Ciências Biológicas e da Saúde
URI permanente desta comunidadehttps://locus.ufv.br/handle/123456789/3
Navegar
Item Atividade antioxidante e anti-inflamatória do gel trasdérmico de curcumina em modelos para doença inflamatória intestinal(Universidade Federal de Viçosa, 2021-12-03) Araujo, Fernanda Oliveira; Diaz, Marisa Alves Nogueira; http://lattes.cnpq.br/8976026918721325Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) é um grupo de doenças inflamatórias que acometem o trato gastrointestinal. Podem ocorrer por meio de duas formas principais, a Doença de Crohn (DC) e a Colite Ulcerativa (CU). O Brasil ainda possui baixa prevalência destas doenças. Contudo, a incidência vem aumentando anualmente. Muitos pacientes não têm resposta para as terapias ou tem uma resposta que não é sustentada. Opções adicionais de tratamento com novos mecanismos de ação são necessários para aumentar taxas de eficácia. As plantas constituem uma fonte natural de compostos bioativos eficazes que podem ser utilizados em diversas aplicações, principalmente como aditivos alimentares e na promoção da saúde como ingredientes na formulação de fitoterápicos e nutracêuticos. A espécie Curcuma longa tem demonstrado possuir uma diversidade de compostos fenólicos, sendo o principal a curcumina, que podem proteger o corpo do processo oxidativo e efeito protetor e preventivo contra várias doenças. Os produtos naturais com propriedades anti-inflamatórias, como a curcumina, possibilitam a mesma ação proposta pelos medicamentos alopáticos, porém com menores efeitos adversos. Pesquisas recentes indicaram que a curcumina pode atenuar a DII, melhorando assim a função da barreira intestinal, modulando várias vias de sinalização celular, produzindo efeitos antiinflamatórios, antioxidantes e imunomoduladores. Um possível entrave para o uso oral é a sua pouca solubilidade e permeabilidade. Torna-se importante o desenvolvimento de formulações com curcumina para melhorar biodisponibilidade desse composto. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito do gel transdérmico de curcumina (CTG), com diferentes concentrações, sobre o estresse oxidativo e a inflamação intestinal em camundongos knockout para IL-10 (IL-10 KO). Além disso a capacidade antioxidante da curcumina in vitro foi avaliada através de macrófagos murinos RAW 264. Foram realizadas in vitro os ensaios de determinação da atividade antioxidante por DPPH, o ensaio de viabilidade celular, a avaliação da viabilidade celular após indução ao estresse oxidativo com H 2 O 2 e a avaliação da capacidade citoproterora da curcumina. In vivo, foram utilizados um total de 52 camundongos fêmeas IL10 -/- da espécie Mus musculus. Todos os animais estavam em sua 10ª semana de vida. O estudo foi dividido emduas etapas. Na primeira etapa: um grupo controle (CN, n= 8) e três tratamentos de gel transdérmico de curcumina (C50: 50mg, n=3), (C75: 75mg, n=3) e (C100: 100mg, n=3) por quilograma de peso corporal. E na segunda etapa: grupo controle (CN, n= 5) e três tratamentos de gel transdérmico de curcumina (C100: 100mg, n=5), (C200: 200mg, n=5) e (C400: 100mg, n=5) por quilograma de peso corporal. O gel trasdérmico foi obitdo a partir da incorporação da curcumina ao pentravan ® . Os animais foram tricomizados na parte dorsal e receberam GTC de diferentes concentrações diariamente. Os resultados obtidos na primeira parte do experimento, demonstararm que as concentrações de malondialdeído do cólon foram menores nos tratamentos C50 e C75. No intestino delgado e cólon, a catalase reduziu em ambos os órgãos e a superóxido dismutase reduziu apenas no cólon, aumentando no intestino delgado nos tratamentos C50 e C75. A glutationa transferase aumentou no intestino delgado no grupo C75 e diminuiu no cólon. Na segunrta etapa do experimento, o GTC foi capaz de reduzir, no intestino delgado, as atividades da SOD