Economia Doméstica

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    Representações sobre família e conjugalidade homoafetiva na cidade de Ervália - Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-25) Carmo, Andréa de Lima Costa do; Lopes, Maria de Fátima
    Esta dissertação se trata de uma pesquisa realizada na cidade de Ervália – Minas Gerais, onde busquei analisar - através de observações, entrevistas e percepções de entrevistados - as suas vivências, subjetividades e como se dão as relações familiares e de conjugalidade homoafetiva - dramas sociais, conflitos, estigmas, expectativas - de sujeitos inseridos em um contexto de uma cidade pequena, localizada na zona da mata mineira.
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    O Santo Daime como catalisador das relações e do estilo de vida dos moradores de uma ecovila de Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-11-20) Castro, Ludimila Marinho; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/3854929336727846
    Este trabalho trata-se de um estudo realizado em uma comunidade agroecológica que se transformou em uma Ecovila, em Viçosa, MG. Seus moradores adotam práticas sustentáveis no que diz respeito a construção de suas casas, cuidados com a terra, separação do lixo e, além disso, promovem, através do ISAVIÇOSA, ONG socioambiental que fazem parte, cursos voltados para atividades sustentáveis, visando conscientizar outros indivíduos para os cuidados com o meio ambiente. Além disso, identificou-se que o grupo apresenta como catalisador dessa união a religião do Santo Daime. Essa religião, brasileira, fundada em 1930 por um ex-seringueiro, conhecido como Mestre Irineu, apresenta como ponto central de seus rituais a ingestão de uma bebida denominada Daime. Essa bebida, também conhecida como ayahuasca, altera o estado de percepção após sua ingestão e, segundo os seguidores da religião, é sob o efeito da bebida, conhecido como “mirações”, que os ensinamentos da religião são passados. Por se tratar de uma religião da região amazônica, e alguns de seus hinos conterem mensagens fazendo referência a elementos da natureza, a opção por um modo de vida mais simples, ligado aos cuidados com a natureza e com o bem-estar das próximas gerações, poderia estar diretamente relacionado com a religião. Nesse sentido busquei compreender de que forma o Santo Daime influencia o estilo de vida e as relações dos moradores da Ecovila Palmital. Após a realização de entrevistas semi- estruturadas e da observação participante no cotidiano da comunidade foi constatado que a religião é um elemento muito importante na vida dos moradores: todos os entrevistados relataram experiências pessoais e demonstraram como a religião foi capaz de mudar o sentido da vida dessas pessoas. Foi possível compreender que o desejo em ter uma vida mais próxima à natureza e evitando o consumismo, são questões de interesses pessoais e de conscientização, servindo a religião como uma base que reafirma e apoia tais questões. Também foi observado, nas entrevistas, que a maioria dos moradores afirmaram que a religião influencia na alimentação, aquisição de bem de consumo e nas relações estabelecidas dentro e fora da Ecovila. Segundo eles, essas três questões estão relacionadas a educação que tiveram, a desejos próprios e consciência, servindo a religião para reforçar tais aspectos. Com essa pesquisa foi possível concluir que os desejos dos moradores em viverem próximos à natureza são resultados de questões pessoais; que a religião serviu para unir o grupo em uma irmandade e para reafirmar o que os moradores já apresentavam como princípios de uma vida mais sustentável.
