Ciências Biológicas e da Saúde
URI permanente desta comunidadehttps://locus.ufv.br/handle/123456789/3
Navegar
Item Efeito ambiental e genotípico no teor de nutrientes acumulados em sementes de arroz, Oryza sativa(Universidade Federal de Viçosa, 2009-03-20) Mendes, Giselle Camargo; Oliveira, Antonio Costa de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780819H4; Cano, Marco Antonio Oliva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787546T4; Almeida, Andréa Miyasaka de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792501H4; http://lattes.cnpq.br/4507854638255402; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Cambraia, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783868U6; Cruz, Cosme Damião; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788274A6As plantas adquiriram estratégias I e II de absorção do ferro. A estratégia I ocorre em plantas terrestres e inclui a redução do ferro da forma férrica (Fe+3) para a forma ferrosa (Fe+2). A estratégia II de absorção de ferro está presente nas gramíneas e é caracterizada pela liberação de fitosiderósforos no ambiente que se complexam ao íon férrico. O processo de enchimento do grão em cereais envolve a transferência de assimilados diretamente do xilema para o grão e também a remobilização de assimilados de órgãos vegetativos, através do floema. O objetivo do presente trabalho foi estudar o padrão de nutrientes acumulados nas sementes de genótipos de arroz cultivados em duas regiões do Brasil e estudar o padrão e as correlações entre os nutrientes acumulados no grão. Além disso, foi verificada a ocorrência de transcritos homólogos a famílias gênicas de arroz (Oryza sativa) conhecidamente relacionadas com homeostase de ferro em bancos de ESTs de Sorghum bicolor, Zea mays, Triticum aestivum e Saccharum officinalis e em um banco contendo apenas ESTs de endosperma de milho (Z. mays). Estas análises permitiram prever quais famílias gênicas são funcionalmente expressas nestas espécies e especificamente durante a formação do grão de milho. Para as analises de acúmulo de nutrientes no grão foi utilizado o ICP-MS e os dados foram submetidos às analises estatísticas: ANOVA, correlação de Pearson e análise de trilha. Os resultados de correlação de Pearson dos nutrientes acumulados no grão não evidenciaram os efeitos diretos e indiretos dos nutrientes acumulados. Por outro lado a análise de trilha destes mesmos resultados demonstrou efeitos de correlação direta do Fe com P, S e Ca no experimento realizado em MG e correlação direta do Fe com P no experimento realizado no RS. Os dados de correlação entre teor de ferro acumulado nas folhas bandeiras de arroz e nas panículas nos diferentes estádios de desenvolvimento tiveram correlação positiva. Além disso, os teores de Fe acumulado no grão dos genótipos cultivados em MG foram superiores comparados aos cultivados no RS. Para verificar a ocorrência de homologia, as seqüências de aminoácidos referentes aos transcritos em arroz foram obtidas a partir do banco de dados NCBI e KOME. As seqüências de ESTs de banco de dados das espécies de gramíneas foram obtidas a partir do programa TIGRPlant transcripts assemblies e do banco de endosperma de milho foi obtido do NCBI. Os genes foram alinhados utilizando o programa BLAST2 com a ferramenta TBLASTN com e-value de 1e-10 e identidade mínima de 40%. Foram encontrados homólogos das famílias gênicas estudadas em todas as espécies avaliadas. A família gênica NAS, relacionada com a síntese de fitosideróforos, possui alta conservação (cerca 70%) entre os genes da família Poaceae estudada, com exceção do trigo e endosperma de milho. O gene OsFER1 apresentou alta conservação (cerca de 80%) entre todos os genes de Poaceae. Isto indica a importância dessas famílias gênicas no transporte e acúmulo de ferro entre as espécies de Poaceae. Foram encontradas representantes de cada uma das famílias IRT1, YSL e ZIP no endosperma de milho o que sugere que esses genes possam ser funcionalmente expressos durante a formação de grãos em milho.Item Estudo da expressão gênica associada à senescência foliar e remobilização de ferro para a semente no arroz(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-22) Vital, Camilo Elber; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Oliveira, Antonio Costa de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780819H4; Almeida, Andréa Miyasaka de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792501H4; http://lattes.cnpq.br/7177365057279770; Ramos, Humberto Josué de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4037452920080174; Fietto, Luciano Gomes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763824H8; Diola, Valdir; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4133062U6O arroz é um dos cereais mais