Ciências Biológicas e da Saúde

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    Efeito do armazenamento de feijões carioca ( Phaseolusvulgaris L.) sobre a composição nutricional e fitoquímica e propriedades anti-inflamatória e anti-aterosclerótica de seus hidrolisados protéicos em células de macrofágos humanos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-20) Alves, Natália Elizabeth Galdino; Martino, Hércia Stampini Duarte; http://lattes.cnpq.br/5867896169288500
    O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do armazenamento comercial sobre a composição nutricional e fitoquímica de feijões comuns da variedade carioca (Phaseolus vulgaris L.) (Artigo 1) e determinar o efeito do armazenamento sobre o potencial anti- inflamatório (Artigo 2) e anti-aterosclerótico (Artigo 3) de seus hidrolisados proteicos em macrófagos humanos THP-1. Foram utilizados dois genótipos de feijão comum da variedade carioca, contrastantes para endurecimento e escurecimento ao longo do armazenamento. Os feijões BRSMG Madrepérola (MP) (mais estável ao armazenamento) e BRS Pontal (PO) foram estocados em temperatura ambiente, (22 ± 3 0 C; < 65% de umidade relativa), acondicionados em embalagens lacradas de polipropileno, por até 180 dias, e coccionados nos tempos zero, e após três e seis meses de estocagem, quando foram realizadas as analises (Artigo 1 e 2: 0, 3 e 6 meses; Artigo 3: 0 e 6 meses). Os grãos foram analisados quanto à composição centesimal, fibra alimentar total e frações, conteúdo de minerais, fitato, compostos fenólicos (Artigo 1) e hidrolisados proteicos (Artigos 2 e 3). O potencial anti- inflamatório e anti-aterosclerótico dos hidrolisados proteicos foi avaliado in vitro, utilizando células de macrófagos THP-1, com inflamação induzida por lipopolissacarídeo (LPS) (Artigo 2) ou lipoproteína de baixa densidade oxidada (LDL-ox) (Artigo 3). |O armazenamento comercial por até 180 dias, em temperatura ambiente, não afetou a qualidade nutricional e fitoquimica dos grãos, visto que somente foi observada redução do conteúdo de lipídio total (p = 0.007). Os hidrolisados dos feijões carioca reduziram os níveis de marcadores inflamatórios mesmo quando utilizados em baixas concentrações, de forma independente do tempo de armazenamento, embora tenham sido observadas diferenças entre os cultivares (0.1 mg/mL: redução de TNF-alfa pelos hidrolisados PO 0, 3 e 6, e por MP 6; redução de IL-1 por MP 0 e PGE-2 por MP 0 e 6). Com relação ao potencial anti-aterosclerótico, observou- se que os hidrolisados dos feijões armazenados reduziram a expressão do receptor de LDL- ox (LOX-1), de metaloproteína-9 (MMP-9), de molécula de adesão intracelular-1 (ICAM-1), e a expressão de 10 citocinas relacionadas ao processo aterosclerótico. Conclui-se, portanto, que as condições de armazenamento utilizadas no presente estudo foram adequadas para preservação da qualidade nutricional e fitoquímica dos feijões. Além disso, a inibição de marcadores inflamatórios e ateroscleróticos indica que o armazenamento dos feijões por seis meses, independentemente de suas características de resistência ao armazenamento, não alterou as propriedades fisicoquímicas e biológicas de seus hidrolisados proteicos.