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    Trabalho artesanal e suas inter-relações com o universo doméstico: estudos de caso em Viçosa, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-06-03) Silva, Flávia Leão Almeida; Bifano, Amelia Carla Sobrinho; http://lattes.cnpq.br/2352644772192101
    Esta pesquisa trata de uma análise sobre o trabalho artesanal em termos tanto de sua conceituação quanto do modo como ele tem sido organizado no atual cenário brasileiro. O trabalho artesanal sempre esteve ligado à habilidade do homem de transformar artefatos em objetos carregados de aspectos sociais e, consequentemente, ao cotidiano do indivíduo, seja como atividade de trabalho ou de lazer, sendo, portanto, uma das formas mais antigas de organização da atividade de trabalho. No início dos anos 1990, o cenário econômico brasileiro foi marcado, sobretudo no meio urbano, pela questão do desemprego e subemprego, cuja tendência era aumentar devido ao processo de urbanização em franca expansão. Desde então, o trabalho artesanal tem sido tratado pelos governos federal e estadual como forma alternativa de geração de trabalho, emprego e renda, principalmente nas pequenas e médias cidades. Esse tipo de atividade é incentivado tanto por leis que incentivam a organização do pequeno trabalhador quanto por instituições cujo foco principal é o artesão brasileiro. Considerando a repercussão econômica e social dessa atividade no atual cenário econômico brasileiro, a pesquisa buscou compreender como os artesãos estão se organizando a fim de se inserirem no mercado de trabalho atual, marcado pelo desemprego e por condições precárias de trabalho, e como eles têm conciliado as suas atividades de trabalho com as atividades relacionadas ao universo doméstico. Especificamente, buscou-se: identificar como tem sido organizado o trabalho artesanal no atual cenário econômico brasileiro, mais especificamente no contexto da cidade de Viçosa, MG; analisar as políticas e os programas voltados (direta e/ou indiretamente) ao trabalho artesanal, em níveis nacional, estadual e municipal, examinando a aplicabilidade deles na cidade de Viçosa, MG; e analisar as conexões do trabalho artesanal com a vida doméstica, comparando aspectos de produção e reprodução social entre as formas de organização identificadas. A metodologia da pesquisa foi baseada no método da Análise Ergonômica do Trabalho (AET), que foi primordial para entender as questões propostas inicialmente. Foi possível perceber que no atual cenário político e econômico, onde predominam organizações cujas conformações produtivas são baseadas no capitalismo, os artesãos buscam a melhor forma possível de se organizarem, de acordo com as suas necessidades específicas. Portanto, eles podem estar envolvidos, simultaneamente, em mais de um programa e ser beneficiados por diferentes políticas. Apesar de haver no Estado de Minas Gerais programas considerados referência em assistência ao artesão, seja ele urbano ou rural, ficou evidente que em cidades do interior, como Viçosa, o acesso dos artesãos aos benefícios propostos por eles fica limitado, seja por falta de divulgação das possibilidades existentes, seja pela dificuldade de acesso dos artesãos aos representantes dessas instituições. Quanto à relação com o universo doméstico, foi possível identificar os espaços (doméstico ou não) utilizados durante a produção e aspectos referentes à divisão social e sexual do trabalho, como: a hierarquia entre os membros do mesmo grupo, o reforço das atividades naturalizadas femininas (como a preparação dos alimentos, o cuidado com os filhos, a higienização e limpeza do lar) e o modo como as mulheres as conciliavam com as atividades de produção.
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    Estupro de vulneráveis: condições de ocorrência e suas consequências à luz dos aspectos legais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-03) Oliveira, Gisele Graciano de; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://lattes.cnpq.br/2414906552669036
