Economia Doméstica

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    O trabalho empreendedor: incursões sobre informalidade, motivação e empresa familiar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-04-29) Vale, Camila Garcia do; Bifano, Amelia Carla Sobrinho; http://lattes.cnpq.br/7724455723585358
    Esta dissertação evidencia a existência de uma profunda relação entre o aumento do desemprego, da informalidade e a expansão do empreendedorismo de micro e pequeno porte. Para tanto, discute-se as características e as consequências deste fenômeno para os sujeitos e para a sociedade. O Brasil ocupa uma posição semiperiférica no cenário capitalista mundial, fato que possibilita a expansão do trabalho precarizado, temporário e informal, em detrimento dos postos de trabalho formal. A informalidade, composta por trabalhos do tipo por conta própria e pequenos empregadores, caracteriza quase que a metade das ocupações do país. Por meio do discurso de autonomia, progresso econômico e ascensão social, a formalização de microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas é amplamente incentivada pelo Capital e pela mídia, sendo viabilizada pelo Estado. Neste contexto, este estudo teve como objetivo geral compreender o fenômeno do micro e pequeno empreendedorismo, suas origens e desdobramentos para os sujeitos e famílias empreendedoras, bem como para a sociedade contemporânea. Optou-se pela pesquisa de abordagem qualitativa, no contexto de um estudo de caso. Utilizou-se de pesquisa documental, entrevista semi- estruturada e observações abertas como técnica de coleta dos dados. Como principais resultados alcançados realizou-se a contextualização das políticas públicas incidentes ao empreendedorismo de micro e pequeno porte no Brasil, a demonstração da importância local de micro e pequenas empresas, bem como a discussão dos aspectos relacionados à motivação ao empreendedorismo e à empresa familiar. Neste sentido, entende-se que esta pesquisa evidencia e discute importantes aspectos do empreendedorismo de micro e pequeno porte, possibilitando a pretendida abrangência e compreensão deste fenômeno. Palavras-Chave: Trabalho. Informalidade. Micro e Pequenas Empresas.
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    Terceirização e realocação em instituição pública de ensino: estudo de caso das nutricionistas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-03-16) Paula, Adriana Hocayen de; Bifano, Amelia Carla Sobrinho; http://lattes.cnpq.br/3294563700725195
    A presente tese trata do trabalho de nutricionistas servidoras públicas realocadas de setor como consequência da terceirização do Restaurante Universitário 1 da Universidade Federal de Viçosa. O contexto do estudo é relativo às ações decorrentes da reestruturação produtiva, a partir de 1970, que promoveram a transformação das organizações e a modificação das relações de trabalho. Dentre as mudanças, destacam-se as terceirizações, modalidade de gestão adotada no âmbito da administração pública no Brasil, mediante regulamentações legais. Neste caso, a terceirização total do Restaurante Universitário 1 se deu no ano de 2018, tendo como uma das consequências, a realocação dos servidores públicos em demais setores da universidade, incluindo as nutricionistas, realocadas no Departamento de Nutrição e Saúde. A questão desta pesquisa refere-se às implicações desta mudança para as nutricionistas, dadas as diferenças das atribuições funcionais nos setores envolvidos. Levantou-se como hipótese que esta realocação provocou modificações no trabalho, acarretando diferentes constrangimentos às atividades, solicitando o desenvolvimento de competências e a reestruturação do trabalho individual e coletivo das nutricionistas. O objetivo da pesquisa foi estudar a natureza do trabalho das nutricionistas frente às implicações decorrentes desta terceirização considerando as variabilidades do trabalho, as estratégias operatórias e as competências desenvolvidas na nova situação. Utilizando-se os pressupostos da Ergonomia, nesta pesquisa, de abordagem qualitativa, na etapa inicial utilizou-se de técnicas exploratórias e descritivas de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e consulta online para contextualização do assunto. No estudo de caso, utilizou-se técnicas de pesquisa inspiradas nos métodos Análise Ergonômica do Trabalho e Análise Coletiva do Trabalho, quais sejam, levantamento bibliográfico, pesquisa documental, entrevista, observação, auto confrontação e relato coletivo em reunião. A coleta de dados se deu entre os meses de agosto/2016 e março/2019. Os sujeitos da pesquisa foram as Nutricionistas, a Pró-reitora de Assuntos Comunitários, a Chefe da Divisão de Alimentação, os representantes do órgão de classe das Nutricionistas, a Chefe do Departamento de Nutrição e Saúde e as Coordenadoras de Áreas e de