Ciências Biológicas e da Saúde
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Item A dieta influencia? Ultraestrutura das células digestivas do intestino médio de hemípteros (Insecta: Hemiptera) com diferentes hábitos alimentares(Universidade Federal de Viçosa, 2017-03-10) Santos, Helen Cristina Pinto; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/6530960479559622Os Hemiptera são insetos hemimetábolos distribuídos dentre quatro subordens monofiléticas, Sternorrhyncha, cujas relações Auchenorrhyncha filogenéticas e são Heteroptera. estudadas: Estes Coleorrhyncha, insetos apresentam diversificados hábitos alimentares que variam dentre a fitofagia, zoofagia, dentritivoria, hematofagia e onivoria. Devido a esta variedade de hábitos e o conhecimento da filogenia dos táxons superiores do grupo, os hemípteros tornam-se interessantes modelos de estudos comparativos do intestino. Analisando-se a compartimentalização da digestão e a produção de enzimas no intestino médio de insetos foi levantada a hipótese de que características deste órgão eram semelhantes entre espécies relacionadas filogeneticamente mesmo que estas apresentassem diferentes hábitos alimentares. Estudos comparativos visando investigar esta questão sob o viés morfológico ainda eram ausentes na literatura. Devido a isso, com o objetivo de testar, sob o ponto morfológico, a hipótese de que a evolução do intestino médio em insetos é mais relacionada à proximidade filogenética das espécies que ao hábito alimentar, analisamos a ultraestrutura das células digestivas do intestino médio em Hemiptera levando-se em conta seus diferentes hábitos alimentares e filogenia. Esta análise evidenciou que em Hemiptera as células digestivas do intestino médio são polifuncionais responsáveis pela produção e secreção de enzimas, absorção de nutrientes, reserva de nutrientes, neutralização de compostos tóxicos e osmorregulação. Além disso, as células digestivas são similares, apresentando em todas as espécies, membrana perimicrovilar, microvilosidades, núcleo bem desenvolvido e estruturas de reserva, apesar dos diferentes hábitos alimentares apresentados por estas. Portanto, a ultraestrutura das células digestivas em Hemiptera é mais relacionada à proximidade filogenética das espécies.Item A influência de regiões de contato entre membranas em Arabidopsis thaliana e da variabilidade genética em Pfaffia glomerata na resistência ao alumínio(Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-31) Santana, Brenda Vila Nova; Azevedo, Aristea Alves; http://lattes.cnpq.br/3323250079193229A toxidez do alumínio (Al 3+ ) é um dos maiores fatores limitantes da produtividade agrícola em solos ácidos, por isso, pesquisas sobre resistência ao metal em plantas têm sido de grande interesse. Para este trabalho, objetivou-se elucidar indutores do remodelamento de Regiões de Contato entre Membrana Plasmática e Retículo Endoplasmático (EPCS) em Arabidopsis thaliana, avaliando a importância destas regiões na resistência a íons trivalentes; e investigar as respostas de acessos (Ac22 e Ac43) e citótipos (diploide A22 e autopoliploide P28) de Pfaffia glomerata ao estresse por Al 3+ . Plântulas de A. thaliana foram submetidas ao alumínio (Al 3+ , 0 e 1000 M), lantânio (La 3+ , 0 e 500 M) ou gadolínio (Gd 3+ , 0 e 500 M), os quais induziram alteração no padrão de organização da proteína SYT1 (responsável por estabilizar as EPCS), modificando-o de reticulado para expressivamente pontoado. Entretanto, esta modificação não consistiu em um mecanismo de resistência, já que o crescimento de raiz do mutante syt1 foi igual ao do genótipo selvagem Col-0. Enquanto o tratamento com Al 3+ levou ao acúmulo do fosfoinositol PI(4)P e do PI(4,5)P 2 na membrana plasmática, La 3+ e Gd 3+ induziram o aumento de PI(4)P. Sugere-se que PI(4)P seja o responsável pela indução do padrão pontoado das EPCS em resposta ao Al, La e Gd. No segundo ensaio, P. glomerata foi submetida a 0, 100 e 500 M Al. Ac22 e Ac43 apresentaram redução gradual no valor de massa seca e o acúmulo de Al nas raízes foi expressivamente maior que nas folhas. Para ambos, o reagente Chrome Azurol S detectou Al nos vacúolos e núcleos na folha e na periferia das raízes, principalmente no ápice radicular, onde a descamação de células da coifa foi mais intensa. A baixa translocação de Al para a parte aérea e o armazenamento do metal em vacúolos garantiram a integridade dos tecidos foliares e a descamação de células da coifa apresentou-se como efeito da toxidez do Al, mas também como mecanismo de resistência. A variação na intensidade das respostas endossa a influência da variabilidade genética e sugerem o acesso 22 como o mais resistente. No terceiro ensaio, A22 e P28 de P. glomerata foram submetidos a 0 e 500 M Al. Ambos os citótipos apresentaram redução significativa no comprimento de raiz, mas apenas a matéria seca foliar de A22 reduziu significativamente. A presença de Al na periferia das raízes e a descamação da coifa em P28 não foi tão marcante quanto em A22. Nas folhas, o Al foi detectado no vacúolo em A22, e o resultado foi negativo em P28. Os valores de Fv/Fm, NPQ e ETR evidenciaram que não há limitação fotoquímica nos citótipos, mas houve redução significativa na taxa fotossintética de A22. A atividade de CAT, APX e SOD foi significativamente maior nas raízes do poliploide P28 em resposta ao estresse por Al. A poliploidia induzida de P. glomerata mostrou-se eficiente na criação de um genótipo mais resistente ao estresse por Al que o seu antecessor diploide A22. Palavras-chave: Sinaptotagmina. Chrome Azurol S. Poliploidia. Cultivo in vitro. Metabolismo.Item A produção de tecnologias educacionais emancipatórias em interface com as tecnologias de informação e comunicação: potencializando os processos de ensinagem na formação profissional no contexto do Sistema Unico de Saúde(Universidade Federal de Viçosa, 2014-12-05) Mendonça, Erica Toledo de; Cotta, Rosângela Minardi Mitre; http://lattes.cnpq.br/8544279062722921O estudo aqui apresentado refere-se ao desenvolvimento de um processo de ensino, aprendizagem e avaliação inovador, que privilegiou a utilização da Educação a Distancia aliada às metodologias ativas e Tecnologias de Informação e Comunicação visando a interação e integração de estudantes de graduação de diferentes áreas do conhecimento e de distintos campi de uma universidade pública, tendo como eixo central da formação o desenvolvimento de competências relacionadas ao profissionalismo, com discussão de temas transversais à formação universitária, como políticas de saúde e cidadania. Objetivo geral: Desenvolver, aplicar e avaliar Tecnologias Educacionais Emancipatórias em interface com Tecnologias de Informação e Comunicação que facilitem os processos de ensinagem na formação de profissionais sobre as políticas de saúde brasileiras, com destaque ao Sistema Único de Saúde e cidadania. Métodos: estudo de natureza qualitativa, com características de produção tecnológica, viabilizado a partir da criação da disciplina Tópicos Especiais em Políticas de Saúde e Cidadania. O desenho metodológico utilizado ancorou-se nos pressupostos dª pesquisa-ação. Participaram do estudo 29 estudantes matriculados na referida disciplina, além de ll docentes e estudantes de pós-graduação que atuaram como tutores da disciplina. Empregou-se para análise dos dados a técnica de análise de conteúdo e avaliação das escalas Likert por métodos estatísticos. Resultados: Os dados foram apresentados na forma de três artigos originais. Os resultados gerais revelaram: integração entre os estudantes de diferentes áreas do conhecimento dos campi de Rio Paranaíba e Viçosa; capacitação de docentes e estudantes de pós-graduação para o exercício da tutoria; a aplicação de metodologias ativas de ensino, aprendizagem e avaliação em ambientes virtuais de aprendizagem e em momentos presenciais; o desenvolvimento de competências pelos docentes, estudantes de pós-graduação e estudantes de graduação (habilidades de análise, crítica e reflexão de textos científicos