importantes no mundo em termos de consumo e de fornecimento de calorias, no entanto, é relativamente pobre em nutrientes. Tem sido mostrado que a folha bandeira presente logo abaixo da panícula desempenha importante papel no fornecimento de nutrientes para o grão de arroz em desenvolvimento. Desta forma, analisou-se a influência da remoção da panícula na senescência e na expressão de genes relacionados com o processo de senescência foliar e com a translocação de nutrientes na folha bandeira em duas cultivares de arroz (BR-IRGA 409 e IRGA 417). Adicionalmente, realizou-se uma análise in silico (dados de microarranjos) da expressão dos transportadores de ferro da família “Yellow Stripe” (YS) e também foram verificados possíveis elementos cis presentes na região promotora destes genes. O perfil protéico de folha bandeira e não bandeira em dois estádios de desenvolvimento do grão foi comparado para detectar proteínas diferencialmente expressas utilizando-se testes estatísticos para redução de falsos positivos. Os resultados confirmam que a remoção da panícula retarda a senescência da folha bandeira nas cultivares estudadas. Dois dos fatores de transcrição analisados (OsNAP e OsNAC like GmNAC3) apresentaram grande aumento de expressão durante a senescência da folha bandeira principalmente na fase final de enchimento do grão comparados com a folha não senescente. A remoção da panícula causou diminuição na expressão destes genes na folha bandeira. Um dos mais bem caracterizados genes da família YS (OsYSL2) teve maior expressão no estádio leitoso no genótipo IRGA 417. Este fato, aliado a maiores níveis de OsNAAT1 na folha bandeira e a maior expressão de OsYSL2 e OsNAS3 no estádio leitoso no grão, podem sugerir o maior teor de ferro neste genótipo. A análise in silico de dados de microarranjos em grãos mostrou que alguns genes dentro da família YS, OsYSL6, OsYSL13 e OsYSL5 têm expressão relativamente alta durante todo processo de enchimento do grão, enquanto outros genes (OsYSL18, OsYSL1, OsYSL15, OsYSL4 e OsYSL12) têm aumento somente no estádio pastoso. Genes da família OsNAS e OsNAAT envolvidos na via de síntese de queladores de ferro para o transporte mediado por genes YS tiveram expressão maior no estádio leitoso durante o enchimento do grão. Os 18 genes putativos candidatos da família YS apresentaram variadas sequências cis possivelmente relacionadas com o processo de senescência foliar incluindo elementos responsivos a ácido abscísico, auxina, ácido salicílico, jasmonato e etileno. A análise do perfil protéico demonstrou variação na percentagem de volume de spots quando se comparou os estádios de desenvolvimento leitoso e pastoso e também folha bandeira e não bandeira. Desta forma, a expressão dos fatores de transcrição relacionados com senescência ou com resposta a deficiência por ferro na folha bandeira pode estar relacionada com o processo de remobilização de nutrientes durante o enchimento dos grãos. Da mesma forma, a expressão no grão de genes transportadores de ferro, quanto de genes envolvidos na síntese de queladores durante a senescencia foliar contribuiria para o processo. As diferenças no perfil protéico demonstram que possíveis alterações no metabolismo durante o processo de senescência da folha bandeira. O melhor esclarecimento da via de regulação dos fatores de transcrição ligados a senescência foliar e sua relação com os genes envolvidos na remobilização de nutrientes poderão ser de grande importância para o desenvolvimento de plantas que visem sanar problemas de deficiência nutricional humana.Item Fungos micorrízicos arbusculares e endofíticos do tipo Dark Septate em plantas nativas de Cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-03) Detmann, Kelly da Silva Coutinho; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Almeida, Andréa Miyasaka de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792501H4; http://lattes.cnpq.br/0625649468025120; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Zandavalli, Roberta Boscaini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703686Y9A elevada acidez, o intenso intemperismo e os altos teores de alumínio nos solos do Cerrado são fatores limitantes do desenvolvimento vegetal. Em condições de estresses abióticos a associação com fungos micorrízicos auxilia a planta hospedeira na absorção de nutrientes e água do solo. A maior disponibilidades desses elementos para a planta hospedeira pelos fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) é determinante na sobrevivência das plantas e na estruturação de formações vegetais. A presença de fungo endofítico do tipo dark septate (DSEF) nas raízes das plantas é outro tipo de associação simbiótica relacionada às condições abióticas como baixa umidade e comprimento do dia. O reduzido número de