Estágios do Curso de Nutrição. Os resultados e as discussões foram apresentados na forma de artigos, sendo que o primeiro artigo disserta sobre o levantamento de dados de pesquisas empreendidas no Brasil, que abarcaram as temáticas Ergonomia e Serviços de Alimentação. Foram elegíveis 37 produções, entre teses, dissertações e artigos científicos, cujas temáticas definidas por análise de conteúdo abrangeram: saúde e qualidade de vida, produtividade, condições de trabalho e transferência de tecnologia. O segundo artigo trata do panorama de terceirização dos Restaurantes Universitários em nível nacional, no qual foi possível averiguar a situação de 45% das universidades, dentre estas, 70% possuíam o serviço de alimentação totalmente terceirizado. O terceiro artigo trata do trabalho das nutricionistas no Departamento de Nutrição e Saúde, demonstrando a mobilização das competências calcadas na experiência anterior aliadas à vivência cotidiana, comprovando a articulação das competências individuais e coletivas no enfrentamento das situações novas. O quarto artigo trata da variabilidade organizacional presente no novo local de trabalho, discutindo as ações de regulação das atividades e adoção de estratégias individuais e coletivas frente aos desafios impostos pelas novas atribuições, com vistas ao atingimento dos objetivos da organização e os próprios objetivos profissionais e pessoais das nutricionistas. Como conclusões considerou-se que os pressupostos da Ergonomia possibilitaram a condução, análise e atingimento dos objetivos desta pesquisa, incluindo-se nesta constatação, a articulação dos procedimentos metodológicos baseados nesta disciplina. Em relação às orientações políticas definidas a nível da administração central, que se concretizaram na terceirização deste Restaurante Universitário, impactaram sobremaneira o cotidiano das profissionais sujeitas desta pesquisa. Identifica-se as limitações do estudo referentes à natureza da pesquisa, que não permite generalizações, entretanto soma dados aos estudos nos campos do trabalho, ergonomia, administração pública e em nutrição. Palavras-chave: Organização do trabalho. Ergonomia da Atividade. Serviço público.
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    Trabalho terceirizado e bem-estar: o caso dos trabalhadores do setor de limpeza da UFV/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-03-16) Carvalho, Marco Aurélio Muniz Corrêa de; Bifano, Amelia Carla Sobrinho; http://lattes.cnpq.br/9211064084156098
    O trabalho é um campo de interesse e estudos de diversas áreas do conhecimento, sendo os processos psicossociais aqueles que possuem maior relevância para se compreender como o trabalho faz parte da vida do trabalhador, afetando de modo positivo e negativo a sua existência, compondo sua personalidade e transformando a si e o mundo ao seu redor e nos diferenciando dos demais seres. As mudanças ocorridas no mundo do trabalho tendem a acompanhar a 7sociedade e vice-versa, sendo dotado de sentidos para o ser que trabalha, estes sentidos, conduzem o indivíduo a formar a sua personalidade, seus vínculos sociais, representações sobre si e sobre o outro. O trabalho terceirizado surge como uma atividade que, por vezes, é despojado de seus sentidos e possui uma baixa valorização, o que gera, por sua vez, sentidos negativos na vida de quem trabalha e pertence a este grupo. Este estudo objetivou analisar como o regime de trabalho terceirizado no setor público impacta no bem- estar no trabalho, a partir da percepção do sujeito que trabalha. O instrumento de coleta adotado utilizado foi um questionário estruturado; os dados foram analisados com uso da técnica estatística descritiva e distribuição de frequência. Os resultados demonstraram que o trabalhador terceirizado dos serviços de limpeza da Universidade Federal de Viçosa (UFV), campus Viçosa-MG, era geralmente mulher, negra, com baixo nível escolar, sendo casada e com filhos. Possuía moradia própria, com acabamento e rede de esgoto, porém em regiões periféricas. Sua renda era de até dois salários mínimos. Em relação à percepção sobre bem- estar no trabalho, constatou-se que a maioria dos trabalhadores não prioriza a precarização do trabalho, apesar de sua presença, sendo que o nível de adoecimento constatado é considerado alto. A maioria dos trabalhadores é nativo de Viçosa-MG e os resultados mostraram que os trabalhadores migrantes apresentam percepções diferentes dos trabalhadores nativos; pressupõe-se que as condições atuais de trabalho ainda representam uma condição melhor que a anterior. Já em relação às diferenças de percepção entre homens e mulheres, constatou-se que a precarização do trabalho terceirizado afeta homens e mulheres de formas diferentes, pois, os serviços de limpeza e cuidados ainda são vistos socialmente como “serviços femininos”. A demarcação da divisão sexual do trabalho está presente também no sentido de que este trabalho aparece como desvalorizado, uma vez que é entendido como um “trabalho feminino”, tendo então uma baixa remuneração e condições ruins. Por fim, conclui-se que o estudo atingiu seu objetivo, conseguindo criar uma caracterização do trabalhador terceirizado dos serviços de limpeza da UFV, demonstrando as diferenças de percepção de bem-estar no trabalho para os diferentes grupos que o compõe. Palavras-chave: Trabalho. Terceirização. Bem-estar. Precarização. Universidade Federal de Viçosa.
