Ciências Biológicas e da Saúde

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    Morfologia das glândulas salivares e fitofagia do predador Supputius cincticeps (Heteroptera: Pentatomidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-21) Castro, Ancidériton Antonio de; Leite, Germano Leão Demolin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791113T6; Serrão, José Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785636U6; Zanuncio, José Cola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787556T2; http://lattes.cnpq.br/6723808768741571; Lúcia, Terezinha Maria Castro Della; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783306E2; Pinto, Rosenilson; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775353D2
    A assincronia entre a dinâmica populacional de pragas e de seus inimigos naturais pode resultar em surtos populacionais de pragas. Isto se deve, dentre outros fatores, à ausência de predadores para a colonização das lavouras e, posteriormente, à falta de alimento para a sustentação desses insetos. O estabelecimento de inimigos naturais é, normalmente, mais lento e, atingem populações expressivas após os picos populacionais das pragas. A compreensão do papel das plantas na dinâmica populacional pode permitir a manipulação de predadores onívoros em sistemas agrícolas e melhorar a eficiência desses inimigos naturais. Supputius cincticeps (Stal) (Heteroptera: Pentatomidae) apresenta potencial para o controle biológico de pragas e, por isto, a morfologia das glândulas salivares, as características reprodutivas e os parâmetros das tabelas de fertilidade e esperança de vida desse predador foram estudadas com diferentes plantas e pupas de Tenebrio molitor (L.) (Coleoptera: Tenebrionidae) em laboratório. Os tratamentos foram: T1- folhas de eucalipto + pupas de T. molitor + água, T2- folhas de soja + T. molitor + água, T3- folhas de feijão + T. molitor + água, T4- folhas de algodoeiro + T. molitor + água, T5- folhas de tomateiro + T. molitor + água e T6- T. molitor + água (testemunha). Os casais de S. cincticeps receberam água, diariamente, e duas pupas de T. molitor três a quatro vezes por semana. Morfologicamente, o sistema salivar de S. cincticeps é constituído por um par de glândulas salivares principais e outro de glândulas acessórias, no protórax. As principais são bilobadas com lóbulo anterior esférico, menor que o posterior que apresenta forma de saco alongado e as acessórias, longas e tubulares originando-se na porção terminal do ducto acessório, que sofre um abaulamento. Quanto aos parâmetros reprodutivos, o número de ovos por fêmea de S. cincticeps foi menor sem planta que nos demais tratamentos e o de ninfas por fêmea, maior em folhas de eucalipto, soja, feijão ou algodoeiro que com tomateiro ou sem planta. As taxas líquidas de reprodução (Ro) de fêmeas de S. cincticeps foram maiores com folhas de eucalipto (68,39), soja (57,28) ou feijão (58,69) e menor sem planta com 15,06 fêmeas produzidas por fêmea. As taxas intrínsecas de crescimento (rm) foram maiores com folhas de eucalipto (0,10) ou de soja (0,10) e menor sem planta com 0,07 fêmeas/fêmea de S. cincticeps acrescentadas à população por dia. A razão finita de aumento populacional (λ) foi maior com folhas de soja (1,11), eucalipto (1,11) ou feijão (1,10) e menor sem planta com 1,07 fêmeas/fêmea de S. cincticeps acrescentadas à população por dia. Plantas de eucalipto, soja ou feijão melhoraram as características biológicas de S. cincticeps, o que é importante para esse predador no controle biológico de pragas nessas culturas. No entanto, o impacto negativo de plantas de tomateiro indica que o controle biológico de pragas nessa cultura com S. cincticeps pode ter baixa eficiência.