trabalhos encontrados na literatura dessas associações em espécies de cerrado se deve em parte, pelas condições edáficas e características estruturais radiculares das espécies nativas que dificultam a realização de estudos in loco. Neste trabalho teve-se por objetivo estudar a associação de FMAs em espécies de plantas nativas do cerrado. Para isso, foram testados e adaptados métodos para observação das estruturas fúngicas em simbiose em espécies das famílias Annonaceae, Anacardiaceae, Leguminosae, Melastomataceae, Myrsinaceae, Myrtaceae e Rubiaceae coletadas durante a estação seca em cerrado senso strictu na Floresta Nacional (FLONA) do município de Paraopeba, Minas Gerais. Amostras radiculares foram submetidas a três tipos de protocolos para observação de estruturas fúngicas. Todas as espécies investigadas encontravam-se colonizadas por FMAs e DSEF, exceto DSEF em Xylopia aromática. O melhor método de diafanização foi observado quando as raízes foram autoclavadas a 121 °C em KOH 2 %, por 20 min e, subseqüentemente transferidas para solução nova de KOH 2 % por 24 horas à temperatura ambiente. Este procedimento foi repetido por duas vezes e, em seguida, essas amostras foram imersas em H2O2 2 % por 2 horas. Os arbúsculos foram observados com maiores detalhes após as raízes serem incluídas em resina, seccionadas e coradas com azul de toluidina. O caráter generalista dos FMAs observado nas espécies vegetais do cerrado sensu stricto foi confirmado e sugerido para DSEFs, indicando a importância destas simbioses como estratégia adaptativa às condições de cerrado. Roupala montana Aubl. é uma espécie da família Proteaceae com ampla distribuição nas diferentes fitofisionomias do cerrado. Estudos recentes têm relatado estruturas típicas de fungos micorrízicos em condições de estresses abióticos em espécies dessa família tipicamente não micorrizável. A acidez e deficiência dos solos de cerrado provem apropriadas condições para o desenvolvimento e formação de associações micorrízicas em R. montana, como observado em outros espécies da família Proteaceae. Assim, este trabalho também teve por objetivo confirmar a presença de fungos micorrízicos arbusculares em R. montana crescidas naturalmente em cerrado, correlacionando a freqüência de micorrização com o estado nutricional e condições edáficas. Em três repetições, indivíduos de R. montana foram coletados na FLONA em cerrado senso strictu, cerrado senso strictu denso e cerradão nas estações seca e chuvosa. A micorrização em R. montana foi correlacionada positivamente com o teor de P, Al, e Mg, no solo e de P, K e Ca nas folhas, e negativamente com Ca, Mn e N no solo. Os solos de Cerrado são ácidos com altas concentrações de Al, os quais podem inibir o transporte de Ca e K para as plantas, sugerindo que a presença de fungos micorrízicos em R. montana é um mecanismo adaptativo de sobrevivência as condições do cerrado brasileiro.Item Proteômica diferencial e caracterização fisiológica de dois clones de Coffea canephora sob déficit hídrico(Universidade Federal de Viçosa, 2008-06-13) Soares, Carla Quinhones Godoy; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; Almeida, Andréa Miyasaka de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792501H4; http://lattes.cnpq.br/9819216110443917; Valente, Richard Hemmi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701023H4; Ribas, Rogério Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777511A8Compreender os mecanismos como plantas respondem ao estresse hídrico é crucial para prever os impactos das alterações climáticas sobre a produtividade das culturas e dos ecossistemas. As plantas possuem mecanismos de sinalização raiz-parte aérea que geram a orquestração de respostas adaptativas. A sinalização pela raiz, assim como pela parte aérea, é freqüentemente considerada importante em regular o crescimento em resposta a condições adversas do meio ambiente. O presente trabalho teve por objetivo integrar os resultados obtidos em café robusta até o presente momento através de estudos de proteínas diferencialmente expressas no sistema radicular em clones com tolerância diferencial (120 tolerante, 109A sensível) sob condições de déficit hídrico e ainda avaliar as respostas fisiológicas diferenciais em resposta as condições de déficit hídrico sob imposição rápida de estresse. As plantas foram avaliadas em condições de plena irrigação (controle) e sob déficit hídrico imposto pela suspensão da irrigação, até que as plantas atingiram um potencial hídrico na antemanhã (Ψam) de -1,5 ± 0,20 MPa (moderado), e 3,0 ± 0,20 MPa (severo). As proteínas diferencialmente expressas de raízes foram analisadas através de géis bidimensionais associados a seqüenciamento por espectrometria de massa (MALDI-TOF-TOF). Em condições de déficit hídrico, o clone 