    No Brasil a ocorrência dos crimes sexuais tem aumentado, sendo considerado o segundo tipo de agressão mais registrado contra crianças e adolescentes, ficando apenas atrás da negligência e abandono. Diante desse cenário de insegurança, mister foi a modificação introduzida pela Lei 12.015, de sete de agosto de 2009, que institui um tipo penal autônomo denominado estupro de vulneráveis”. Entende-se como vulnerável o menor de 14 anos; alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato e quem, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. Entretanto, em função das intensas modificações na cultura e na sociedade, com influências no amadurecimento sexual precoce da criança/adolescente, existem muitas controvérsias acerca da natureza da presunção absoluta de violência (iuris et de iuris), que não admite prova em contrário, a relativa (iuris tantum), que permite prova em contrário, analisando o caso concreto, como também a mista, que considera a presunção absoluta para menores de 12 anos e a relativa para maiores de 12 anos e menores de 14 anos. Nesse contexto, foram delineadas as principais questões dessa pesquisa, que são: qual é a realidade sobre o abuso sexual contra crianças/adolescentes, especificamente as condições de ocorrência do Estupro de vulneráveis? Qual é a percepção das lideranças judiciais e unidades familiares sobre os dispositivos da Lei 12.015/2009? Quais são as implicações ou consequências do abuso sexual? Nesse sentido, este estudo teve como objetivo analisar as condições de ocorrência do abuso sexual contra criança/adolescente, bem como suas consequências à luz dos aspectos legais previstos na Lei 12.015/2009, considerando as percepções das lideranças jurídicas e das famílias sobre os dispositivos da norma penal. Para tanto, foi realizada uma pesquisa documental, entrevistas semiestruturadas junto às lideranças judiciais, famílias e criança/adolescente. Os resultados revelaram que, para determinados juristas, os direitos das crianças/adolescentes jamais poderiam ser relativizados, ou seja, para caracterização do delito não interessa se houve constrangimento da vítima, com violência ou grave ameaça ou, se dela obteve o consentimento, basta a conjunção carnal ou a prática de qualquer ato libidinoso. A presunção da vulnerabilidade da criança/adolescente encontra respaldo na sua condição da incapacidade jurídica em consentir prática de atos sexuais, garantindo-lhes um desenvolvimento e amadurecimento sexual e psicológico, sem comprometer o desenvolvimento da sua personalidade. Outras lideranças questionam a presunção absoluta, em função do amadurecimento sexual precoce das crianças/adolescentes, influenciado pelas intensas modificações na cultura e na sociedade. Por outro lado, o psicólogo e o assistente social judicial revelam que poucas são as crianças e adolescentes que não têm seu desenvolvimento humano fragilizado, devido à ocorrência do evento traumático, sendo importante seu acompanhamento, a fim de minimizar as consequências do abuso sexual. As famílias, situadas em um microssistema de subsistência e macrossistema de vulnerabilidades e riscos sociais, revelam que o abuso se deu em espaço privado, por meio de agressores com os quais as vítimas mantinham alguma relação de confiança ou grau de parentesco. A síndrome do silêncio permaneceu durante algum tempo, pelo fato de a criança, em situação de dependência e imaturidade, acreditar nas ameaças do agressor, pelo receio de que as pessoas não acreditariam na revelação, bem como pelas possíveis atitudes a serem tomadas após o episódio. As redes de apoio social e familiar, representando o meso e exossistema, constituíram os principais responsáveis para a credibilidade das revelações e redução da possibilidade de revitimização, uma vez que todos denunciaram ou afastaram o fator de risco; existindo apenas um caso de negligência temporária da representante legal, que tinha conhecimento do fato e não denunciou o agressor imediatamente, por medo. As crianças/adolescentes foram abusadas sexualmente sem seu consentimento. Em apenas um caso houve a gratificação secundária, quando uma criança aceitou os atos libidinosos, em troca de dinheiro para satisfazer a necessidade de consumo de alimentos. Conclui-se que existem posições divergentes na doutrina e na jurisprudência brasileira quanto à presunção de violência, embora o novo dispositivo legal disponha de critério objetivo e absoluto para a análise da figura típica. O abuso sexual é um evento traumático e multideterminado criança/adolescente, que interrompe gerando uma o desenvolvimento bifurcação em seu “normal” da processo de desenvolvimento, o que exige meios legais e sociais de proteção e defesa dos direitos infanto-juvenis.