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    Efeito do consumo da ração humana na diversidade botânica da dieta e sobre os marcadores de risco metabólico em mulheres com sobrepeso e obesidade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-20) Alves, Natália Elizabeth Galdino; Martino, Hércia Stampini Duarte; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796577J7; Alfenas, Rita de Cássia Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727507Y6; Ribeiro, Sônia Machado Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701461E0; http://lattes.cnpq.br/5867896169288500; Hermsdorff, Helen Hermana Miranda; http://lattes.cnpq.br/8193454290644430; Vieira, Patrícia Aparecida Fontes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702815D7
    O excesso de peso corporal está associado à ocorrência de diversas doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). O maior consumo de alimentos ricos em compostos bioativos e dietas com maior diversidade botânica (DB) são apontados como boas estratégias para modular positivamente mecanismos moleculares associados ao risco de DCNTs. No Brasil, um produto denominado ―Ração Humana‖ (RH), recebeu interesse de consumidores em decorrência de seus supostos efeitos para ―controlar o peso corporal e manter a saúde física e mental‖. O objetivo geral do estudo foi avaliar o efeito do consumo de RH sobre a diversidade botânica da dieta, ingestão de macronutrientes, micronutrientes antioxidantes, e sobre os níveis de marcadores de risco metabólico, durante intervenção nutricional com leve restrição calórica. Mulheres com sobrepeso/obesidade (n=22) foram aleatoriamente distribuídas em um estudo crossover, em dois períodos de cinco semanas, com uma semana de washout. Os critérios de inclusão foram: gênero feminino, IMC entre 25-35 kg/m2, idade entre 24 e 45 anos, ingestão regular de produto lácteo no desjejum e ausência da intenção em alterar o padrão de atividade física durante o período do estudo. Foram excluídas: gestantes, lactantes, mulheres menopausadas, histerectomizadas, etilistas e/ou tabagistas, portadoras de doenças crônicas e/ou endócrinas, que apresentassem alergia/intolerância a algum composto do produto, oscilações no peso corporal (>5% nos últimos dois meses), uso de estratégias para controle do peso corporal e uso de medicamentos específicos. Foram testadas duas intervenções: restrição calórica de 15% em relação ao EER, associada ao consumo de shake contendo RH (SRH) (intervenção RCRH) e restrição calórica associada ao consumo de shake controle (SC), sem RH (intervenção RC), ambos ingeridos em substituição ao desjejum. Os seguintes parâmetros foram avaliados: diversidade botânica da dieta, ingestão de antioxidantes, biomarcadores de inflamação, de estresse oxidativo, componentes da síndrome metabólica (SM), peso e distribuição de gordura corporal. Na intervenção RCRH observou-se 14 redução do índice HOMA-IR (-0,41±0,83; P = 0,03), do peso corporal (-0,77±1,35 kg; P=0,02), do IMC (-0,30±0,52 kg/m2; P=0,02), da gordura ginóide (-0,264 g; P=0,01), do perímetro da cintura (-2,54±2,74 cm; P=0,0003), aumento de HDL-c (0,08±0,15 mmol/L; P=0,04), além de maior consumo de vitamina E (1,9±3,2 mg; P=0,02). Na intervenção RC houve redução da peroxidação lipídica (MDA-HAE: -0,36±0,47 μM; P=0,005), do índice HOMA-IR (-0,35±0,82; P=0,02), além do peso corporal (-0,74±1,27 kg; P=0,01) e do IMC (- 0,27±0,51 kg/m2; P=0,02). Porém, verificou-se aumento do LDL-c (0,23±0,43 mmol/L; P=0,04) e colesterol total (0,38±0,64 mmol/L; P=0,01) e da pressão arterial (6,18±12,35 mmHg; P=0,03). Ambas as intervenções resultaram em aumento significativo da DB da dieta (P<0,05). Os efeitos da intervenção RCRH se sobrepuseram à restrição calórica isolada quanto à redução de gordura ginóide (0,264g vs. 0,015±0,3 g; P=0,003) e aumento da DB da dieta (3,9±2,87 vs. 1,13±2,45; P=0,001). Analisando em conjunto os efeitos fisiológicos gerais de ambas as intervenções, verificou-se que a RCRH atuou positivamente em dois parâmetros de risco da síndrome metabólica, reduzindo perímetro da cintura e elevando HDL- c, além de melhorar a qualidade da dieta ingerida. A intervenção RC, apesar de ter reduzido a peroxidação lipídica e o índice HOMA-IR, atuou negativamente em dois parâmetros de risco metabólicos, elevando LDL-c e a pressão arterial. Os resultados mostraram que a perda de peso corporal per si não garantiu na totalidade a redução do risco metabólico e que o produto, fonte de fitoquímicos, exerceu efeitos funcionais diferenciados por diminuir o tecido adiposo na região central, e consequentemente reduzir o risco de resistência insulínica.