em interface com os acontecimentos da sociedade contemporânea; trabalho em equipe; manejo de ferramentas virtuais; solidariedade; alteridade; ética; comunicação, dentre outras). Conclusões: Os elementos de sucesso na implementação de capacitações de tutores foram: sensibilização quanto a necessidade de (re)conf1guração e mudança dos processos de ensino- aprendizagem na atualidade; exercício de metodologias ativas de ensino, aprendizagem e avaliação; desenvolvimento de competências importantes para o trabalho docente, como aperfeiçoamento da comunicação, conscientização sobre prática docente e suas fragilidades; capacitação e empoderamento na utilização de novos métodos de ensino e aprendizagem, além de uma motivação para o trabalho. O desenho de ensino implementado foi eficaz ao aliar as Tecnologias de Informação e Comunicação (educação a distância, ambiente virtual de aprendizagem, videoconferências, dentre outros) às metodologias ativas de ensino, aprendizagem e avaliação. As competências ligadas ao profissionalismo desenvolvidas pelos estudantes evidenciaram que a experiência de oferecimento das disciplinas semipresenciais, intercampi e transdisciplinares, estimulou o desenvolvimento das competências relativas ao “Aprender a ser”, centrando o processo de aprendizagem e ensino em valores e princípios humanísticos indispensáveis ao trabalho em equipe, ao relacionamento interpessoal e ao autoconhecimento, contemplando assim, as diretrizes universitárias nacionais e internacionais. O desenho de ensino apresentado mostrou ser efetivo e aplicável à nova configuração da educação universitária brasileira de expansão e interiorização de unidades de ensino.Item A superexpressão de GmbZIPE2 em protoplastos de soja sugere um papel regulador da expressão de genes da fotossíntese e da via de biossíntese de fenilpropanóides(Universidade Federal de Viçosa, 2018-11-30) Gonçalves, Amanda Bonoto; Fietto, Luciano Gomes; http://lattes.cnpq.br/9080276580537208A modulação da transcrição gênica é fundamental para a formação de uma resposta de defesa eficaz em plantas sob estresses. Os mecanismos de modulação são regulados principalmente por fatores de transcrição. A família de fatores de transcrição com domínio básico de zíper de leucina (bZIP) é relacionada com vários processos na planta, dentre eles a fotossíntese e estresse abiótico e biótico, e são divididos em 12 grupos em soja. GmbZIPE2 (Glyma05g168100) é um membro do grupo E da família bZIP de Glycine max, e membros desse grupo ainda não foram caracterizados nesta espécie. O gene GmbZIPE2 de soja tem sua expressão alterada em resposta à infecção fúngica e ao tratamento com fitormônios de defesa. A proteína GmbZIPE2 é capaz de se ligar ao cis- elemento H-box in vitro e ativar a transcrição da chalcona sintase CHS8, importante enzima da via de biossíntese de fenilpropanoides. Além disso, GmbZIPE2 interage com duas proteínas relacionadas à fotossíntese e estresse oxidativo. Neste estudo foi realizado o transcriptoma de protoplastos de folhas de soja superexpressando GmbZIPE2 a fim de se obter mais informações sobre a função desse fator de transcrição. A maior porcentagem de genes ativados pela superexpressão de GmbZIPE2 estão relacionados com fotossíntese. Um número expressivo de genes ativados são fatores de transcrição, dentre eles dois WRKY33, gene que é relacionado a indução da produção de fitoalexinas na defesa contra patógenos. Nossos resultados sugerem que GmbZIPE2 possui um papel regulador na via de biossíntese de fitoalexinas e na fotossíntese, mais especificamente, no controle de estresse oxidativo.Item A trajetória da doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial no contexto da atenção primária à saúde(Universidade Federal de Viçosa, 2017-09-29) Silva, Luciana Saraiva da; Cotta, Rosângela Minardi Mitre; http://lattes.cnpq.br/0289479620415641A prevalência de doença renal crônica (DRC) vem aumentando mundialmente, com um incremento anual de 8 a 16%, que é maior do que o crescimento populacional geral. No Brasil, 10 milhões de indivíduos possuem algum grau de alteração renal, tendo como agravante, o fato de ser uma enfermidade desconhecida por muitos portadores. Além disso, 52 milhões correm risco de desenvolver a doença por serem idosos, obesos, portadores de hipertensão arterial (HA) ou diabetes mellitus (DM), os grupos mais propensos a problemas renais. É importante destacar que a DRC frequentemente cursa de forma silenciosa até os seus estágios mais avançados e, quando o indivíduo procura cuidados em saúde, já apresenta uma ou mais complicações da enfermidade, tais como anemia, distúrbio mineral e ósseo, acidose metabólica, desnutrição e alterações cardiovasculares. Infelizmente, a DRC tem sido subdiagnosticada e tratada de forma inadequada, resultando em evolução desfavorável e alto custo do tratamento. Neste contexto, destaca-se que os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) têm papel importante no diagnóstico precoce, acompanhamento e encaminhamento dos pacientes a especialistas, quando necessário. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a trajetória da DRC em portadores de HA cadastrados na APS do município de Porto Firme, Minas Gerais, com ênfase na evolução da taxa de filtração glomerular (TFG) e complicações desta enfermidade. Trata-se de um estudo observacional, longitudinal, prospectivo, com enfoque no prognóstico da DRC. Em estudo anterior, realizado em 2012, 293 portadores de HA foram rastreados para o diagnóstico de DRC por meio da TFG estimada pela fórmula CKD-EPI e da análise de proteinúria e albuminúria em urina de 24 horas. Destes, 113 indivíduos foram diagnosticados com DRC. No presente estudo, os indivíduos diagnosticados com DRC foram avaliados a cada três meses, durante o período de 12 meses (maio/2015 a maio/2016). Para análise da função renal, foram avaliadas creatinina sérica e relação albumina/creatinina urinária. Quanto às complicações, para anemia avaliou-se hemoglobina, ferritina, capacidade total de ligação do Ferro, capacidade latente de ligação do Ferro e índice de saturação de transferrina. Para o distúrbio mineral e ósseo, avaliou-se cálcio, fósforo, PTH intacto, vitamina D - 1,25 dihidroxi e fosfatase alcalina. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), sob número de parecer 044/2012 e 1.139.717/2015. Como resultados, a fórmula CKD-EPI apresentou maior acurácia para estimar a TFG, podendo ser utilizada de forma simples e com baixo custo no diagnóstico precoce da DRC e na prevenção de agravos e enfermidades. Encontrou-se associação da DRC com idade, escolaridade, ureia e ácido úrico, sendo que a cada aumento de 1 ano na idade, o indivíduo tem 9% mais chances de apresentar a DRC; o aumento de 1 mg/dL na ureia e no ácido úrico eleva em 17% e em 29%, respectivamente, a chance do indivíduo apresentar a DRC. Em relação à progressão da DRC, avaliada durante o período de três anos (2012-2015), evidenciou-se uma redução estatisticamente significativa da TFG estimada em aproximadamente 2 mL/min/1,73m2 e aumento de 75,35 mg/g na albuminúria. Quando se avaliou os indivíduos com macroalbuminúria, a TFG estimada teve uma redução mais acentuada, equivalente a 7,53 mL/min/1,73m2, evidenciando que pacientes com marcadores de lesão renal apresentam risco aumentado para evolução da DRC. Em relação às complicações da DRC, os parâmetros indicadores de anemia e distúrbio mineral e ósseo tendem a progredir negativamente com o avanço de cada estágio da doença e ao longo do tempo. Observou-se redução estatisticamente significante para hemoglobina, hematócrito, capacidade total de ligação do Ferro, índice de saturação de transferrina, cálcio e TFG. Observou-se também aumento do PTH e creatinina. Quanto à trajetória da DRC, encontrou-se uma redução média de 4,34 (±13,03) mL/min/1,73m2 na TFG durante um ano (2015-2016). Dos indivíduos acompanhados, 44,7% apresentaram uma rápida progressão da DRC (redução na TFG maior que 5 mL/min/1,73m2 em um ano). Outro achado importante do presente estudo foi a