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    Família e política pública: uma análise do serviço de proteção social às crianças e adolescentes na perspectiva da “família acolhedora"
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-04) Avelino, Denise Andreia de Oliveira; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://lattes.cnpq.br/5023439993498741
    Em 2005, o Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (IPEA) realizou o levantamento Nacional de Abrigos para Crianças e Adolescentes, sendo encontradas 589 instituições de abrigamento com 19.583 abrigados. Destes, cerca da metade estava na Região Sudeste (49,1%), seguida pela Região Sul (20,7%) e pela Região Nordeste (19,0%). A partir de então, o Estado e a sociedade civil vêm empreendendo esforços para proporem políticas de fortalecimento de vínculos familiares. Estudiosos investigam a implementação desse Serviço nos municípios brasileiros, com o objetivo de conhecer suas experiências, suas disparidades e seus desafios como medida protetiva. Em 2007, por meio do Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, foi retomada a discussão sobre os problemas inerentes ao cuidado de crianças afastadas do convívio parental, suscitando o estabelecimento do Serviço Socioassistencial, denominado Família Acolhedora. Este Serviço objetiva a promoção e proteção dos direitos da criança e do adolescente na perspectiva do direito à convivência familiar e comunitária. Entretanto, são tímidos os números de famílias acolhedoras em Serviço efetivo em todo o Brasil. Desde o surgimento do Serviço em 2008, no Município de Belo Horizonte, MG, o atendimento não passou de oito famílias. Dessa forma, esta pesquisa consistiu na análise das percepções sobre o Serviço de Acolhimento Familiar na perspectiva da Família Acolhedora e de origem, a fim de inferir sobre as significações desse Serviço como política de proteção social às crianças e adolescentes. Esta pesquisa é de natureza qualitativa e foi realizada por meio do estudo de caso de cunhos exploratório e descritivo. Para análise das percepções das seis famílias acolhedoras, foram aplicadas entrevistas, categorizadas de acordo com a proposta de Deval (2002) em sete subitens. Para o tratamento dos dados, fez-se a análise de conteúdo, com a finalidade de produzir inferências sobre dados verbais obtidos durante as entrevistas e das concepções que permeiam essa política contida nos documentos. Dessa forma, perceberam-se, na análise dos documentos e das entrevistas, o apelo emotivo para adesão das famílias acolhedoras ao Serviço; o pouco cuidado na elaboração dos critérios de habilitação das famílias, levando em conta apenas o acolhimento; a inexistência de um programa de formação das famílias acolhedoras, permanente e direcionado às demandas advindas do acolhimento e à consolidação de uma matriz conceitual sobre esse Serviço; e a falta de metodologia para o atendimento aos acolhidos e às famílias envolvidas. Resultou-se, por fim, não o sentido de parceria e a cooperação entre as famílias e o poder público, mas, sim, o sentido de mera prestação de Serviço ou de um favor prestado àquela criança/adolescente.
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    Representações sobre a política de institucionalização de crianças e adolescentes na perspectiva de funcionários e moradores do entorno das casas de acolhimento, Viçosa-MG: uma discussão sobre a convivência familiar e comunitária
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-09) Lopes, Jaqueline de Freitas; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://lattes.cnpq.br/0552451692374456
    O ponto central em que se assenta essa pesquisa é a institucionalização de crianças e adolescentes, uma das questões polêmicas dos estudos relacionados à família, uma vez que a existência de crianças e adolescentes em um contexto de abandono, miséria e violência extrema reflete uma das faces do processo de exclusão social vivenciado pela população brasileira. Diante desse abandono familiar e social, foram criadas, como medida de proteção, as casas de acolhimento institucional, nas quais são acolhidas crianças e adolescentes que passaram ou estão passando por alguma(s) da(s) seguinte (s) situação (ões): separação (provisória ou definitiva), abandono, violência, transtornos mentais, pais usuários de drogas, prostituição, morte e outras perdas. O presente trabalho vem reafirmar a importância de realizar pesquisas sobre crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, além de pesquisa com crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional. Assim, a problemática apresentada foi: Quais representações a população local do entorno das Casas de Acolhimento e sua equipe técnica têm sobre a institucionalização de crianças e adolescentes? Como ocorre o convívio dessa população com as crianças e adolescentes abrigados? Por que não perguntar: Em que modelos atuais das Casas de Acolhimento se diferenciam das políticas públicas anteriores de atendimento às crianças/adolescentes? As Casas de Acolhimento às crianças e aos adolescentes superam os “estigmas” sociais das estratégias de institucionalização anteriores? A hipótese que norteou esse trabalho foi: o modelo de institucionalização através da Casa de Acolhimento não gera estigmatização social às crianças/adolescentes e à própria Casa de Acolhimento. O objetivo geral foi analisar a política de institucionalização das “Casas de Acolhimento” e suas possibilidades de superação das formas de institucionalização anterior. Para a elaboração das entrevistas foi utilizado a organização dos setes itens propostos por Delval (2002). A amostra foi constituída de 15 funcionários das Casas de Acolhimento e 31 moradores do entorno dessas Casas de Acolhimento. A análise qualitativa dos dados mostra as representações dos funcionários e moradores sobre a realidade social, especificamente, do abrigo. Constata-se que a cultura da institucionalização ainda é priorizada em detrimento de políticas de reconstrução e fortalecimento dos vínculos familiares. Embora o direito fundamental à convivência familiar e comunitária esteja garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na prática, este não tem se efetivado, sobretudo no que se refere ao apoio à família para superação das dificuldades que levaram crianças e adolescentes à situação de vulnerabilidade, os quais continuam à mercê de políticas públicas pontuais e seletivas que não garantem os seus direitos de maneira universal.
