilizando pontos de corte segundo sexo e fase. A alta prevalência desses distúrbios metabólicos e o estilo de vida inadequado apresentados podem comprometer a saúde atual e futura destes adolescentes, justificando a necessidade de intervenção constante junto a esta população, reforçando a importância de programas específicos de atenção à saúde do adolescente.