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    Enquanto muitos me convidaram para um café, ele me convidou para uma tarde de vinho com queijo:a longevidade nas organizações de trabalho contada por meio de uma história de vida.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-15) Zanuncio, Sharinna Venturim; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://lattes.cnpq.br/1851917830712672
    O envelhecimento da população já é considerado um fenômeno mundial, uma conquista alcançada. Vive-se mais e com maior qualidade, graças aos avanços nas áreas da saúde e tecnologia, principalmente. O Brasil também segue neste mesmo caminho, vive sua transição demográfica, com taxas de natalidade cada vez menores e pessoas vivendo cada vez mais. Com menos jovens e mais pessoas idosas integrando a população, o trabalhador idoso será presença constante no mercado de trabalho, impactando diretamente a População Economicamente Ativa (PEA). No entanto, envelhecer está por vezes associado a estigmas negativos, assim como envelhecer no mercado de trabalho também está, desmerecendo a pessoa idosa, principalmente nos países ocidentais, onde o sistema capitalista costuma mensurar a importância dos indivíduos a partir do seu trabalho e nível de produtividade, cultuando o jovem e a vitalidade física, fazendo com que estes indivíduos tenham que provar sua capacidade para realizar as mesmas atividades que passou anos realizando, apenas por serem agora, pessoas idosas, demonstrando a presença de ações ageístas. Por outro lado, também, a maior parte das pessoas estabelece suas relações sociais tendo como ponto de partida, o ambiente laboral, e quando se veem sem este em suas vidas, se sentem perdidos ou excluídos socialmente. Desta forma, entender a importância que o trabalho assume na vida das pessoas, fazendo com que elas se sintam motivadas a permanecer trabalhando ou mesmo retornar ao mercado de trabalho, não só por necessidade, mas também por realização pessoal, se faz de grande importância, merecendo atenção dos pesquisadores da temática, assim como identificar se Estado, organizações e sociedade estão preparados para esse novo sujeito, investindo em políticas públicas e organizacionais que primem pela gestão da idade. Desta forma, o objetivo do estudo foi exemplificar o fenômeno do envelhecimento nas organizações de trabalho, a partir da história de vidalaboral de uma pessoa idosa, que desenvolveu a mesma atividade no mercado formal, pelas Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, pelas quais passou até seus 95 anos de idade. Para alcance do objetivo foram coletados dados primários por meio de entrevista utilizando como técnica a história de vida, com recorte laboral, além de registros fotográficos do acervo pessoal do sujeito desta pesquisa e consulta as suas pastas funcionais, assim como foram realizadas entrevistas com gestores das três IES onde ele trabalhou ao longo da sua trajetória. Os resultados foram analisados e discutidos à luz de literaturas que versassem sobre a temática. O estudo permitiu concluir que, dentre as variáveis que podem contribuir para a permanência ou retorno das pessoas idosas ao mercado de trabalho está a sua valorização, seja por meio de premiações ou reconhecimento pelo trabalho realizado, e que o trabalho assume importância nas relações sociais dos indivíduos, fazendo com que se sintam sujeitos de direitos e deveres na sociedade. Também foi possível constatar que os gestores entrevistados reconhecem que o processo de transição demográfica modificará a dinâmica nas organizações e que a necessidade de políticas públicas e organizacionais sobre gestão da idade devem ser implementadas formalmente, interligando todas as áreas e setores, combatendo possíveis atitudes ageístas e oferecendo oportunidades igualitárias entre os trabalhadores jovens e os idosos. Os resultados possibilitaram inferir que, de forma geral, as organizações não estão preparadas para o cenário de envelhecimento da força produtiva que é projetado para um futuro próximo. E que ao pensarem a elaboração e implementação dessas políticas, devem considerar o próprio trabalhador idoso como fonte de informações de suas demandas e necessidades. Palavras-chave: Envelhecimento. Gestão da Idade. Idosos. Trabalho. Organizações de Trabalho.