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    Legislação ambiental e reprodução socioeconômica de pequenos produtores rurais da microbacia hidrográfica do Córrego do Grama, Coimbra/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-30) Sant'anna, Maria Aparecida de Castro Monteiro; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Ludwig, Márcia Pinheiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790500T3; http://lattes.cnpq.br/8199354590856929; Oliveira, Robson José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760239P6
    Este estudo contempla os resultados da pesquisa realizada com unidades familiares da Microbacia Hidrográfica do Córrego do Grama, município de Coimbra-MG. O objetivo do estudo foi investigar e analisar a relação entre a legislação ambiental vigente, no que se refere às Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal, e a reprodução socioeconômica de pequenos proprietários. Especificamente, buscamos refletir e analisar sobre a dinâmica da reprodução socioeconômica dos pequenos proprietários rurais, frente às recentes transformações ocorridas, tanto em nível da economia global, quanto das relações entre o campo e a cidade; investigar e analisar a percepção de pequenos proprietários rurais em relação à legislação ambiental vigente no contexto da realidade socioeconômica por eles vivenciada; relacionar as situações de uso e ocupação das APP s e RL das pequenas propriedades rurais com o Estatuto Legal vigente (Código Florestal Brasileiro de 1965). A pesquisa, de natureza qualitativa, especificamente um estudo de caso, teve como técnicas de coleta de dados: questionários, entrevistas semi-estruturadas, observação direta e informações em caderno de campo. O estudo se apoiou em referências teóricas que discutem o rural brasileiro e reprodução de pequenos proprietários rurais, além da análise da história e desdobramentos da Legislação Ambiental no Brasil e dos entraves e submissões (política, econômica, cultural) que o pequeno produtor rural vem sofrendo ao longo da história brasileira. Os resultados evidenciam uma população rural em processo de envelhecimento, acompanhado pela migração dos filhos em busca de melhores condições de vida. De modo geral, a reprodução socioeconômica se apoia na produção agropecuária para a subsistência, sendo a aposentadoria e os programas de transferência de renda do governo fatores decisivos nesse processo. No tocante à legislação ambiental vigente, os pequenos proprietários rurais investigados não a cumprem, muito embora percebam sua importância frente à proteção e recuperação do patrimônio ambiental. Concluímos que a legislação ambiental vigente aparece como mais um entrave à reprodução socioeconômica e à permanência de pequenos produtores rurais no campo, dada às características físicas da região na qual se insere a área de estudo, como relevo acidentado e abundância de corpos hídricos.
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    A espera por cirurgia no SUS: análise da percepção de usuários e gestores; redes sociais e processo decisório familiar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-29) Costa, Sérgio da; Siqueira-batista, Rodrigo; http://lattes.cnpq.br/7992589011048146; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://lattes.cnpq.br/6593477217838776; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2
    As conhecidas dificuldades que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem para prestar assistência integral a todos os seus potenciais usuários provocam transtornos no cotidiano das famílias que dele necessitam. Diante disso, este trabalho objetivou analisar o processo decisório das famílias que tinham algum de seus membros em situação de espera por uma cirurgia pelo SUS, considerando a possibilidade de se buscar alternativas fora do sistema público de saúde. Especificamente, pretendeu-se examinar as percepções de usuários e gestores do SUS sobre o funcionamento do sistema, analisar as redes sociais ativadas pelos pacientes em espera pela cirurgia e identificar as etapas e os papéis exercidos ao longo do processo decisório familiar. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, em que foram entrevistados 45 pacientes que se encontravam na fila de espera, assim como seis lideranças institucionais ligadas à área de saúde do município de Viçosa, MG. Pacientes e lideranças demonstraram insatisfação em relação ao funcionamento do SUS, na medida em que este não conseguiu cumprir seus princípios fundamentais da integralidade e da universalidade, além do acesso não igualitário, principalmente em função da insuficiência de recursos aplicados em saúde pelos governos federal e estadual. O perfil dos usuários em fila de espera mostrou que, em sua maioria, era composto por mulheres, de baixo grau de escolaridade e de renda limitada, indicando estado de pobreza. As redes sociais ativadas por estes pacientes eram centradas nos familiares mais próximos, de onde vieram as principais ajudas, que eram de conteúdos expressivos, regidos por normas baseadas nas obrigações de ordem familiar. O processo decisório familiar foi mais influenciado pelos parentes, que exerceram a maioria dos papéis, predominando, entretanto, as opiniões e as decisões dos próprios pacientes. Concluiu-se que o SUS, quando não consegue prestar o atendimento esperado pelos usuários, causa alterações nos cotidianos pessoais e familiares, criando um sentimento de impotência naqueles que dependem do sistema público de saúde.