variação não linear nos valores da TFG encontrados ao longo do tempo, ora com aumento, ora com redução da TFG, o que indica a necessidade de mais estudos para uma compreensão mais precisa da trajetória da DRC, a fim de orientar a tomada de decisões clínicas. Por fim, destaca-se o importante papel dos profissionais que atuam na APS para o diagnóstico precoce, acompanhamento e encaminhamento dos pacientes a especialistas, além da identificação e correção das principais complicações e comorbidades da DRC, que são fundamentais para o retardo na progressão da doença e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.Item Ação antioxidante do açaí (Euterpe oleracea MART.) frente ao estresse oxidativo induzido pelo cádmio no testículo de camundongos adultos(Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-28) Mouro, Viviane Gorete Silveira; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://lattes.cnpq.br/9028464724155016O Cádmio (Cd) é um metal pesado, cuja contaminação na água e solo é bem conhecida. O Cd interfere no metabolismo de vários órgãos, particularmente nos testículos, onde é capaz de romper a barreira hematotesticular, com apoptose das células germinativas e perda do epitélio. Alteração nas células de Leydig e redução na concentração sérica de testosterona também refletem ação do Cd. O Cd pode competir com minerais essenciais e com isso causar o desbalanço destes elementos no testículo. Além disso, o estresse oxidativo é um dos mecanismos de toxicidade do metal. Dessa forma, vários estudos têm-se voltado para a descoberta de produtos naturais com ação antioxidante frente ao Cd. Dentre as plantas com potencial antioxidante destaca-se o açaí da Amazônia (Euterpe oleracea). Seu fruto é conhecido por sua atividade antioxidante devido a presença de compostos fenólicos, destacando-se as antocianinas, e de ácidos graxos presentes na fração lipídica. Assim, neste trabalho inicialmente foi comparada a toxicidade do Cd por diferentes vias e forma de administração, para posteriormente ser feita a escolha da via na avaliação dos efeitos do óleo e da polpa desengordurada rica em antocianinas (PDRA) de E. oleracea. Camundongos Swiss receberam CdCl 2 nos modos seguintes: 1,5 mg/Kg intraperitoneal (i.p.) dose única; 30 mg/Kg via oral dose única e 4,28 mg/Kg via oral durante 7 dias. No oitavo dia os animais foram eutanasiados. O Cd bioacumulou em todas as vias, sendo maior na oral fracionada. As concentrações de Ca e Cu testicular reduziram em todos os animais expostos ao Cd, enquanto que Zn e Mn reduziram apenas na via i.p.. A atividade de SOD reduziu em ambas formas de administração via oral, CAT aumentou na via i.p., Glutationa aumentou em todos os animais intoxicados. A concentração sérica de testosterona reduziu em ambas administrações via oral. Danos tubulares foram mais intensos naqueles que receberam o metal via oral fracionado. Assim, quanto o Cd é ofertado de forma fracionada via oral, as alterações no epitélio germinativo são mais intensas, sendo esta forma de administração escolhida para se testar os efeitos do fruto de E. oleracea. Camundongos Swiss receberam solução aquosa de CdCl 2 na concentração de 4,28 mg/Kg por via oral durante 7 dias. Após este tratamento, os animais foram separados em grupos e tratados com óleo de E. oleracea nas doses de 50, 100 e 150 mg/Kg e com PDRA nas doses de 100, 200 e 300 mg/Kg por 42 dias. Parâmetros morfométricos tubulares e de Leydig foram recuperados após o tratamento com o óleo associado a aumento na concentração sérica de testosterona e da viabilidade celular. O tratamento com PDRA levou melhoria nestes parâmetros. O tratamento com o óleo preveniu a progressão dos danos na morfologia tubular causados pelo Cd, enquanto que a PDRA apenas de danos leves. A concentração de Mn e Zn testiculares, aumentaram nos animais tratados com o óleo, além da estimulação na atividade de SOD e CAT. A PDRA causou aumento na concentração de Zn e Mg na concentração de 300 mg/Kg. Cu reduziu em todos os tratamentos e Fe naqueles que receberam 100 mg/Kg de PDRA. O tratamento com PDRA aumentou a atividade de SOD e a concentração de 300 mg/Kg reduziu a peroxidação lipídica. Assim, conclui- se que o tratamento com o óleo de E. oleracea apresentou atividade antioxidante curativa contra alterações testiculares induzidas pelo Cd, enquanto a PDRA, nas doses testadas, ameniza os danos testiculares causados pelo Cd, sendo considerada com potencial antioxidante.Item Ação antitumoral in vitro do extrato da folha de oliveira (Olea europae L.) e dos flavonoides morina, naringina e rutina em linhagens de células carcinogênicas(Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-25) Pereira, Wander Lopes; Oliveira, Tania Toledo de; http://lattes.cnpq.br/4533495454524003O câncer é uma doença crônica que atinge milhares de pessoas ao redor do mundo, sendo responsável por elevadas taxas de morbidade e mortalidade. No Brasil, em 2012, foram registrados 321 mil novos casos de câncer e 190 mil óbitos em decorrência desta patologia. Por se tratar de uma doença que acomete a população mundial, o câncer produz impactos na saúde pública e na economia, pois o tumor atinge uma parcela da população economicamente ativa, podendo ser de rápido desenvolvimento e de altas taxas de metástase e de complicações físicas e psicológicas. O aumento da incidência de câncer no mundo e de suas repercussões sociais, econômicas e na saúde pública instiga a comunidade científica de vários países, inclusive do Brasil, a desenvolver pesquisas com o propósito de investigar quais compostos naturais seriam potencialmente considerados drogas terapêuticas no combate e prevenção ao câncer. Os flavonoides são compostos orgânicos, extraídos de plantas, conhecidos pelas suas propriedades farmacológicas, dentre elas, a atividade anticarcinogênica. A família da Olea europaea L. conhecida como oliveiras, possui aplicação medicinal na região onde é cultivada. Neste trabalho foi avaliada a atividade citotóxica de três flavonoides (morina, naringina, rutina) e do extrato da folha de oliveira contra às linhagens leucêmicas: U937, THP-1 e linhagens de tumores sólidos: B16F10, SK-MEL-5, H460 via ensaio colorimétrico MTT e pelo índice da lactase desidrogenase (LDH) liberada pela célula opôs 48 horas de incubação. Estes ensaios mostraram que o composto morina e o extrato de oliveira reduziram a viabilidade celular de maneira concentração dependente nas linhagens tumorais. A análise por microscopia de fluorescência mostrou que o flavonoide morina e o extrato de oliveira foram os únicos efetivos em induzir morte por apoptose de maneira tempo e concentração dependentes nas linhagens U937, THP-1, SK-MEL-5, B16F10 e H460. O mecanismo de morte celular por apoptose foi confirmado por análise do potencial de membrana mitocondrial e por caspases. Sendo assim, investigação das propriedades anticarcinogênicas e terapêuticas dos compostos morina, e do extrato de folha de oliveira como inibidores de proliferação celular e promotor de apoptose de células tumorais, bem como, interferências no metabolismo da celular sugerem a utilização destes compostos como fármaco na prevenção e tratamento do câncer.Item Ação da mangiferina e do extrato das folhas de manga Ubá (Mangífera indica L) no estresse oxidativo e na inflamação em animais alimentados com dieta de cafeteria(Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-27) Toledo, Renata Celi Lopes; Queiroz, José Humberto de; http://lattes.cnpq.br/7155030173437004A dieta rica em gordura e carboidratos simples, e pobre em fibras é considerada um dos principais fatores responsáveis pelo aumento da obesidade. Esta doença está associada com a ocorrência de estresse oxidativo, resistência à insulina e baixo grau de inflamação sistêmica subclínica. Estudos mostram que a Mangifera indica L tem um elevado potencial bioativo, possuindo propriedades antioxidantes, anti-inflamatória, imunomodulatória, entre outras, as quais são atribuídas especialmente a mangiferina, seu principal composto bioativo. Estas