Ciências Biológicas e da Saúde
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Item Características moleculares e identificação de Lactobacillus delbrueckii UFV H2b20(Universidade Federal de Viçosa, 2003-02-20) Neves, Juliana Teixeira de Magalhães; Moraes, Célia Alencar de; http://lattes.cnpq.br/6418658381112019A estirpe probiótica Lactobacillus UFV H2b20, previamente classificada como Lactobacillus acidophilus por suas características de fermentação de açúcares, apresentou-se mais semelhante à espécie Lactobacillus delbrueckii, quanto à seqüência de rDNA 16S, o que levou ao questionamento acerca da identidade da linhagem. Para o esclarecimento da real classificação da linhagem, o método de hibridização DNA-DNA foi empregado. A linhagem apresentou 75,2% e 77,4% de reassociação com L. delbrueckii subsp. lactis (ATCC 12315) e L. delbrueckii subsp. delbrueckii (ATCC 9649), respectivamente. Dado que a homologia de 70% ou mais, por esse método, tem sido usada como padrão para agrupamento de bactérias em uma mesma espécie, sugere-se, aqui, que Lactobacillus UFV H2b20 seja, daqui para frente, denominado L. delbrueckii UFV H2b20. Identificada a linhagem, outro objetivo do trabalho era desenvolver um protocolo para detecção in situ de L. delbrueckii. Uma sonda de 26 nucleotídeos (SA) foi construída e testada com outras espécies de Lactobacillus relacionadas geneticamente entre si. Estes estudos demonstraram que a seqüência de assinatura (SA) estava presente em L. delbrueckii UFV H2b20, L. delbrueckii UFV H2b21, L. delbrueckii subsp. delbrueckii e L. delbrueckii subsp. lactis, o que indica ser ela eficaz para ser usada como sonda para rRNA 16S espécie-específica pelo método de FISH. A hipótese de existência de polimorfismos, levantada em trabalhos prévios no rDNA 16S da linhagem, foi confirmada após as análises dos segmentos de DNA clonados e selecionados do banco genômico construído para a linhagem L. delbrueckii UFV H2b20. As seqüências analisadas demonstraram, também, presença de segmentos correspondentes a quatro genes codificadores de rRNA 16S distintos, e seis segmentos distintos para uma mesma região de rRNA 23S, indicando seis operons putativos. Há evidência de, pelo menos, um operon putativo completo seguido de região codificadora de seis tRNAs. Não se detectou região espaçadora longa entre rDNA 16 e 23S.Item Diversidade genética, antagonismo microbiano e produção de fitases por bactérias endofíticas de folhas de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris)(Universidade Federal de Viçosa, 2010-10-29) Costa, Leonardo Emanuel de Oliveira; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8; Moraes, Célia Alencar de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781007D6; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4744676Z8; Nascimento, Antonio Galvão do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797432E8; Tótola, Marcos Rogério; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727020U4; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Azevedo, João Lúcio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793677J6O feijão é uma das leguminosas mais importantes para a alimentação humana e pouco se conhece sobre as bactérias endofíticas associadas com as folhas desta planta. Objetivou-se com este trabalho: (i) caracterizar as bactérias endofíticas cultiváveis das folhas do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris) de três cultivares diferentes (Vermelhinho, Talismã e Ouro negro), plantadas sob as mesmas condições de campo; (ii) avaliar a produção de sideróforos e enzimas líticas (pectinase, celulase e protease) destes isolados, bem como o potencial de antagonismo contra os fungos fitopatogênicos Colletotrichum lindemuthianum, Rhizoctonia solani e Fusarium oxysporum, agentes causais da antracnose, podridão-radicular e murcha-de-fusário-do-feijoeiro, respectivamente; e (iii) avaliar a capacidade dos isolados de produzir fitases e caracterizar estas enzimas. Foram obtidos 158 isolados, sendo que 36,7 %, 32,9 %, 29,7 % e 0,6 % pertencem aos Filos Proteobacteria, Firmicutes, Actinobacteria e Bacteroidetes, respectivamente. Baseado nas sequências do gene rDNA 16S, 23 gêneros e 45 espécies diferentes foram isolados. As três cultivares de P. vulgaris mostraram diferenças na diversidade das classes Actinobacteria, Alphaproteobacteria e Bacilli, sendo que os isolados da cultivar Talismã apresentaram menor diversidade do que os isolados das outras duas cultivares. Estes resultados indicam que a cultivar influencia a estrutura das comunidades endofíticas associadas ao feijoeiro comum. Dentre os 158 isolados analisados, 20 isolados produzem celulase, oito produzem pectinases e 96 produzem proteases. Adicionado a isso, 49 isolados apresentaram algum nível de antagonismo contra pelo menos um dos fungos analisados. Dois isolados do gênero Pseudomonas e quatro isolados do gênero Stenotrophomonas apresentaram resultados mais promissores. Dezesseis isolados são produtores de sideróforos, sendo este o primeiro relato de produção de sideróforos por uma linhagem da espécie Agromyces mediolanus. Quarenta e cinco isolados são produtores de fitase, sendo que quatro foram selecionados para caracterização da atividade da enzima. As fitases dos quatro isolados apresentaram atividade de fosfatase com outros substratos como ATP, ADP, pirofosfato e β-glicerofosfato, porém sua maior atividade foi observada em presença de fitato. Outra característica incomum das fitases analisadas é a presença de mais de um pH ótimo de atividade. Este é o primeiro relato de produção de fitase por bactérias do gênero Rhodococcus e Microbacterium. Os gêneros Bacillus, Delftia, Paenibacillus, Methylobacterium, Microbacterium, Staphylococcus e Stenotrophomonas estão presentes nas três cultivares avaliadas, evidenciando a adaptação destes gêneros a diferentes cultivares. O estudo dos microrganismos endofíticos do feijoeiro se mostrou promissor para obtenção de bactérias com potencial para o controle biológico de patógenos e bactérias produtoras de fitase.