Ciências Biológicas e da Saúde

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    Arroz fortificado com ferro, zinco, tiamina e folato: impacto sobre o estado nutricional de pré-escolares e biodisponibilidade de ferro e zinco em ratos Wistar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-20) Della Lucia, Ceres Mattos; Sant’Ana, Helena Maria Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/1260265650354485
    As deficiências de micronutrientes configuram-se como um importante problema de saúde pública emergente e de caráter mundial, sendo alvo de preocupação das autoridades e profissionais de saúde. O arroz fortificado com micronutrientes por meio da tecnologia Ultra Rice ® (UR®) pode ser uma importante estratégia na prevenção e controle dessas carências nutricionais. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da utilização de um arroz fortificado (Ultra Rice®) com ferro, zinco, tiamina e folato sobre o estado nutricional de pré-escolares e a biodisponibilidade de ferro e zinco em ratos Wistar. Foi realizado um estudo de intervenção com crianças em duas creches filantrópicas de Viçosa, MG, em que as mesmas foram submetidas a avaliações antropométricas e bioquímicas, no início e ao final do período de intervenção, bem como à avaliação dietética. As crianças de uma creche receberam arroz polido e as crianças da outra creche receberam UR® misturado ao arroz polido, numa proporção de 1:100, como parte da alimentação escolar. A aceitação do arroz foi avaliada pela análise do resto- ingestão. A biodisponibilidade de ferro em dietas contendo UR® e UR® adicionado de farinha de yacon foi avaliada em ratos pelo método de depleção/repleção de hemoglobina. Foram monitorados o peso corporal e o consumo alimentar dos animais e calculados o ferro hemoglobínico (Hb-Fe), a eficiência de regeneração da hemoglobina (HRE) e o valor biológico relativo (RBV). Após eutanásia, determinou-se o conteúdo de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) (ácidos acético, butírico e propiônico) a partir das fezes do conteúdo cecal dos animais e realizou-se a contagem de reticulócitos por meio da técnica do esfregaço. No ensaio sobre biodisponibilidade de zinco, ratos foram alimentados com dietas contendo duas diferentes fontes de zinco (UR® fortificado com óxido de zinco - dieta teste ou carbonato de zinco (ZnCO3) – dieta controle), suprindo 50 ou 100 % da recomendação desse mineral para esses animais. Foram avaliados o ganho de peso, a ingestão alimentar, o coeficiente de eficiência alimentar, o peso, a espessura e o comprimento do fêmur, a retenção de zinco, cálcio e magnésio no fêmur e as concentrações de zinco no fêmur, plasma e eritrócitos. No estudo de intervenção, observou-se que o UR® melhorou o estado nutricional dos pré-escolares em relação às concentrações de zinco, tiamina, ácido fólico, hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM). Não foram detectadas diferenças entre o início e o final do período de intervenção quanto aos valores de hematócrito, hemoglobina e eritrócitos. Os pré-escolares apresentaram ganho de peso após os 4 meses de intervenção, sendo que, na creche teste, as medianas de escore-z para os índices peso por estatura (P/E) e índice de massa corporal por idade (IMC/idade) também foram significativamente maiores. O UR® apresentou excelente aceitação sensorial por parte das crianças. A ingestão de energia e de proteínas por crianças da faixa etária de 4 a 6 anos foi significativamente maior na creche teste, assim como foi maior o consumo de vitamina B1, folato e ferro por crianças de 2 a 3 e de 4 a 6 anos. A média da pontuação total do Índice de Qualidade da Dieta (IQD) foi baixa em ambas as creches, indicando que a alimentação dos pré-escolares necessita de mudanças. No ensaio sobre biodisponibilidade de ferro, observou-se que a dieta contendo UR® apresentou alta biodisponibilidade, sendo observado um RBV de 84,6 %. Todavia, a adição de farinha de yacon à dieta contendo UR® promoveu redução significativa no valor de RBV (63,1 %). Houve diferença no conteúdo de AGCC sendo que, para o ácido acético, os grupos que receberam farinha de yacon apresentaram maiores valores comparados aos que não receberam. No ensaio sobre biodisponibilidade de zinco, a dieta controle proporcionou maior ganho de peso, coeficiente de eficiência alimentar, retenção de zinco e concentração de zinco no fêmur quando comparada à dieta teste. Entretanto, a ingestão alimentar, o comprimento e a espessura do fêmur, o zinco plasmático e o zinco eritrocitário não diferiram entre os grupos. O UR® mostrou-se como uma alternativa viável a ser utilizada na alimentação escolar, uma vez que os resultados dos estudos de biodisponibilidade de minerais e de intervenção foram promissores, indicando a eficácia de sua utilização. Palavras-chave: Deficiência de micronutrientes; fortificação de alimentos; vitaminas; minerais; crianças.