109A apresentou uma redução na abundância relativa em 39 spots, e um aumento em 18 spots. O clone 120 apresentou uma redução na abundância relativa em 38 spots e um aumento em 19 spots. A análise do proteoma diferencial em raízes destes dois clones revelou mecanismos de tolerância e aclimatação ao déficit hídrico relacionados a metabolismo de carboidratos, metabolismo hormonal, metabolismo energético, morte celular programada, resposta a estresses abióticos e bióticos, detoxificação celular, estresse oxidativo, reparo de DNA e processamento protéico. As análises de trocas gasosas e de fluorescência da clorofila a mostraram que estes clones exibem mecanismos diferenciais em resposta às condições de déficit hídrico, como já relatado. O clone sensível (109A) apresentou mecanismos relacionados ao dreno do excesso de energia e aumento da dissipação térmica sob déficits hídricos moderados. Porém, em condições de déficit hídrico severo estes mecanismos não se apresentaram mais eficientes neste clone. Por outro lado, o clone tolerante (120) sob condições de déficit hídrico severo apresentou uma redução do rendimento quântico efetivo (ΦPSII) associado à redução nas taxas de transporte de elétrons (ETR) e no coeficiente de extinção não-fotoquímica (NPQ), seguido de um aumento da fração de energia absorvida não utilizada na fotoquímica nem dissipada termicamente (PE). Entretanto este aparente excesso de energia não foi traduzido em danos oxidativos, sugerindo outros tipos de mecanismos envolvidos no dreno do excesso de energia, como modulação de proteínas dos fotossistemas.Item Proteômica diferencial em clones de Coffea canephora sob condições de déficit hídrico(Universidade Federal de Viçosa, 2007-05-18) Guimarães, Breno Lourenzzo Salgado; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781848H2; Almeida, Andréa Miyasaka de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792501H4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702819T6; Pereira, Maria Cristina Baracat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780021E6; Valente, Richard Hemmi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701023H4A tolerância à seca é o resultado de numerosas características anatômicas, morfológicas e fisiológicas, de natureza constitutiva ou indutiva. Vários mecanismos são responsáveis pela tolerância, e salienta-se a necessidade de que sejam identificados genes e seus produtos que estejam envolvidos nas diferentes respostas que conferem tolerância à seca em café. Este trabalho teve como objetivos verificar a resposta adaptativa de clones de Coffea canephora ao déficit hídrico além de identificar proteínas responsivas a esse estresse . Mudas dos clones 120 (genótipo tolerante à seca) e 109A (genótipo sensível à seca) foram cultivadas em vasos de 12 L e o déficit hídrico foi alcançado suspendendo a irrigação até que as plantas atingissem um potencial hídrico de antemanhã (ψam) de -3,0 MPa. A redução do potencial hídrico (ψam) nas plantas que foram submetidas ao déficit hídrico foi acompanhada de reduções nas taxas de assimilação líquida do carbono (A) e da condutância estomática (gs). Foi observado um aumento mais pronunciado no extravasamento de eletrólitos assim como na atividade de enzimas antioxidantes no clone sensível ao déficit hídrico (109A). Para as análises de proteoma, foram adaptados protocolos de extração de proteínas de folha e raiz de café, compatíveis com a eletroforese em gel bidimensional e a identificação de proteínas por espectrometria de massa. Os protocolos adaptados mostraram-se eficientes na retirada de contaminantes não protéicos, em especial polifenóis na extração de proteína de folhas e polissacarídeos na extração de proteínas de raiz. Os géis obtidos mostraram-se reprodutíveis e ausentes de arrastes, apresentando os spots individualizados. Os dados de proteoma indicam que um dos mecanismos de aclimatação ao estresse hídrico usado por Coffea canephora seria a fotorrespiração. Os resultados obtidos indicam a existência de mecanismos de adaptação a um possível dano oxidativo, como o aumento na expressão de alguns chaperones moleculares e de algumas proteínas dos fotossistemas, e a maior expressão de algumas isoformas da subunidade maior da Rubisco. A atividade destas proteínas poderia contribuir para a manutenção do papel antioxidativo da fotorrespiração. Por outro lado, somente no clone tolerante, sob déficit hídrico, foi observada a maior acumulação de uma NADPH-quinona redutase e a manutenção da abundância da glutamina sintase. Estes resultados sugerem que a primeira enzima pode ter importante papel no mecanismo antioxidativo associado à tolerância à seca neste clone e a segunda enzima um importe papel da manutenção da assimilação da amônia e da fotorrespiração nestas condições.