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    Artesanato têxtil em Venda Nova do Imigrante: práticas, significados e memórias
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-08-27) Bossatto, Leilane Rigoni; Reis, Lílian Perdigão Caixêta; http://lattes.cnpq.br/2710436780723053; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/0683184684556712; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/2022876282345858; Oliveira, Maria das Dores Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4263912H1
    Entre as formas de perpetuar as tradições de um povo tem-se a produção do artesanato característico das comunidades. Este se apropria de elementos que constituem a cultura material e imaterial se valendo de cores e formas das paisagens locais, do patrimônio histórico, da arquitetura típica, das lendas e festas populares. Geralmente, tem como características a beleza, a utilidade e a arte. Além de ser uma atividade produtiva, é também um meio de expressão cultural do homem. A relevância deste estudo pautou-se na inserção feminina neste contexto, em que a literatura apresenta e debate a expressiva participação das mulheres, as quais são proporcionadas significativas mudanças no âmbito econômico familiar, revelando como novas opções de geração de emprego e renda para o meio rural. No entanto, deixam-se algumas lacunas referentes à entrada feminina nas atividades artesanais, deste modo, atentou-se no que tange às motivações e percepções das artesãs para seu envolvimento no processo laboral. O trabalho busca analisar os sentidos e os significados conferidos ao artesanato na vida das mulheres, de contexto rural, e compreender as motivações para a realização dos mesmos. Objetivou- se examinar a percepção das artesãs quanto ao que a produção artesanal tem propiciado em suas relações, no âmbito social e cultural, no município de Venda Nova do Imigrante-ES. Esta pesquisa tem caráter qualitativo numa abordagem descritiva e exploratória, uma vez que, procurou caracterizar e compreender o sujeito deste estudo as mulheres artesãs. O percurso metodológico consistiu em entrevistas narrativas, aplicadas às artesãs do município, com o suporte de outros recursos utilizados na construção dos dados, tais como: diário de campo, gravação e fotografia. Os dados obtidos foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo. Constatou-se que, Venda Nova do Imigrante-ES ainda preserva muitos elementos característicos da cultura no tempo da colonização. Os dados evidenciaram que o artesanato não é executado com função de geração de renda, mas como realização pessoal do grupo pesquisado. O envolvimento no processo laboral abarca outras motivações como: forma de manutenção das tradições, lazer, relacionamento interpessoal, terapia, diversão dentre outras razões. Portanto, o artesanato foi identificado como uma herança cultural, como atividade que traz consigo sentidos muito subjetivos, com influencia direta na melhoria da qualidade de vida.
