Ciências Biológicas e da Saúde
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Item Avaliação do rocurônio associado a acepromazina, propofol e isofluorano, na anestesia de cadelas submetidas à ovariosalpingohisterectomia eletiva(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-18) Neves, Cinthya Dessaune; Pompermayer, Luiz Gonzaga; http://lattes.cnpq.br/1195189412012130A anestesia é um procedimento rotineiro dos veterinários e a pesquisa de novos fárma- cos anestésicos é uma necessidade constante frente à evolução dos diversos setores da medi- cina veterinária. Durante os procedimentos cirúrgicos de cães, procura-se um protocolo anes- tésico que atenda às exigências de segurança e bem-estar dos animais, mas que também for- neça tranquilidade ao anestesista e condições favoráveis ao cirurgião. O rocurônio é um blo- queador neuromuscular, com potencial para propiciar vantagens em cirurgias que exijam rela- xamento muscular de curta duração. O presente estudo teve como objetivo avaliar os possí- veis efeitos advindos da utilização do rocurônio como miorrelaxante em ovariosalpingohiste- rectomias (OSH) eletivas de cadelas. Foram selecionadas 20 cadelas, com indicação de OSH eletiva e classificadas como ASA I, segundo critérios da Sociedade Americana de Anestesio- logia. Os animais apresentavam peso e idade médios de 15kg e 4 anos. Foram divididos alea- toriamente em dois grupos de dez animais. Os animais do grupo 1 (G1) receberam como me- dicação pré-anestésica acepromazina na dose de 0,1mg/Kg pela via intravenosa (IV), propofol na dose de 6mg/Kg pela mesma via para indução, sendo, a seguir, introduzida anestesia inala- tória com isofluorano como agente de manutenção. No momento da incisão de pele foi admi- nistrado rocurônio na dose de 0,1mg/Kg IV. O grupo 2 (G2) recebeu o mesmo tratamento do G1, entretanto, ao invés do bloqueador neuromuscular, foi administrado soro fisiológico em volume idêntico ao calculado para o rocurônio, como placebo. A frequência respiratória (FR) e o volume minuto (VM) foram mensurados antes de qualquer tratamento (M0), 15 minutos após a MPA (M1), subsequente a indução (M2), e aos 2, 4, 6, 8, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 minutos após o rocurônio ou o placebo. As demais variáveis como pressão arterial sistólica, frequência cardíaca, temperatura corporal, saturação da oxihemoglobina, analgesia, tempo de preenchimento capilar, reflexo palpebral, corneal e laringotraqueal, eletrocardiografia (ECG), foram mensuradas no M0, M1, M2 e a partir deste momento a cada 10 minutos (M3, M4, M5 e M6). As coletas de sangue arterial para as análises hemogasométricas foram realizadas no M0, M3 e M6. Após as cirurgias, um questionário foi respondido pela equipe cirúrgica sobre o miorrelaxamento. Os resultados obtidos demonstraram que o rocurônio na dose de 0,1mg/Kg causou poucas mudanças na dinâmica respiratória, verificando-se apenas aos 2 mi- nutos, após a sua administração, redução no VM no G1 em comparação ao G2. Não foram observadas alterações significativas na dinâmica circulatória e demais variáveis estudadas. O miorrelaxamento foi considerado acentuado e facilitou a abordagem dos ligamentos suspensó- rios dos ovários em 80% dos animais tratados com o rocurônio.Item Eletroacupuntura na analgesia trans e pós operatória de cadelas submetidas á ovariosalpingohisterectomia(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-28) Santos, Letícia Calovi de Carvalho; Favarato, Lukiya Silva Campos; http://lattes.cnpq.br/6924624941413694O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito analgésico trans e pós-operatórios da eletroacupuntura em onda denso-dispersa e frequências 3 e 200 Hz, nos pontos E44, R3 e BP4, compará-lo com a analgesia promovida pelos pontos BP6, E36 e VB 34, e pela morfina, em cadelas submetidas à ovariosalpingohisterectomia. Teve-se como hipótese que a eletroacupuntura nos pontos E44, R3 e BP4 resultaria em controle da dor trans e pós- operatória melhor ou igual àquele promovido pela eletroacupuntura nos pontos BP6, E36 e VB34 e pela morfina. Trinta e seis cadelas submetidas à cirurgia eletiva de ovariosalpingohisterectomia foram distribuídas em blocos casualizados em 3 grupos com 12 animais cada. No primeiro grupo foi realizada eletroacupuntura denso-dispersa, com frequência de 3-200 Hz nos pontos BP4, E44, R3 e administrado 1,5ml de solução fisiológica por via intramuscular (grupo GEA); no