propriedades funcionais demonstram o potencial destes compostos na prevenção e tratamento de várias desordens metabólicas. Os receptores canabinóides CB1 e os receptores ativados por proliferador de peroxissoma (PPAR) têm um papel central na regulação da homeostase energética e na regulação do metabolismo de carboidratos e lipídios; estando associados ainda com a redução do processo inflamatório. Além desses receptores as proteínas de choque térmico promovem um amplo estado anti-inflamatório, uma vez que estas chaperonas bloqueiam os fatores de transcrição pró-inflamatórios. O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito antioxidante do extrato das folhas de Mangifera indica (manga variedade Ubá) e da mangiferina e a ação destes sobre a modulação gênica de receptores e marcadores inflamatórios e anti-inflamatórios no tecido hepático e cerebral de animais alimentados com dieta de cafeteria. O efeito do extrato (250 mg/kg) e da mangiferina (40 mg/kg) foi avaliado de duas formas: ofertados juntamente com a dieta hiperlipídica por oito dias e administrados por cinco dias após sete dias de ingestão da dieta de cafeteria. Os resultados demonstraram que tanto o extrato da folha de manga quanto a mangiferina exerceram efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios no fígado e cérebro de animais alimentados com dieta de cafeteria. O período curto de administração dos tratamentos foi suficiente para prevenir e reverter as alterações hepáticas e cerebrais causadas pela dieta hiperlipídia, uma vez que, no geral, favoreceram o equilíbrio redox com aumento da atividade da superóxido dismutase e diminuição da peroxidação lipídica e interferiram sobre os marcadores inflamatórios com diminuição da expressão e concentração destes. Além disso, foi verificado que a ação da mangiferina em diminuir a expressão gênica de citocinas inflamatórias pode estar relacionada com a via de sinalização do receptor CB1 e PPAR, uma vez que o uso de antagonistas destes bloqueou o efeito anti- inflamatório desta xantona. Portanto, o presente estudo reforça a importância da mangiferina e do extrato de folha de manga na prevenção e no tratamento de desordens hepáticas e cerebrais decorrente da obesidade.Item Ação da polpa e do óleo de juçara (Euterpe edulis Martius) nos testículos de camundongos Swiss expostos ao cádmio(Universidade Federal de Viçosa, 2023-12-11) Araujo, Diane Costa; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://lattes.cnpq.br/5935042252243288Item Ação da própolis de Scaptotrigona aff. postica (Latreille, 1807) (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) em diferentes linhagens de células tumorais(Universidade Federal de Viçosa, 2014-06-25) Sanches, Márcia Aparecida; Serrão, José Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785636U6; http://lattes.cnpq.br/5624845537584512; Cardoso, Silvia Almeida; http://lattes.cnpq.br/6041368188542057; Contini, Silvia Helena Taleb; http://lattes.cnpq.br/3150041419125347; Bastos, Esther Margarida Alves Ferreira; http://lattes.cnpq.br/3631900068139252; Siqueira, Maria Augusta Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777253E4A própolis de abelhas sem ferrão (Apidae, Meliponini) vem sendo estudada nos últimos anos em várias linhagens de células tumorais quanto à citotoxidade de seus componentes. Neste estudo, extratos etanólicos de própolis de Scaptotrigona aff. postica nas concentrações: 1 mg/mL, 0,5 mg/mL, 0,25 mg/mL e 0,125 mg/mL foram avaliados em linhagens de adenocarcinoma mamário (MCF7), melanoma murino (B16F10), astrocitoma (U343MGa) e fibroblastos de camundongos (3T3). Os resultados evidenciaram que a própolis de S. aff. postica apresenta atividade citotóxica em todas as linhagens celulares nas concentrações utilizadas. As frações do extrato etanólico obtidas a partir de diferentes solventes (hexano, hexano:acetato, acetato, acetato:metanol, metanol) mostraram atividade citotóxica para todas as linhagens celulares, com exceção para a fração hexano, cujas porcentagens de mortalidade foram baixas ou nulas. Determinações analíticas da fração hexano:acetato evidenciaram a presença do esteroide etisterona e de cardanol I. Os resultados apresentados confirmam a possibilidade de uso da própolis de S. aff. postica como fonte de substâncias antitumorais.Item Ação das auxinas na funcionalidade do xilema e ocorrência de “bitter pit” em maçãs(Universidade Federal de Viçosa, 2014-12-16) Miqueloto, Aquidauana; Finger, Fernando Luiz; http://lattes.cnpq.br/4927720107227860O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da aplicação do ácido naftaleno acético (ANA) e do inibidor de transporte de auxina ácido 2,3,5-triiodobenzóico (TIBA) na diferenciação e funcionalidade dos vasos do xilema, expressão de genes que codificam para proteínas de transporte de Ca no tonaplasto, atividade da pectinametilesterase (PME) e a ocorrência de “bitter pit” (BP), bem como sua influência sobre os atributos físico-químicos em maçãs ‘Braeburn’. Macieiras ‘Braeburn’ foram pulverizadas com duas concentrações de ANA (10 e 20 mg L-1) e TIBA (10 e 20 mg L-1) e como tratamento controle, água destilada. As aplicações foram realizadas semanalmente, durante o período de 50 a 106 dias após a plena floração (DAPF). Os frutos foram colhidos semanalmente, durante o período de 60 a 106 DAPF, e a cada 15 dias dos 107 aos 164 DAPF (até a colheita comercial), e avaliados quanto a funcionalidade do xilema e composição mineral. Os frutos colhidos aos 164 DAPF foram avaliados quanto à permeabilidade de membrana, nível de expressão de genes que codificam para bombas eletrogênicas e transportadores de Ca e atividade da PME. Seis repetições de 100 frutos foram armazenadas em atmosfera do ar a 1 °C e UR 90-95%, por dois meses, e avaliados quanto a coloração da epiderme, respiração, produção de etileno, pH, firmeza de polpa, sólidos solúveis, acidez titulável, Ca solúvel total e incidência e severidade de BP. A aplicação de ANA 20 mg L-1 proporcionou maior funcionalidade do xilema nos sistemas cortical primário e secundário das regiões proximal e distal dos frutos, quando comparado ao das plantas tratadas com TIBA 20 mg L-1. As concentrações de Ca total, aos 60, 89 e 164 DAPF, e de Ca solúvel total aos 164 DAPF, na polpa da região distal dos frutos, foram maiores no tratamento com ANA (10 e 20 mg L-1), comparadas com os demais tratamentos. Frutos tratados com ANA (10 e 20 mg L-1) tiveram redução de ~50% na atividade da PME, na polpa da região distal dos frutos, em relação ao tratamento com TIBA (10 e 20 mg L-1). Os tratamentos com TIBA (10 e 20 mg L-1) aumentaram a expressão de CAX2 e H+-PPase em comparação aos tratamentos com ANA (10 e 20 mg L-1). Após dois meses de armazenamento, os frutos tratados com ANA (10 e 20 mg L-1) apresentaram menores taxas respiratórias e de produção de etileno e exibiram menor coloração vermelha da epiderme no lado mais exposto a radiação solar na planta, em relação aos frutos tratados com TIBA. Plantas tratadas com ANA 20 mg L-1 apresentaram frutos com maiores valores de acidez titulável e sólidos solúveis do que nos demais tratamentos. Os frutos submetidos a aplicação de auxina, mantiveram níveis mais elevados de Ca solúvel total após o armazenamento, o que contribui para a manutenção da integridade da membrana plásmatica e redução na incidência e severidade de BP. De acordo com os resultados obtidos as auxinas contribuem para a redução da ocorrência de BP e para a manutenção da qualidade dos frutos em maçãs 'Braeburn'.Item Ação de extratos vegetais no reparo de feridas cutâneas em ratos diabéticos(Universidade Federal de Viçosa, 2016-10-03) Souza, Mariáurea Matias Sarandy; Gonçalves, Reggiani Vilela; http://lattes.cnpq.br/0888940291566758Objetivo: Investigar o efeito da aplicação tópica da pomada à base de Strycnos pseudoquina nas concentrações 5 e 10% na cicatrização de feridas cutâneas em ratos diabéticos. Material e Método: Amostras de S. pseudoquina foram coletadas no Município de Rio Verde, Goiás, Brasil e em seguida submetido a prospecção