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    Um pai cuida de dez filhos, mas dez filhos não cuidam de um pai: transferências financeiras entre gerações
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-18) Oliveira, Márcia Botelho de; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; http://lattes.cnpq.br/1026615082657292; Motta, Alda Britto da; http://lattes.cnpq.br/0837207761621512; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9
    O envelhecimento da população apresenta desafios à sociedade, pois influencia o consumo, a transferência de bens, o mercado de trabalho e acima de tudo a organização familiar. Diversos estudos sobre envelhecimento tratam de idosos que se tornaram dependentes, como se estes representassem um fardo para as famílias. Porém, observa-se que uma parcela significativa de idosos consegue manter não só o próprio sustento, como também amparar sua família, por meio de solidariedades funcional- afetivas e material-financeiras. A maior parte das pesquisas sobre transferências financeiras entre gerações considera apenas a percepção dos idosos, havendo uma ausência de estudos que contemplem os familiares ajudados por eles. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar comparativamente a percepção dos aposentados e de seus filhos adultos quanto ao papel do idoso na economia familiar, no âmbito das transferências financeiras, bem como investigar se existe diferença de comportamento dos filhos em relação à ajuda, considerando o gênero do idoso que oferece o auxílio. A pesquisa, ancorada na abordagem quantitativa-qualitativa de natureza exploratória- descritiva, foi realizada no município de Viçosa-MG. Considerando os objetivos propostos foi selecionada uma amostra intencional de 97 aposentados, com idade igual ou superior a 60 anos, que se aposentaram nos últimos 5 anos (de janeiro de 2007 a março de 2012), que tinham ajudado financeiramente pelo menos um filho adulto e que residiam na zona urbana de Viçosa-MG. Esta amostra foi obtida dos dados cadastrais da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Universidade Federal de Viçosa. A amostra referente aos filhos ajudados financeiramente foi obtida por meio das informações prestadas pelos aposentados, sendo selecionados 141 indivíduos maiores de 18 anos e residentes em diversos municípios brasileiros. Foram realizados dois tipos de entrevistas semiestruturadas, sendo uma direcionada ao idoso aposentado e outra ao filho que foi ajudado financeiramente. Para os dados quantitativos foi feita uma análise estatística descritiva utilizando-se o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) Versão para Windows 17.0. Já os dados qualitativos foram tratados por meio da análise das falas com base na teoria do interacionismo simbólico e na teoria das trocas sociais. Os resultados mostraram que para os idosos e seus filhos as solidariedades eram classificadas dependendo das características de cada uma. O sustento por meio da coabitação e os gastos com educação foram definidos como obrigações dos pais, não sendo consideradas como ajudas. Já quando se tratava do reembolso, as solidariedades classificadas como ajudas eram as que ocorriam sem expectativa de retorno ou cobrança. Quando a solidariedade envolvia algum tipo de expectativa, cobrança ou necessidade de reembolso, os aposentados classificavam estas solidariedades como empréstimos. Concluiu-se, assim, que ajudas são o oposto de empréstimos, e obrigações são as ajudas que os pais não podem ou não deveriam deixar de fornecer aos filhos, pois fazem parte do papel de pais e mães. Os auxílios prestados pelos aposentados aos filhos foram bastante diversificados quanto às formas, frequências e valores, sendo que estas definições eram estabelecidas de acordo com as necessidades dos filhos e as condições financeiras dos aposentados não eram levadas em consideração, visto que nos casos em que os rendimentos provenientes da aposentadoria não eram suficientes para prestar a ajuda, os aposentados recorriam a diversas fontes como empréstimo bancários, venda de imóvel e até retorno ao mercado de trabalho para complementação da renda. A questão do gênero dos aposentados se compatibilizou com os papéis tradicionalmente desempenhados por homens e mulheres. Sendo assim as solidariedades funcional- afetivas, em sua maioria, foram oferecidas pelas mães. As mães também ofereceram mais ajudas em dinheiro do que os pais, e devido aos baixos rendimentos e a pequena inserção no mercado de trabalho após a aposentadoria, estas idosas usaram empréstimos bancários para ajudar os filhos. O reembolso também foi influenciado pelo gênero do idoso, sendo que os pais receberam mais reembolsos que as mães. Além disso, quase metade dos filhos que receberam ajuda das respectivas mães e não as reembolsaram, afirmaram que se a ajuda tivesse sido prestada pelo pai, teriam a iniciativa de ressarci- lo. Os aposentados ajudavam os filhos sem cobrar reembolso pautando-se no fator seguro-velhice, acreditando que o retorno das ajudas seria oferecido futuramente quando eles precisassem. Mas ao consultar os filhos sobre a intenção de ajudar os pais no futuro ficou claro que estes não estão tão dispostos assim como os aposentados imaginavam.