Ciências Biológicas e da Saúde

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    Avaliação da toxicidade pré-clínica da Hovenia dulcis
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-30) Alvarenga, Luana Farah; Nagem, Tanus Jorge; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788999D3; Leite, João Paulo Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763897U8; Oliveira, Tânia Toledo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787758J2; http://lattes.cnpq.br/6523157945833274; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Silva, Marcelo Eustáquio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788790E9; Rosa, Carla de Oliveira Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798796A4; Pizziolo, Virgínia Ramos; http://lattes.cnpq.br/8741147354005247
    A Hovenia dulcis, uva-do-japão, é uma planta exótica no Brasil originária do leste da Ásia e utilizada principalmente no tratamento de doenças do fígado e como agente detoxificante para intoxicação alcoólica. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de um medicamento fitoterápico este trabalho se propôs a elaborar uma revisão integrativa sobre a planta, determinar sua atividade antioxidante (método do DPPH) e avaliar a toxicidade pré-clínica (aguda e crônica) de uma formulação farmacotécnica à base do extrato hidroalcoólico dos frutos de Hovenia dulcis, previamente padronizado, de acordo com a RE no 90 de 2004. Para padronização foi determinado o teor de umidade, de acordo com a Farmacopéia Brasileira 4ed (perda por dessecação) e o doseamento do flavonóide dihidromiricetina no extrato (CLAE). No estudo toxicológico agudo, ratos Wistar (n=6 por dose e por sexo) foram tratados (v.o.) com a formulação na forma farmacêutica de suspensão na dose única de 6g/kg de peso corpóreo. Durante 14 dias após o tratamento foram observados: sinais tóxicos comportamentais, letalidade, variação ponderal, consumo de ração. Após esse período os animais foram eutanasiados e examinados os órgãos, aqueles que apresentaram alteração anatomopatológica foram coletados para análise histológica. No ensaio crônico os ratos (n=10 por dose e sexo) foram tratados com doses repetidas diariamente de 100, 200 e 300mg/kg de peso corporal durante 12 semanas. Durante o tratamento os sinais tóxicos comportamentais e letalidade foram avaliados diariamente e a variação ponderal semanalmente. Ao final do experimento os ratos foram eutanasiados para avaliação ponderal dos órgãos e análise dos parâmetros sanguíneos e histopatológicos. O extrato e a dihidromiricetina (400ppm) apresentaram atividade antioxidante de até 23,82%±1,60 e 82,53%±0,68, respectivamente, utilizou-se o BHA como padrão (50ppm) com atividade de até 76,97%± 0,96. O teor de umidade do extrato final foi de 21,4%, e o teor de dihidromiricetina foi 470,0±12,14 μg/grama de extrato. No estudo toxicológico agudo nenhum sinal comportamental foi atribuído ao tratamento, não houve morte dos animais e a variação ponderal e consumo de ração foram semelhantes ao grupo controle refletindo um comportamento normal e saudável dos animais de ambos os grupos. Na análise anatomohistopatológica pneumonia foi identificada em dois animais do grupo tratado e controle, não havendo relação com o tratamento. No ensaio crônico sinais de alterações comportamentais foram verificados eventualmente em alguns animais sem progressão e de forma dispersa e semelhante nos grupos, incluindo o controle. Dois animais do grupo tratado com a menor dose foram a óbito durante o experimento e os sintomas apresentados até o óbito caracterizaram falsa via de gavagem ou afecções não relacionadas ao tratamento. Nenhuma alteração hematológica, dos parâmetros bioquímicos do sangue e da histopatologia foram relacionadas à toxicidade. Os resultados da histomorfometria não apresentaram variações, estatisticamente significativas, comparando o grupo tratado com a maior dose ao controle. O fitopreparado desenvolvido a base do extrato hidroalcoólico dos frutos de Hovenia dulcis não apresentou evidencias de toxicidade aguda ou crônica em níveis comportamentais, ponderais, hematológicos, bioquímicos sorológicos e histológicos. Adicionalmente apresentou evidências, que corroboram a literatura, de efeitos benéficos em nível sanguíneo e histológico dos parâmetros hepáticos e renais.