fitoquímica. O extrato foi emulsificado em lanolina nas concetrações 5% e 10%. Foram utilizados trinta ratos Wistar que após a indução do diabetes com estreptozotocina, foram divididos em 5 grupos de 6 animais: Sal: feridas tratadas com 0,9% de solução salina; VH (veículo da pomada): feridas tratadas com 0,6 g de creme de lanolina; SS (Sulfadiazina de Prata): feridas tratadas com 0,6 g de creme de Sulfadiazina de Prata (0,01%); ES5: feridas tratadas com pomada a base de S. pseudoquina (5%); ES10: feridas tratadas com pomada a base de S. pseudoquina (10%). Três feridas circulares de 12 mm de diâmetro foram realizadas no dorso dos animais e fragmentos das feridas foram retirados para análises histológicas e bioquímicas a cada 7 dias durante 21 dias. Resultados: Os grupos que receberam o extrato de S. pseudoquina nas concentrações 5 e 10% apresentaram maior taxa de fechamento das feridas, maior quantidade de células, vasos sanguíneos e aumento do colágeno III e I. Os marcadores de estresse oxidativo foram menores nos grupos ES5 e ES10, e os níveis de enzimas antioxidantes foram maiores nestes mesmos grupos. Conclusão: Os resultados deste trabalho demonstraram que a aplicação tópica de pomada à base de S. pseudoquina promove um reparo cutâneo rápido e eficaz em ratos diabéticosItem Ação de giberelinas no desenvolvimento do tomateiro associada à elevada concentração de CO 2(Universidade Federal de Viçosa, 2017-03-17) Santos, Karla Gasparini dos; Ribeiro, Dimas Mendes; http://lattes.cnpq.br/0346107438280161O aumento de dióxido de carbono (CO 2) na atmosfera durante as últimas décadas tem despertado crescente interesse na função desse gás no crescimento e desenvolvimento das plantas. Apesar da conhecida associação entre concentração de CO 2 elevada e o crescimento das plantas, seus efeitos na regulação do metabolismo primário coordenado pelas giberelinas (GA) são, ainda, pouco conhecidos. Neste trabalho, procuramos compreender o papel da concentração de CO 2 elevada em plantas de tomate com reduzido nível de GA em diferentes estádios de crescimento. Para isso planta mutante gib-1 e plantas tratadas com o inibidor da biossíntese de GAs, paclobutrazol (PAC) foram submetidas à concentração de CO 2 ambiente (400 μmol CO 2 mol^-1 ar) e elevada (750 μmol CO 2 mol^-1 ar) aos 21 e 35 dias após a germinação. A inibição do crescimento pelo reduzido nível de GA foi revertida quando as plantas foram submetidas à concentração de CO 2 elevada aos 21 dias após a germinação. O estímulo da A e o aumento nos níveis de carboidratos contribuem para o estímulo do crescimento sob concentração de CO 2 elevada mesmo sob deficiência de GAs. A capacidade da concentração de CO 2 elevada em restaurar o crescimento das plantas é um reflexo da flexibilidade metabólica dessas plantas diante de uma situação que estimule o crescimento. Contudo, este estímulo pode estar restrito a uma fase do crescimento/desenvolvimento das plantas, visto que, quando submetidas á concentração de CO 2 elevada aos 35 DAG, plantas controle e com reduzido nível de GAs não alteraram seu crescimento.Item Ação do alumínio (Al) em Cococcypselum aureum (Rubiaceae), espécie do cerrado acumuladora de Al: uma abordagem morfofisiológica(Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-21) Viana, Ivan Becari; Azevedo, Aristéa Alves; http://lattes.cnpq.br/3634076110574092Os efeitos do Al sobre espécies nativas acumuladoras de Al como Coccocypselum aureum (Rubiaceae), herbácea que cresce em solos do cerrado, ainda são pouco compreendidos. Neste estudo foi avaliado os efeitos do Al sobre parâmetros morfológicos anatômicos, bioquímicos e fisiológicos de C. aurem a fim de verificar se o Al é um elemento benéfico para a espécie e atua como estimulante no metabolismo primário e secundário. Indivíduos de C.aureum foram coletados em solo do cerrado e submetidos por 60 dias aos seguintes tratamentos em hidroponia: tratamento 1 sem Al por 60 dias; tratamento 2 sem Al durante 30 dias e 500 µM de Al por 30 dias subsequentes e tratamento 3 com 250 µM de Al nos primeiros 30 dias e 500 µM por mais 30 dias. No tratamento 1 após 60 dias de ausência de Al, as plantas de C. aureum apresentaram nas folhas cloroses e necroses, e na raiz, região do meristema apical, células com citoplasma e núcleo pouco densos o que esteve relacionado a elevada concentração de Zn nesse órgão. Plantas do tratamento 2 exibiram nos primeiros 30 dias a ocorrência de necroses e cloroses foliares, porém após a adição de Al nos 30 dias subsequentes houve uma total recuperação da parte aérea, além de um maior crescimento radicular. Em plantas do tratamento 3 após 60 dias, foram verificados os menores teores nutricionais, o menor crescimento radicular e produção de folhas, porém ainda assim, com aspecto morfológico sadio. No mesmo período de tempo, um destacamento de células semelhantes a células de borda próximo a região apical foi observado em ambos tratamentos com Al. Houve acúmulo do metal na epiderme (exceto folha), tecidos fundamentais e células do floema na raiz, caule e folha. Adicionalmente, acúmulo de Al também foi registrado em coléteres. Nas análises bioquímicas e fisiológicas, realizadas para os tratamentos 1 e 2, foi verificado que após 30 dias da adição de Al, as plantas do tratamento 2 apresentaram maior teor de clorofila a e b, maior taxa de fotossíntese, condutância estomática, transpiração e as maiores concentrações de glicose, frutose, amido na raiz e de proteínas na raiz e na folha. Apenas a concentração de sacarose foi superior na folha na ausência de Al. Ainda no tratamento 2 houve maior eficiência fotoquímica do PSII em 24, 48 h e 30 dias, após adição de Al, e um incremento significativo na taxa de transporte de elétrons em 48h e, em especial, aos 30 dias. Neste mesmo período, plantas do tratamento 2 também apresentaram maior produção de compostos fenólicos na raiz e na folha, sendo que na folha ocorreu uma sobreposição dos sítios de acúmulo de Al com fenólicos e alcaloides. Adicionalmente, na presença do metal aos 30 dias, houve aumento na abundância relativa de Al na raiz, no caule e na folha e de N, K, Mg e Fe na folha, de Fe e Cu no caule e P, S, Cu e Zn na raiz. Assim, concluímos que as plantas de C. aureum não se desenvolvem normalmente na ausência de Al e apresentam um desenvolvimento mais saudável na presença desse elemento, principalmente a folha, embora esse desenvolvimento tenha sido mais lento. Portanto, como já documentado para outras espécies acumuladoras de Al de diferentes famílias botânicas, o Al exerce uma ação benéfica sobre a espécie C. aureum. Palavras-chave: Herbácea. Cerrado. Acúmulo de Al.Item Ação do etileno e de intermediários reativos de oxigênio sobre o crescimento de ápices radiculares em dois genótipos de milho, na presença de alumínio(Universidade Federal de Viçosa, 2011-05-02) Fonseca Júnior, élcio Meira da; Cano, Marco Antonio Oliva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787546T4; Oliveira, Juraci Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782512D8; Cambraia, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783868U6; http://lattes.cnpq.br/6643016343021337; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Lemos Filho, José Pires de; http://lattes.cnpq.br/6228787517317376O objetivo principal deste estudo foi avaliar a ação de etileno e de intermediários reativos de oxigênio (ROIs) na inibição do crescimento radicular causada por Al, em ápices radiculares de dois genótipos de milho. Nos experimentos foram utilizados os genótipos de milho UFVM 100 (sensível) e UFVM 200 (tolerante), submetidos aos tratamentos com Al nas concentrações de 0 e 100 μM, em solução de CaCl2 0,5 mM, pH 4,0, durante 24 horas. O tratamento com Al inibiu o alongamento radicular e aumentou a produção de etileno nos dois genótipos de milho, com maior intensidade no UFVM 100. Os coeficientes de correlação entre alongamento radicular e teores de etileno, na presença de Al, foram de -0,97 e -0,90, para os genótipos UFVM 100 e UFVM 200, respectivamente. O