Ciências Biológicas e da Saúde

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    Métodos para avaliação do consumo alimentar e sua relação com marcadores de risco para a síndrome metabólica em adolescentes do sexo feminino
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-23) Barbosa, Kiriaque Barra Ferreira; Priore, Sílvia Eloiza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766931D6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764361J8; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2; Rosado, Lina Enriqueta Frandsen Paez de Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781969D2; Accioly, Elizabeth; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721441J5; Alfenas, Rita de Cássia Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727507Y6
    O estudo objetivou relacionar o consumo alimentar, com marcadores de risco para a síndrome metabólica. Tal estudo foi realizado com 60 adolescentes, do sexo feminino, entre 14 e 18 anos de idade, estudantes do Colégio de Aplicação do município de Viçosa MG. Foram aplicados quatro instrumentos de inquérito dietético: Recordatório de 24 Horas (R24H), Registro Alimentar (RA), Questionário de Freqüência Alimentar (QFA) e Lista de Compras (LC): da Família (LCF) e do Adolescente (LCA). O R24H foi aplicado em três momentos, com intervalo médio de 15 dias, o RA foi realizado em três dias não consecutivos. A LC avaliou a disponibilidade de alimentos para o consumo diário per capita das adolescentes, dentro e fora do domicílio. A partir dos instrumentos de inquérito dietético avaliou-se: energia, proteínas, carboidratos, lipídios, cálcio e ferro. A adequação de energia foi calculada segundo o Instituto de Medicina (2002), Para a análise dos percentuais de macronutrientes em relação ao Valor Energético Total (VET), utilizou-se a proposta da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição SBAN (1990). Para adequação de ferro e cálcio, utilizaram-se as recomendações do Instituto de Medicina 2001 e 1997, respectivamente. Foram considerados como marcadores de risco para a síndrome metabólica, a obesidade abdominal, hipertrigliceridemia, nível reduzido de HDL, hipertensão arterial e glicemia de jejum alterada (NCEP-ATPIII, 2001). Foram verificados os parâmetros antropométricos e de composição corporal (peso, estatura, índice de massa corporal e índices derivados, percentual de gordura, massa de gordura e livre de gordura, circunferências da cintura, quadril e relação cintura / quadril), bioquímicos (colesterol total e frações, triglicerídeos e glicemia de jejum) e clínicos (pressão arterial sistólica e diastólica). O estado nutricional foi classificado segundo o índice de massa corporal (IMC), utilizando os pontos de corte do CDC/NCHS (2000). O percentual de gordura corporal (%G) foi avaliado por meio do aparelho de bioimpedância elétrica horizontal, sendo classificado conforme Lohman (1992). A obesidade abdominal foi caracterizada pela circunferência da cintura (CC) elevada, segundo os pontos de corte observados por Taylor et al (2000). O perfil lipídico e a glicemia de jejum foram analisados segundo a proposta da III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias (2001) e American Diabetic Association (2006), respectivamente. A hipertensão arterial foi caracterizada conforme as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2002). Não houve diferença entre as três aplicações isoladas do R24H e RA para nenhum dos nutrientes avaliados, mostrando uma boa reprodutibilidade. Comparando-se a ingestão dos nutrientes obtida pela média dos três R24H (XR24H) e média dos três dias de RA (XRA) com a ingestão obtida pelas aplicações isoladas dos instrumentos de inquérito dietético em questão, também não houve diferença para nenhum dos nutrientes avaliados, sendo possível inferir, que na população do presente estudo, uma única aplicação do R24H ou RA foi capaz de refletir a média de ingestão do grupo populacional estudado, para todos os nutrientes avaliados. A LC não foi capaz de refletir a média de ingestão para a maioria dos nutrientes avaliados, uma vez que se observaram diferenças em relação à XR24H e XRA, para a ingestão de carboidrato, proteína e ferro. Quase a totalidade das adolescentes (90%) foi classificada, segundo o IMC, como eutrófica, no entanto, 78,3% apresentavam alto percentual de gordura. Quanto ao perfil lipídico, o colesterol total apresentou maior percentual de alteração (23,3%), seguido das frações, LDL (15%) e HDL (5%). O triglicerídeos se mostrou aumentado em 10% das estudadas. Quatro adolescentes (6,7 %) mostraram glicemia de jejum alterada. Nenhuma adolescente apresentou o diagnóstico de síndrome metabólica. No entanto, 33,3% destas, mostrou duas ou mais alterações relacionadas às variáveis antropométricas, de composição corporal, bioquímicas e pressão arterial. Verificaram-se correlações significantes entre o número de alterações apresentadas pelas adolescentes e o valor de %G (r=0,300, p=0,020); CT (r=0,536, p<0,001) e LDL (r=0,506, p<0,001). Observaram-se correlações significantes entre HDL e relação cintura/quadril (r = -0,276; p=0,032) e entre LDL e %G (r = 0,296; p=0,021). Observou-se que a ingestão energética e de macronutrientes avaliadas pela XR24H correlacionaram-se inversamente com o IMC, %G e CC. Quanto à avaliação realizada pela XRA, houve exceção somente para o %G, correlacionado com a ingestão energética, de carboidrato e proteína. A LC não mostrou correlação com nenhuma das variáveis antropométricas, de composição corporal, bioquímicas ou clínicas. Diante dos resultados apresentados, pode-se ressaltar que não existe um instrumento de inquérito dietético ideal, estando todos eles sujeitos aos erros inerentes ao processo de avaliação do consumo alimentar e dessa forma não sendo possível inferir qual seria o melhor instrumento para refletir a possível relação existente entre o consumo alimentar e os marcadores de risco para a síndrome metabólica na adolescência.