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    Toxicity of insecticides to lepidopteran pests, selectivity to predatory stinkbugs and behavioral aspects of these natural enemies
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-12-02) Castro, Ancidériton Antonio de; Serrão, José Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785636U6; Leite, Germano Leão Demolin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791113T6; Zanuncio, José Cola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787556T2; http://lattes.cnpq.br/6723808768741571; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Pinto, Rosenilson; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775353D2; Guedes, Nelsa Maria Pinho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797250J6; Soares, Marcus Alvarenga; http://lattes.cnpq.br/6705125228904432
    A aplicação de inseticidas, muitas vezes usado erroneamente e de forma abusiva, sem considerar o limite recomendado, é o método de controle de pragas utilizado pela maioria dos produtores de soja. O Brasil é o maior consumidor mundial de pesticidas e a utilização desses compostos aumentou em outras partes do mundo, em diferentes culturas. O controle de pragas em plantas de soja é baseada em pesticidas convencionais, incluindo ciclodienos, organofosfatos e piretróides. O controle biológico com parasitóides, predadores e resistência de plantas a insetos são importantes para programas de manejo integrado de pragas (MIP). Portanto, a utilização de inseticidas deverá ser compatível com as diferentes estratégias de controle para manter a viabilidade da agricultura. Percevejos predadores como Podisus maculiventris (Say), Podisus nigrispinus (Dallas) e Supputius cincticeps (Stal) (Heteroptera: Pentatomidae) apresentam potencial para o controle biológico de pragas. Os objetivos dessa pesquisa foram avaliar a toxicidade e aspectos comportamentais dos predadores P. nigrispinus e S. cincticeps expostos aos clorantraniliprole, deltametrina, espinosade e metamidofós, inseticidas normalmente utilizados no controle da lagarta-da-soja. A sobrevivência, reprodução e os parâmetros de tabela de vida do predador P. nigrispinus, alimentado em lagartas de xAnticarsia gemmatalis (Hübner) (Lepidoptera: Erebidae) criadas em folhas da soja previamente expostas a quatro inseticidas utilizados nesta cultura (clorantraniliprole, deltametrina, espinosade e metamidofós), foram avaliados. A toxicidade de alguns inseticidas botânicos aprovados pelo Organic Materials Review Institute (OMRI) contra Spodoptera exigua (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) para P. maculiventris em laboratório foi, também, avaliada. Todos os inseticidas, exceto a deltametrina para S. cincticeps, apresentaram maior toxicidade para a praga que a esses inimigos naturais, fornecendo controle efetivo de A. gemmatalis. As doses recomendadas de campo de deltametrina, metamidofós e espinosade, para o controle de A. gemmatalis, causaram 100% de mortalidade de ninfas de P. nigrispinus e S. cincticeps. Clorantraniliprole foi o menos tóxico e o inseticida mais seletivo para esses predadores, com mortalidades menores que 10% expostos a 10x a dose recomendada de campo por período de 72 h. Alterações do padrão de comportamento em predadores foram encontrados para todos os inseticidas, especialmente metamidofós e espinosade, os quais apresentaram irritabilidade (evitar após o contato) para ambas as espécies predadoras. No entanto, a repelência inseticida (evitar sem contato) não foi observada em nenhum dos insetos testados. Os efeitos letais e subletais de pesticidas sobre os inimigos naturais são de grande importância para o MIP, e nossos resultados indicam que a substituição de inseticidas piretróides e organofosforados em suas doses de campo por clorantraniliprole pode ser um fator chave para o sucesso de programas de MIP de A. gemmatalis em soja. Durante estudos de tabela de vida, espinosade e ximetamidofós não foram compatíveis com P. nigrispinus em programas de MIP em soja, enquanto deltametrina foi levemente tóxico e clorantraniliprole pode ser considerado o mais promissor devido à menor toxicidade para este predador. Entrust® e Coragen® apresentaram maiores toxicidade para a praga que o predador e PyGanic® e Azera® maiores toxicidade para o predador que a praga utilizando os bioensaios com frascos de vidro. Coragen® também demonstrou maior toxicidade contra S. exigua utilizando bioensaios de incorporação de dieta, seguido por Entrust®, PyGanic® e Azera®. Os bioensaios de toxicidade oral mostraram que Entrust® apresentou maior toxicidade contra P. maculiventris seguido por PyGanic®, Azera® e Coragen®. No presente estudo a noção de que os compostos naturais são mais seguros do que os compostos sintéticos para espécies não-alvo é refutada, o qual mostrou que o inseticida sintético Coragen® foi menos tóxico do que os inseticidas naturais PyGanic®, Azera® e Entrust®. Certos bioinseticidas não devem ser isentos de avaliações de risco e seus efeitos sub-letais não-alvo não devem ser negligenciados para a utilização de inseticidas em programas de manejo integrado de pragas.