tratamento com Al, também, aumentou as atividades das enzimas da síntese de etileno: sintase do ácido aminociclopropano carboxílico (ACS) e oxidase do ácido aminociclopropano carboxílico (ACO), nos dois genótipos de milho, sempre com maior intensidade no genótipo UFVM 100. O tratamento das plântulas com precursores da biossíntese de etileno: ácido aminociclopropano carboxílico (ACC) e etrel inibiram o alongamento radicular na mesma intensidade que a inibição causada por Al aplicado isoladamente, nos dois genótipos. Por outro lado, a aplicação de inibidores da síntese de etileno: ácido aminooxiacético (inibidor da ACS), cloreto de cobalto (inibidor da ACO) e tiossulfato de prata (inibidor da percepção do etileno) eliminaram a inibição do alongamento radicular causada por Al nos dois genótipos. O tratamento com Al aumentou os teores do ânion superóxido e as atividades das enzimas superóxido dismutase e peroxidase, reduziu os teores de peróxido de hidrogênio, mas não influenciou nas atividades da catalase e peroxidase do ascorbato. Nenhuma destas variáveis foi modificada pelo tratamento com Al no genótipo UFVM 200. O Al, também, aumentou as atividades das enzimas oxidase do NADPH (NOX), oxidase da diamina (DAO) e peroxidase do NADH (NADH-POX) de frações de membrana plasmática e parede celular, respectivamente, relacionadas com a produção de ROIs no apoplasto radicular, apenas no genótipo sensível. Dentre os inibidores xi aplicados: difenileno iodônio, azida sódica e 2-hidroxietilhidrazina apenas a azida e a combinação dos três inibidores eliminaram parcialmente o efeito do Al no genótipo UFVM 100. O aumento na atividade das enzimas DAO, NOX e NADH-POX é indicativo de ter ocorrido aumento no teor de ROIs no apoplasto das raízes das plantas do genótipo sensível tratadas com Al. Embora não tenha sido observado aumento na peroxidação de lipídios do ápice radicular, acredita-se que o acúmulo destes ROIs noapoplasto, tenha sido suficiente para ativar peroxidases ligadas à parede celular, causando enrijecimento da parede celular e, conseqüentemente, inibição do alongamento radicular. O genótipo UFVM 200 não sofreu qualquer dano oxidativo nas condições do presente experimento. O somatório destas respostas dos genótipos de milho estudados sugere que a inibição do alongamento radicular induzida por níveis tóxicos de Al é mediada por mecanismos de sinalização envolvendo a síntese e a percepção de etileno e a produção e remoção de intermediários reativos de oxigênio no apoplasto radicular.Item Ação e propriedades cinéticas da peroxidase na oclusão xilemática de ave-do-paraíso (Strelitzia reginae Ait.)(Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-09) Karsten, Juliane; Finger, Fernando Luiz; http://lattes.cnpq.br/5803033084181123Com o intuito de melhor compreender os mecanismos pela qual a peroxidase (POD) está envolvida no bloqueio xilemático em hastes de ave-do-paraíso e como estes podem ser reduzidos ou inibidos, este trabalho teve como objetivos: purificar e caracterizar a POD; verificar o efeito da utilização de inibidores enzimáticos combinados ou não com pHs ácidos e a presença do corte periódico da base da haste sobre a vida pós-colheita dessas flores, avaliar o efeito da aplicação de substratos fenólicos na longevidade das flores e estudar as características inerentes à própria haste, que podem estar influenciando a longevidade das flores de ave-do-paraíso. Para a purificação da POD foi utilizada uma amostra composta de bases de várias hastes mantidas por 8 dias na água. Durante a extração, foi utilizado um processo de separação da POD solúvel da de parede, e o extrato bruto obtido foi purificado por meio da precipitação com sulfato de amônia e por cromatografia gélica. O extrato purificado foi utilizado para a caracterização enzimática. A atividade total no extrato bruto, a massa molecular estimada e o pH ótimo foram semelhantes para as duas isoenzimas. O processo de purificação só foi eficiente para a POD solúvel, e a POD de parede mostrou-se mais sensível aos aumentos de temperatura e apresentou maior afinidade com os substratos. Entre os inibidores enzimáticos testados, o mais eficiente foi o β-mercaptoetanol. No experimento de vaso, as hastes foram colhidas com um florete aberto e distribuídos entre os tratamentos que continham os inibidores metabissulfito de sódio ou azida sódica, combinados com pH 6,0 ou 2,5, aplicados na forma de pulsing por 24 h. Metade das hastes sofreram o corte da base, e a outra metade não. Para as hastes que não sofreram o corte da base, o melhor tratamento foi azida sózica, pH 6,0, que proporcionou maiores valores de massa fresca relativa e retardou o desenvolvimento do balanço hídrico negativo. Já o mesmo inibidor com o pH 2,5 causou toxidez, e por isso foi considerado o pior tratamento. O metabissulfito foi eficiente em retardar o escurecimento da base e reduziu a atividade da polifenoloxidase (PPO). Apesar destes resultados, a longevidade não apresentou diferenças estatísticas entre os tratamentos aplicados. Em outro experimento de vaso, substâncias fenólicas (catecol, 4-metilcatecol, pirogalol, pirocatequina e guaiacol, 10 mM) foram aplicadas como pulsing por 24 h e em experimento subsequente, o guaiacol foi aplicado como pulsing ou solução de vaso em concentrações de 5, 25 e 50 mM. A massa fresca relativa das hastes tratadas com essas substâncias fenólicas foram superiores as das hastes controles nos dois experimentos e o balanço hídrico negativo foi retardado. No entanto, essas hastes apresentaram escurecimento intenso da base, e a longevidade não foi prolongada. No último experimento, as hastes colhidas com um florete aberto foram separadas em 3 grupos de acordo com o diâmetro da base: I – finas (até 10 mm de diâmetro), II – médias (diâmetro maior que 10 e menor que 12 mm) e III – grossas (diâmetro maior que 12 mm). A presença do corte da base a cada 48 h também foi avaliado. Foram avaliadas as relações hídricas, o conteúdo de carboidratos, abertura de florete, tamanho de florete, longevidade, escurecimento da base e atividade da POD. A taxa da absorção de água só foi influenciada pela presença do corte da base, sendo maior para as hastes grossas que sofreram o corte da base, apresentando estas maiores valores de massa fresca relativa. Essas hastes também apresentaram maior abertura de floretes e longevidade. As taxas de transpiração não foram influenciadas pelo diâmetro da haste, nem pela presença do corte da base. O conteúdo de carboidrato variou com o diâmetro da haste, parte da planta avaliada (haste, bráctea ou florete), tempo e presença do corte. O escurecimento foi semelhante entre os 3 grupos e a atividade da POD foi maior nas hastes grossas. O tamanho da bráctea e da sépala aumentou proporcionalmente com o aumento no diâmetro da base. Conclui-se que a POD está mesmo envolvida no processo de obstrução xilemática em hastes de ave- do-paraíso, desempenhando um papel fundamental neste processo que culmina com o murchamento precoce dos floretes. No entanto, outros fatores, como diâmetro da haste e o conteúdo de reserva presente nessas podem estar influenciando a longevidade das flores.Item Acetogenin as tool to control Aedes aegypti: a perspective of toxicity and gene regulation(Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-12) Costa, Marilza da Silva; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/9321013764019273Dengue, Chikungunya and Zika are arboviruses transmitted mainly by the mosquito Aedes aegypti. Although the control of this insect vector has been accomplished by eliminating rearing sites, use of biological control, genetic methods and the use of insecticides, it is important the use alternative control strategies for the integrated management of this pest. Thus it is expected decrease in the emergence of resistant mosquito strains and in the environmental risks and toxicology. This work evaluated a secondary metabolite of Annonaceae plant with insecticidal properties in the control of A. aegypti larvae. In the first step an