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    O trabalho de policiais militares: reflexos no bem-estar laboral, familiar e adoecimento funcional
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-06-30) Martins, Wendel Expedito Batista; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://lattes.cnpq.br/7929510800669833
    A Polícia Militar tem como função principal manter a ordem pública e tal tipo de atividade faz com que os profissionais enfrentem um ambiente de trabalho que compromete a saúde física e psicológica. Assim, ser um policial passou ser algo desanimador, pois a profissão, além de sofrer uma pressão muito grande, não é bem recompensada pelo esforço realizado, o que pode contribuir para o adoecimento funcional, com reflexos sobre a unidade familiar. Reconhece-se que se exige de um policial diversas características, como inteligência, rapidez, tranquilidade, autoritarismo, resistência e constante treinamento, que podem ocasionar situações estressantes, ansiedade e esgotamento emocional no exercício do trabalho. Nesse contexto, buscou-se examinar o cenário do trabalho do policial militar, visando verificar o bem-estar laboral e, ao mesmo tempo, os reflexos do trabalho na família e no adoecimento funcional. Pressupõe-se que o trabalho deveria ser um ambiente que proporcionasse bem-estar aos seus envolvidos; mas, com as mudanças que vem ocorrendo no mundo do trabalho, questiona-se: Qual o cenário do trabalho de policiais militares? Quais são as representações sociais sobre o trabalho dos profissionais militares no discurso legal e midiático? O trabalho realizado pelos policiais militares tem gerado bem-estar? E, quais são os reflexos do trabalho policial sobre as famílias? Para alcance dos objetivos propostos, foi realizado uma pesquisa quali-quantitativa, pela sua complementariedade, com um viés descritivo, que identificou mecanismos relacionados à representação social do policial militar, bem-estar no trabalho, adoecimento funcional e suas repercussões na família. A unidade de análise foi composta por policiais militares, que fazem parte da 111° Companhia de Polícia, situada em Visconde do Rio Branco, MG. Os resultados evidenciaram, através da espacialização dos dados de mortes de policiais no Brasil que esses profissionais vivem em situação de inseguranças, perdas e insatisfações. A mídia tem um papel fundamental em disseminar representações sociais acerca do trabalho da polícia, sujeito a controvérsias: de combate à violência (como retratado no discurso legal) ou sujeito a reproduzi- la ou ser vítima. Exige-se estratégias favoráveis para que os profissionais consigam alcançar o bem-estar laboral, em termos de significado, sentimentos e desempenho; uma vida familiar mais equilibrada e com menor dano existencial e, consequentemente, com menos adoecimento funcional. Palavras-chave: Polícia Militar. Trabalho. Bem-estar no Trabalho. Família. Adoecimento funcional.
