Ciências Biológicas e da Saúde

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    Caracterização de estirpes de Staphylococcus aureus e dispersão de biofilmes por uma lectina tipo C de Bothrops jararacussu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Aguilar, Ananda Pereira; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/8173710952837463
    A grande diversidade de estirpes de Staphylococcus aureus em circulação nos rebanhos leiteiros reforça a necessidade de uma melhor caracterização dessas bactérias a fim de gerar informações que possam ser usadas no controle da mastite bovina. Neste trabalho, hipotetizou-se que estirpes de S. aureus geneticamente relacionadas causam diferentes formas de mastite. As bactérias S. aureus 302 e S. aureus 322, foram isoladas de vacas com mastite persistente e não-persistente, respectivamente, e apresentaram os mesmos genes de virulência e perfis de bandas idênticos quando genotipadas por análise em multilocus de repetições em tandem de número variável (MLVA). Por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE), utilizado como um método genotípico adicional, comprovou-se que as bactérias são geneticamente relacionadas. Apesar dessa proximidade, ensaios in vitro de produção de biofilme, hemólise, invasão e persistência em células mamárias bovinas MAC-T e virulência in vivo em modelo Galleria mellonella comprovaram diferenças significativas entre as estirpes. Os resultados sugerem que apenas a caracterização molecular é insuficiente para correlacionar sintomas da doença à uma determinada estirpe. S. aureus 302 e S. aureus 322, além de S. aureus 469 (mastite persistente) e S. aureus 366 (mastite não-persistente) foram contrastadas por uma abordagem proteômica. Extratos de proteínas totais foram preparados a partir de bactérias crescidas até a fase exponencial e separados por eletroforese bidimensional. Um total de 35 spots com abundância diferencial foi detectado, dos quais três foram exclusivos de S. aureus 302 quando comparada a S. aureus 322 e S. aureus 366 e podem representar marcadores que indicam a persistência da bactéria no animal. Este trabalho também avaliou a dispersão de biofilmes de S. aureus NRS 155 e S. epidermidis NRS 101 pela lectina BjcuL, isolada de Bothrops jararacussu. Essa lectina não impediu a adesão inicial das células e foi capaz de inibir a formação de biofilmes quando pré-aderida a superfícies abióticas. Houve uma melhor atividade sobre biofilme pré-formado de S. aureus NRS 155 em comparação S. epidermidis NRS 101. Por qRT-PCR, detectou-se uma alteração na expressão de genes envolvidos no controle do operon ica, responsável pela produção do polissacarídeo de adesão intercelular. Finalmente, BjcuL foi capaz de restaurar a susceptibilidade de bactérias em biofilme pré-formado a antibióticos como gentamicina e ampicilina, revelando o potencial da estratégia antibiofilme no controle de infecções de S. aureus.
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    Expressão de genes de Staphylococcus aureus em resposta a concentrações subinibitórias de antibióticos utilizados no tratamento da mastite bovina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-23) Aguilar, Ananda Pereira; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761710D6; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/8632328159533071; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026E6; http://lattes.cnpq.br/8173710952837463; Fietto, Luciano Gomes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763824H8; Ramos, Juliana Rocha Lopes Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790613J3; Moreira, Maria Aparecida Scatamburlo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797678J6
    Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos associado à mastite bovina. Essa bactéria produz vários fatores de virulência que conferem a capacidade de adesão e disseminação pelo tecido mamário, sendo esses fatores regulados por um conjunto de diversas proteínas. Durante a antibioticoterapia essas bactérias podem ser expostas a concentrações subinibitórias de antibiótico (subCIM) que podem alterar a expressão de diversos genes. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar o efeito de concentrações subinibitórias de gentamicina e penicilina, comumente utilizados no tratamento da mastite contagiosa bovina, na expressão tanto dos genes reguladores como dos genes de virulência de dois isolados de S. aureus geneticamente distintos. Inicialmente determinou-se a concentração inibitória mínina dos antibióticos, que apresentou valores próximos para os dois isolados e, posteriormente foram realizadas curvas de crescimento para selecionar as concentrações que não eram capazes de afetar drasticamente a taxa de crescimento. Culturas bacterianas submetidas a 0,25x, 0,12x e 0,06xCIM dos antibióticos penicilina e gentamicina foram cultivadas até metade da fase exponencial e início da fase estacionária (pós-exponencial) e utilizadas para extração de RNA. Em seguida, analisou-se a expressão dos genes sdrC, clfB, hla, hlb, icaD, agrA, saeR, sarA e rot pela técnica de PCR em tempo real. Os dados de expressão foram analisados pelo método de Livak (2001) e normalizadas pelo gene endógeno gyrB. Os isolados 3993 e 3212 responderam de maneira diferenciada à expressão dos genes quando submetidos a concentrações subinibitórias, o que dificulta a generalização do efeito dos antibióticos. SubCIM foram capazes de alterar a expressão de alguns genes regulatórios e genes de virulência. As concentrações de 0,25x e 0,12xCIM de gentamicina foram capazes de aumentar a expressão dos genes reguladores sarA e rot, para as culturas da bactéria 3993 obtidas na fase pós-exponencial. As concentrações de 0,12x e 0,06xCIM de penicilina foram capazes de alterar a expressão de hla em ambas as fases de crescimento, enquanto 0,25xCIM de gentamicina aumentou a expressão de hla na fase exponencial e hlb na fase pós-exponencial. Entretanto, ambos os antibióticos não foram capazes de alterar a expressão dos genes sdrC, clfB, icaD, agrA e saeR para essa mesma bactéria. Para o isolado 3212, 0,25xCIM de penicilina modulou significativamente o gene clfB quando a cultura foi obtida na fase exponencial. Assim, os resultados demonstraram que os antibióticos estudados podem induzir o aumento da expressão dos fatores de virulência, podendo conduzir a um efeito não desejável: a progressão da infecção.