Economia Doméstica

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    O envelhecimento e a velhice sob o olhar da pessoa idosa: proposição de uma escala de atitudes e suas inter-relações
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-17) Luiz, Karine Kátia Iria; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://lattes.cnpq.br/0066471501119540
    Esta tese teve como objetivo construir e validar uma escala de atitudes, considerando a percepção de idosos sobre o envelhecimento e a velhice, bem como examinar suas inter-relações com o perfil dos atores sociais envolvidos. Para atingir os objetivos propostos, esta pesquisa foi dividida em duas fases: a primeira, qualitativa, teve como finalidade subsidiar a especificação do domínio do construto atitudes de idosos frente ao envelhecimento e velhice, buscando identificar suas dimensões; bem como a geração de itens que compuseram a escala. Buscou-se, inicialmente, identificar a representação social sobre o envelhecimento e a velhice, trazida em dispositivo legal, técnico e do senso comum, sendo realizadas análises de conteúdo e semiolinguística do discurso. Além disso, procurou-se conhecer o significado do envelhecimento e da velhice para a pessoa idosa, por meio de entrevista fundamentada em um roteiro não estruturado, analisada com o auxílio do software Iramuteq. Fizeram parte desta pesquisa os idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, participantes do Conselho Municipal do Idoso, nas cidades mineiras de Viçosa, Ponte Nova, Ubá, Visconde do Rio Branco e Juiz de Fora. A segunda fase, quantitativa, consistiu, a partir das informações levantadas na fase anterior, na construção e validação da escala, bem como no desenvolvimento de normas e recomendações de uso, além da sua associação com o perfil dos idosos. Nesta fase, a população também foi composta por idosos com idade igual ou superior a 60 anos, moradores da cidade de Rio Paranaíba, Minas Gerais. Propôs-se uma amostragem não probabilística, por quotas, cujas características relevantes de controle escolhidas foram: local de moradia e sexo. Para conhecer o perfil dos entrevistados, tanto da primeira quanto da segunda etapa, foi elaborado e aplicado um questionário socioeconômico e demográfico. Os resultados foram apresentados no formato de artigos, sendo que os três primeiros permitiram identificar a dimensionalidade do construto e subsidiar a geração de itens para compor o instrumento de pesquisa; o quarto artigo apresentou a construção da escala; e o quinto, a sua aplicação. Pode-se concluir que a maneira como o envelhecimento e a velhice é percebida depende de como o indivíduo se vê neste processo, das relações que se estabelecem, da capacidade de cuidar de si e de seus interesses, das relações com pessoas de outras faixas etárias, da capacidade de se adaptar às mudanças e aceitar o que não é possível ser mudado, da maneira como é acolhido e da possibilidade de arcar financeiramente com suas necessidades e desejos. Todas essas variáveis estão contempladas na Escala de Atitude de Idosos frente ao Envelhecimento e Velhice (EAIEV), tornando-a um instrumento útil para auxiliar pesquisas com a população idosa.
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    Representações sociais sobre o ato de cuidar na perspectiva de mulheres idosas cuidadoras
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-04-26) Almeida, Alessandra Vieira de; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://lattes.cnpq.br/0778137005305589
    A presente pesquisa teve como objetivo geral analisar o espaço relacional das mulheres idosas cuidadoras, bem como as representações sociais sobre o ato de cuidar, no contexto da feminização da velhice. Especificamente, buscou-se descrever o perfil socioeconômico pessoal e familiar das idosas cuidadoras e da pessoa idosa dependente, identificando os fatores associados à relação de cuidado e as representações sociais acerca da razão de serem as principais cuidadoras. Ainda, pretendeu-se examinar o espaço relacional das idosas cuidadoras, investigando as consequências do ato de cuidar no seu cotidiano e suas redes de apoio formais e informais. Além disso, descrever as representações sociais sobre o ato de cuidar a partir da percepção de idosas cuidadoras e buscar compreender como essas pessoas esperam ser cuidadas e, por fim, o estudo teve em vista subsidiar políticas de amparo ao cuidador e ao idoso dependente. Metodologicamente, caracteriza-se a pesquisa como um estudo de caso, com abordagem qualitativa, exploratória e descritiva. A amostra foi composta por 24 mulheres idosas cuidadoras de idosos(as) debilitados(as) física e/ou mentalmente, com idade média de 68 anos de idade, tendo uma variação de 60 a 87 anos. A entrevista semi-estruturada foi o instrumento de coleta dos dados e estes foram analisados por meio da Análise de Conteúdo e também da Análise Textual, sendo esta apoiada pelo uso do software Iramuteq. Os resultados revelaram que os fatores socioeconômicos e pessoais das cuidadoras, como a religião, o grau de escolaridade, a renda, o estado de saúde, sobretudo, podem influenciar de modo direto na relação de cuidado. Além disso, foi possível notar as representações sociais das idosas em relação às razões que as levaram a serem as principais cuidadoras, destacando-se o sentimento de amor, obrigação, necessidade do cuidado e ausência de outro cuidador, sendo observadas, sobretudo, entre as cônjuges e as filhas. Nessa relação de cuidado destacou-se a importante participação da rede de apoio informal das cuidadoras, formada pelos filhos, amigos e vizinhos. Em segundo lugar, observou-se também a prefeitura como a rede de apoio formal, porém, os tipos de ajuda oferecida não contribuíam de modo direto nas atividades de cuidado executadas. O estudo também revelou as consequências do ato de cuidar, sendo consideradas consequências positivas, a oportunidade de exercer um ato de amor e retribuição, além de ser uma dádiva divina, ou seja, algo dado por Deus e, consequências negativas, como o sentimento de “prisão”, ou seja, o isolamento social, as renúncias pessoal e profissional e a mudança de rotina pelas quais se submetiam as mulheres. Ressaltou-se, nesse sentido, a sobrecarga física e emocional enfrentada pelas idosas, sobretudo, diante da sua velhice. De um modo geral, o cuidado foi representado por fatores afetivos, pela fé, pelos sentimentos de utilidade, gratidão, retribuição, dever e obrigação. Todavia, observou- se representações do cuidado como cansaço, medo, impaciência, entre outros aspectos, que não foram expostos com clareza pela maioria das idosas, o que representou o sentimento da resignação e o conflito de sentimentos diante da relação de cuidado, mostrando o possível desconforto e a sobrecarga que a tarefa de cuidar vem trazendo para o seu cotidiano. Perante a realidade dos fatos apresentados, torna-se claro que as idosas cuidadoras muito em breve necessitarão ou já estão necessitando de cuidados especiais, uma vez que o exercício de seu papel pode acarretar danos à saúde física, mental e emocional. Elas esperam receber esses cuidados, principalmente, dos seus filhos, destacando o desejo pelas filhas, o que denota a permanência da tarefa de cuidar em mãos femininas. Diante do que foi exposto, o estudo pode contribuir para a reflexão das possíveis estratégias de ação, como projetos, programas e políticas de cuidado que se empenhem na assistência da saúde e bem-estar dos idosos dependentes de cuidados, mas, também e com a mesma importância dos cuidadores informais, sobretudo, quando estes são mulheres idosas.