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    Gestão financeira e suas implicações na saúde, na família e no trabalho de um grupo de servidores institucionais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-05-19) Enes, Claudia Maciel; Silva, Neuza Maria da; http://lattes.cnpq.br/4793065358870737
    Este estudo buscou analisar as práticas de gestão financeira adotadas por um grupo de servidores da Universidade Federal de Ouro Preto, bem como analisar as interferências de tais práticas nas relações familiares, no trabalho e na saúde desses funcionários. O estudo abordou assuntos que descrevem a importância do controle orçamentário, demonstrando a interferência desses na vida das pessoas. A metodologia utilizada foi a quantitativa-qualitativa, exploratória e descritiva, tendo como ferramentas de referência a técnica de entrevista com roteiro semiestruturado e o Programa R Core Team (2015), para análise de dados. Foram entrevistados 33 homens e 40 mulheres, sendo a maioria delas casadas, com idade mediana de 37 anos e especialização como nível de escolaridade predominante. Possuíam residência própria e plano de saúde, e o salário que recebiam da instituição era a única fonte de renda. Com relação à renda familiar, identificou-se que a maioria se encontrava na faixa de R$3.000,00 a R$10.000,00, destacando-se a existência de maior número de mulheres nessa faixa salarial. Verificou-se que os servidores em geral realizavam o controle dos gastos financeiros, e seus planos de compras eram feitos no médio prazo, ou seja, de três a 10 anos. Com relação às ferramentas de controle utilizadas por eles, constatou-se a prevalência do uso de planilhas eletrônicas e cadernos de anotações. Em relação às prioridades de gastos, alimentação e saúde sobressaíram. Conclui-se que os servidores realizavam práticas de gestão e controle de suas finanças e, sobretudo, que essas práticas tinham ligação e impactos diretos nas suas relações familiares, no trabalho e na saúde. Ressalta-se, assim, a importância da implantação de programas de educação financeira dentro do ambiente de trabalho como forma de aperfeiçoamento, apresentando-se como relevante no que diz respeito à maximização da riqueza pessoal.
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    A interrelação entre atividade laboral, familiar e qualidade de vida de trabalhadores do setor de agropecuária de uma universidade pública
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-21) Salgado, Sara Maria Lopes; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Doimo, Leonice Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782616Y6; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://lattes.cnpq.br/6736989060690720; Tinôco, Adelson Luiz Araújo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787553U8
    Qualidade de vida (QV) tornou-se foco de pesquisas multidisciplinares ao longo das últimas décadas. A relação entre variáveis como o contexto do trabalho, mudanças populacionais como o envelhecimento e as relações familiares se tornaram importantes na ressignificação da QV dos indivíduos. O presente estudo teve como objetivo geral analisar e compreender a realidade vivenciada pelo trabalhador no cargo de auxiliar de agropecuária da Universidade Federal de Viçosa (UFV)-MG, a partir da inter-relação entre a atividade laboral e familiar e suas implicações na qualidade de vida. Especificamente, pretendeu-se: identificar e analisar o perfil socioeconômico desta população; identificar a realidade laboral e relacioná-la com a qualidade de vida dos auxiliares de agropecuária; compreender a qualidade de vida e funcionalidade familiar do grupo, identificar os hábitos diários e analisar indicadores de saúde que podem influenciar na qualidade de vida destes; analisar a percepção da capacidade para o trabalho e a incidência de dores do grupo investigado. Estudo descritivo, de abordagem quali-quantitativa, foi realizado na cidade de Viçosa-MG considerando o período de 2010, com 54 auxiliares de agropecuária da UFV, todos do sexo masculino. Os métodos de coleta de dados foram questionários fechados e semiabertos, tais como questionários WHOQOL, APGAR de família, Índice de Capacidade para o trabalho (ICT), Mapa de Dores e outros com observação direta de 10 postos de trabalho, uso da mensuração do ambiente laboral para análise da temperatura (Termo-Anemômetro), do ruído, (Decibelímetro), iluminação, (Luxímetro) e ventilação (Termo-Anemômetro). Também foram aferidos o peso corporal e altura para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência abdominal e do quadril para a Relação Cintura-Quadril (RCQ) dos sujeitos e a pressão arterial em repouso (PAR). Para a análise de dados utilizou-se recursos da estatística descritiva e inferencial a partir do software SPSS 15.0. Observou-se 57,4% do grupo exercendo atividades agrárias e o tempo médio na ocupação atual foi 23 anos e 8 meses. Verificou-se que 31,5% do grupo já sofreu acidente no trabalho, durante o manuseio de alguma ferramenta em atividades no campo, atingindo mãos e braços. Constatou-se que os ambientes laborais apresentaram características adequadas exceto em alguns pontos em que a temperatura e iluminação elevaram-se ao longo do dia. Percebeu-se altos índices de satisfação em todos os domínios e na percepção geral da qualidade de vida, sendo o