Ciências Biológicas e da Saúde

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    Caracterização morfoanatômica de espécies de Gentianaceae ocorrentes em áreas de cerrado e de campo rupestre em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-20) Delgado, Marina Neves; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4753668Z3; Guimarães, Elsie Franklin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783543U6; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; Paiva, élder Antonio Sousa e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790601A9
    A família Gentianaceae apresenta em torno de 1600-1700 espécies predominantemente herbáceas sendo que 25 gêneros ocorrem no Brasil, principalmente nos cerrado e campos rupestres. As espécies estão incluídas em 6 tribos e 86 gêneros. A tribo Chironieae apresenta em torno de 159 espécies e 23 gêneros, como Schultesia e Deianira, e a tribo Helieae compreende 184 espécies em 22 gêneros, dentre eles Calolisianthus. O limite taxonômico entre as espécies de Gentianaceae é muitas vezes confuso e necessita ser elucidado. O objetivo do presente trabalho é contribuir com dados morfoanatômicos de algumas espécies de Gentianaceae para compreender algumas estratégias adaptativas de espécies dos gêneros Deianira, Schultesia e Calolisianthus, assim como fornecer subsídios para elucidação da taxonomia desses gêneros. As amostras foram coletadas, no cerrado da FLONA de Paraopeba (MG) e no campo rupestre da Serra de Ouro Branco (MG) e processadas, segundo as técnicas usuais, para estudos em microscopia de luz e eletrônica de varredura. As espécies estudadas foram Deianira erubescens, Deianira pallescens, Deianira nervosa, Deianira chiquitana, Schultesia gracilis, Calolisianthus pendulus, Calolisianthus amplissimus e Calolisianthus specisosus. As espécies de Deianira apresentam raízes com córtex formado por parênquima amilífero, micorrizas arbusculares do tipo Arum, crescimento secundário usual (D. pallescens e D. chiquitana) ou não usual com floema interxilemático (D. erubescens e D. nervosa); folhas anfiestomáticas (exceto em D. nervosa cujas folhas são hipoestomáticas), mesofilo homogêneo, na maioria das espécies, ou dorsiventral em D. nervosa, calotas de fibras ou esclereídes e fibras associados ao feixe. S. gracilis apresenta raiz com aerênquima e micorrizas arbusculares do tipo Paris e vesículas, caule fistuloso, quadrangular em secção transversal, com aletas e folhas hipoestomáticas com mesofilo homogêneo. As espécies de Calolisianthus apresentam raízes com micorrizas arbusculares do tipo Arum e com amido nas células parenquimáticas; caule quadrangular, em secção transversal, com aletas e folhas hipoestomáticas, com cutícula espessa, mesofilo homogêneo (exceto em C. pendulus que apresenta folhas dorsiventrais), esclereídes e fibras associados ao feixe da nervura mediana, coléteres na face adaxial da folha (região interpeciolar) e glândulas na base foliar. As glândulas presentes na base da folha de C. pendulus e C. speciosus ocorrem, também, no ápice da folha e no cálice das três espécies estudadas e são nectários extraflorais (NEFs). Os NEFs na base da folha e no cálice de C. speciosus secretam grande quantidade de néctar, atraindo muitas formigas. Os NEFs são constituídos por unidades secretoras, os nectaríolos, formadas por 3-8 células em arranjo de roseta com um canal central. As paredes periclinais internas e as anticlinais opostas ao canal são espessas e impregnadas por compostos lipídicos. Unidades secretoras isoladas (nectaríolos) podem ser observadas ao longo da folha, nas duas faces, em C. amplissimus e também em C. pendulus e C. speciosus. Coléteres que secretam mucilagem ocorrem na face adaxial da base das folhas (região intrapeciolar) e no cálice das espécies de Calolisianthus estudadas. Os coléteres de C. speciosus apresentam pedúnculo curto e cabeça multisseriada, formada por células secretoras periféricas separadas das células mais internas por um grande espaço apoplástico onde a mucilagem se acumula. A caracterização morfoanatômica de espécies de Gentianaceae, ocorrentes nos cerrado e campos rupestres, evidencia a grande riqueza estrutural das herbáceas fornecendo dados que podem contribuir para esclarecer problemas taxonômicos da família, melhor identificar as espécies de Deianira e Calolisinthus e compreender as suas estratégias adaptativas.