Ciências Biológicas e da Saúde

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    Atividade inibitória de bovicina HC5 sobre bactérias deterioradoras de polpa de manga
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-19) Carvalho, Ana Andréa Teixeira de; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777433U3; Moraes, Célia Alencar de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781007D6; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0; Soares, Nilda de Fatima Ferreira; SOARES, N. F. F.
    Bacteriocinas de bactérias do ácido láctico têm sido propostas como alternativa aos métodos tradicionais de conservação de alimentos, como tratamento térmico, que interferem nas características naturais do alimento. A nisina é a bacteriocina que tem sido mais utilizada em alimentos. Recentemente, uma nova bacteriocina, bovicina HC5 produzida por Streptococcus bovis HC5, foi caracterizada e apresentou efetividade contra Listeria monocytogenes e Clostridium sporogenes. Neste estudo, a atividade desta bacteriocina foi testada contra Bacillus cereus, Bacillus thuringiensis e linhagens de Clostridium tyrobutyricum isolados da polpa de manga deteriorada. A adição de 40 a 160 UA/mL de bovicina HC5 em caldo BHI resultou na diminuição da velocidade específica de crescimento e da DO máxima atingida por B. cereus, B. thuringiensis e C. tyrobutyricum. Concentrações de 40 e 80 UA/mL de bovicina HC5 resultaram no aumento da fase lag dos isolados em pelo menos 10 h e quando a concentração utilizada foi de 160 UA/mL, o crescimento não foi observado por, pelo menos, 144 h. Concentração de 100 UA/mL de bovicina HC5 foi bactericida para células vegetativas inoculadas em polpa de manga e este efeito foi mais pronunciado em condições acídicas. Após 24 horas de incubação na presença da bacteriocina, o número de células viáveis das bactérias avaliadas ficou abaixo do limite de detecção. Resultados semelhantes foram obtidos com a nisina. Quando as linhagens de C. tyrobutyricum foram inoculadas em polpa de manga contendo 100 UA/mL de bovicina HC5, a produção de gás não foi observada por até 10 dias de incubação. Bovicina HC5 reduziu a germinação de esporos de B. cereus e B. thuringiensis e o número de esporos no estado dormente após 122 h de incubação foi, pelo menos, 100 vezes maior do que o observado no tratamento controle, sem bacteriocina. Esta bacteriocina não teve efeito na resistência térmica de esporos de B. cereus e B. thuringiensis. Entretanto, uma vez que a bovicina HC5 apresenta resistência a altas temperaturas (121 ºC/20 min), ela pode permanecer estável na polpa de manga após o tratamento térmico e reduzir a germinação dos esporos sobreviventes. A transferência dos isolados por, aproximadamente, 40 gerações na presença de 20 UA/mL de bovicina HC5 não causou adaptação dos microrganismos deterioradores. Esta bacteriocina permaneceu estável após incubação em mistura com o sobrenadante das culturas e com a polpa de manga. Considerando os resultados obtidos neste trabalho, a bovicina HC5 parece ser útil para reduzir a deterioração de polpa de manga causada por B. cereus, B. thuringiensis e C. tyrobutyricum.
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    Fatores que interferem na produção de bovicina HC5 e obtenção de mutantes não produtores de bacteriocina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-05) Carvalho, Ana Andréa Teixeira de; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; Moraes, Célia Alencar de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781007D6; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777433U3; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Pereira, Maria Cristina Baracat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780021E6; Brito, Maria Aparecida Vasconcelos Paiva e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787276U0
    Neste trabalho objetivou-se analisar os fatores que interferem na produção de bovicina HC5 por Streptococcus bovis HC5 e obter mutantes não produtores de bacteriocina. S. bovis HC5 cresceu e produziu bovicina HC5 utilizando várias fontes de carbono e nitrogênio. A maior atividade específica de bovicina HC5 (AU ml-1 mg de massa seca celular-1) foi obtida em meio contendo glicose na concentração de 16 g l-1, quando S. bovis HC5 atingiu a fase estacionária de crescimento. A atividade específica de bovicina HC5 e a produção de biomassa aumentaram aproximadamente 3 vezes quando 0,5 g l-1 de extrato de levedura e 1,0 g l-1 de Trypticase® foram adicionados ao meio de cultura. S. bovis HC5 também foi capaz de produzir bacteriocina em meio contendo soro de leite e em caldo de cana como fonte de carbono. O crescimento de S. bovis HC5 foi observado em meio basal, tanto em aerobiose quanto em anaerobiose, mas a produção de bacteriocina foi sempre maior em condições anóxicas. S. bovis apresentou maior taxa de crescimento e rendimento de biomassa quando cultivado em pH 7,0 e à temperatura de 45°C. Entretanto, a produção de bacteriocina foi maior em pH 6,5 e em temperaturas na faixa de 30°C a 39°C. Quando o pH da cultura foi mantido constante durante o crescimento de S. bovis HC5, a produção de bacteriocina foi inversamente proporcional à produção de lactato, ao consumo de glicose e ao aumento do pH. Experimentos com cultura contínua com taxa de diluição variando de 0,07 h-1 a 1,20 h-1, sem controle de pH, resultaram em fermentação homoláctica e maior produção de bovicina HC5 em taxas de diluição menores. Nesta condição, embora a glicose nunca tenha sido completamente utilizada, observou-se decréscimo no pH da cultura para aproximadamente 5,0. Quando o pH foi mantido em 7,5, fermentação ácido-mista foi observada em taxas de diluição abaixo de 1,20 h-1. A produção de bacteriocina foi maior em taxas de diluição maiores, mas os níveis detectados foram pelo menos 10 vezes menores quando comparado com a condição em que o pH não foi controlado. Nesta condição, glicose residual só foi detectada no fermentador quando a taxa de diluição foi maior que 0,60 h-1. Os resultados obtidos indicam que a produção de bovicina HC5 não está relacionada com o crescimento de S. bovis HC5, e pode variar com o pH extracelular e a taxa de crescimento. S. bovis HC5 foi transferido por 40 vezes em meio basal e a produção de bovicina HC5 mostrou ser um fenótipo estável. Nenhum plasmídeo foi detectado no genoma de S. bovis HC5, indicando que os genes relacionados com a produção de bovicina HC5 podem estar localizados no cromossomo. Trinta mutantes com capacidade reduzida de produzir bovicina HC5 foram obtidos. A presença do vetor utilizado para mutagênese insercional no genoma de alguns mutantes foi confirmada por técnicas moleculares e esses mutantes poderão ser utilizados para a caracterização dos determinantes genéticos envolvidos na síntese de bovicina HC5.