domínio físico o mais relevante para o grupo. Em relação à funcionalidade familiar, 87% deles a consideraram boa, indicando satisfação em relação à dinâmica da unidade doméstica.Como hábitos diários observou-se o tabagismo em 20,4% e consumo de bebida alcoólica em 55,7% do grupo, 31,5 % dos sujeitos realizam algum tipo de atividade física semanalmente, 25,9% consomem café em doses consideradas normais, e dormiam uma média de 7 horas e 31 minutos por dia. Constatou-se que 50% dos avaliados possuíam um IMC dentro da faixa de normalidade, e 48% possuíam peso acima do ideal considerado para sua idade e altura. A RCQ permitiu verificar que 55% dos avaliados apresentaram risco coronariano moderado , 28% risco alto e 2% risco muito alto e a PAR estava acima da normalidade em 33% do grupo. Apesar da boa capacidade para o trabalho houve grande incidência de dor nas regiões da coluna e lombar, sugerindo má postura e sobrecarga sobre as mesmas. Os sujeitos disseram haver uma boa qualidade de vida com valorização do domínio físico, satisfação em relação à funcionalidade familiar, e providos de cuidados e afeto. Acredita-se que quando se trata do universo do trabalho, estes avaliados tendem a afirmar estarem em bom estado de saúde para realizá-lo, fato este que lhes garantia algum status de longevidade produtiva na sociedade.
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    A significação do trabalho e da aposentadoria: o caso dos servidores da Universidade Federal de Viçosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-13) Bressan, Maria Alice Lopes Coelho; Melo, Mônica Santos de Souza; http://lattes.cnpq.br/5603442663409183; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://lattes.cnpq.br/2410873791265272; Stepansky, Daizy Valmorbida; http://lattes.cnpq.br/4536787585350512
    O problema desta pesquisa foi pautado nos desafios apresentados à sociedade atual com relação ao crescimento do número de aposentadorias como consequência do aumento da expectativa de vida mundialmente. Considerou-se que grande parte da adaptação à aposentadoria irá depender diretamente do significado que o indivíduo dá ao trabalho, de seu envolvimento com ele, do significado atribuído à aposentadoria e às expectativas e das limitações com relação ao bem-estar neste momento de transição. O estudo, realizado na Universidade Federal de Viçosa (UFV), localizada na cidade de Viçosa, MG, teve como principal objetivo realizar uma análise da significação do trabalho, da aposentadoria e do bem-estar na aposentadoria entre profissionais que estão próximos desse processo. Foram considerados os níveis de classificação de cargos, visando identificar os pontos de proximidade e divergência, bem como cargo e o nível de escolaridade dos participantes, para subsidiar o planejamento de programas de preparação para a aposentadoria (PPA) no serviço público, no âmbito das Universidades Federais. O estudo pode ser considerado qualitativo e descritivo. Os dados foram obtidos utilizando-se a entrevista semiestruturada e analisados conforme a análise do discurso proposta por Patrick Chareudeau. Foram entrevistados 33 servidores, distribuídos da seguinte forma: cinco docentes, cinco técnico administrativos do nível A, sete do nível B, sete do nível C, quatro do nível D e cinco do nível E. De acordo com os resultados, há forte significação subjetiva positiva apresentada pelos entrevistados e importante vínculo emocional, demonstrando satisfação e envolvimento deles com o trabalho e a organização. A maioria dos participantes reconheceu na aposentadoria a oportunidade de obter ganhos, como liberdade das responsabilidades do trabalho e ter mais tempo para o lazer e relacionamentos . Porém, ainda é evidente o medo e a insegurança frente à transição, o que foi marcado pela ênfase nas perdas dos aspectos tangíveis do trabalho e dos aspectos emocionais do trabalho . Os fatores percebidos como essenciais para a garantia do bem-estar na aposentadoria foram saúde e tranquilidade financeira, que estão ligados à dimensão fatores de risco e sobrevivência. Os fatores considerados como positivos em relação ao bem-estar para a população foram a educação, o relacionamento familiar, a saúde e o engajamento em atividades culturais e de lazer. Fatores como a perspectiva de trabalho pós-aposentadoria, a situação financeira, a falta de conhecimento da responsabilidade institucional na aposentadoria e os relacionamentos sociais predizem dificuldades no processo de transição, o que evidencia a importância da inclusão da família no PPA. Nesse sentido, faz-se necessário refletir a respeito da importância de um PPA efetivo e que acompanhe o servidor na organização durante sua carreira, para abrir perspectivas além do trabalho, e, consequentemente, preparar o indivíduo para quando ocorrer o desligamento. Também é necessário que a família tenha acesso ao PPA, para que possa se beneficiar dos eventuais ganhos propiciados pelo Programa, visto que os fatores que irão afetar o indivíduo possuem reflexo direto na família. Conclui-se também que estudos como este podem ajudar no planejamento de PPAs focados em fatores condizentes com a realidade de cada população, sendo assim possível alcançar maior adesão aos programas e, consequentemente, favorecer o bem-estar e a qualidade de vida tanto individual quanto familiar dentro desse processo.