acetogenin of Annona mucosa seeds was isolated and tested against A. aegypti larvae (target insect), its predators Culex bigotti and Toxorhynchites theobaldi (non-target insects) and on human leukocytes. The second step evaluated the morphology of the midgut cell in larvae exposed to acetogenin and the effect of this molecule in the expression of genes for autophagy (Atg1 and Atg8), V-H+-ATPase (membrane carrier protein) and aquaporin -4 (Aqp4) (water channel protein). The third step tested the effect of acetogenin on anal papilla of A. aegypti larvae, on the morphology expression of V-H+ -ATPase and Aqp4. The isolated molecule was squamocin that showed high toxicity to the A. aegypti larvae, but without toxicity to non-target insects and human leukocytes, indicating the selectivity of this molecule. In the midgut, squamocin showed cytotoxic effects in the digestive cells, increased expression of genes for autophagy (Atg1 and Atg8), decrease of V-ATPase and Aqp4 expression in LC20 as well as their inhibition in LC50, showing multiple modes of action in this organ. In anal papillae, squamocin caused morphological damages in the epithelium, decreased transcription levels of AaAQP4 and inhibited the AaV-H + -ATPase transcription, suggesting effect in the osmoregulation process of this organ. The modes of action of squamocin at morpho- physiological and molecular levels are described for the first time. Our results indicated that squamocin can be a prototype of natural products with potential to control A. aegypti larvae, contributing to the establishment of alternative strategies for the control of insect vectors with high efficiency and low environmental impact.Item Aclimatação da maquinaria fotossintética do cafeeiro à alteração da força-dreno e à seca, em função da restrição do volume radicular(Universidade Federal de Viçosa, 2005-09-02) Ronchi, Cláudio Pagotto; Matta, Fábio Murilo da; http://lattes.cnpq.br/9736715018118319Neste trabalho, foram feitos dois experimentos, conduzidos separadamente e analisados como tal, para investigar (i) os efeitos da restrição do volume radicular no crescimento e aclimatação fotossintética em Coffea arabica e (ii) os efeitos de taxas de imposição e severidade do déficit hídrico sobre a fotossíntese e metabolismo de carboidratos em C. canephora. No primeiro, plantas de C. arabica cv Catuaí Vermelho IAC 44, cultivadas em vasos de diferentes volumes (3 L - pequeno, 10 L - médio e 24 L - grande), foram avaliadas em duas épocas, aos 115 e 165 dias após o transplantio (DAT), de modo a obterem- se diferentes graus de restrição radicular. Os efeitos da alteração na relação fonte:dreno foram estudados, procurando-se investigar os possíveis mecanismos, estomáticos e não-estomáticos, de aclimatação fotossintética. O aumento da restrição radicular causou forte redução no crescimento da planta, associada ao aumento na razão raiz:parte aérea. Os tratamentos não afetaram o potencial hídrico foliar, tampouco os teores foliares de nutrientes, com exceção da concentração de N, que se reduziu fortemente com o incremento da restrição radicular, apesar da disponibilidade adequada no substrato. As taxas fotossintéticas foram severamente reduzidas pelo cultivo das plantas nos vasos de pequeno volume, devido, principalmente, a limitações não-estomáticas, e.g., redução na atividade da Rubisco. Aos 165 DAT, os teores de hexoses, sacarose e aminoácidos diminuíram, enquanto os de amido e hexoses-P aumentaram, com a redução do tamanho do vaso. As taxas fotossintéticas correlacionaram-se significativa e negativamente com a razão hexose:aminoácidos, mas não com os níveis de hexoses per se. As atividades de invertase ácida, sintase da sacarose (SuSy), sintase da sacarose-fosfato (SPS), bisfosfatase da frutose-1,6-bisfosfato (FBPase), pirofosforilase da ADP-glicose (AGPase), fosforilase do amido (SPase), desidrogenase do gliceraldeído-3-P (G3PDH), fosfofrutocinase dependente de PPi (PPi-PFK) e desidrogenase do NADP:gliceraldeído-3-P (NADP-GAPDH), e as razões 3-PGA:Pi e glicose-6-P:frutose-6-P decresceram, particularmente nas plantas sob restrição radicular severa. A aclimatação da maquinaria fotossintética não esteve relacionada a limitações diretas pela redução da síntese de produtos finais da fotossíntese, mas sim a reduções na atividade da Rubisco. Aparentemente, a aclimatação fotossintética foi reflexo do status deficiente de nitrogênio, em função do aumento da restrição radicular. No segundo experimento, plantas de C. canephora (clone 109A) também foram cultivadas em vasos de volumes contrastantes (6 L - pequeno e 24 L - grande), durante 11 meses. Em seguida, foram submetidas ao déficit hídrico, via suspensão da irrigação, aplicando-se, neste caso, duas taxas de imposição (rápida, nos vasos pequenos, e lenta, nos vasos grandes), e dois níveis de déficit hídrico: potencial hídrico na antemanhã (Ψ am ) equivalente a -2,0 MPa (déficit moderado) e - 4,0 MPa (déficit severo). Foram estudadas as respostas da maquinaria fotossintética e do metabolismo de carboidratos à seca, em função tanto da taxa de imposição como da severidade do déficit hídrico. Após suspender-se a irrigação, os níveis de déficit moderado e severo foram atingidos aos quatro e seis dias nas plantas dos vasos de 6 L, e aos 12 e 17 dias naquelas dos vasos de 24 L, respectivamente. Os tratamentos aplicados não afetaram as concentrações de clorofilas e carotenóides. Pequenas alterações nos parâmetros de fluorescência foram observadas, mas apenas nas plantas sob déficit severo, imposto lentamente. Sob déficit severo, os níveis de prolina aumentaram 31 e 212% nas plantas dos vasos pequenos e grandes, respectivamente, em relação aos das plantas-controle. A seca (Ψ am = -4,0 MPa) aumentou o extravazamento de eletrólitos em 183%, independentemente do tamanho do vaso. A taxa fotossintética reduziu-se em 44 e 96%, a Ψ w de -2,0 e -4,0 MPa, respectivamente, em relação às plantas-controle, sem, contudo, observarem-se alterações expressivas nesses parâmetros, em função das diferentes taxas de imposição do déficit hídrico. O déficit hídrico reduziu a condutância estomática e a transpiração, mas apenas quando foi severo. De modo geral, o metabolismo de carboidratos, em resposta à seca, foi afetado pela taxa de imposição do déficit hídrico. Não obstante, as atividades de enzimas- chave do metabolismo do carbono (AGPase, invertase ácida, SuSy, SPS, FBPase, G3PDH, SPase, PPi-PFK) foram pouco ou nada afetadas pelas taxas de imposição e severidade do déficit.Item Aclimatação ecofisiológica do cafeeiro (Coffea arabica e C. canephora) para enfrentar às flutuações temporais da disponibilidade de luz(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-21) Rodríguez-lópez, Nelson Facundo; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Ventrella, Marília Contin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763436A2; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; http://lattes.cnpq.br/2953989907670714; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Cavatte, Paulo Cezar; http://lattes.cnpq.br/8029279967950425; Silva, Diolina Moura; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793517H8Geralmente, assume-se que a quantidade total de luz disponível é o condutor principal para o crescimento e produtividade das plantas. Porém, como pouco se conhece acerca dos efeitos das variações temporais diurnas na disponibilidade da luz, no acúmulo de biomassa e no desempenho fisiológico, neste estudo se examinaram caracteres morfológicos, fisiológicos e bioquímicos em plantas de cafeeiro em dois experimentos independentes. No primeiro experimento, plantas de café arábica (C. arabica) foram submetidas a vários tratamentos de luz: totalmente sob 100%, 40% ou 10% de luz solar (S-100, S-40 e S-10, respectivamente), sob 40% ou 10% de luz solar durante a manhã e, em seguida, submetidas a 100% de luz solar até o anoitecer (S-40/100 e S-10/100, respectivamente), e em 100% de luz solar do amanhecer ao meio-dia e depois submetidas a 40% ou 10% de luz (S-100/40 e S-100/10, respectivamente). As plantas em S-100 acumularam maior biomassa, com alterações mínimas nas razões alométricas, quando comparadas com indivíduos de outros tratamentos. Essa maior biomassa foi, aparentemente, independente das taxas fotossintéticas por unidade de área foliar e de alterações na disponibilidade de carboidratos; sendo associado principalmente à rápida formação de área foliar com o aumento da disponibilidade de irradiância. Em contraste, o menor acúmulo de biomassa nas plantas em S-10/100 e S-10 deve ter sido conseqüência das limitações de carbono e de uma menor área foliar. O acúmulo de biomassa não foi dependente apenas da irradiância total interceptada, mas também das variações temporais do fornecimento de luz, como evidenciado pela comparação da maior biomassa (35%) em indivíduos em S-100/10 do que em S-10/100. As alterações nas taxas fotossintéticas entre os tratamentos foram aparentemente não relacionadas com o acúmulo de carboidratos ou fotoinibição. Em geral, em nível de folha, apenas pequenas alterações nos caracteres fisiológicos respondentes à luz foram observadas, principalmente, quando comparado os indivíduos em S-10 com aqueles dos outros tratamentos. É pouco provável que o maior acúmulo de biomassa e melhor desempenho fisiológico das plantas em S-100 sejam diretamente associados a ganhos de carbono por unidade de área foliar, mas sim a processos morfogenéticos induzidos pela luz relacionados a uma rápida formação de área foliar, que, por sua vez, devem ter levado a uma maior produtividade fotossintética em nível de planta inteira. O acúmulo de biomassa em grande parte depende não unicamente da quantidade total de luz interceptada, mas também das escalas temporais de variações diurnas no suprimento de luz, isto é, a quantidade de luz recebida pelas plantas durante a manhã teve um papel importante para incrementar a biomassa. Esta informação tem importância prática para o uso de árvores de sombra em fazendas localizadas em zonas montanhosas, onde o uso do sombreamento deve ser evitado em terrenos com exposição para o oeste se um melhor crescimento (e produção) é o principal objetivo a ser alcançado. No segundo experimento, foi usado um desenho experimental onde dois clones de café robusta (C. canephora) foram consorciados com árvores de seringueira de modo que foi permitido a comparação de arbustos de café sombreados na manhã (SM) com aqueles sombreados na tarde (SA), e então comparando ambos com arbustos expostos a pleno sol durante o curso do dia (FS). Os arbustos em SM apresentaram melhor desempenho nas trocas gasosas ao longo do dia em comparação com aqueles em SA e FS, os quais exibiram limitações devido a fatores estomáticos (arbustos em SA) e bioquímicos (arbustos em FS). Os caracteres fisiológicos associados com a captura de luz mostraram uma maior resposta às variações temporais da luz do que à quantidade de luz recebida, embora esse comportamento possa ser uma resposta específica dos clones estudados. As atividades de enzimas do sistema antioxidativo exibiram diferenças mínimas quando comparando os clones em SM e SA, e, em contraste, foram maiores nos clones em FS. Independentemente dos tratamentos de luz, não foram encontrado sinais de fotoinibição ou danos celulares. A aclimatação à variação temporal da luz não teve custos adicionais aparentes para a construção e manutenção das folhas entre os tratamentos. Ambos os indivíduos em SM e SA apresentaram um alto retorno em termos de fluxo de investimento (maiores Amax em base de área e massa, PNUE e WUE no longo prazo, por exemplo) do que sua contraparte FS. Em resumo, o sombreamento na manhã pode melhorar o desempenho fisiológico do cafeeiro em ambientes marginais tropicais, no entanto, é importante selecionar genótipos com adequada plasticidade fenotípicos, como encontrada no clone 03, para lidar com a redução na disponibilidade de luz.Item Aclimatação fisiológica e bioquímica a ciclos de deficiência hídrica em clones de Coffea canephora(Universidade Federal de Viçosa, 2014-08-21) Silva, Paulo Eduardo de Menezes; DaMatta, Fábio Murilo; http://lattes.cnpq.br/7516021532884796A aclimatação diferencial ou, como vem sendo chamada, a memória ao estresse,é um processo que só recentemente foi mais bem caracterizado em plantas. Contudo, a grande maioria dos trabalhos aborda esse processo de forma fragmentada, centrando apenas na expressão de alguns genes ou em poucas respostas morfológicas. Diante desses fatos, um dos principais objetivos do presente trabalho foi apresentar uma visão integrada do processo de aclimatação diferencial à seca, em dois clones de C. canephora com tolerância diferencial à seca (109 sensível à seca e 120, tolerante). Para tal, mudas com quatro pares de folhas, provenientes do enraizamento de estacas de ramos ortotrópicos, foram cultivadas em casa de vegetação, em vasos de 24 dm 3 . Quando atingiram, aproximadamente, um ano, as plantas foram submetidas a regimes hídricos diferenciais: um grupo de plantas foi continuamente irrigado (plantas-controle), um segundo grupo de plantas foi submetido a apenas um ciclo de déficit hídrico (C1), enquanto um terceiro grupo foi submetido a três ciclos de estresse (C3). Cada ciclo de déficit hídrico consistiu de duas fases, uma de desidratação e outra, de reidratação. A desidratação foi feita mediante suspensão da irrigação, até que a umidade atingisse 25% da água disponível no solo, em relação à capacidade de campo. As plantas foram expostas ao déficit hídrico por um período de 14 dias quando, então, foram avaliados parâmetros fisiológicos e coletadas amostras para análises bioquímicas. Após as avaliações, as plantas foram reidratadas via elevação da umidade do solo à capacidade de campo (recuperação). Na condição irrigada, foi possível observar grande similaridade fisiológica e metabólica entre os dois clones, em praticamente todas as variáveis avaliadas. De modo geral, a seca promoveu grandes reduções na condutividade hidráulica foliar (K F ) que, por sua vez, levou a decréscimos da condutância estomática (g s ) e, consequentemente, da taxa de assimilação líquida de carbono (A), principalmente no clone 109. A análise de perfil metabólico revelou uma profunda reprogramação metabólica em ambos os clones, com aumento nos níveis de praticamente vtodos os aminoácidos detectados, além de ácidos orgânicos e polióis. O aumento na biossíntese desses compostos esteve diretamente relacionado com o consumo de carboidratos (glicose, frutose, sacarose e amido) e com o aumento na atividade de enzimas da glicólise e do ciclo dos ácidos tricarboxílicos. Vias alternativas de dissipação do excesso de energia de excitação (fotorrespiração e biossíntese de compostos secundários), além de mecanismos de remoção de radicais livres (enzimas do estresse oxidativo), também foram fortemente induzidas pela seca, em ambos os clones. A ação conjunta desses vários mecanismos de defesa foi capaz de mitigar os efeitos deletérios da redução da disponibilidade hídrica, evidenciado pela ausência de danos celulares (avaliados pela concentração de aldeído malônico) e de fotoinibição (avaliada pela eficiência fotoquímica máxima do fotossistema II), além da manutenção do estado redox celular (razões NAD + /NADH e NADP + /NADPH) em todos os tratamentos, ressaltando, assim, a importância da integração metabólica nos processos de tolerância à seca. A análise de componentes principais revelou que as plantas do tratamento C3, de ambos os clones, tiveram comportamento distintos, em relação às plantas dos tratamentos C1. Com efeito, a maior parte dos ajustes induzidos pela seca foi mais aparente nas plantas do tratamento C3, de ambos os clones, em relação às plantas do tratamento C1, particularmente no clone 120. Uma vez que nas plantas C3 o aumento de A não esteve relacionado com K F , é provável que o conjunto de respostas diferencialmente moduladas foi o responsável por garantir o melhor desempenho dessas plantas na seca, em relação às plantas que foram submetidas à seca apenas uma vez.