e CAT, e aumentar as atividades de GST no grupo C200. No cólon, tivemos maior concentração das moléculas antioxidantes GST e ON grupo C400. Na histologia, o GTC aumentou a camada muscular, no intestino delgado de todos os animais tratados, no cólon nos animais C100 e C200, e no ceco nos animais C100. No intestino delgado o GTC preservou a integridade do epitélio na vilosidade no C200. No ceco, o GTC aumentou a profundidade da cripta nos grupos C200 e C400. Todos os dados do estudo foram submetidos à análise de variância (ANOVA) seguida pelo teste post hoc Tukey (os dados in vitro) e Newman Keuls (os dados in vivo) ambos a 5% de probabilidade. As análises estatísticas foram realizadas no programa GraphPad Prism versão 6.01. O presente estudo demonstrou que o CTG tem um efeito protetor sobre o estresse oxidativo e a melhora histológica de camundongos nocaute de IL-10, e pode desempenhar um papel significativo no tratamento de doenças inflamatórias intestinais no futuro, particularmente como terapia adjuvante. Palavras-chave: Inflamação intestinal. Estresse oxidativo. Curcumina. Antioxidantes. Gel transdérmico.Item Regulação e identificação de componentes a montante da via de sinalização de morte celular mediada por DCD/NRP1.(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-31) Camargos, Luiz Fernando de; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://lattes.cnpq.br/5149825029606209A resposta adaptativa de plantas a condições de estresse é um dos principais desafios na agricultura pois afeta parâmetros de crescimento, desenvolvimento e produtividade. Os estresses abióticos ganham destaque pois estão intimamente relacionados com esses parâmetros, e frequentemente ocorrem simultaneamente no campo, como alterações de temperatura, seca e estresse nutricional. A compreensão de como plantas alteram seu metabolismo em resposta a condições adversas únicas vem sendo analisada intensivamente durante anos, porém há a necessidade de entender como elas se comportariam em resposta a múltiplos estresses. A via de sinalização mediada por DCD/NRP1 é ativada em resposta a diferentes estímulos ambientais, resultando na indução de programas de morte celular derivado de estresses prolongados. Além disso, aumento dos níveis do chaperone molecular BiP atenua a expressão e atividade dos componentes dessa via, promovendo assim uma melhor adaptação de plantas a condições adversas. Na presente investigação, foi demonstrado que uma correlação entre a expressão de DCD/NRP1 com transdutores responsivos a sinais de acúmulo de proteínas mal dobradas, proteína G heterotrimérica, luz e ácido abscísico, indicando um papel chave de DCD/NRP em mecanismos sinalizadores. Posteriormente, procurou-se elucidar os mecanismos que conectam a via de morte celular DCD/NRP com seu modulador negativo BiP que se encontram espacialmente separados dentro da célula. Análise do possível envolvimento de transdutores de sinais presentes na membrana do retículo endoplasmático na ativação da via de morte celular demonstrou que a subunidade β da proteína G (AtAGB1) atua como componente a montante da via de sinalização mediada por DCD/NRP1. Foi demonstrado que os genes componentes da via de morte celular mediada por DCD/NRP requerem AGB1 para indução em resposta a estresse osmótico e do retículo endoplasmático. Além disso, o mutante agb1-3 demonstrou ser mais tolerante a condições adversas de estresse no retículo endoplasmático e por seca, fenótipo revertido em linhagens agb1-3 transformadas ectopicamente com AtAGB1 e intensificado em linhagens superexpressando AtAGB1. Além disso, a expressão de AGB1 em condições de estresse também foi modulada pelo chaperone molecular BiP. Coletivamente esses dados indicam que AGB1 atua como integrante a montante de NRP na via de sinalização que integra sinais de múltiplos estresses em programas de morte celular.