segundo grupo foi realizada eletroacupuntura denso- dispersa com frequência de 3-200 Hz nos pontos BP6, E36, VB34 e administrado 1,5ml de solução fisiológica por via intramuscular (grupo GEB); no terceiro grupo foi realizada acupuntura em três pontos falsos e o aparelho de eletroacupuntura foi acoplado às agulhas, mas não foi ligado, e foi administrada morfina na dose de 0,5 mg/kg, diluída em solução fisiológica de modo que o volume total foi de 1,5ml por via intramuscular (grupo GF). Foram avaliados os parâmetros cardiovasculares e respiratórios durante o período pré e transoperatório. A avaliação de dor e sedação pós-operatória foi realizada durante 12 horas e a analgesia suplementar com morfina foi realizada sempre que o escore de dor alcançou valores iguais ou superiores a 9 pontos (total de 27) de acordo com a Escala de dor de da Universidade de Melborne (EDUM). O grupo GEB apresentou pressão arterial estável e menor valor de Etiso assim como menor necessidade de analgesia suplementar no pós- operatório. O grupo GEA apresentou os maiores valores de Etiso e apresentou a maior necessidade de analgesia suplementar no pós-operatório imediato (no momento da extubação). O grupo GF necessitou de maior analgesia no pós-operatório e apresentaram escores de sedação mais altos até 4 horas após a cirurgia Os acupontos R3, E44 e BP4, utilizados na eletroacupuntura com a frequência de 3 a 200 Hz não são capazes de promover ação antinociceptiva satisfatória no período transoperatório. O efeito analgésico pós- operatório promovido pela eletroestimulação nos acupontos R3, E44 e BP4 é inferior ao proporcionado pelos acupontos E36, BP6 e VB34 e superior ao obtido com a morfina.Item Neuroestimulação elétrica transcutânea no controle da dor pós-operatória de cães submetidos a procedimentos cirúrgicos ortopédicos de membros pélvicos(Universidade Federal de Viçosa, 2017-12-12) Santos, Fernanda Barros dos; Borges, Andréa Pacheco; http://lattes.cnpq.br/4825677701233762Os procedimentos cirúrgicos ortopédicos geralmente não podem ser evitados, e mesmo com analgesia preempitiva é necessário controle efetivo da dor pós-operatória, uma vez que tais procedimentos têm potencial de gerar dor intensa, diretamente relacionada ao longo período de recuperação do paciente. A dor pós-operatória, quando não tratada de forma eficaz, torna-se patológica, podendo desencadear uma série de distúrbios, incluindo imunossupressão, alterações cardiovasculares e emaciação, atraso na cicatrização e na evolução para cura, tornando-se crônica. Os opioides são frequentemente utilizados no tratamento da dor pós-operatória de intensidade moderada a severa, em doses altas muitas vezes requeridas em pacientes submetidos a cirurgias ortopédicas, o que favorece a instalação dos efeitos deletérios desta classe de nalgésicos. Nesse sentido, o uso de terapias multimodais e não farmacológicas vem ganhando destaque no sentido de aperfeiçoar a terapia analgésica e diminuir o uso dos mesmos, ou até como alternativa em pacientes para os quais restrições farmacológicas existam. Um destes meios é a Neuroestimulação Elétrica Transcutânea (TENS), técnica já utilizada com sucesso na medicina humana com eficácia comprovada, de fácil aplicação, não invasiva, sem contraindicações e financeiramente acessível. Este estudo foi desenvolvido para avaliar o controle da dor pós-operatória de 14 cães, de até 25 kg, submetidos a cirurgias ortopédicas em um dos membros pélvicos no Hospital Veterinário da UFV, mediante autorização dos proprietários. A medicação pré-anestésica foi morfina na dose de 0,3 mg/kg intramuscular, indução anestésica com propofol na dose de 4 a 6 mg/kg, seguida de manutenção com isoflurano e aplicação debolus de 0,1 ml/kg de fentanil nos casos que se fizeram necessários. Ao final do procedimento cirúrgico, os animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos: GT que receberam sessões de TENS convencional próxima a ferida, baixaintensidade e alta frequência de impulso elétrico (100Hz), com duração de 30 min, com intervalos de 90 min entre as sessões, e GC que receberam os eletrodos, entretanto o equipamento não foi ligado. Em todos os animais foirealizada avaliação de dor antes do procedimento cirúrgico, ao final do mesmo, assim que o animal retomou a consciência após anestesia, e a cada 120 minutos durante 11 horas. O avaliador não teve conhecimento do tratamento aplicado e utilizou duas escalas de dor: a “Escala de dor de Glasgow modificada” e a “Escala de dor da Universidade de Melbourne”. Nos casos em que o animal obteve um escore de dor, pela escala da Universidade de Melbourne acima de 33,3% da pontuação máxima que é de 27 pontos, foi realizada administração de morfina (0,3 mg/kg) intramuscular, respeitando o intervalo mínimo de 4 horas entre as aplicações. A pontuação em cada avaliação, o número de administrações adicionais de morfina pós-operatória e o tempo para a primeira aplicação foramcomparadas entre os grupos. A analgesia da TENS, segundo as escalas de dor utilizadas para avaliação, se mostrou semelhante à da morfina, promovendo escores iguais ou menores aos encontrados no grupo tratado apenas com morfina. A probabilidade de haver resgates analgésicos no pós-operatório nos dois grupos foi semelhante, sugerindo um controle eficaz da dor pela aplicação de TENS. Conclui-se que a TENS foi capaz de promover analgesia pós-operatória eficaz e semelhante à da morfina, diminuindo o número de resgates analgésicos durante a avaliação.Item Raquianestesia com ropivacaína, cetamina e dexmedetomidina – estudo da neurotoxicidade e avaliação de bloqueio motor e sensorial em coelho(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-28) Ermita, Dayana Alersa Conceição Ferreira; Borges, Andréa Pacheco Batista; http://lattes.cnpq.br/5101075051707553Com o objetivo de estabelecer um protocolo analgésico eficaz e garantir segurança na sua utilização, este estudo propôs analisar e comparar os efeitos analgésicos e neurotóxicos da administração raquidiana da associação entre a ropivacaína, cetamina e dexmedetomidina em coelhos, por meio da avaliação dos bloqueios motor e sensorial, complementados pela análise bioquímica, proteômica e dosagem de interleucina 10 (IL10) no líquido cefalorraquidiano (LCR), e da investigação histopatológica da medula espinhal. Vinte coelhos da raça Nova Zelândia, foram divididos randomicamente em cinco grupos, com “n” igual a quatro, de acordo com os fármacos que foram utilizados para a raquianestesia: grupo controle (GC), no qual administrou-se solução salina 0,9%, grupo cetamina (GCe), grupo dexmedetomidina (GD), grupo ropivacaína (GR) e grupo associação (GRCeD). O procedimento experimental foi conduzido às cegas, por três avaliadores experientes, que desconheciam qual fármaco foi administrado a cada animal avaliado. A resposta a um estímulo nociceptivo progressivo foi utilizada para avaliar o grau e duração do bloqueio sensorial. Adicionalmente, realizou-se o teste de bloqueio da nocicepção térmica por meio da latência de retirada dos membros, e resposta de reflexo cutâneo no dorso (região lombossacral), por contato com uma placa metálica de cobre, aquecida à 60oC. O bloqueio motor dos membros pélvicos foi avaliado por meio de escore qualitativo. O LCR foi coletado imediatamente antes e três dias após a raquianestesia para análise bioquímica, proteômica e dosagem de IL10. Para identificação das proteínas do LCR, utilizou-se a aquisição da espectrometria de massa por MALDI TOF/TOF após a digestão tríptica das bandas obtidas nos géis da eletroforese. A dosagem de IL10 foi executada pelo método ELISA. Após três dias, os coelhos foram submetidos à eutanásia e a medula espinhal foi colhida para análise histopatológica. Os resultados alcançados a partir das avalições dos bloqueios sensorial e motor demonstraram que associar cetamina e dexmedetomidina à ropivacaína, pela via subaracnóidea, pode potencializar a analgesia fornecida pela ropivacaína, promovendo um bloqueio mais cranial e com efeito prolongado. Este estudo demostrou que a raquianestesia com a associação de cetamina, dexmedetomidina e ropivacaína é um protocolo de analgesia multimodal eficaz para a rotina em anestesia veterinária, que proporciona potencialização da analgesia em comparação com a utilização isolada da ropivacaína, e pode ser uma escolha quando não se indica utilizar opioides. A utilização dessa associação pela via subaracnóidea é segura e não causa danos ao sistema nervoso central. Com base nos resultados obtidos nas análises do LCR e na avaliação histopatológica da medula espinhal, este protocolo não desencadeia efeitos neurotóxicos e possivelmente pode contribuir com efeitos neuroprotetores. Assim, esta associação tem sua utilização justificada não apenas pelos benefícios analgésicos que estes fármacos podem proporcionar, mas também, pela segurança na sua aplicabilidade.