Ciências Biológicas e da Saúde
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Item Estudo funcional do gene que codifica um transportador de membrana MFS em Colletotrichum lindemuthianum(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-18) Pereira, Monalessa Fábia; Araujo, Elza Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783675E2; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761710D6; http://lattes.cnpq.br/3280341431428908; Barros, Everaldo Gonçalves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781285J6; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/8632328159533071O fungo Colletotrichum lindemuthianum é o agente causal da antracnose do feijoeiro comum. Este fungo, assim como outros fungos fitopatógenos estão constantemente expostos a uma grande variedade de compostos tóxicos provenientes de várias fontes, o que torna imprescindível para estes o desenvolvimento de mecanismos de proteção contra estes produtos. Uma dessas estratégias está relacionada com a presença de proteínas transportadoras de membrana, como as pertencentes à Principal Superfamília Facilitadora (MFS), que podem fornecer aos fungos proteção contra compostos tóxicos evitando ou minimizando a ação destes, sendo em sua maioria essenciais para a manutenção da viabilidade celular. Este trabalho teve como objetivo inativar o gene mfs1 que codifica para um transportador de membrana da família MFS e investigar as alterações fenotípicas ocasionadas em um mutante C. lindemuthianum isolado LV49 (raça 89) para este gene. Para a obtenção do mutante foi necessário confirmar que o gene mfs1 encontrava-se presente em cópia única no genoma de C. lindemuthianum. O gene mfs1 pode estar organizado em um conjunto de genes com funções relacionadas, uma vez que downstream à região 3’ deste foi identificada uma segunda janela aberta de leitura correspondente a uma proteína da superfamília de fatores de transcrição contendo o domínio Zn2-Cys6, identificado como clft1. A análise do promotor do gene mfs1 revelou um putativo cis elemento de reconhecimento por proteínas desta família, o que sugere que esta proteína possa estar relacionada à regulação da expressão de mfs1. A técnica de Split- Marker mostrou-se eficiente na inativação do gene mfs1 de C. lindemuthianum, possibilitando o estudo da função do gene mfs1, em um mutante com integração específica e livre de integrações ectópicas. O mutante Δmfs1 não mostrou diferenças no perfil de sensibilidade a drogas comumente empregadas no controle da antracnose e em relação à patogenicidade, o mutante induziu mais precocemente os sintomas em folhas de feijoeiro susceptível, evidenciando uma situação de estresse decorrente da ausência do produto gênico. Foi observado também que o gene mfs1 exerce um papel primordial na manutenção da viabilidade celular de C. lindemuthianum, fato este confirmado pela conidiação alterada e pela confirmação de que este gene codifica para um transportador de membrana específico no transporte de hexoses, especificamente glicose, manose e frutose, uma vez que o mutante Δmfs1 mostrou crescimento reduzido quando cultivado em meios contendo apenas glicose, manose e frutose como fontes de carbono. A análise filogenética da proteína Mfs1 associada aos outros resultados obtidos nos sugere que este transportador é um membro da família SP, e que as proteínas MFS estão fortemente relacionadas com o tipo de substância que é transportada. Estudos de natureza básica sobre transportadores MFS são importantes para ampliar os conhecimentos sobre estas proteínas e a viabilidade celular em C. lindemuthianum.Item Isolamento de fungos filamentosos produtores de inulinase(Universidade Federal de Viçosa, 2013-09-06) Castanon, Francisco Singulani; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; Bazzolli, Denise Mara Soares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761710D6; http://lattes.cnpq.br/6750687954545773; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026E6As inulinases apresentam uma variedade de aplicações, como a produção de xarope de frutose, bioetanol e frutooligossarídeos. A versatilidade industrial apresentada por estas enzimas impulsiona a descoberta de novas fontes de inulinases microbianas. Neste estudo, 48 fungos foram isolados a partir da rizosfera do tubérculo yacon (Polymnia sanchifolia). Os isolados passaram por uma triagem, em que os critérios avaliados foram o crescimento em meio mínimo contendo 1% de inulina como única fonte de carbono e a atividade enzimática pelo método de DNS. Os seis fungos mais promissores foram selecionados para a análise da formação de halo de hidrólise da inulina e identificação molecular utilizando a região ITS rDNA. Para os estudos seguintes, o fungo Fusarium oxysporum F6 foi selecionado por apresentar a melhor produção de inulinase e as condições de produção de inulinase por esse fungo foram estudadas. A melhor produção da enzima ocorreu em 72 h de crescimento em meio mínimo e em 2% de inulina. Através da metodologia de superfície de resposta, utilizando a fermentação em estado sólido, foi possível verificar que o aumento na concentração de inulina afetou positivamente a produção de inulinase por esse fungo, alcançando uma produção de até 2,2 U/mL de inulinase. A atividade ótima foi verificada na temperatura de 50 °C e pH 5,5. A cromatografia de camada delgada mostrou que a enzima apresenta atividade de endo-inulinase. Comparações de uma sequência de aminoácidos de F. oxysporum f. sp. cubense 4 com outras inulinases fúngicas reforçaram essa característica, devido à presença de regiões conservadas com as sequências de outras endo-inulinases. A análise filogenética também demonstrou a proximidade entre as sequências de aminoácidos que codificam endo-inulinases fúngicas. Este trabalho demonstrou que o tubérculo yacon é uma boa fonte para o isolamento de fungos produtores de inulinase, pois um razoável número de isolados foi obtido nas triagens utilizando essa fonte. O fungo Fusarium oxysporum F6 apresentou o maior potencial de produção de inulinase, principalmente em fermentação no estado sólido. O fungo Staphylotrichum boninense também foi isolado e a produção de inulinase desse fungo ainda será estudada mais detalhadamente, devido aos relatos de sua produção diferenciada de metabólitos secundários.