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    Mulheres, trabalho e alimentação: Uma análise comparativa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-20) Lelis, Cristina Teixeira; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; http://lattes.cnpq.br/6369315665949949; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Castro, Luiza Carla Vidigal; http://lattes.cnpq.br/9256720589042252
    Nas últimas décadas vêm acontecendo muitas mudanças socioeconômicas e demográficas em todas as regiões do mundo, que refletem no comportamento do consumidor, como por exemplo, a alteração dos hábitos alimentares. Algumas tendências influenciam o consumo de alimentos, como o envelhecimento da população, o papel da mulher na sociedade, o valor do tempo e a conveniência de produtos. A colocação profissional e independência da mulher afetam a composição da alimentação e provocam uma organização de valores e hábitos, que podem trazer consequências no padrão alimentar, como a redução do tempo destinado às atividades alimentares domésticas, ou mesmo, modificação da dieta tradicional para uma com produtos prontos para o consumo ou produtos que exijam pouca dedicação durante o seu preparo. Diante deste contexto, esse estudo consistiu em analisar o impacto da inserção feminina no mercado de trabalho nos hábitos alimentares de sua família, buscando entender seus fatores intervenientes e as estratégias utilizadas pelas mulheres inseridas e não inseridas no mercado de trabalho formal e de suas famílias, no preparo das refeições, em face as novas relações espaço-tempo. A pesquisa, de natureza quanti-qualitativa, foi realizada na cidade de Viçosa/MG, e teve como público alvo mulheres que trabalhavam nos diferentes setores ocupacionais da Universidade Federal de Viçosa e aquelas que não exerciam atividades remuneradas e que eram esposas de funcionários da UFV. ntencionalmente, selecionou-se mulheres que estavam no estágio intermediário do ciclo de vida, ou seja, em cujas famílias havia presença de crianças a partir de 0 ano de idade e adolescentes até 18 anos. Assim, o estudo contou com 101 mulheres que exerciam atividade remunerada, e 13 mulheres donas de casa. Os dados foram obtidos através de uma entrevista fundamentada em um roteiro semi-estruturado, e analisados por meio da análise de conteúdo. Os resultados permitiram concluir que a renda média gasta com a alimentação era muito próximo tanto para as mulheres que trabalhavam quanto para as que não exerciam atividade remunerada, sendo que a renda das mulheres inseridas no mercado de trabalho permitiu uma alteração nos hábitos alimentares. Os alimentos industrializados eram utilizados mesmo nas famílias que a mulher não estava inserida no mercado de trabalho, devido à praticidade e facilidade de uso. Quanto às estratégias utilizadas pelas mulheres que exerciam atividade remunerada estava a presença de empregadas domésticas; realização de refeições fora do domicílio; utilização de alimentos prontos e congelados, principalmente nas refeições noturnas e de finais de semana; e ajuda dos membros da família, principalmente dos maridos e filhos, mas esta ajuda não era frequente. Para as mulheres que não exerciam uma atividade laboral, a principal estratégia era a utilização de comidas prontas, apesar de não ser constante o seu uso. Outra estratégia utilizada eram as refeições realizadas fora de casa aos finais de semana. Em menor percentagem estavam empregadas e ajuda de membros familiares. As tecnologias domésticas estavam presentes em todas as famílias estudadas. Algumas delas apresentavam grandes vantagens e eram necessárias para a preparação das refeições. No entanto, as mulheres entrevistadas relataram que as tecnologias apresentavam algumas desvantagens, como o tempo despendido na limpeza das peças e o consumo de energia. O tempo para o preparo das refeições diminuiu a partir do momento que a mulher se inseriu no mercado de trabalho. Para as docentes, o tempo reduziu devido também à necessidade de levar trabalho acadêmico para casa. Por outro lado, o grupo das mulheres que não trabalhavam fora, o tempo disponível para o preparo das refeições aumentou, na maioria dos casos. Dessa maneira, qualquer mudança na família, tal como a atividade remunerada exercida pela mulher, produz um remanejamento de funções, e os hábitos alimentares, apesar de sofrerem influência, não são totalmente diferenciados, quando se analisa a inserção feminina no mercado de trabalho, em função das semelhanças no estilo de vida.
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    Família, trabalho e religião: fatores de reintegração do detento? Um estudo comparativo e descritivo entre o sistema prisional comum e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-06) Coutinho, Adriana de Souza Lima; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/7750603771066809; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Muniz, Vera Lúcia Travençolo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762370Z6
    A reintegração dos detentos na sociedade e a diminuição da criminalidade e da reincidência têm sido temas de interesse do Estado e da sociedade. Buscando soluções para a crise dos estabelecimentos prisionais, alternativas como o Método APAC têm sido elaboradas pela sociedade com o objetivo de reintegrar o preso à sociedade. A perspectiva do método APAC tem como premissa a recuperação e inclusão social dos indivíduos a partir da reconstrução e ressignificação dos seus laços sociais, afetivos e religiosos. Nesse contexto, esta pesquisa buscou analisar os elementos diferenciais entre a metodologia APAC e o sistema prisional comum, tendo como objeto de análise o Presídio de Viçosa e a APAC de Itaúna, MG. Os sujeitos do estudo foram os detentos, seus familiares e representantes das duas instituições. Os dados foram construídos por entrevistas e observação não participante. Em relação a três dos doze elementos nos quais o método da APAC se apoia - família, trabalho e religião -, estes analisados no presente estudo, evidenciou-se que os fundamentos do método se baseiam em uma ordem moral que se dá, sobretudo, por meio da família e da religião, com resultados ainda pouco expressivos nos aspectos relacionados à inserção dos detentos no mercado de trabalho e à qualificação pela educação. Não se pode dizer dos efeitos e contribuições dessas ações para a não reincidência ou para o não envolvimento dos ex-detentos no mundo do crime. Os resultados apontaram que, para que a capacitação profissional aconteça de maneira eficaz, tanto na APAC quanto no Presídio, é necessário um direcionamento para a demanda de mercado. Constatamos que os laços com a família podem se colocar como um importante apoio aos ex-detentos; contudo, a família nem sempre deve ser compreendida como uma referência positiva para a mudança de vida. Acerca do vínculo religioso, muitos reclusos utilizavam a religião como válvula de escape para os problemas vivenciados no mundo do crime. No entanto, para aqueles que incorporavam os valores e as práticas religiosas, nas duas instituições, a religiosidade podia ser um fortalecedor da perspectiva de mudança de vida. O estudo evidenciou que, além dos aspectos individuais, a inclusão social dos ex-detentos deve ser percebida no âmbito das políticas públicas, a partir de ações que tenham como perspectivas mudanças das relações sociais e das contradições que são inerentes ao modo de produção capitalista. É necessário também o apoio da sociedade, a partir de oportunidades de emprego e diminuição do preconceito, bem como de encaminhamento ao mercado de trabalho e acompanhamento social após o cumprimento da pena. É esse conjunto de fatores que, associados, possibilitarão a recuperação do detento e, consequentemente, a diminuição da criminalidade e da reincidência.